terça-feira, 20 de março de 2012

G1 - 'Gangue das loiras' usava jargão do cinema, diz polícia - notícias em São Paulo

Suspeitos faziam referência a dupla criminosa do filme 'Bonnie e Clyde'.
Uma mulher foi presa no Paraná depois de três meses de investigação.

A "gangue das loiras", suspeita de cometer furtos e roubos, costumava utilizar um jargão do cinema hollywoodiano para se comunicar durante os crimes. O chefe do grupo chamava suas colegas de “Bonnie”, enquanto as mulheres chamavam-no “Clyde”, em referência à dupla criminosa do filme “Bonnie e Clyde”. O filme, de 1967, do cineasta Arthur Penn, é baseado na história real do casal de ladrões de bancos Bonnie Parker e Clyde Barrow durante a depressão econômica nos Estados Unidos (1929-1930).
No dia 9 de março, uma das integrantes da quadrilha foi presa no Paraná - a prisão dela só foi informada nesta segunda-feira (19). A polícia procura agora outras cinco mulheres e um homem que faziam parte do grupo. Segundo as investigações, a quadrilha era especializada em sequestros-relâmpagos em São Paulo e  invasão a condomínios. Novas imagens mostrando a atuação da quadrilha foram divulgadas nesta terça-feira (20) (veja o vídeo acima)
“Eles incorporaram os personagens (...), eles usavam sempre o mesmo jargão”, afirmou, na manhã desta terça, o delegado Alberto Pereira Matheus Junior, durante entrevista coletiva realizada na sede do Departamento de homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de São Paulo.
Modo de agir
A quadrilha tinha integrantes de alto nível socioeconômico e costumava a agir em dupla. O líder era sempre acompanhado de uma das mulheres no momento de abordar as vítimas nos estacionamentos de shoppings e grandes magazines. A vítima ficava sempre no carro com o líder do grupo, enquanto as mulheres faziam compras e saques com os cartões de crédito. O grupo utilizava roupas de grife.
Alberto Pereira Matheus Junior (o primeiro da direita para a esquerda) (Foto: Letícia Macedo / G1)Alberto Pereira Matheus Junior (o primeiro da direita
para a esquerda) (Foto: Letícia Macedo / G1)
Sedução
Segundo a polícia, as moças da quadrilha eram recrutadas pela beleza – e nem todas eram loiras. “Elas sempre usavam roupas chamativas. Elas eram escolhidas para causar sedução e distrair os funcionários na hora de verificar os documentos”, afirmou Matheus Junior. A quadrilha, extremamente bem organizada, segundo a polícia, também se preocupava em escolher as vítimas com perfil semelhante ao das integrantes do grupo a fim de facilitar a utilização dos cartões de créditos e documentos de identificação roubados. Mulheres, preferencialmente com carro importado, eram os alvos preferenciais.

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