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terça-feira, 6 de agosto de 2013

A presença da banalidade no castelo do Planalto em Brasília


03/08/2013
 às 13:02 \ Feira Livre

frase-pessoas-vazias-sao-corpos-sem-alma-nao-tem-essencia-que-desperte-interesse-nao-tem-ana-carolina-96505.jpg (850×400)‘A banalidade de Dilma’, 


um texto de Fernando Gabeira

Publicado no Estadão 
FERNANDO GABEIRA
Ao sair do filme Hannah Arendt, a filósofa judia descrita na tela por Margarethe von Trotta, muitas ideias me vieram à mente. Lembranças da ditadura, meu depoimento no Tribunal Bertrand Russel, em Roma, onde também defendi a presença da banalidade do mal entre torturadores brasileiros, quase todos dedicados pais de família, operosos funcionários do governo. A experiência de Hannah Arendt, que cobriu o julgamento de Adolf Eichmann para a revista New Yorker, causou verdadeira comoção. Não só por questionar o papel de alguns líderes judeus, mas por afirmar que Eichmann não era um monstro. O enigma, para ela, era a contradição entre a mediocridade de alguns homens e a dimensão da tragédia que provocaram. O nazismo passou, também passou a ditadura militar no Brasil. Mas existem elementos no discurso de Hannah, em especial o que faz para seus alunos no auge da polêmica sobre o artigo na New Yorker, que merecem ser retomados à luz da conjuntura brasileira.
Eichmann declarou que punha os judeus nos trens cumprindo ordens. Não se importava com o que aconteceria com eles porque, uma vez nos trens, seu destino pertencia a outras repartições que não a dele. Hannah observa que Eichmann renunciou a pensar e essa era a raiz de sua desumanização. A renúncia a pensar não é privilégio das pessoas medíocres, mas é muito mais frequente entre elas.
Na semana em que vi o filme acompanhei pela TV a cobertura da visita do papa e o discurso da presidente Dilma Rousseff saudando Francisco. A sensação que tenho é que ela se recusou a pensar ao aceitar ler esse texto. Foi uma tarefa de militante. Cumpriu sua missão sem se importar muito com as consequências, pois fez um discurso de propaganda de seu governo precisamente no Rio, onde as pessoas estão fartas dessas farsas grotescas e gritam nas ruas pela saída de Sérgio Cabral. E diante de um papa sem grandes ilusões sobre os políticos existentes.
Dilma convidou a Igreja Católica a fazer uma parceria com o governo do PT na luta contra a miséria. Como se a Igreja não tivesse já suas estratégias nesse campo. E como se precisasse do PT para se implantá-las mundialmente. Isso não é apenas falta de modéstia. Dilma é obrigada a repetir diariamente que as pessoas foram às ruas em junho não por causa dos erros do governo, mas dos acertos. Quanto mais as pessoas têm, mais querem, dizem os petistas. Uma vez que jamais admitem um erro, a única explicação para a revolta popular é a sucessão de seus acertos…
Como uma força política pode chegar a esse ponto sem trazer consigo traços de totalitarismo? Nesse caminho, o primeiro passo fundamental surge ao admitir que a realidade não importa, e sim a versão dos fatos.
Um momento típico dessa tragédia moderna foi a ida de Colin Powell à ONU para demonstrar com algumas imagens vagas que o Iraque dispunha de armas de destruição massiva. Um segundo momento, entretanto, se desdobra: os militantes dispõem-se a repetir mecanicamente as teses que vêm da cúpula partidária. E ao constatar que são frágeis tentam salvá-las com seu entusiasmo e, naturalmente, com a raiva contra quem discorda.
Por que se recusam a pensar, se esse é um dos fatores que distinguem o ser humano? Não creio que a recusa se deva só ao deslumbramento com a engrenagem ou mesmo à ilusão de que nunca cometa erros. Há um fator pavloviano nessas organizações rigidamente hierarquizadas: recompensa e punição. Os descontentes vão para uma gelada Sibéria que, ao longo do processo histórico, toma inúmeras formas: uma subsecretaria, um cargo de fiscal do Ibama na fronteira com a Colômbia.
Um terceiro componente que deve ser levado em conta é a constante repetição da importância da engrenagem sobre indivíduos, substituíveis. Esse componente é importante para analisar o espantoso caso de Dilma. Como ela poderia chegar a presidente do Brasil se é incapaz de, por si própria, se eleger vereadora numa grande cidade? Seus méritos estavam ancorados não na capacidade política, mas nos talentos de gestora. E o que antes havia gerido com sucesso? Se ao menos esse traço fosse verdadeiro, ela teria alguma moeda de troca nas transações com a máquina burocrática.
Dilma foi posta na Presidência pela engrenagem partidária, com o apoio dos grandes empresários que florescem à sombra de um governo devasso, e injetando milhões de reais no esquema de marketing. Ingenuamente, ou não, grandes setores da imprensa quiseram mostrar que ela era diferente, separá-la de Lula e do PT, vislumbrando uma ponta de decência em suas decisões sobre corrupção no governo. Quem conhece um pouco os meandros da política da esquerda sabia que isso era uma ilusão. Dilma jamais deixaria seu porto seguro para cair nos braços dos adversários do PT. Há muitos exemplos de quem salta no escuro e se esborracha, perdendo a base de origem e sendo desprezado por seus novos aliados.
A interpretação que o PT fez da crise de 2008 é vital para compreendermos o caminho que seguiu. Em quase todas as nossas análises no século passado começávamos assim: o capitalismo está em crise no mundo e isso abre caminho para o avanço do socialismo em todo o planeta. Desde os anos 1930, foi a primeira vez que o capitalismo realmente entrou em crise. Os velhos reflexos, empilhados no fundo da consciência, saltaram como molas comprimidas.
Dilma não tinha condições de enfrentar a máquina, muito menos de questionar um script da História em que o socialismo sucede ao capitalismo. Era hora de fortalecer o papel do Estado na economia. Algumas fortunas se fizeram entre empresários amigos, outras foram para o espaço, como a de Eike Batista. Como não poderia deixar de ser, o governo estimulava as empresas campeãs porque, afinal, era também um governo de campeões.
Uma sucessão de equívocos é possível porque a pessoa deixa de pensar, mas também tem medo de ser engolida pela engrenagem, cujo combustível é a obediência canina. Nessa atmosfera rarefeita, a passagem do papa foi uma lufada de ar fresco.

Lobão mostra dissimulação do PT e denuncia projeto sobre direitos autorais


ARRECADAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS: LOBÃO DENUNCIA MAIS UMA TRAMOIA DO PT.

Lobão: metendo o dedo na ferida
Em seu primeiro artigo para o site Mídia Sem Máscara, o cantor, compositor e escritor João Luiz Woerdenbag Filho, o famoso Lobão, revela que Pablo Capilé, o ativista da ONG Fora do Eixo que financia o coletivo Mídia Ninja do jornalista Bruno Torturra, é homem de confiança de José Dirceu e está cotado para dirigir um órgão governamental que vai “fiscalizar” o sistema de arrecadação de direitos autorais, segundo projeto que já foi aprovação do Senado.
O artigo de Lobão, intitulado "Vocês não são donos do Brasil", mete o dedo na ferida e mostra como esse deletério esquema do PT pode prejudicar a classe artística brasileira. Não toda ela, é verdade, pois segundo Lobão diversos artistas tornaram-se áulicos de Lula e seus sequazes.
Transcrevo na íntegra o artigo de Lobão postado no excelente site Mídia Sem Máscara, que consta da lista de links deste blog na coluna ao lado abaixo. Leiam que é importante saber disso tudo:
Mais uma vez, a mesma história: deixando a grande maioria da classe artísitica fora do debate, de sua idealização e formulação, foi aprovado no Senado, à toque de caixa, em tempo recorde, o projeto de lei que altera de maneira profunda o modo de como são arrecadados os direitos autorais no Brasil.
Como ninguém me deu um telefonema, um e-mail, um sinal sequer sobre qualquer reforma, muito me assusta saber por outras fontes que o sistema de arrecadação passará a ter um órgão governamental para fiscalizar o ECAD.
Esse simples item já nos coloca numa situação um tanto pertubadora, pois o o governo nos deve mais de 1 bilhão de reais através da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) que incorpora suas rádios e tevês. Fora o fato de ainda não sabermos quantos cargos comissionados serão criados para o novo órgão (já mencionaram 200), quem irá ocupá-los e escolhê-los e quanto o governo vai mamar por essa interferência... Sem contar com a sua intrínseca inconstitucionalidade. Isso sem falar de que estamos lidando com um dos governos mais corruptos da nossa história, com uma máquina inchada, 39 ministérios inoperantes e um forte viés ideológico a guiar todas as suas deliberações.
Como achar uma boa ideia aliarmos a esse governo? Como pensar em entregar o controle do nosso patrimônio para ser fiscalizado por esse governo ou por qualquer outro? Como não ter vergonha e constrangimento em ver colegas de profissão, artistas consagrados, a beijar a mão de Renan Calheiros e posar com Dilma Rousseff, fingindo representar-nos, para atropelar todo o processo de discussão e debate de um projeto de lei que vai proporcionar mudanças imprevisíveis e de prognósticos sombrios para todos nós?
É muito difícil achar um fio da meada de transparência numa ação tão obscura e com tantas arestas suspeitas deixadas em toda essa tramóia.
Afinal de contas, quem é que sai ganhando com isso? Os principais beneficiados são os usuários (rádios, tv's, empresas de telefonia, etc.).
Eu gostaria de saber quais são os verdadeiros interesses desses artistas que estão ligados por negócios ou contratos justamente com as organizações que vão sair ganhando com esse projeto de lei.
Comecemos pelos caciques: Gilbero Gil foi ministro da Cultura, e tinha como secretário Juca Ferreira, seu substituto na pasta e atual secretário de Cultura da cidade de São Paulo. Temos um outro importante ator que é o movimento Fora do Eixo, representado por Pablo Capilé, homem de confiança de Zé Dirceu, e que foi um dos reponsáveis pela falência da ABRAFIN, uma associação de festivais independentes bancada pela Petrobrás. Ele é um dos mais cotados para dirigir o tal órgão de fiscalização criado pelo governo. O Fora do Eixo arrecadou milhões de reais pela lei Rouanet no ano passado e por coincidência, foi justamente Capilé um assíduo interlocutor e articulador desse projeto de lei com a presidente da república.
Temos também o advogado Ronaldo Lemos, da FGV e representante do Creative Commons International como autor do texto do PLS 129/12. Ele é sócio no site Overmundo com o antropólogo Hermano Vianna, colunista do Globo e um dos criadores do progarama Esquenta, apresentado por Regina Casé, que atua em campanhas publiciárias do governo. Hermano trabalhou no ministério de Cultura nos tempos de Gil & Juca.
O Creative Commons é uma organização que luta pela extinção dos direitos autorais, um prato cheio para todos os usuários - rádios, redes de tv, companhias telefônicas, sites na internet e outros.
O Fora do Eixo promove uma série de eventos culturais no país e é a plataforma de lançamento de nomes da música independente e do novo rap nacional, como Criolo e Emicida, que por outra sutil coincidência, tem como produtora Paula Lavigne, que tem negócios com a Globo Filmes, é empresária de Caetano Veloso, que é colunista no jornal O Globo e que tem suas canções executadas massivamente nas telenovelas da TV Globo. Emissora que detém um contrato de exclusividade com o rei Roberto Carlos.
A secretaria de Cultura de São Paulo, no início da gestão Juca Ferreira, acabou contratando os serviços de toda turma do movimento que encabeçou o evento "Existe Amor em SP"', chancelado pelo Fora do Eixo, que é formado por jornalistas, agitadores culturais e produtores musicais, todos cabos eleitorais de Haddad e integrantes da tropa de choque do PT na blogosfera. Todos esses arautos da propaganda governista e defensores ferrenhos dessa onda regurgitante de retropicalização da MPB apóiam apaixonadamente o tal PLS129/12.
Então, é para procurar saber? Pois bem: vamos abrir os demonstrativos de direitos autorais dos "trilheiros"que têm novelas no ar no momento? Vamos fazer um levantamento cirúrgico das novelas da Globo nos últimos anos com a participação de compositores desse grupo, ou seja, cruzar informações e focar nas parcerias dos trilheiros e outros compositores do grupo? Pois a nova lei propicia a criação de um novo cartel, um monopólio para eles, já que a máfia existe e todo mundo sabe.
Quais seriam os grande beneficiados desse projeto, já que não é qualquer mané que coloca música em novela e têm acesso aos controladores do esquema, naturalmente, todos muito ricos? Procuremos saber!
É a caixa preta das novelas que precisamos abrir! Planilhas falsificadas do tipo,"mais música do que tempo de novela".
É bem visível a presença massiva das músicas de Gil & Caetano em temas de abertura ou temas de personagens ao longo de todos esses anos de telenovela, não é verdade?Procuremos saber!
Vamos procurar saber o lucro líquido do Expresso 2222 na Bahia no ano passado? E o trabalho de Flora Gil (mulher de Gil), que é produtora e continuou em atividade mesmo enquanto ele era ministro? Procuremos saber!
E mais uma informação, só pra constar: Tim Rescala é contratado da Globo e faz as trilhas do Zorra Total... muito interessante!
Agora, quando falamos de execuções fraudulentas todo mundo despista e sai de fininho...Tentamos implementar uma lei de criminalização do "jabá", propina paga às rádios e tv's para executar músicas, lá pelos idos de 2003, mas o então ministro Gil desconversou e o projeto foi engavetado.
Um país com 99% de execuções fraudulentas, haverá necessariamente de obter um alarmante índice de arrecadações fraudulentas, não é mesmo?
Como podem perceber, fica muito difícil encontrar qualquer lógica nisso tudo. E que a coisa não cheira nada bem, não tenho a menor dúvida.
No máximo, em 15 dias a presidente assina o monstrengo e, num fim de semana, o fato será esquecido, como tantas outras mamatas.
Deixo claro à toda a opinião pública que, de agora em diante, esse grupo de artistas será responsável pela receita, pelos lares e pelas famílias de milhares de compositores e músicos que dependem diretamente desse sistema. A grande maioria anônima. E a esses colegas deixo um alerta: vocês, ao contrário do que imaginam e agem como se assim fossem, NÃO SÃO DONOS DO BRASIL. Do site Mídia Sem Máscara

