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sábado, 2 de março de 2013

Bento XVI e seu amor por gatos...!

12 OUTUBRO 2011

Papa Bento XVI e seu grande amor por gatos

O Papa sempre quis escrever livros sobre gatos, conta seu secretário; é o seu desejo secreto, se ele tivesse tempo, esse era o seu sonho quando ainda era cardeal.
Como disse Joseph Ratzinger em abril de 2005, durante o funeral do Papa João Paulo II, ele finalmente depois de 24 anos em Roma iria voltar para a Alemanha, porque ele tinha um plano: escrever histórias, histórias sobre os gatos.
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O Papa ama os animais e cuida dos abandonados

Joseph Ratzinger teve gatos ao seu redor durante décadas, especialmente quando ele era o líder da Congregação para a Doutrina da Fé. A Congregação ficava em uma das ruas mais movimentadas de Roma, a Via Aurelia. Nesta rua todos os dias, apareciam gatos feridos. E alguns animais eram deixados no jardim da Congregação, ou nas proximidades. Ele era o Cardeal Ratzinger, e cuidou de todos os gatos. Ele os alimentou com leite, quando estavam com fome, curou suas feridas, e os observava enquando se deitavam ao sol e via que aos poucos iam se recuperando. E deu a todos os gatos um nome.

Então por que ele não se chamou "Papa Francisco” ?

Na verdade, alguns católicos se perguntam por que o papa não escolheu o nome Francisco, já que São Francisco de Assis, é o santo padroeiro dos animais, como seu nome papal.
De acordo com informações da imprensa local, o papa costumava andar pelas ruas de Borgo Pio, seu antigo bairro romano a leste do Vaticano, onde os vizinhos o comparavam com o Dr. Dolittle, um encantador de gatos. Gatos abandonados e errantes, corriam em sua direção quando o viam chegar, e que ele diariamente preparava e separava a comida para eles.
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"Os gatos estão invadindo a Santa Sé"

As regras no vaticano proíbem que se tenham animais de estimação dentro dos apartamentos, mas todo mundo sabe que há um cardeal que tem um cachorro morando com ele em Roma", disse o Cardeal Mahoney.
Quando ele era somente o Cardeal Ratzinger, ele mantinha dois gatos, agora como Papa não poderá mante-los no Vaticano
" Toda vez que ele encontra com um gato, o Papa vai falar com o bichano, e às vezes é uma longa conversa", disse o cardeal Tarcisio Bertone, sobre o Papa Bento XVI, ao Daily Telegraph
O clérigo disse ainda que quando o Papa era somente o cardeal Ratzinger ele já era apaixonado por gatos, e que uma vez cerca de 10 gatos o seguiram até o Vaticano, e que um dos guardas suíços interveio, dizendo: 'Olha, sua eminência, os gatos estão invadindo a Santa Sé ".
O caseiro da casa do papa em Regensburg, Alemanha, em entrevista ao NYT, disse
papa_ama_gatos (3)A casa que construída no estilo da década de 1970, em uma rua tranquila, e com um jardim murado, passa a sensação de um oásis. Nesse jardim há uma escultura de bronze da Virgem Maria que olha por sobre canteiros das rosas e narcisos, e há também uma estátueta de um gato que está ao lado de uma porta de vidro deslizante. E completa o caseiro “O Papa, ama gatos” .

Ratzinger diz que, sua família sempre teve gatos. Mas agora, diz ele, os gatos são uma "coleção de pratos de porcelana com pinturas de gatos, que são lembranças das férias pela Europa com meu irmão."
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Konrad Baumgartner, o chefe do departamento de teologia na Universidade de Regensburg em entrevista ao Kansas City Star, disse; –..depois de celebrar a missa, ele entrou no velho cemitério atrás da igreja.E eu o acompanhei, e lá estava cheio de gatos, e quando ele saiu, todos eles correram para Joseph . Eles o conheciam e o amavam. Ele ficou ali, acariciando e conversando com alguns gatos, por muito tempo. Ele sempre visita os gatos, quando visita a igreja. Seu amor por gatos é bastante conhecida.
[A empregada do Papa] apontou ao repórter, uma escada onde havia uma parede cheia de pratos pintados, e em cada prato havia um gato diferente pintado, e que pertencem a família do Papa.
Quando o cardeal Joseph Ratzinger foi eleito Papa Bento XVI em abril de 2005, funcionários PETA estavam emocionados , porque o novo papa era conhecido como um apaixonado por gatos, e que gostava de alimentar os gatos e os cães de rua dos Jardins do Vaticano, e que ele também escreveu contra o tratamento desumano que era dado aos animais.
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papa_ama_gatos (23)O novo papa ainda inspirou um livro infantil , "Joseph e Chico”, um livro para crianças que conta a vida de Bento XVI, tendo como narrador um gato chamado Chico, descrito como um dos melhores amigos do Papa, tem cerca de 40 páginas e está repleto de ilustrações. A obra, conta com uma introdução escrita pelo secretário pessoal do Papa, Georg Gänswein.O livro é publicado pela editora Messaggero Padova, escrito pela jornalista Jeanne Perego e ilustrado por Donata Dal Molin Casagrande.
De acordo com o secretário, o leitor vai descobrir que, além de amar os gatos, o Pontífice também ama as crianças e reza por elas diariamente.
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José e Chico''(Edizione Messaggero Padova) tem autorização papal e inclui um prefácio de Georg Gaenswein, secretário pessoal de Bento XVI desde 2003.

