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sábado, 15 de fevereiro de 2014

Teremos que esperar as águas de Março... avisa o ministro Lobão. Reservatório de maior volume de água da América Latina tem só 1/3

Edição do dia 14/02/2014
14/02/2014 21h39 - Atualizado em 14/02/2014 22h17
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/02/lobao-diz-que-custara-ao-consumidor-maior-seguranca-no-sistema-eletrico.html

Lobão diz que custará ao consumidor a 




maior segurança no sistema elétrico


Reservatório de maior volume da América Latina é reduzido a um terço da capacidade. Ministro das Minas e Energia muda discurso de 'risco zero' e avisa que consumidores pagarão para ter sobra de energia elétrica.

A necessidade de economizar energia, neste verão, foi maior por causa do volume baixo de chuvas. Isso baixou muito o nível de reservatórios de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Na Serra da Mesa, no Norte de Goiás, os repórteres Marcos Losekann, Salvatore Casella e Raeberson Carvalho visitaram uma dessas usinas, considerada estratégica para o país.
Em um cenário cada vez mais desolador, a família de macaquinhos é uma exceção. Eles reocuparam as poucas árvores que depois de muito tempo submersas voltaram a florir. Raridade em um panorama que traz à tona o fantasma do apagão.
Dos 54 bilhões de metros cúbicos de água que pode armazenar, a represa de Serra da Mesa, no norte de Goiás, mantém apenas um terço. O maior reservatório em volume de água da América Latina está agonizando.
A estiagem devolveu paisagens que já faziam parte do passado e que agora, nitidamente, mostram como o nível do reservatório de Serra da Mesa desceu. Uma casa que tinha quatro quartos, por exemplo, foi completamente inundada, ficou destruída. Agora está 22 metros acima da lâmina d’água da represa. Bem distante do lago que botou uma família que morava lá para correr.
São centenas de ruínas que despontam nas margens e ilhas. Serra da Mesa está com o menor nível dos últimos 13 anos. Pior do que agora, só em 2001, o ano do racionamento de energia. Para chegar ao topo da gigantesca represa é preciso subir 440 degraus. Um abismo que separa o nível ideal do atual.
O gerente da usina, Wagner Domingues, diz que só muita chuva resolve isso. “Por enquanto, depende de São Pedro”, afirmou.
Muita água é fundamental pra uma usina que tem um papel único na bacia do Tocantins. Além de mover suas três turbinas que geram energia suficiente para abastecer o Distrito Federal, Serra da Mesa também regula os níveis dos reservatórios de outras cinco hidrelétricas, num trecho de 1.500 quilômetros ao longo do rio: Canabrava, Peixe Angical, São Salvador, Lageado e Tucuruí. Toda vez que essas represas precisam de água, é com Serra da mesa que elas contam.
Quem também depende desse lago são as cidades da região. O quadro no gabinete do prefeito de Niquelândia é do último festival de pesca. Segundo ele, sem água na represa, o turismo na região fica ameaçado.
“Hoje já é sentido claramente no meio da população e, junto a todos os segmentos que trabalham nesse setor, o prejuízo que está ocorrendo”, disse Luiz Teixeira Chaves, prefeito de Niquelândia.
O alvo é o lago, mas na região de Serra da Mesa, todo mundo agora está de olho é no céu, especialmente no sol que precisa urgentemente dar lugar às nuvens de chuva.
A segurança do sistema elétrico tem provocado muito debate neste verão brasileiro. Na segunda-feira da semana passada, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, procurou tranquilizar os mais preocupados.
“Posso dizer que a situação hoje é muito melhor do que foi o ano passado. Nós estamos com mais de 40% dos principais reservatórios. Não enxergamos nenhum risco de desabastecimento de energia no país. Nenhum risco. Risco zero”, afirmou Edson Lobão.
Por coincidência, no dia seguinte, o Distrito Federal e 13 estados tiveram um apagão, que, em algumas cidades, durou até uma hora. Nesta sexta-feira (14), o ministro reafirmou a confiança no sistema, mas já não falou em risco zero. E disse quem vai pagar a conta se o Brasil quiser aumentar a segurança energética.
“Se tivermos que ter uma sobra de energia elétrica para garantir uma segurança ainda maior do que temos hoje, e a que temos hoje é grande, é sólida, teremos que pagar por isso. Se 126 megawatts nos bastam hoje, uma segurança maior seria termos 130, 150, 200. Quanto custaria isto? A quem? Ao consumidor. À sociedade brasileira”, disse o ministro.
O Operador Nacional do Sistema ainda não divulgou as causas do apagão do dia 4 de fevereiro. A análise deve ficar pronta na semana que vem.

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