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quinta-feira, 22 de março de 2012

Juca Kfouri: “Aos que não viram Pelé (e falam tanta bobagem sobre ele…)” | Ricardo Setti - VEJA.com

20/03/2012
 às 19:00 \ Tema Livre

Juca Kfouri: “Aos que não viram Pelé (e falam tanta bobagem sobre ele…)”

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Pelé comemora gol na Copa do México, em 1970 (Foto: Lemyr Martins) e Messi celebra mais um do Barça (Foto AP): falta muito para o craque argentino chegar perto do Rei
Amigos, incontestáveis os dados — e há muitos mais — apresentados porJuca Kfouri em seu blog, na segunda, 12, sobre a enorme supremacia de Pelé sobre Messi, que já muita gente contesta. (Eles precisariam pelo menos assistir ao DVD Pelé Eterno para opinar — e não fazer como o próprio Messi, que, conhecido pela modéstia pessoal, num momento de arroubo proferiu a seguinte e monumental bobagem: “Não vi Pelé jogar, mas para mim Maradona foi melhor”.
Leia o texto de Juca:
Quem pega Pelé?
Sim, Lionel Messi pode até ficar maior que Pelé. Mas terá uma longa caminhada pela frente.
PELÉ É AINDA incomparável.
Por mais que seja uma tendência quase invencível não há como comparar o extraordinário Lionel Messi, candidato a Atleta do Século XXI, com o Atleta do Século XX.
Basta dizer que, aos 24 anos, em sua oitava temporada, Pelé já havia marcado 675 gols, contra 252 do argentino com a mesma idade e o mesmo número de temporadas.
O Rei ganhara 21 títulos contra 19 do craque do Barcelona e havia marcado seis gols em duas Copas do Mundo, das quais saiu campeão, contra as mesmas duas de Messi, com apenas um gol e nenhum pódio.
Mas o que importa aqui é menos comparar aquilo que é coletivo. Porque, se o Barcelona de Messi já está no mesmo patamar do Santos de Pelé – e em matéria de títulos em clubes é bem possível que o hermano ultrapasse o Rei-, a seleção brasileira de 1958/62 era muito superior à argentina defendida pelo Pulga.
Veja, no entanto, que a diferença no número de gols é abissal. Pelé marcou 675 gols em 571 jogos, média de 1,18, contra 252 em 379, média de 0,66.
E que não se diga, por mentira histórica, que era mais fácil fazer gols nos tempos de Pelé e que mais fácil ainda era marcá-los no Campeonato Paulista, não só porque times como os da Ferroviária, do Guarani, da Ponte Preta, eram melhores que os atuais do Racing Santander, do Zaragoza, do Villarreal, como porque Pelé vivia fazendo gols nos campeões europeus nas estrepitosas excursões do Santos, assim como os fez na Copa do Mundo.
Basta dizer que, só no Benfica, nos dois jogos que decidiram o Mundial de Clubes de 1962, ele fez cinco dos oito gols praianos nas vitórias por 3 a 2, no Maracanã, e por 5 a 2, no Estádio da Luz. E que, três anos antes, fizera dois na goleada (5 a 1) sobre o Barcelona, campeão espanhol, no Camp Nou.
E que fique claro que nenhum saudosismo move tais constatações, até porque aqui se dá de barato que Messi poderá superar Pelé.
E que nem precisará ser mais campeão que ele para tanto, mas, apenas (?!!!) manter por mais 13 anos este pique admirável, além de crescer em sua já fabulosa eficácia.
No quesito títulos, Messi já deixou para trás Maradona, que não ganhou nada de importante até os 24 anos. E já quase empata com ele na média de gols, que é de 0,68, fruto de 182 gols em 264 jogos. Diego, como Garrincha, era mais espetacular.
Mas todos ainda são súditos do Rei.
*Texto publicado na coluna de hoje da “Folha de S.Paulo e excepcionalmente reproduzido aqui.

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