Chico o gato, confessa ali, ter arranhada o rosto de Bento XVI em uma noite de Natal, mas diz que como ele que o papa era amigo de gatos, quando viu uma escultura de um gato no jardim. Se fosse uma escultura de cachorro – “Eu teria pensado duas vezes antes de dar-lhe uma arranhadinha', diz ele.
O gato, de cor alaranjada, existe de verdade. Chico relembra, numa linguagem divertida e coloquial, episódios da infância de Joseph Ratzinger, como a ocasião em que atacou o então cardeal na noite de Natal, arranhando-o no rosto. «Ele me perdoou imediatamente», diz o bichano.
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A popularidade do pontífice entre os defensores dos animais sofreu uma queda, quando ele começou a usar a estola de arminho, petições na Internet correram o mundo.
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Mas ao se tornar Papa, a vida dentro do Vaticano, não conseguiu alterar, seu amor e amizade pelos gatos.
O Papa já teria até o título para o primeiro livro “Um gato no Coliseu em Roma”.
E era sobre estes gatos, que ele queria escrever. Mas sua eleição, que o corou como Papa parou esses planos. Como Papa Bento XVI, a partir de então, ele tinha que cuidar da grande Igreja, em vez de uns poucos gatos na Via Aurelia.

A Guarda Suiça antigamente dispersava e enxotava os animais que cruzavam a passagem para a Sala Pública Paulo VI. Depois que Ratzinger virou Papa, os guardas quando veem um gato, sabem que eles tem passagem livre, então eles simplesmente  os deixam ficar nos belos jardins do Papa. Porque eles sabem que se Bento XVI, vai até lá rezar na parte da tarde na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, no Vaticano, e ele sempre fica muito contente quando ele vê um gato. Porque então ele retorna ao seu antigo sonho: de escrever histórias de gatos.
Apesar de Bento XVI, ser o primeiro papa a ser descrito por um gato, ele faz parte de uma longa tradição do Vaticano.
De acordo com o papado: An Encyclopediapor Philippe Levillain, Papas anteriores também têm mantido animais de estimação.
  • O Papa Paulo II, no c. 15 teve seus gatos tratados por seu médico pessoal.
  • Leão XII, em 1820, levava seu gato '”Micetto”, dentro de sua batina.
  • O Papa Leão XII tinha um cão e um gato.
  • Do Papa Paulo VI, diz-se que uma vez vestiu seu gato em uma versão felina das vestes dos cardeais
  • Papa Pio XII manteve pássaros engaiolados no apartamento papal e um peixinho dourado chamado Gretchen.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Lula em um dos mais cínicos momentos de sua carreira...."Errou tem que ser punido


Yoani Sánchez em oposição à Lula seria mais eficaz e mais eficiente do que a oposição tímida ,da oposição política do Brasil. 


Uma frase que vai ficar famosa é uma arma que batizaria por contraposição todo o time do PT:
"NÃO TENHO BASTANTE CINISMO PARA A POLÍTICA"

março 01, 2013


COM OPOSIÇÃO FRACOTE, LULA ENGATILHA NOVO DISCURSO PARA FATURAR, VEJAM SÓ, COM O JULGAMENTO DO MENSALÃO!

Todo esquerdista - comunista, socialista, ecochato e que tais -, é antes de tudo um cínico mentiroso. Um caso que corrobora a minha afirmativa está nesta declaração do Lula em discurso no Ceará na noite desta quinta-feira, em comemoração aos 10 anos do PT no poder, conforme vocês podem conferir na transcrição logo após este prólogo.

Lula, como todos sabem já deu diversas versões sobre o mensalão. Primeiro, se estão lembrados, afirmou, quando estava borrando nas calças, que o PT tinha que pedir desculpa aos brasileiros. Depois, face à frouxidão da oposição que o livrou do imperachment, Lula passou a negar a existência do mensalão jactando-se que haveria de provar que esse famigerado crime de corrupção nunca existiu.

Agora, depois do julgamento e condenação dos mensaleiros e a proximidade da publicação do acórdão pelo Supremo com a aplicação das penas, Lula muda mais uma vez o discurso, afirmando que quem "erra" tem de ser punido.

Ora, não existe nenhum erro em julgamento. Não houve erro, houve um crime de corrupção, o maior da história da República. 

Os esquerdistas de todos os matizes agem sempre assim: se o plano para a tomada total do Estado com vistas à implantar uma ditadura do tipo cubano no Brasil - e isto era o que o PT visava com o mensalão - não desse certo, o negócio era negar a autoria. E se isto não convecesse ninguém, como de fato nunca convenceu, tentariam colocar os ditos "movimentos sociais" nas ruas promovendo agitação. E, finalmente, se isso também não chegasse às vias de fato, como ocorreu, o julgamento teria de ser assimilado.

Porém, o esquerdismo sempre consegue dar a volta por cima. Se o plano diabólico for para o brejo os esquerdistas passam também a faturar a punição dos culpados. E tanto é que Lula já engatilhou um novo discurso: "nunca neste país um governo cortou a própria carne; nunca antes neste país houve a punição para a corrupção como no governo do PT", e vai por aí. 

Os esquerdistas faturam politicamente qualquer coisa que aconteça. Principalmente quando a grande mídia brasileira - com raras exceções - é condescendente com a vagabundagem comunista e transforma as mentiras de Lula, Dirceu e seus sequazes em manchetes. 

E a prova do que eu afirmo está no lead e sub-lead desta matéria postada no site do jornal O Globo:

"Os discursos de abertura do seminário promovido pelos petistas para comemorar os dez anos à frente no poder, em Fortaleza, nesta quinta-feira, giraram, em sua maioria, em torno de manter a base aliada do governo Dilma. Lula voltou a lançar a candidatura de Dilma à reeleição e num discurso duro sobre corrupção na política, o ex-presidente, sem citar nomes, disse que "quem errou, tem que ser punido". A declaração foi dada horas depois de o presidente do STF, Joaquim Barbosa, ter dito que os mandatos de prisão dos mensaleiros serão expedidos até julho.

- Somos seres humanos. Alguns de nós podem cometer erros, e quando cometer, tem que ser julgado, como todos têm que ser julgados. Errou tem que ser punido - dissse Lula."

Não preciso acrescentar mais nada.

Lincoln original X Lincoln genérico // Sponholz


Sponholz: Lincoln, o original!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

'Algum coisa de nossa vida espera por uma renúncia....'


RUTH DE AQUINO - 15/02/2013 22h30 - Atualizado em 15/02/2013 22h30
TAMANHO DO TEXTO

A hora de dizer não

RUTH DE AQUINO
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RUTH DE AQUINO  é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)
"Chega um momento na nossa vida em que devemos renunciar”, disse na semana passada o sociólogo e filósofo francês Edgar Morin, com vigor e lucidez aos 91 anos. Renunciar a uma ou mais coisas que pareciam essenciais antes. Renunciar a um cargo, a uma paixão, um desamor, uma obsessão, uma disputa, uma vaidade, ao sol a pino, à carne vermelha no jantar, seja lá o que for. Saber dizer não com serenidade pode ser um ato revolucionário e de liberdade individual.

Pelo ineditismo e pela surpresa, a renúncia do papa Bento XVI foi dissecada no mundo inteiro em plena festa profana, o Carnaval. Cada um viu o que quis. Vemos aquilo em que cremos. Católicos fervorosos se sentiram perdidos ao perceber, enfim, que o papa não é santo. Não é mesmo, nunca foi. Agnósticos e cristãos com um mínimo de perspectiva histórica sabem que a batina não sacraliza ninguém. Amém.

O papa não tem influência na minha vida particular, embora eu tenha sido batizada e feito primeira comunhão nas igrejas de Copacabana. Na infância, era obrigada a ir à missa todo domingo. Havia um anjo de gesso sobre minha cama. Ele me dava um certo medo. Tinha aulas de catecismo numa escola laica. Via, na confissão, uma enorme teatralidade. Às vezes inventava pecados para testar a reação daquele desconhecido que parecia dormir, de perfil. Não entendia a lógica do número de ave-marias e padre-nossos, como castigo ou promessa de salvação eterna.

Bem mais tarde, o papa passou a me interessar apenas como chefe de um Estado implacável e multimilionário que se aliou a demônios palpáveis e históricos. Um Estado com poder transnacional sobre governos, política, ciência e sobre a vida das pessoas comuns. Na semana passada, o papa passou a me interessar como alguém de carne e osso. Por mais sinais de cansaço e desilusão que tivesse dado, era difícil crer que logo um Ratzinger apelidado de “papa panzer” e “rottweiler de Deus” decidisse apear da cruz e humanizar-se.

Ratzinger é um homem com um marca-passo. Não queria deteriorar ao vivo como seu antecessor. Considerava a saúde da carne um imperativo para exercer direito o poder do espírito. Sentia-se impotente diante do enfraquecimento da Igreja Católica. Ficava irritado com as fofocas nos corredores do Vaticano. Inseguro diante dos escândalos de pedofilia de padres e cardeais. Culpado pelos escândalos de corrupção interna, vazados por seu mordomo. Traído por sua equipe de confiança. Magoado com sua imagem de autoritário e conservador no Twitter.
A renúncia do papa
Bento XVI é um ato revolucionário – e inspirador – de liberdade individual 
Ele nem pediu para sair. Não negociou com seus pares ou súditos. Disse: “Fui”. Decidiu “em plena liberdade” – como se alguém pudesse ser plenamente livre. Dizer que renunciou “pelo bem da Igreja” é conversa para cardeal dormir. Uma tentativa póstuma de se fazer de soldado humilde de Jesus. Um homem diz “não” pelo seu próprio bem. Bento XVI era um papa relutante e acidental, sem carisma. Virou astro pela negação.

O que se seguiu foram os obituários em vida. Como os papas costumam morrer em exercício, são poupados de assistir a seu funeral. Pelo menos de corpo presente. Bento XVI assiste de camarote à enorme confusão provocada por seu gesto libertário ou covarde. Se existem outros vazamentos de escândalos na fila, melhor estar na casa de verão em Castelgandolfo, meia hora ao sul de Roma, meditando, orando e escrevendo.

É um palácio sobre uma colina, com vista para um lago, na verdade a boca de um vulcão adormecido. Simbólico, diante de toda a lava derramada nos últimos anos envolvendo a Igreja Católica. Quem ficará na boca de um vulcão ativo será outro papa, mais jovem, mais saudável, menos rígido e mais antenado com as redes sociais. Não é assim a vida fora do Vaticano?

O “basta” de Bento XVI me lembrou o filme premonitório de Nanni Moretti, Habemus papam, do ano passado. É uma comédia de costumes inofensiva. Eleito pelo conclave dos cardeais, o novo sumo pontífice – protagonizado por Michel Piccoli – entra em pânico. Apavorado com o que o espera no comando da Igreja, recusa-se a ser identificado na sacada para os fiéis.

Um psiquiatra ateu (Nanni Moretti) é chamado ao Vaticano. Na cena mais hilária do filme, os cardeais dizem ao psiquiatra que ele só não poderá discutir assuntos como “fé, desejos, sonhos, sexo, infância e mãe”. É uma paródia de como a Igreja Católica se despregou da realidade. A partir daí, o novo papa, descrente de si mesmo, de sua fé e da Igreja, foge do cerco e perde-se pelas ruas de Roma. Frágil, vulnerável, ele fica maravilhado com o anonimato, as pessoas e sua vida normal, seus tropeços e alegrias. Vê, de fora, como seu rebanho o enxerga. Renuncia a ser pastor. E assume a si mesmo.  

Paixão por um bipolar.... // Cristiane Segatto


CRISTIANE SEGATTO - 22/02/2013 13h23 - Atualizado em 22/02/2013 13h25
TAMANHO DO TEXTO

Apaixonada por um bipolar

A história de cinema de uma leitora bem real

CRISTIANE SEGATTO
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CRISTIANE SEGATTO  Repórter especial, faz parte da equipe de ÉPOCA desde o lançamento da revista, em 1998. Escreve sobre medicina há 15 anos e ganhou mais de 10 prêmios nacionais de jornalismo. Para falar com ela, o e-mail de contato é cristianes@edglobo. (Foto: ÉPOCA)
Há duas semanas escrevi sobre a banalização dos transtornos mentais e a sensação de impotência das famílias que convivem com doenças psiquiátricas. Não é de hoje que esse assunto me toca e me inspira. A saúde mental, no Brasil, é uma das áreas mais desassistidas. Uma de nossas maiores fragilidades. Tivemos a oportunidade de discutir a respeito nesta reportagemnesta colunanesta outra e em vários textos recentes. 
O último foi motivado pelo sucesso do filme O lado bom da vida, que concorre ao Oscar em oito categorias. Tem poucas chances, segundo os entendidos de cinema. Mas a comédia romântica tem seu valor.
Para uma leitora de Brasília, que conhece o transtorno bipolar bem de perto, o valor é inestimável. Jovem, bonita, funcionária pública, ela se apaixonou por um rapaz que sofre de transtorno bipolar e vive numa cidadezinha do Rio Grande do Sul.  
A pedido dela, preservo a identidade do casal, mas não poderia deixar de dividir com você o relato de amor escrito por essa mulher. Hoje esta coluna é dela. É dela, para ela e para todos os que precisam de cuidado e compreensão. Pelos meus cálculos, algo como 100% da espécie humana. 
A arte sempre imita a vida, não é mesmo? 
Logo no início de O lado bom da vida, reconheci a cena em que o paciente recebe alta de um hospital psiquiátrico. Não poderia ser mais autêntica. Foi exatamente assim com um jovem gaúcho, diagnosticado com transtorno afetivo bipolar do humor, a cada saída de uma de suas várias internações em unidades psiquiátricas do Rio Grande do Sul.  
Os pais de um bipolar sofrem com a ideia de sua internação. Até se conscientizarem de que, no meio de uma crise, isso é o melhor que se tem a fazer. Muitas vezes os pais solicitam a alta antes do término do tratamento, o que pode provocar novas e mais fortes crises.  
Na saída, quase sempre outro paciente pede uma carona. O diálogo que se instala pode ser tão cômico quanto o do filme. Se ao mesmo tempo não fosse tão triste... 
E.A.B, 25 anos é tão bonitão quanto o ator Bradley Cooper, que faz o paciente bipolar. A carreira de modelo e o sonho de ser ator em São Paulo foram interrompidos há quatro anos.  
A crise foi desencadeada pelo stress das dificuldades que a carreira impõe para um jovem simpático, inteligente, generoso, romântico e gentil do interior do Rio Grande do Sul. Além disso, houve a traição da namorada, com quem morava na época.  
Durante a exibição do filme, enquanto as pessoas gargalhavam com Pat, o personagem de Bradley Cooper, eu não conseguia conter minhas lágrimas.  
Conheci E.A.B numa rede social. Sou a “Tiffany” (a personagem da atriz Jenniffer Lawrence) da vida real. Reservada, misteriosa, sensível, complicada, um tanto instável emocionalmente. Sem rumo na vida, por problemas afetivos. Com histórico de uso de medicamentos igualmente controlados.  
Acabei conquistando a atenção de E.A.B.  
Assim nos referíamos um ao outro: “Duas almas perdidas que se cruzaram por algum motivo.”. Como no filme, tudo começou como um romance desencontrado, com idas e vindas de uma cidade para outra. Cenas de brigas, términos e voltas. E ainda a certeza de que nenhum seria capaz de viver sem o outro. 
Ele tem um histórico de perdas pessoais desde a infância. O pai morreu de repente, de parada cardíaca. A irmã, aos 14 anos. Lidar com isso é muito difícil até para quem não tem uma condição psicológica sensível como ele. 
Atualmente, depois de várias internações, E.A.B trancou a faculdade de Administração e vive com sua mãe, uma mulher admiravelmente forte. Mora numa cidade muito pequena no interior do Rio Grande do Sul. É estigmatizado, não consegue uma oportunidade de trabalho.
O bullying engessou a vida dele. Quando era criança, publicaram fotos dele. Diziam que era o menino feio que queria ser modelo. Talvez esse tenha sido o estopim. Essa é a conclusão tirada por ele mesmo. Em minha opinião e na de sua mãe coruja, não existe homem com sorriso mais bonito.
Diante do destaque internacional dado ao filme “O lado bom da vida” e aproveitando que alguns jovens acham que ser bipolar é “da hora”, é importante que nos seja dada a oportunidade de ampliar o conhecimento público sobre esse transtorno incapacitante que não recebe a devida atenção da legislação brasileira.
O preconceito e a ignorância prejudicam a recuperação do paciente. Quem toma regularmente a medicação (lítio e outros estabilizadores de humor) e recebe o devido acompanhamento psicoterapêutico, pode voltar a ter uma vida normal, trabalhar e produzir. Além de amar como qualquer outra pessoa. 
Qual é a sua opinião? Conhece alguém que vive uma situação semelhante? Conte pra gente. Queremos ouvir sua história. Sempre. 
(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras)