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terça-feira, 26 de maio de 2015

O Mercosul pode ter surpresas... Uma região invertebrada // El País


DE MAR A MAR

Uma região invertebrada

Dilma está a ponto de romper a aliança comercial com a Argentina



A vizinhança entrou em alvoroço. Dilma Rousseff anunciou que pretende reformular as regras do Mercosul para que Brasil, Uruguai e Paraguai assinem, antes do final do ano, um tratado de livre comércio com a União Europeia. Tradução: distanciada do protecionismo extremo de Cristina Kirchner, Dilma está a ponto de romper a histórica aliança comercial com a Argentina. Evo Morales levanta a voz ao reclamar, contra o Chile, uma saída ao mar para a Bolívia. Não seria novidade, se não tivesse encontrado um eminente advogado: o papa Francisco tornou-se um defensor da causa boliviana. Não é o único ator inesperado neste drama. A China, a potência externa com maior presença na região, vai construir uma ferrovia transoceânica em sociedade com o Brasil e o Peru. Uma indelicadeza para Bachelet e Kirchner, que estavam planejando seu próprio corredor. Contra o que sugere a retórica de seus líderes, a América Latina é hoje uma região invertebrada.
Para a presidenta do Chile, os desgostos não têm fim. Remodelado o Gabinete para superar os escândalos de corrupção, ela pensava em mudar de ares viajando para Roma. O Papa vai recebê-la dia 5 de junho. Mas, antes disso, solicitou à Universidade Católica de Buenos Aires uma fórmula para resolver o litígio do Chile com a Bolívia pela saída ao mar deste país. O encarregado de responder foi o arcebispo Víctor Fernández, reitor daquela universidade. Fernández, que é o representante não oficial de Francisco na Argentina, reuniu na quinta-feira passada 12 intelectuais bolivianos, chilenos e peruanos para sugerir uma solução que, de um ou de outro modo, implica que o Chile ceda um território que considera próprio. Nesse seminário houve a proposta de que o ex-presidente uruguaio José Mujica fosse o intermediário. Morales, que levou o conflito ao Tribunal de Haia, elogiou ontem a iniciativa.
Para Bachelet essas notícias são como chuva ácida. O rechaço à demanda boliviana é, para os chilenos, uma causa nacional. Mas deixa o governo socialista em uma posição desagradável frente à esquerda da região. Um detalhe piora tudo: Morales foi apoiado por Jorge Bergoglio que, apesar de ser o chefe da Igreja, no Chile desperta receios como qualquer outro argentino.
Ao contrário da intervenção no reencontro de Cuba e dos Estados Unidos, essa proposta informal do Vaticano só é aceita por uma das partes em disputa. Será tratada em 5 de junho, quando Francisco receber Bachelet. Um mês depois, ele viajará à Bolívia. O Papa está interessado em conversar com Bachelet sobre outra questão: o projeto de lei para despenalizar o aborto em casos de violação, inviabilidade do feto ou risco de vida da mãe, que ela enviou ao Congresso em janeiro passado. Talvez sobre tempo para que a Presidenta expresse seu mal-estar pela reclamação da Bolívia.
O Brasil e a Argentina também produzem ruídos incômodos. Na quinta-feira passada, depois de um encontro com o uruguaio Tabaré Vázquez, Rousseff declarou: “O Mercosul sempre precisa se adaptar às novas circunstâncias. Nossa prioridade na agenda externa é chegar, este ano, a um acordo com a União Europeia”. Essa definição exige modificar a regra pela qual os membros do Mercosul negociam em conjunto seus acordos comerciais com outros blocos ou países. Esse princípio já havia sido suspenso quando a Venezuela se excluiu da negociação com a União Europeia. Agora a Argentina vai ficar de fora.
O anúncio de Rousseff é impactante. O Mercosul deixará de existir como união aduaneira porque não terá mais uma tarifa externa comum. Vai sobreviver como simples área de livre comércio, na qual os bens circulam sem barreiras alfandegárias. Essa regressão foi facilitada pela desinteligência permanente entre as presidentas do Brasil e da Argentina. Há mais de dois anos elas não realizam encontros bilaterais, apesar de que se comprometeram a realizá-los a cada seis meses. Durante esse tempo, a Argentina continuou sem definir a diminuição alfandegária que exige o tratado com a Europa. O Brasil decidiu terminar a negociação sem seu principal sócio comercial. A novidade foi comunicada há duas semanas pelo chanceler de Rousseff, Mauro Vieira, ao ministro de Economia argentino, Axel Kicillof, e ao chanceler Héctor Timerman em uma viagem que estes fizeram a Brasília. Rousseff continua desmantelando sua primeira administração. Pressionada por uma economia angustiante, teve que admitir o que não se esperava de uma presidenta petista: que o Brasil precisa abrir sua economia porque o mercado interno é insuficiente para garantir o crescimento.


