Postagem em destaque

Coisa feia e aterrorizante para o Brasil...

quinta-feira, 1 de março de 2012

São Paulo começa a liderar uma inovação arquitetônica nos projetos de grandes shoppings...

Shopping Westfield London. WikimediaCommons

                                 Shoppings europeus investem na integração com o entorno urbano e 
                                                                       no acesso a pedestres
Além do impacto na paisagem, a construção de grandes shoppings tem reflexos no trânsito, nos hábitos de consumo e na economia das cidades. Para especialistas ouvidos pela BBC Brasil, o shopping estilo "caixote", fechado e sem conexão com o entorno, que predomina em São Paulo, é um modelo ultrapassado.
"A cidade precisa fluir e as pessoas também. O shopping fechado, emoldurado em si mesmo, é uma ideia que ficou no século 20", diz o arquiteto Valter Caldana, da Universidade Mackenzie.
"Projetos bem-vindos são aqueles que têm uso misto, com comércio, serviços, lazer, habitação, que seja conectado com a cidade, que se possa chegar a pé. Não dá para negar a cidade e fazer urbanismo da década de 1970", diz.
Para os especialistas consultados, bons projetos são aqueles com espaços abertos, nos quais o consumidor consiga ver o que se passa no exterior, se é dia ou noite, se chove ou faz sol.
Fernando Garrefa, autor do livro Shopping Centers - De Centro de Abastecimento a Produto de Consumo (ed. Senac) e professor na Universidade Federal de Uberlândia, faz um paralelo entre os shoppings tradicionais de São Paulo e os que são erguidos na China.
"Nas cidades chinesas há um grande investimento em transporte coletivo e, principalmente, em energias renováveis", diz Garrefa.
O arquiteto ressalta que as construções chinesas são pensadas para os pedestres, interligadas ao sistema de transporte e conectadas ao entorno.

Modelos estrangeiros

Para estes especialistas, no Brasil ainda predomina o tradicional modelo americano de shopping, feito para ser acessível por carro e descolado do resto do ambiente urbano.
Em alguns novos projetos, no entanto, já há pressão por prédios mais sustentáveis, semelhantes aos europeus.
Valter Caldana, no entanto, diz que há ainda grande resistência do setor privado em se adaptar a novos modelos.
"São Paulo não chega a estar na contramão de outras metrópoles mundiais, só estamos atrasados. Precisamos acelerar a consciência coletiva, inclusive para inibir projetos com modelo do século passado", diz.>>>>>
................Além disso, a construção e a expansão de shoppings europeus estão atualmente atreladas a contrapartidas milionárias, como a ampliação de linhas de transporte.
Também é pedida compensação em outros pontos, como a adoção de materiais sustentáveis na construção e a obrigatoriedade de se reciclar praticamente todo o lixo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário