sexta-feira, 8 de março de 2013

"Chávez não morreu, se multiplicou"...


Mundo

Sexta-feira, 08/03/2013
LUTO

Em fila, seguidores dizem que Chávez "não morreu, se multiplicou"

Nesta sexta-feira (8), Nicolas Maduro deve fazer juramento como presidente interino. Chefes de Estado viajam à Venezuela para se despedir do "comandante"

08/03/2013 | 13:27 | FOLHAPRESS
A fila para ver o corpo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, diminuiu na manhã desta sexta-feira (8). O mandatário, que morreu na terça (6), continua sendo velado na Academia Militar de Caracas, onde está desde a madrugada de quinta (7).
Diferente de quinta, quando os seguidores do presidente enfrentaram o calor e a falta de água e comida, há um grande número de ambulantes nas proximidades do local do velório. A maioria deles vende camisetas, bonés, bandeiras. O governo distribui garrafas de água a quem está na fila.
Durante a madrugada, enquanto esperavam na fila monumental, cerca de cem pessoas gritavam: "Chávez não morreu, se multiplicou!". Hoje milhares de pessoas seguiam esperando a sua vez de se despedir de Hugo Chávez. "Não importa as horas que esperaremos, mas aqui vamos continuar até que possamos vê-lo", disse Luiz Herrera, um motorista de 49 anos.
Jogar baralho, cantar e entoar gritos de ordem em apoio ao líder morto estão entre as maneiras que as pessoas encontraram para fazer passar o tempo até chegar à sua vez de prestar homenagens a Chávez.
O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse na noite de ontem que o corpo do presidente será embalsamado e permanecerá em exposição, em uma urna de vidro, por mais sete dias. Depois, ficará exposto no Museu da Revolução, em Caracas.
Maduro, que assumirá a presidência nesta sexta-feira, comparou a exposição do corpo de Chávez ao líder socialista russo Vladimir Lênin e o ex-ditador chinês Mao Tsé-tung. O museu será criado em um quartel do bairro caraquenho de 23 de Enero, local onde Chávez organizou sua intentona golpista, em 1992.
Maduro afirmou ainda que o museu será o "primeiro local de repouso" do corpo e que, depois, serão tomadas medidas "que o povo pediu", em provável referência à transferência futura de Chávez ao Panteão Nacional, onde está enterrado Simón Bolívar. Os detalhes do eventual enterro, portanto, ainda não estão claros.

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