O rechaço à demanda boliviana é, para os chilenos, uma causa nacional
Nessa perspectiva, é preciso ler os anúncios da presidenta durante a visita que está realizando ao México, e também quando, no dia 30 de junho, fará uma visita a Washington, Nova York e Califórnia. Rousseff está governando com o programa de Aécio Neves, seu rival do ano passado. Enfrenta três limitações: os bancos reduziram sua exposição no Brasil; as empresas de infraestrutura têm vedado o crédito por medo de que estejam contaminadas com a corrupção da Petrobras; e o ajuste fiscal vai reduzir o investimento estatal.
Os chineses são velozes no aproveitamento dessas dificuldades. Já se viu como lucraram com a queda do preço do petróleo na Venezuela e com a crise de reservas monetárias da Argentina. Na terça-feira passada, Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, assinaram 35 acordos de investimento. Um deles servirá para injetar 7 bilhões de dólares (21,6 bilhões de reais) na golpeada Petrobras.
Nesses convênios está prevista a construção de uma linha de trem que vai cruzar o Brasil na altura do Amazonas e chegará ao Pacífico pelo Peru. Significa uma bofetada no Chile e na Argentina. No último dia 21 de abril, a embaixada do Chile em Brasília organizou em Santiago um seminário com a participação de funcionários brasileiros e argentinos. Pela enésima vez foi analisado o traçado de corredores bioceânicos através do Brasil, Argentina e Chile. Mas, para raiva de Kirchner e Bachelet, Dilma caiu na tentação da inapelável carteira dos chineses. Quando chegam os ajustes, a primeira coisa que começa a desaparecer é a cortesia.

Sanatório Geral ... Um modelo de entrevista da presidente Dilma

  • Sanatório Geral

    "É Tenochtitlán, não é? Ela tinha uma estrutura de água e esgoto que, na época em que ela existia, na mesma época, não havia na Europa, não havia em lugar nenhum do mundo ocidental. Então, e você vê uma sofisticação imensa em toda a cultura, coisa que você, por exemplo, naquela época, em 82, eu desconhecia completamente. O Brasil vivia de costas para a América Latina, vivia de costas e olhava só os Estados Unidos e a Europa, e até a Rússia, mas jamais olhava para nós mesmos, não é? Então, eu fiquei muito impressionada com isso. Aí, depois, eu fui lá nas duas, na Pirâmide do Sol e na Pirâmide da Lua. Aí eu percebi o tamanho do que que tinha sido aquela civilização. Depois, um pouco depois, eu fui em Chichén Itzá".

    Dilma Rousseff, na assombrosa entrevista ao jornal mexicano La Jornada, confirmando que é capaz de falar de qualquer coisa sem saber coisa alguma.
    (clique aqui e confira outras frases)

As mulheres mais poderosas do mundo... // Forbes


Publicado em terça-feira, 26 de maio de 2015 às 15:53 Histórico

Dilma cai três posições e agora é a 7ª mulher mais poderosa do mundo, diz Forbes

Estadão Conteúdo

Divulgação Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
Assim como a economia brasileira, que vem sofrendo retrocessos, a presidente Dilma Rousseff também perde poder e influência. A mandatária brasileira caiu três posições no ranking das 100 mulheres mais poderosas da revista norte-americana Forbes e agora aparece na 7ª colocação. A metodologia avalia fortuna, aparições na mídia, esfera de influência e impacto, entre outros itens.
No texto referente a Dilma, a publicação lembra que protestos populares pediram sua renúncia no começo deste ano, pouco meses após a reeleição. "Rousseff, que na campanha prometeu aproveitar o petróleo e impulsionar a economia, agora enfrenta um escândalo de corrupção que envolve a estatal Petrobras", aponta a Forbes. A revista diz ainda que sua taxa de aprovação caiu para 13% e que o PIB do País deve encolher este ano.

Em Destaque

Em 2014, o Brasil tinha outras duas representantes na lista, que este ano não se classificaram entre as 100 mulheres mais poderosas do mundo: Maria das Graças Foster (na 16ª posição) e Gisele Bündchen (89ª). A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, aparece este ano na 16ª colocação, enquanto a presidente do Chile, Michelle Bachelet, está no 27º lugar.
No topo do ranking a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se mantém invencível no 1º lugar. Na sequência está a ex-secretária de Estado e presidenciável norte-americana Hillary Clinton. Depois vem a filantropa Melinda Gates; a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen; a executiva-chefe da GM, Mary Barra; e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. Na sequência do top 10, após Dilma, estão a diretora-operacional do Facebook, Sheryl Sandberg; a executiva-chefe do YouTube, Susan Wojcicki; e a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

"Violento por natureza"... / Flávia Oliveira no blog de Ricardo Noblat

Violento por natureza
No Brasil, o ‘salve, simpatia’ só existe no consenso. Pintou conflito, sobra agressão. País dá vexame em ranking de segurança pessoal
Violência urbana (Foto: Arquivo Google)Flávia Oliveira, O Globo
País forjado na chibata dos escravocratas e nos castigos físicos do jesuítas, o Brasil, além de bonito, é violento por natureza. O “salve, simpatia” só é visível no consenso. Pintou conflito, sobram grito, xingamento, sopapo, chute, facada, tiro. Passou da hora de mirar o espelho e encarar a imagem de uma sociedade envelhecida em barris de brutalidade.
O brasileiro bate no filho e na mulher. Esmurra vizinho na reunião de condomínio e motorista em sinal de trânsito. Espanca LGBT em praça pública e torcida rival dentro de estádio de futebol. Tortura preso político e réu inconfesso. Esfaqueia universitário que discute preço em restaurante e ciclista em cartão postal. Lincha assaltante, adúltera e dona de casa vítima de boato na internet. Atira em morador de favela na porta de casa, em missionária religiosa no campo, em estudante em ponto de ônibus e em policial de folga. Degola traficante e jornalista. Chacina presidiário e suburbano. ONG americana Social Progress Imperative publica todo ano um ranking de qualidade de vida. Na edição 2015 do Índice de Progresso Social, divulgada mês passado, o Brasil aparece na 42ª posição entre 162 nações. Marcou, no geral, 70,89 pontos numa lista que a Noruega lidera com 88,36.
Na dimensão segurança pessoal, que leva em conta taxa de homicídios e de crimes violentos, sensação de segurança, terror político e mortes no trânsito, dá-se o vexame. O país marcou míseros 35,55 pontos; é 122º em 133 avaliados. Entre os vizinhos de América do Sul, só ganha da Venezuela. No topo do rol, está a Islândia, com 93,57 pontos; no pé, o Iraque, com 21,91.

Brasil está sem graça.. As instituições só servem para criar escândalos e renda para os políticos ?


25.05.2015 | 06h30

Mortos e alunos de alta renda tiveram bolsas do Prouni, aponta auditoria
Controladoria Geral da União constatou 47 mortos entre bolsistas em 2011. Mais de 4,4 mil estavam fora das regras de renda entre 2006 e 2012.



Clique para ampliar


DO G1

Uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) aponta que ao menos 47 alunos do Programa Universidade para Todos (Prouni), gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), tiveram bolsas de estudo pagas pelo governo federal após sua morte.


A auditoria, cujo relatório foi publicado em março de 2015, considerou dados do período entre 2006 e 2012. Ela avaliou os dados de mais de 1 milhão de bolsistas do Prouni.

O G1 procurou o MEC e aguarda posicionamento da pasta.

Entre 2006 e o primeiro semestre de 2012, os auditores encontraram 3.800 estudantes beneficiados apesar de não se enquadrarem nos critérios de renda do Prouni e outros 12.052 que receberam a bolsa de estudos sem ter estudado em escola pública ou como bolsista em escola particular.
O QUE É O PROUNI?
Programa federal que concede bolsas de estudos integrais ou parciais em instituições particulares para estudantes de baixa renda oriundos de escola pública ou bolsistas de escola particular.

O Prouni é um programa federal que concede bolsas de estudos integrais ou parciais em instituições particulares para estudantes de baixa renda oriundos de escola pública ou bolsistas de escola particular.

Na primeira edição de 2015, o programa ofertou 213.113 bolsas — 135.616 integrais e 77.497 parciais. Mais de mil instituições de ensino superior participam do programa.

Fragilidades na fiscalização
O relatório da CGU aponta fragilidades na fiscalização dos critérios de seleção do Prouni. Para verificar se havia bolsas pagas para estudantes mortos, a auditoria cruzou os dados dos beneficiários com o Sistema Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi).

A falha no pagamento de 47 bolsas para alunos mortos foi constatada na análise de matriculados em 2011. Eles apareciam como regularmente matriculados, mas já estavam mortos. Um deles faleceu antes mesmo de se tornar bolsista.

Ao verificar se os estudantes com bolsa tinham cursado o ensino médio em escola pública ou como bolsistas de escola particular, conforme preveem as regras do programa, a CGU aponta que 12.052 candidatos receberam bolsa apesar de terem afirmado no formulário que não preenchiam essas condições.

No início de 2012, 33 dos 179,6 mil bolsistas que ingressaram no Prouni cursaram algum ano do ensino médio em escola particular sem bolsa, o que impediria a disputa de bolsa paga pelo governo.

Alta renda
A CGU considerou ainda se os alunos que recebiam bolsas integrais participavam do grupo com renda familiar de até um salário-mínimo per capita. O relatório indica que, de 2006 ao primeiro semestre de 2012, 3.800 candidatos que não se enquadravam nas regras de renda para participar do programa como bolsistas integrais.

Outros 621 tinham renda familair superior a três salários-mínimos per capita, valor máximo para receber bolsa de 50% do Prouni.

O relatório critica o fato do sistema não verificar rotineiramente a renda familiar. "Assim, não é possível que o sistema calcule se o bolsista continua dentro da condicionalidade renda ou se houve um substancial aumento socioeconômico (condição obrigatória de encerramento de bolsa)."

A auditoria também cruzou os dados oferecidos pelos bolsistas com informações da Rais (Relação Anual de Informações). O relatório indica que, em 2011, 18.895 bolsistas tinham renda familiar maior na Rais que a informada no sistema do programa de bolsas.

"Os resultados apresentados evidenciam que as informações relativas à renda do grupo familiar apresentadas pelos candidatos não são fidedignas, ocasionando a concessão de bolsa a candidato sem perfil de renda", aponta o relatório.

A CGU indica que o Ministério da Educação vincule o sistema do Prouni com a base de dados de CPF da Receita Federal para que esse tipo de divergência não seja possível.

Conclusão do relatório
A auditoria apontou que o sistema de gestão do Prouni tem "rotinas adequadas", mas sugere aprimoramento. Não foram divulgados valores dos eventuais prejuízos para o governo federal.

