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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Produção industrial brasileira encerra 2011 com alta de 0,3% -  Economia - MSN Estadão

Produção industrial brasileira encerra 2011 com alta de 0,3%

Bens de capital foram destaque
A indústria de bens de capital foi o destaque na produção industrial brasileira do ano passado, segundo o IBGE. O setor teve o melhor desempenho anual entre as categorias pesquisadas pelo instituto, com alta de 3,3% em 2011, e registrou um avanço especialmente na categoria de transportes.
Já o destaque negativo ficou com bens de consumo duráveis, que mostrou queda de 2% na atividade industrial em 2011. Isso porque houve menor fabricação de automóveis, que exerceu a 'influência negativa mais relevante', de acordo com o instituto.
Segundo o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, a menor procura por automóveis e o câmbio desfavorável para eletroeletrônicos, que sofre com a concorrência de importados, influenciou negativamente o desempenho destas duas indústrias em 2011.
A indústria de veículos automotores encerrou o ano passado com alta de 2,4% na produção. Mas este desempenho foi favorecido por níveis elevados nas atividades industriais de caminhões e de autopeças, que ajudaram a segurar o impacto negativo da indústria de automóveis, no cômputo geral da indústria de veículos automotores.
Ao se detalhar especificamente a indústria de automóveis, é possível perceber que somente no quarto trimestre do ano passado houve queda de 15,8% na produção total contra igual período do ano anterior. 'Pudemos observar férias coletivas e paradas das montadoras devido ao menor nível de atividade, ao longo ano passado', lembrou.
No caso de eletroeletrônicos, um dos piores desempenhos ficou com a indústria de celulares. Somente no quarto trimestre de 2011 houve queda de 17,1% na atividade industrial dessa indústria, contra igual período no ano passado. 'Houve um recuo expressivo de nossas exportações de celulares, o que acabou afetando o resultado', completou.
Veículos
O setor de veículos automotores foi o principal destaque positivo da indústria no mês de dezembro, com crescimento de 5,2% em relação a novembro, conforme dados divulgados pelo IBGE. Com o resultado, o setor acumulou expansão de 11,3% nos três meses encerrados em novembro. 'O resultado é positivo, mas não suplanta a queda de 13% registrada em setembro, em função de paralisações e férias coletivas no setor', explicou o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo.
De acordo com Macedo, o bom desempenho do setor em dezembro pode ser explicado em parte pela redução no nível de estoques da produção de automóveis no mês, apontado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado de 2011, a produção de veículos automotores cresceu 2,4%. O comportamento positivo no ano estaria mais ligado à produção de caminhões, diz Macedo.
A produção industrial de automóveis encerrou 2011 com queda de 7,8%, bem abaixo da alta apurada em 2010 (9,3%) e a mais intensa desde 1999 (-10,7%). Em 2009, o ano da crise, a indústria de automóveis teve queda de 0,6% na produção.
O gerente da Coordenação da Indústria do IBGE, André Macedo, lembrou que esta atividade tem comportamento diretamente relacionado ao contexto macroeconômico. O especialista lembrou que, no fim de 2010, foram lançadas medidas do governo de restrição na oferta de crédito. Ao mesmo tempo, os juros estavam subindo até meados do ano passado.
'Esta indústria é muito sensível ao que ocorre com crédito e com juros', disse, lembrando que o alto valor agregado do produto o torna um dos alvos favoritos dos financiamentos de longo prazo. Com o menor interesse em compras, os estoques começaram a se elevar, o que leva as montadoras a reduzirem ritmo de produção. 'Foi o que aconteceu no ano passado', afirmou.
Alimentos
O setor de alimentos também se destacou positivamente, crescendo 3,9% e praticamente recuperando a perda de 4,3% observada em outubro. A recuperação de exportações de carnes e açúcar influenciaram o resultado. Também houve altas em equipamentos de instrumentação médico hospitalares (16,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,4%); máquinas e equipamentos (2,1%), outros equipamentos de transportes (2,4%) e celulose e papel (1,3%).

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