G1 - Para a PM, menino foi à escola após matar pais em São Paulo - notícias em São Paulo

G1 - Para a PM, menino foi à escola após matar pais em São Paulo - notícias em São Paulo
06/08/2013 12h32 - Atualizado em 06/08/2013 14h19

Para a PM, menino foi à escola após 




matar pais em São Paulo


Vídeo que mostra carro chegando ao colégio à 1h15 é indício.
Polícia descarta possibilidade de arrombamento na casa da família.

Do G1 São Paulo

338 comentários
A Polícia Militar acredita que o garoto Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os pais policiais, a avó e a tia na Zona Norte de São Paulo e se matar nesta segunda-feira (5), foi à escola pela manhã após já ter assassinado os parentes.
O comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou em entrevista ao SPTV que câmeras de segurança mostram uma pessoa, que seria Marcelo, estacionando o veículo da mãe à 1h15 de segunda próximo ao Colégio Stella Rodrigues, na Rua João Machado. A pessoa sai após as 6h30, com uma mochila nas costas e entra na escola. O vídeo, no entanto, não permite confirmar com exatidão que a pessoa é o garoto.
“A imagem que nós temos é de uma pessoa estacionando esse veículo a 1h15 da manhã e às 6h30 da manhã uma pessoa desce desse veículo, coloca uma mochila nas costas e vai em direção à escola. O que leva a deduzir que essa pode ser o garoto Marcelo”, disse Meira.
Para a Polícia Militar, as mortes dos parentes de Marcelo, em duas casas que ficam num mesmo terreno na Rua Dom Sebastião, na Vila Brasilândia, aconteceram entre a noite de domingo (4) e a madrugada de segunda-feira.
Um dos indícios da participação do menino é o fato de o pai de um colega de escola ter dado carona a Marcelo ao final da aula de segunda. A testemunha prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contou que Marcelo pediu para que ele não buzinasse diante da casa porque seu pai estaria dormindo.
O coronel Benedito Meira afirmou que está descartada a possibilidade de vingança. “Nós descartamos possibilidade de retaliação por parte de facção. A casa não estava revirada, não há sinais de arrombamento", afirmou.
Disparo

Cinco mortos em uma residência em São Paulo.../portal iG

Família de PMs pode ter sido morta pelo filho adolescente em São Paulo

Por iG São Paulo  - Atualizada às 

Polícia descarta ataque em retaliação à PM e investiga assassinato seguido de suicídio; crime foi na zona norte

Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira (05) em uma casa na rua Sebatião José Pereira, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre as vítimas estava um casal de PMs e o filho deles, de 13 anos. A mãe Andréia Regina Pesseguini era soldado e o pai Luís Pesseguini trabalhava na Rota. Os outros dois corpos eram da tia e da mãe de um dos policiais.
Foto em site de relacionamento mostra casal de policiais militares e o filho. Foto: Reprodução
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Segundo a PM, os investigadores trabalham com a possibilidade do crime ter sido cometido pelo próprio filho, com indícios de assassinato seguido de suicídio. A arma do crime foi encontrada próxima ao corpo do jovem e a ação pode ter acontecido enquanto as vítimas dormiam. Além disso, o garoto seria canhoto e a marca de tiro está do lado esquerdo de sua cabeça. 

Como o Santos vai suportar a derrota de 8 X 0 ?

OS 8 A 0 E A MARCA SANTOS

AS CONSEQUÊNCIAS DA DERROTA PARA O BARCELONA NO TIME DA VILA BELMIRO


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Amistoso entre Barcelona e Santos: 8 x 0  (Foto: Agência EFE)
Os santistas ainda estão digerindo a derrota por 8 a 0 para o Barcelona na última sexta-feira (02/08) em pleno Camp Nou. Mas, deixando de lado gozações de adversários e cobrança de torcedores, quanto os oito gols sofridos pesarão sobre a marca Santos?
Não há uma única resposta para essa pergunta, até porque, o valor de marca não é algo tangível, facilmente mensurado em cifras. Mas há divergências em relação às consequências para o clube da derrota como aconteceu. De um lado estão os que acreditam que há um prejuízo, sim, para o time. De outro, os que consideram o Santos muito maior que a derrota pontual, ainda que por um placar elástico.
Para Eduardo Rezende, vice-presidente da BSB, empresa focada em gestão de negócios do esporte, um clube com um passado glorioso como Santos não é afetado por uma derrota. Pelo contrário. “Clubes que passam por situações difíceis, em geral se recuperam e voltam mais fortes. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o Corinthians, quando foi eliminado da Libertadores pelo Tolima”, diz.
Já Rodrigo Fortuna, diretor executivo e de marketing da Sociedade Brasileira de Marketing Esportivo, enxerga estragos na marca do time, especialmente no exterior. “Internacionalmente, a história do Santos foi manchada”. E a mancha respinga sobre todo futebol brasileiro. Como o campeonato do país não é transmitido em outros países, há poucas referências lá fora sobre os times daqui. “As pessoas podem se perguntar o que o Neymar estava fazendo nesse time que perdeu de 8 a 0 para o Barcelona”, afirma.
Apesar da perda de prestígio lá fora, Fortuna acredita que no mercado brasileiro a marca do time da Vila Belmiro conseguirá se recuperar mais facilmente. Segundo ele, internamente, o valor da equipe tem mais a ver com a regularidade nas partidas do campeonato brasileiro. Basta uma boa vitória para a torcida esquecer o que aconteceu em Barcelona. “Ganhar bem do Corinthians na quarta-feira seria muito bom para a marca Santos”, diz.
Com ou sem prejuízo para a marca, o fato é que a estratégia santista (dentro e fora de campo) para a partida no Camp Nou não deu certo. Para Rezende, o problema talvez tenha sido o momento em que o jogo foi marcado, já que o time do Santos passa por uma reformulação após a saída de Neymar. “A partida foi subdimensionada. O Barcelona é praticamente a seleção da Espanha com o Messi e, agora, também com Neymar”, diz o vice-presidente da BSB. Ele completa: “Talvez tenha sido criada uma atmosfera muito otimista em relação à partida e a parte técnica foi esquecida. Com a alta expectativa, o tombo foi grande”.
Fortuna concorda que o momento pode não ter sido o melhor para o Santos e acha que agora o time deve cuidar para não acumular resultados negativos e prejudicar sua marca também no Brasil. “O marketing esportivo depende muito da paixão e se o time entrar numa sequência de derrotas, pode afastar os torcedores do estádio”, afirma.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Efeito colateral da derrota de Anderson Silva


Se fosse jogador de futebol, Anderson Silva valeria 80% menos

Polêmica em torno da derrota para Cris Weidman e anúncio de possível aposentadoria podem ter abatido a marca “Spider” – e prejudicado os patrocinadores

Bárbara Ladeia - iG Economia 

Josh Hedges/Zuffa LLC/Getty Images
A possibilidade de investir em se associar a uma marca sem longevidade diminui drasticamente as possibilidades de ganho de mídia com o atleta Anderson “Spider” Silva já foi invencível. Detentor do cinturão dos médios, marcou o Ultimate Fighting Championship (UFC) como o cinturão mais longevo da história. O título durou seis anos. Em uma luta cheia de controvérsias e acusações, o Spider perdeu o título para Cris Weidman. Foi nocauteado entre uma brincadeira e outra – sua marca registrada no octógono. Silva chamou Weidman para a briga, pediu para que ele batesse, enfim, debochou do adversário. Na média, a tática funciona, mas não foi o que aconteceu naquele dia. De lá para cá, Silva perdeu as honrarias de um herói do esporte, recebendo duras críticas da opinião pública.
A questão teria sido apenas uma intriga do esporte se, por trás de Anderson Silva, não houvesse gigantes como Nike e Burger King. Imediatamente, as marcas viraram chacota nas redes sociais e o patrocínio – feito para agregar os valores do atleta à marca – tornou-se alvo de ataque.
O discurso de uma possível aposentadoria que sucedeu a derrota deve ser a maior fonte de preocupação para os patrocinadores, na opinião de Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria, especializada em calcular o valor de marca de atletas. “Se Anderson Silva fosse um jogador de futebol, teria perdido 80% do valor de sua marca ao dizer que pensa em aposentadoria. Essa sim é a questão mais dramática para ele do ponto de vista dos negócios”, afirma.
O drama tem explicação. A possibilidade de investir na associação a uma marca sem longevidade diminui drasticamente as possibilidades de ganho de mídia com o atleta. Com isso, os contratos ficam reduzidos – tanto em prazo quanto em valor.
Atleta como produto
De fato, o atleta é uma marca. Exemplo é Neymar Jr., que chegou a valer cerca de R$ 120 milhões, segundo a Pluri Consultoria. Ferreira explica que nos cálculos que costumam fazer para os jogadores de futebol, há duas vertentes que se somam para um indicador real: o valor como atleta e o valor como produto. Juntas, as duas linhas de raciocínio formam o critério básico de análise sobre qual a compensação que as empresas terão a partir do patrocínio.
É na segunda parte que a conduta antidesportiva ou um anúncio de aposentadoria residem. “Esses eventos negativos são sinônimos de freio na negociação dos valores”, afirma. “A capacidade do atleta de gerar contratos de marketing fica bem limitada quando não há uma perspectiva de grandes vitórias no horizonte.”
O sócio-diretor da Pluri Consultoria só lamenta não conseguir medir o valor da marca Anderson “Spider” Silva. A falta de transparência nos contratos e o sigilo de todas as informações que envolvem valores financeiros dentro do UFC limitam uma pesquisa mais aprofundada do tema. “Nos faltam subsídios para chegar a um número confiável”, afirma.
Mesmo em sigilo, é possível ter dimensão a importância de um atleta pelo menos para o evento. Enquanto no Brasil, 2011 teve bilheteria média de US$ 4 bilhões, o polêmico UFC 148 (Silva vs. Sonnen) bateu os US$ 7 bilhões de arrecadação, segundo levantamento da consultoria BDO. Basta o nome de Anderson Silva estar no cartaz, que os números disparam.
O último evento, contra Cris Weidman, somou US$ 5 bilhões em ingressos. O UFC 126, que contou com a chamada revanche do século entre Anderson Silva e Vitor Belfort, teve um tíquete médio de US$ 330 – a média mundial no mesmo ano foi de US$ 176. “Ainda é cedo para dizer que o Anderson Silva perdeu apelo, mas certamente os patrocinadores não contavam com essa conduta”, afirma Pedro Daniel, consultor de esportes da BDO. “Quando há queda ou questionamento do desempenho do atleta, a rejeição tende a ser imediata.”
Contra Vitor Belfort, a bilheteria encostou nos US$ 4 bilhões. Foto: Reprodução
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Sozinho, contra todos
Essa particularidade é ainda mais evidente em esportes individuais, em que a torcida não é por um time e sim por uma personalidade. “O impacto de uma desmoralização sobre um atleta é sempre mais grave que em esportes coletivos”, diz José Cocco, presidente da J.Cocco Sportainment. “Agregar uma marca a uma pessoa é muito mais arriscado para o patrocinador.”
Especialista em marketing esportivo, Cocco explica que os dois critérios básicos para escolha do patrocinado são o sucesso profissional e a biografia da personalidade. Daí o grande sucesso de "vendas" quando o atleta tem uma história comovente para contar – como a infância pobre de Anderson Silva ou o sequestro da irmã de Vitor Belfort.
Brasileiro não desiste nunca
As histórias de superação encantam os brasileiros. A trajetória turbulenta do jogador Ronaldo Nazário cunhou a frase que virou bordão: “Brasileiro não desiste nunca.” Então, em 2002, o passivo de imagem do mau resultado da Copa do Mundo de 1998 virou uma história de superação e sucesso. Mais tarde, a polêmica com travestis provocou um novo agito na carreira do jogador, bem como seu excesso de peso entre outras questões pessoais.
Se Ronaldo gostou ou não desses eventos, ninguém sabe. Mas é fato que a cada obstáculo superado, sua marca pessoal deu um novo salto de popularidade.
Hoje, Ronaldo é o administrador da carreira de Anderson “Spider” Silva. Não por acaso, especialistas no assunto apostam que, se Spider sair vitorioso da revanche, sua popularidade deverá superar os níveis da fase pré-Weidman. “No Brasil, a humildade pega muito bem, assim como as biografias de sucesso”, diz Cocco. “O patrocinador está sempre junto com a mensagem que o atleta transmite.”
Daí o risco. A polêmica luta do UFC 162 entre Silva e Weidman levantou a lebre da desconfiança entre os espectadores – não só porque o invencível Spider sucumbiu ao americano, mas pela forma como o brasileiro perdeu. “A simples derrota não quer dizer muito, mas a humilhação e o debate sobre uma suposta – e não confirmada - trapaça que pesam sobre a marca do atleta”, completa Cocco.