"No que concerne aos mecanismos de supervisão e controle do Sisprouni, embora os resultados demonstrem que o sistema apresenta rotinas adequadas de realização de críticas, verificaram-se fragilidades, tendo em vista a existência de inconsistências em sua base de dados concernentes à ausência de preenchimento de campos essenciais de identificação do bolsista, bem como registros relacionados aos critérios de elegibilidade exigidos pelo Programa", afirmou o relatório.

"Marin e Del Nero deveriam estar na cadeia!" > Romário, senador, sobre atuação de dirigentes da CBF


Uma seleção privatizada?

A CBF nega que seus contratos com uma empresa influam na convocação de jogadores


Jogo Camarões x Brasil na Copa. / BERNAT ARMANGUE (AP)



No mês de julho passado, quando a Alemanha arrasou o prestígio futebolístico brasileiro em sua própria casa, o país do jogo bonito exigiu uma revolução esportiva: uma melhor organização do futebol-base, um modelo de rentabilidade que saneasse seus campeonatos e uma investigação das denúncias de corrupção na poderosa Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde os tempos em que era dirigida por Ricardo Teixeira, genro do ex-presidente da FIFA (e também corrupto) João Havelange. O ex-jogador Romário, hoje senador, chegou a pedir uma comissão parlamentar de inquérito: “Marin e Del Nero deveriam estar na cadeia!”, afirmou sobre os dirigentes máximos da entidade. Especulou-se inclusive com a contratação de Pep Guardiola como treinador, na esperança de que um técnico estrangeiro modernizasse os esquemas táticos de um futebol deprimido, e ainda rompesse os vínculos de amizade (“máfia”, diz Romário) que mantiveram a tomada de decisões sobre o esporte mais popular de um país de 200 milhões de habitantes entre um grupo reduzido de pessoas durante décadas.
A escolha de Dunga como técnico esfriou o entusiasmo popular. Não só por ele já ter ocupado o posto recentemente, mas por sua concepção pouco chamativa de jogo e sua pouca experiência no posto. Os resultados, até agora, o endossam: o Brasil ganhou as oito partidas amistosas disputadas desde setembro e enfrenta a próxima Copa América com um pouco mais de confiança. A última que venceu (2007) foi exatamente com Dunga como técnico. Sua mão firme parece ter unido de novo uma equipe que saiu arrasada doMineiraço, e até o esquecido Robinho volta a justificar suas inesperadas convocações com gols.
Há uma semana, o jornal O Estado de S. Paulo publicou contratos “confidenciais” assinados entre a CBF e uma sociedade de fachada sediada nas Ilhas Cayman (International Sports Events, ISE), segundo os quais a federação deve pagar uma multa de 500.000 dólares se jogadores estrelas como Neymar não estiverem sobre o gramado em uma partida da seleção. A empresa de marketing, que explora comercialmente a marca, paga um milhão de dólares pelos direitos de cada encontro amistoso e exige, em troca, contrapartidas. O contrato prevê que a CBF deve apresentar um atestado médico para a International Sports Events quando um jogador ficar no banco, e que a “CBF poderá substituí-los por outros jogadores do mesmo nível, segundo seu valor de mercado e capacidade técnica”. O ISE tem, além disso, os direitos exclusivos para a organização das partidas em qualquer país do mundo: determina o preço dos ingressos e tem poder de decisão até sobre os rivais da equipe brasileira em partidas preparatórias. O acordo secreto exclui, em princípio, toda tributação pelos valores pagos.
A CBF rejeitou taxativamente as insinuações, chamando de “ridículas” e “absurdas” as denúncias de que tenha “vendido” a seleção e nega qualquer influência externa na convocação de jogadores: “Os critérios para escolher a equipe nacional brasileira são, e sempre serão, do técnico” [...] A CBF não vendeu a seleção brasileira. Em nenhum momento o contrato influiu na composição da equipe, nem no julgamento do treinador”. A nota oficial da Federação expressa, além disso, que a “hipótese ridícula não se sustenta sobre qualquer prova e se explica apenas pela necessidade do jornalista Jamil Chade [autor da matéria] de procurar notícia fácil que gere escândalos”.
Os dirigentes do futebol brasileiro negam também que as exigências comerciais dessa empresa possam bloquear o desenvolvimento de jovens talentos, em uma seleção que não mantém, nem de longe, a qualidade de décadas anteriores. As revelações ilustram, no entanto, o poder financeiro da seleção nacional e seus vínculos com agentes comerciais, sociedades instaladas em paraísos fiscais e a própria FIFA, na qual Ricardo Teixeira (promotor do contrato) foi membro do Comitê Executivo até sua demissão de todos os cargos em 2012 por um escândalo milionário e seu posterior exílio em Miami. A empresa International Sports Events é uma subsidiária do grupo saudita Dallah Al Baraka Group, associado ao escândalo de subornos milionários que aposentou para sempre do futebol Mohamed bin Hammam, do Catar, ex-candidato a presidente da FIFA e ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol.
Romário voltou a chamar de “criminosos” os dirigentes da CBF e expressou em público seu desejo de que “o técnico Dunga não aceite esse esquema nojento”. Segundo o campeão do mundo de 1994, “o futebol sofre porque os atuais gestores agem em sua própria conveniência [...] Só modernizaram o que podia maximizar seus benefícios. Mantiveram a tirania, a falta de transparência e a permanência eterna no poder”. O jornalista José Cruz também qualificou, em seu blog, a gestão da CBF de “criminosa” e escreveu: “Essa revelação ressuscita a tese sobre a representatividade da Seleção Brasileira, que se apresenta em nome da nação, desfila com a Bandeira Nacional e pratica o principal patrimônio esportivo do país. No entanto, a renda dessas exibições não contribui para o fortalecimento do futebol, internamente. ‘Clubes e federações estão quebrados’, dizem os cartolas”.

A empresa de marketing paga um milhão de dólares pelos direitos de cada encontro amistoso e exige, em troca, contrapartidas
A plataforma Bom Senso exige há anos uma profunda renovação e o saneamento do futebol brasileiro “para que volte a ser o país do futebol”, com propostas concretas que foram ouvidas pessoalmente pela presidenta Dilma Rousseff e estão sendo debatidas no Congresso durante a renegociação da dívida milionária dos clubes brasileiros com a Fazenda. Um de seus líderes, o meio-campista internacional Alex, também reagiu duramente à divulgação dos contratos: “O futebol é patrimônio do povo brasileiro e não pode ser usurpado por tanto tempo por uma sociedade privada como a CBF [...] Como ex-jogador, minha maior preocupação é com o futebol brasileiro, que tem muitos clubes endividados, está pobre de ideias e tem pouca preocupação de melhorar. A CBF enriquece comercialmente, mas se preocupa pouco com o futebol”.
Ele já tinha avisado o então presidente da CBF, José Maria Marin, semanas antes da Copa de 2014: “O futebol brasileiro está no purgatório. Se ganharmos, vamos para o céu. Se não, desceremos para o inferno”. Falta agora ver se haverá consenso algum dia sobre as causas de uma crise tão profunda.

domingo, 24 de maio de 2015

Alejandro Sanz Corazon Partio (MTV) legendado em português

O mundo visto através de um véu islâmico / El País / fotos

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/18/album/1431971543_095259.html#1431971543_095259_1431971671


O mundo através de um véu islâmico

De preto dos pés à cabeça, uma mulher libanesa de 32 anos posa no teto de sua casa em Beirute, a capital do Líbano. Seu pai é xiita e sua mãe é sunita. Ela usa o ‘nicabe’, peça de roupa que esconde o rosto e deixa descobertos apenas os olhos. Estes, por sua vez, podem ser cobertos por um fino véu quase transparente. Normalmente, elas também usam o resto do corpo coberto. Nas imagens seguintes o mundo é mostrado através do nicabe, com a falta de nitidez como as mulheres a enxergam


México ganhou do Brasil a quarta posição da indústria automobilista do planete


Como o México se tornou a 'menina dos olhos' da indústria automobilística global?

  • Há 9 horas
(Reuters)
O México tornou-se objeto de desejo da indústria automobilística global. O setor, um dos motores da economia, está passando por um novo boom.
A americana Ford e a japonesa Toyota anunciaram no mês passado a construção de novas plantas no país, totalizando investimentos da ordem de US$ 4 bilhões (R$ 12 bilhões).
Levando-se em conta os últimos dois anos, são mais de US$ 20 bilhões (R$ 60 bilhões) aplicados em novas fábricas ou na expansão das já existentes.
O México, o 4º maior exportador de veículos do mundo, desbancou o Brasil no ano passado e passou a ocupar o 7º lugar no ranking de produção. Em 2014, o país fabricou quatro em cada 100 automóveis do mundo.
E, a este ritmo, estima-se que o México possa chegar à 4ª posição em menos de uma década, logo depois de China, Estados Unidos e Japão. Há seis anos, o país ocupava o 10º lugar.
A subida no ranking se deve ao aumento da produção, em parte explicado pela chegada de novas montadoras ao país.
Hoje, oito fabricantes globais de veículos produzem automóveis no México.
E o número deve crescer ainda mais, com o lançamento das fábricas, no ano que vem, da sul-coreana Kia e da alemã Audi.
Já em 2017, chega a nipo-americana Infiniti; no ano seguinte, é a vez da alemã Mercedes Benz. Em 2019, a alemã BMW e a japonesa Toyota inauguram suas plantas no país.
O setor, essencial e emblemático para a economia do país, representa cerca de 3% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma dos bens e serviços) e emprega 1,7 milhões de pessoas, incluindo empregos diretos e indiretos.

Razões para o sucesso

(AFP)
A indústria automotiva representa quase 3% do PIB do México e emprega 1,7 milhão de pessoas
Em primeiro lugar, a localização geográfica do país, às portas do mercado de automóveis dos Estados Unidos ─ o maior do mundo, com boas ligações com o Atlântico e o Pacífico, e com a Ásia, faz do México um ímã para as montadoras.
Segundo, sua vasta rede de acordos de livre comércio, que lhe dão acesso a 45 países, também tornou o país um local atraente para os investidores.
O terceiro ponto, consenso entre os representantes da indústria, é o custo.
"Não só é mão de obra barata, mas também pesam a eficiência e a qualidade dos produtos mexicanos", disse Luis Lozano, analista de indústria automotiva mexicana da consultoria PwC, à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
O apoio a nível estatal vem desempenhando um papel importante nesse sentido.
A indústria automobilística "tem sido uma das mais privilegiadas em termos de política pública para aproveitar e promover o seu crescimento e desenvolvimento", disse Armando Soto, presidente da consultoria Kaso & Associates, à BBC Mundo.
Na opinião de Soto, outro fator importante para compreender o boom do setor é a "estabilidade macroeconômica e financeira" do México.

Indústria premium

(BBC Mundo)
Tratados de livre comércio despertam interesse das montadoras no México
Outra surpresa é de que o México conseguiu atrair o interesse de marcas de luxo.
Audi, BMW, Infiniti, Lincoln, Mercedes Benz...algumas das montadoras do setor premium decidiram transferir parte da sua produção para o país.
A alemã Audi é uma delas. A montadora está construindo no Estado de Puebla uma fábrica que deve se tornar operacional no ano que vem.
Inaugurada a planta, a produção do SUV Q5 deve migrar de sua sede em Ingolstadt, no sul da Alemanha, para o leste do México.
Dali sairão para o mundo, exceto a China, 150 mil unidades do utilitário. Estima-se que cerca de 99% da produção será exportada.
"Fomos os primeiros deste segmento a vir para o México porque estamos confiantes de que o país está pronto para dar o próximo passo", disse à BBC Mundo Javier Valadez, porta-voz da Audi México.
"O México está na vanguarda no aspecto do capital humano", acrescentou Valadez, "segundo estatísticas oficiais, mais engenheiros se formam aqui do que na Alemanha por ano".

"Carros lixo"

(AFP)
Alemã Audi constrói fábrica que deve estar operacional no ano que vem
Mas há um paradoxo no modelo mexicano: ele é essencialmente exportador. Oito em cada dez veículos fabricados no país são vendidos no exterior.
Ainda que no primeiro trimestre 3.500 veículos tenham sido vendidos por dia, marca recorde para o país, o mercado interno ainda não "decolou".
O Canadá, por exemplo, com um terço da população mexicana, vendeu 60% mais veículos no ano passado.
Há dez anos, o país não consegue superar a barreira dos 1,2 milhão de veículos novos vendidos anualmente.
E um dos motivos são os chamados "carros chocolate".
Ou "carros lixo", como descreveu Eduardo Solís, presidente da Associação Mexicana da Indústria Automotiva (AMIA).
"A importação desses automóveis dos Estados Unidos provocou um dano brutal em nosso mercado doméstico. Trata-se de lixo veicular, porque nos Estados Unidos esses carros não têm outro destino senão o ferro-velho, mas acabam sendo vendidos aqui", disse Solís à BBC Mundo.
Solís se refere aos 7,5 milhões de carros importados dos Estados Unidos nos últimos nove anos que não podem mais circular naquele país por questões ambientais, mas trafegam pelas ruas do México.
(BBC)
Com modelo essencialmente exportador, México manda para fora oito em cada dez veículos que fabrica
Em média, a frota mexicana tem idade média de 16 anos, o dobro da dos Estados Unidos.
As importações de usados durante os últimos dez anos representam 75% das vendas de veículos no mercado local.
Por trás disso, dizem especialistas, está a falta de acesso ao crédito, problema enfrentado por milhões de mexicanos.
No México, 60% dos carros novos são financiados. No Brasil, por exemplo, esse percentual é maior, de 80%.
Dois terços dos veículos vendidos no mercado local têm preço que varia entre 214 mil e 256 mil pesos (cerca de R$ 43 mil a R$ 52 mil).
E esse é o segmento mais acessível.
"Se você considerar o poder de compra da maioria da população, mais de 50% dos mexicanos dificilmente podem adquirir um veículo zero quilômetro se não recorrerem a um financiamento", explica Soto.
"Mas aí vem outro problema: há muitos trabalhadores na informalidade e essa força de trabalho não pode acessar o mercado financeiro".
A japonesa Nissan parece ter uma resposta para esse problema.
A subsidiária mexicana, que detém 25% do mercado, foi reconhecida pela matriz no ano passado como a de melhor faturamento a nível mundial.
Uma das explicações, argumentou à BBC Mundo Herman Morfin, porta-voz da Nissan, é que "estamos oferecendo financiamento a um segmento da população a que os bancos e outras empresas não oferecem, ou seja, estamos falando de pessoas que não têm como comprovar renda".

Futuro

Olhando para o futuro, os desafios são muitos.
"O México tem de chegar em 2020 com uma infraestrutura que lhe permita que, tal como atualmente, tenhamos a facilidade de movimento de peças, componentes, veículos terminados tanto nos portos de entrada quanto no território nacional", disse Solis.
"Estamos falando de portos, estradas e, claro, ferrovias", acrescentou.
O México espera produzir 6 milhões de veículos em 2022, desbancando a Alemanha do quarto lugar mundial.
Mas especialistas dizem que para isso não bastará apenas uma forte demanda global.
"Um grande desafio é o crescimento do mercado interno. É preciso chegar a 1,5 milhão de unidades vendidas nos próximos cinco anos", afirmou Soto.
"Se esse plano fracassar", acrescentou o analista, "será difícil que o nível de investimento aumente e o potencial de crescimento se amplie", concluiu.