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terça-feira, 9 de junho de 2015

Novidades da Lava Jato inclui o Palácio do Planalto / Guilherme Fiuza



Guilherme Fiuza

Lava Jato toca a campainha do Palácio  

Youssef afirmou que se sentia “mais seguro” por saber que tinha a proteção do Planalto


GUILHERME FIUZA
04/06/2015 - 08h00 - Atualizado 04/06/2015 08h00


O doleiro do petrolão afirmou, em delação premiada, que o Palácio do Planalto sabia do esquema. Citou pelo menos três ex-ministros de Dilma cujos nomes ouviu várias vezes nos momentos decisivos das operações criminosas. Alberto Youssef disse também aceitar acareações com qualquer um. O esquema bilionário que funcionou mais de década exatamente sob os governos do PT, operado por diretores da Petrobras nomeados ou protegidos pelo grupo político governante, chegou à sua hora da verdade. Ou o Brasil acredita que o doleiro Youssef botou a República debaixo do braço e fez o governo inteiro refém, ou o comando da quadrilha terá de aparecer.

Youssef afirmou, em seu depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba, que se sentia “mais seguro” em suas operações criminosas por saber que tinha a proteção do Palácio do Planalto. Marcos Valério não chegou a dizer literalmente a mesma coisa, mas o julgamento do mensalão mostrou que ele também era assegurado pelo Palácio – tanto que o então ministro-chefe da Casa Civil acabou condenado e preso. Nos dois megaescândalos, dois tesoureiros do PT presos, acusados de participar de desvios de dinheiro de estatais para o partido. E o Brasil, chupando o dedo, não liga lé com cré e se recusa a entender que esse é um padrão de governo.

Aliás, “a única forma de governar o Brasil” – como Lula teria afirmado a José Mujica, ex-presidente do Uruguai. Os dois ex-presidentes naturalmente negaram que se tratasse do reconhecimento do escândalo, mas o livro que traz essa passagem é absolutamente claro ao contextualizá-la como referência ao mensalão. Um dos autores do livro, Andrés Danza, declarou não ter dúvidas de que assim a fala de Lula fora entendida por Mujica – com quem, aliás, Danza tem excelente relação. Possivelmente o ex-presidente uruguaio, chapa de Lula, achou que expondo a confissão de “culpa” do colega brasileiro em relação ao escândalo iria humanizá-lo. É um tipo de humanismo que passarinho não bebe.

A tolerância do Brasil com os métodos escancarados do PT beira o masoquismo. A pessoa em quem Dilma Rousseff mais investiu para ser seu braço direito no governo chama-se Erenice Guerra, investigada em dois escândalos de tráfico de influência dentro do Palácio – este que Youssef diz que o fazia sentir-se seguro, o mesmo de onde foi engendrado o mensalão. É uma vertiginosa sucessão de coincidências. Ou então o Brasil gosta de apanhar.

Gosta porque não se mexe. Está esperando a Justiça capturar a quadrilha. E vai esperar sentado. A domesticação da corte máxima dessa Justiça apresenta neste exato momento mais um capítulo circense – talvez o de maior audiência, pelo que tem de bizarro. O país assiste à indicação de mais um soldadinho petista para o Supremo Tribunal Federal – um simpatizante do MST, para ter uma ideia do nível de aparelhamento a que está chegando a Justiça brasileira, esta que a plateia está esperando pegar os chefes do bando. O novo indicado por Dilma para o STF tem até site feito pela mesma pessoa que faz o do PT, provando que a independência não livra ninguém dos sortilégios da sincronicidade.

O Congresso Nacional teria a chance de devolver essa carta marcada ao Planalto, reprovando a indicação de Luiz Edson Fachin ao Supremo. Mas o Congresso é... o Congresso. E assim o país vai assistindo candidamente ao adestramento das suas instituições pelos companheiros progressistas, que conseguiram subjugar até as contas públicas – travestindo o balanço governamental através da contabilidade criativa e das já famosas pedaladas fiscais (tão famosas quanto impunes). Claro que a lavagem cerebral companheira já chegou forte a escolas de todo o país – sendo que até colégios militares andam sendo coagidos a ensinar o conto de fadas petista, coalhado de ideologias exaltando as pobres vítimas do capitalismo que mandam no Brasil (pelo visto, para sempre).

O Congresso Nacional está em cima do muro, o governo está atrás do muro e o Supremo está atrás do governo. Só o povo, com ou sem panelas, pode afrontar essa barricada no coração do Estado brasileiro e libertá-lo – exigindo que a Lava Jato siga o dinheiro até o fim. E levando a investigação até dentro desse Palácio que protege doleiros

Mais atrapalhadas do PT, do Lula, da Camargo Corrêa...


BRASIL

Empresas de Lula receberam R$ 4,53 milhões da Camargo Corrêa
Laudo da PF aponta que empreiteira repassou R$ 3 mi ao Instituto Lula e R$ 1,527 mi para a empresa de palestras do petista entre 2011 e 2013
Por: Laryssa Borges, de Brasília - Atualizado em 



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião do Partido dos Trabalhadores (PT) na zona sul de São Paulo (SP)
Revelação dos negócios do ex-presidente Lula com a Camargo Corrêa aparece pela primeira vez nos autos da Lava Jato (Andre Penner/VEJA)
Duas empresas vinculadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberam, entre 2011 e 2013, 4,53 milhões de reais da empreiteira Camargo Corrêa, gigante da construção e um dos alvos da Operação Lava Jato, que desmantelou uma quadrilha que atuava sangrando os cofres da Petrobras. Laudo da Polícia Federal registra que a empreiteira pagou três parcelas de 1 milhão de reais cada ao Instituto Lula entre dezembro de 2011 e dezembro de 2013 e mais 1,527 milhão de reais para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, também do petista, entre setembro de 2011 e julho de 2013.

LEIA TAMBÉM:

É a primeira vez que os negócios do ex-presidente Lula com a Camargo Corrêa aparecem nos autos da Operação Lava Jato, após um amplo levantamento da Polícia Federal sobre as finanças da construtora. Dois executivos da companhia, Dalton Avancini e Eduardo Leite, já aceitaram fazer acordos de delação premiada e confirmaram que foram pagos pela empreiteira, ao longo de seis anos, 110 milhões de reais em propinas na Petrobras para os ex-diretores de Serviços, Renato Duque, e de Abastecimento, Paulo Roberto Costa. Em sua delação premiada, Eduardo Leite afirmou que "entre 2007 e 2012 a construtora pagou 110 milhões de reais em propinas, sendo 63 milhões de reais para a Diretoria de Serviços e 47 milhões de reais para a Diretoria de Abastecimento".
No levantamento feito pela Polícia Federal na contabilidade da Camargo Corrêa, os investigadores que atuam na Lava Jato conseguiram mapear impressionantes 183,79 milhões de reais em doações "de cunho político", entre 2008 e 2013, e repasses a partidos políticos e candidatos das mais diversas legendas. Foram detectados ainda o envio de 67 milhões de reais para o lobista Julio Camargo, empresário que também fez acordo de delação premiada e confirmou que o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e operador do PMDB no escândalo do petróleo, recebeu 40 milhões de dólares em propina em uma transação envolvendo a compra de navios-sonda da Samsung Heavy Industries.
Há ainda repasses para a empresa Costa Global, consultoria de fachada utilizada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para receber propina e pagamentos a consultorias ligadas a Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo de Fernando Collor de Mello e apontado como parceiro do atual senador alagoano no esquema criminoso na Petrobras.
Em um cálculo que a Polícia Federal considera como "conservador", apenas entre 2008 e 2013 a empreiteira recebeu 2,05 bilhões de reais da Petrobras. Apenas no caso das empresas Treviso e Piemonte, que também aparecem na triangulação do esquema de pagamento de propina na Petrobras, a Camargo desembolsou 67,77 milhões de reais, mesmo "não tendo prestado qualquer serviço", de acordo com a PF.

Sobre suicídio assistido... Stephen Hawking e sua vida

http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/06/stephen-hawking-eu-consideraria-suicidio-assistido-se-nao-tivesse-mais-contribuicoes-fazer.html

Stephen Hawking: "Eu consideraria suicídio assistido se não tivesse mais contribuições a fazer"

Stephen Hawking (Foto: getty)

Ofamoso autor de "Uma breve história do tempo" afirmou, em um programa da BBC, que consideraria dar um fim à própria vida se sentisse ser um fardo para outras pessoas e se 'não tivesse mais contribuições a fazer'. Por sorte, Hawking afirmou que sabe que tem muito trabalho pela frente, apesar de estar em estágio avançado de esclerose lateral amiotrófica (ELA) que fez com que ele perdesse controle de seu corpo.
"Manter alguém vivo contra a sua vontade é uma grande indignidade", afirmou o físico. 
Não é a primeira vez que Hawking mostrou seu apoio para o suicídio assistido - em 2014 ele revelou como ele tentou morrer durante sua operação de traqueostomia. "Tentei, brevemente, cometer suicídio ao parar de respirar. Mas o reflexo para respirar era muito forte".
Ele afirmou que pessoas que ajudam seu parentes ou amigos a morrer quando este é o desejo claro das pessoas não deviam ser submetidas a julgamento. Mas o físico também afirma que todas as medidas que garantem que exista o desejo da morte devam ser tomadas. 
"Nem pensem que eu vou morrer antes de desvendar mais segredos do Universo", declarou.
Durante a entrevista, Hawking afirmou se sentir mal por não conseguir se comunicar com facilidade, o que faz com que muitos fãs e colegas fiquem nervosos ao se aproximar dele e começar uma conversa. "Muitas vezes fico solitário porque pessoas têm medo de falar comigo, ou não querem esperar para que eu escreva uma resposta", contou. O mecanismo que permite que o físico fale através de uma voz artificial é controlado por seus movimentos faciais em uma tela. Através de um movimento sutil na bochecha ele seleciona palavras e letras para formar frases inteiras (saiba como a interface funciona neste texto escrito pelo próprio Hawking).
"Sou tímido e fico cansado muito facilmente. Acho difícil conversar com pessoas que não conheço".
Hawking está em uma cadeira de rodas desde 1960. Seu diagnóstico foi feito quando ele tinha 21 anos - na época, médicos disseram a ele que ele tinha apenas dois anos de vida. Sua história de superação é conhecida mundialmente e, recentemente, foi popularizada pelo filme "A Teoria de Tudo".
Via Guardian

Mais do mesmo... Mais delação premiada para animar o Petrolão

terça-feira, junho 09, 2015




Júlio Faerman, o delator mascarado, é novo homem-bomba do petrolão. (Foto: Veja
Um dos personagens mais importantes do escândalo do petrolão firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Júlio Faerman, lobista da construtora de navios SBM Offshore e pagador de propina a funcionários da Petrobras por mais de uma década, aceitou o termo de colaboração no dia 13 de maio.
A informação, que até agora não havia vindo a público, consta do despacho que a ministra Rosa Weber enviou à CPI da Petrobras para garantir que Faerman mantenha-se calado no depoimento que deveria prestar nesta terça-feira.
Por meio do acordo de delação, Faerman se compromete a revelar todos os atos ilícitos dos quais participou no esquema e a devolver os recursos ilegais que tiver obtido.
Vários delatores do esquema de corrupção apontam Faerman como o responsável por pagar propina oriunda de contratos da SBM com a Petrobras.
Em sua delação, o gerente da estatal Pedro Barusco chegou a admitir ter recebido propina de Faerman desde 1997 - inicialmente, de forma individual. Depois, já no governo do PT, de maneira "institucionalizada". Barusco também afirmou que o lobista providenciou o pagamento de 300.000 dólares para o caixa dois da campanha de Dilma Rousseff, em 2010. Como os recursos tiveram origem no exterior, a confirmação do episódio pode levar até mesmo à cassação do registro do Partido dos Trabalhadores. Do site da revista Veja

Dilma começa buscar melhorar a confiança e lança programa de 200 bilhões em infraestrutura


Governo lança plano de logística de R$200 bi, mas 65% do investimento virá após 2019

terça-feira, 9 de junho de 2015 18:54 BRT
 
Por Leonardo Goy e Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal lançou nesta terça-feira mais um ambicioso plano de investimentos em infraestrutura, estimado em quase 200 bilhões de reais, como parte do esforço da administração Dilma Rousseff de criar uma agenda positiva.
Com a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), Dilma e sua equipe buscam melhorar a confiança na economia brasileira, que caminha para ter em 2015 o pior desempenho em 25 anos, com contração superior a 1 por cento.
Porém, mais de 65 por cento dos investimentos totais de 198,4 bilhões de reais em portos, ferrovias, rodovias e aeroportos estão previstos para ocorrer apenas a partir de 2019, já no mandato do próximo presidente da República.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo acredita que o PIL ajudará a impulsionar os investimentos de modo que o país volte a crescer a uma taxa de 3 por cento ao ano.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) saudou o novo PIL, mas disse que é preciso "assegurar condições para que a implantação dos projetos de concessão se confirmem no prazo estabelecido".
RETORNO E FINANCIAMENTO
Na etapa edição do PIL, lançada em 2012 no primeiro mandato de Dilma, o governo foi criticado por ter fixado taxas de retorno consideradas muito baixas pelo mercado, o que teria diminuído o interesse pelos projetos.   Continuação...
 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Os enrolos do PT / coluna de Augusto Nunes / Estadão

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/opiniao-2/editorial-do-estadao-as-tramas-do-lulopetismo/


02/06/2015 
 às 11:05 \ Opinião

Editorial do Estadão: As tramas do lulopetismo

Documento interno da corrente do PT da qual Lula é o mandachuva, a ser apresentado no Congresso do partido que se reúne este mês em Salvador, proclama: “Não se pode fazer da necessidade de sanear a situação fiscal a ocasião para a apologia de uma política econômica conservadora, cujas consequências bem conhecemos”. A crise em que o projeto de poder de Lula mergulhou o País sugere, porém, que a forma mais adequada de colocar a questão é outra: não se pode fazer da necessidade de defender conquistas sociais a ocasião para a apologia de uma política econômica populista e irresponsável cujas consequências, que bem conhecemos, é o empobrecimento geral.
Não passam de pura encenação e de mero jogo de disputa de poder os arreganhos dos lulopetistas contra o projeto de ajuste fiscal coordenado, em nome da presidente da República, pelo ministro Joaquim Levy. Ninguém no PT ignora que o futuro do partido depende da capacidade do governo, pelo qual o partido é responsável, de corrigir os próprios erros para promover a recuperação da economia e a retomada do crescimento, condição essencial à garantia e ampliação de conquistas sociais. Ninguém, no PT de Lula, ignora que a gravidade da situação exige o remédio amargo do corte de despesas e aumento de taxas e tributos, agora, indispensáveis para o saneamento das contas públicas. Ninguém no PT de Lula – como, de resto, todos os brasileiros, à exceção talvez da militância acrítica e da massa sindical manipulada – ignora que o ajuste fiscal exige sacrifícios do conjunto da sociedade e não apenas dos mais pobres, embora seja sensato e justo cuidar para que o impacto sobre estes últimos seja o menor possível.
Mas o lulopetismo está comprometido, muito mais do que com a defesa de causas populares das quais se proclama patrono exclusivo, com sua própria ambição de permanecer no poder a qualquer custo. Por isso não se peja de, sendo o partido do governo, posar de opositor às medidas que o governo propõe para tirar o País do buraco no qual o lançou.
A estratégia lulopetista consiste em atacar Joaquim Levy, o “mão de tesoura”, o “neoliberal”, o “representante dos banqueiros”, na tentativa de vê-lo substituído pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, antigo e competente membro do quadro petista, saudado como “desenvolvimentista”. Supondo que Dilma Rousseff se deixe pressionar a ponto de promover essa troca, o que ocorrerá? Nelson Barbosa vai rasgar o programa de ajuste fiscal que ajudou Levy a elaborar e está ajudando a implantar, independentemente de eventuais divergências pontuais com o parceiro? Dilma Rousseff, que claramente apoia o trabalho que seu ministro da Fazenda desenvolve em seu nome, vai pedir desculpas ao PT e abandonar a “política econômica conservadora”?
Se o comando da equipe econômica viesse a ser assumido por alguém indicado pelo PT – na hipótese aparentemente improvável de que, por qualquer razão, Joaquim Levy deixasse o cargo –, é difícil de acreditar que, no essencial, alguma coisa mudasse. O discurso oficial seria certamente “adaptado” às tradicionais bandeiras petistas, mas o programa de ajuste permaneceria basicamente o mesmo, por absoluta falta de alternativa. E, docemente constrangidos, os petistas assumiriam a mesma postura pragmática que adotaram no primeiro mandato de Lula, quando as bases para seu ambicioso programa social foram garantidas pela estrita observância dos fundamentos do Plano Real e Lula e o PT faturaram alto com os resultados obtidos.
De qualquer modo, um problema sério estaria criado. Quando nomeou Joaquim Levy, a presidente da República tinha em mente a intenção de conquistar a confiança e o apoio do mercado para o desafio de recolocar o País na trilha do crescimento. É certo que os agentes financeiros e econômicos, daqui e de fora, considerariam uma eventual reviravolta dessa natureza um retrocesso definitivamente comprometedor da credibilidade do governo Dilma.
Aos trancos e barrancos o governo tem conseguido aprovar no Congresso as propostas para o reajuste fiscal. Se tudo der certo, todos ganham, inclusive o PT. Mas Lula continua pescando em águas turvas para poder botar em Dilma a culpa de tudo o que der errado.

Controle da mídia está na pauta de discussão no Parlamento

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/cunha-diz-que-tentativas-de-controle-da-midia-nao-prosperarao-no-parlamento
  • BRASIL
  • GOVERNO

  • Cunha diz que tentativas de controle da imprensa não prosperarão no Parlamento

    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antes da sessão para a votação da MP 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília(Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)

    O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está em viagem ao exterior, hoje, em Moscou, para participar do fórum parlamentar dos Brics, fez hoje em seus perfis oficiais nas redes sociais - Twitter e Facebook - uma defesa da liberdade de imprensa.

    "Tentativas de controle dos meios de comunicação não prosperarão no Legislativo", avisou, parabenizando os profissionais do setor pela comemoração neste domingo, 7, do Dia da Liberdade de Imprensa. Na defesa de seu argumento, o peemedebista diz que a liberdade deve prevalecer em todas as circunstâncias porque tem se consolidado como baluarte da democracia.
    "Praticamos todos os dias o direito constitucional, a manifestação livre, que é da atividade parlamentar. A Câmara é um ambiente propício à discussão. É inaceitável a censura travestida de regulação. Essa Casa jamais dará acolhida e repudiará qualquer tentativa que possa resvalar em atitude autoritária, qualquer tentativa de controle dos meios de comunicação não irá prosperar no Legislativo."

    A defesa da regulação da mídia é uma das bandeiras do Partido dos Trabalhadores e da presidente Dilma Rousseff. Assim que foi reeleita, em outubro do ano passado, a petista defendeu a regulação econômica da mídia, sem interferência no conteúdo, sob argumento de que apenas seis famílias controlam 70% da imprensa brasileira.

    Para a presidente, a regulação servirá para impedir o monopólio e os oligopólios regionais dos meios de comunicação no país. Em razão da polêmica dessa proposta, apesar da defesa de Dilma, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva (PT), disse no mês passado que o projeto de regulação da mídia não faz parte das prioridades do governo.

    A crítica de Eduardo Cunha a qualquer tentativa de regulação da mídia ocorre na mesma semana em que o tema estará em discussão na Câmara dos Deputados. Nesta quinta, 11, a partir das 9h30, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, a assessora da presidência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Ana Carolina Lopes de Carvalho, o professor da Universidade de Brasília (UnB) Murilo Cesar Ramos e a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, falarão sobre a regulação econômica dos meios de comunicação, em audiência pública requerida pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP).

    Duas propostas serão discutidas nessa audiência pública na Câmara dos Deputados, o projeto de lei (PL) 4026/2004, de autoria do ex-deputado Cláudio Magrão (PPS-SP), e o projeto de lei (PL)6667/2009, do deputado Ivan Valente (Psol-SP). Ambos regulamentam a Constituição Federal (Art. 220), impondo limites à propriedade dos meios de comunicação e à audiência, com a finalidade de coibir o monopólio no setor.

    (Com Estadão Conteúdo)

    07/06/2015 às 17:26 - Atualizado em 07/06/2015 às 17:26

    O ressentimento está invadindo a cabeça de autoridades com síndrome de pânico ou com complexo de inferioridade...

    http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2015/06/coisa-aqui-ta-preta.html

    A coisa aqui tá preta 

    Substituir o livre arbítrio e até mesmo a Divina Providência pela mão protetora do Estado babá, o Estado guia, o Estado provedor, é um sonho dos engenheiros sociais
    Sandro Vaia
    Mapa do Brasil (Foto: Arquivo Google)

    Peguei emprestado um salvo conduto do Chico Buarque de Holanda e portanto posso ser politicamente incorreto. 
    Você sabe, tem gente que pode fazer isso sem ser chamada de racista e tem gente que não pode nem pensar em usar uma expressão dessas sem ser linchado em praça pública.
    Na música “Caro Amigo”, onde ele relatava a situação do Brasil durante a ditadura militar a um suposto amigo distante, Chico diz que a "coisa aqui tá preta” e, como estava mesmo, ninguém se lembrou de chamá-lo de racista. Se ele fosse um coxinha, estaria crucificado. Como é um progressista, está liberado. E aplaudido, claro.
    Então vamos usar do salvo conduto e repetir: a coisa aqui tá preta.
    Otelo, o mouro de Veneza, ainda não foi expulso de campo, mas falta pouco para isso. Machista, ciumento doentio, e além de tudo, um mouro. Na próxima montagem teatral, duvido que Otelo passe em brancas nuvens (racismo de sinal trocado pode).
    Li no Facebook um manifesto de um grupo pró-igualdade racial exigindo a troca do nome de um restaurante chamado “Senzala”, porque isso lembra a escravidão, que deve ser esquecida para sempre. Como Ruy Barbosa, que mandou queimar documentos sobre a escravidão para apagar da História essa ignomínia. Os historiadores agradeceram, penhorados.
    A paranoia politicamente correta ganhou a contribuição de um obscuro vereador petista de São José, cidade do interior do Espírito Santo. Ele conseguiu transformar em lei uma proposta que proíbe os restaurantes da cidade de colocar o saleiro à disposição dos clientes, em nome da preservação da saúde deles, ameaçada pelo poder hipertensivo do sódio.
    Mas acontece que eu faço questão de temperar a minha própria salada e conclamo todos os habitantes da próspera cidade capixaba a um movimento de resistência civil, que deveria alastrar-se por todo o Brasil, sob o sagrada bandeira da liberdade de mandar na própria vida: deixem o saleiro na mesa!
    É muito gratificante saber que o Estado, que é uma superestrutura de altruísmo, formada por várias camadas de generosidade e amor ao próximo, esteja tão preocupado em guiar os passos de seus cidadãos, para evitar que eles façam xixi nas calças, cocô fora do penico, e comam, bebam ou fumem coisas que podem prejudicar a saúde.
    Substituir o livre arbítrio e até mesmo a Divina Providência pela mão protetora do Estado babá, o Estado guia, o Estado provedor, é um sonho recorrente dos engenheiros sociais que estão em busca de plantar os alicerces da sociedade perfeita.
    Querem apenas guiar-nos em direção ao bem, e nós, ingratos, resistimos.
    Não há de ser por outra razão, por exemplo, que o pró- reitor da Universidade Federal de Santa Maria (RS), mandou um memorando aos diretores de todos os departamentos pedindo para identificar todos os alunos e professores de origem israelense. O pedido foi feito por sindicatos de professores, DCE, e o Comitê Santa-mariense de Solidariedade ao Povo Palestino. O pró-reitor, em vez de jogar o pedido no lixo, o repassou a todos os departamentos da universidade.
    Para que localizar professores e alunos de origem israelense? Para bordar uma estrela amarela na roupa deles? Nem o pró-reitor que assinou o memorando nem o reitor da universidade conseguiram justificar o pedido.
    Como é que três assuntos tão diferentes, como o sal, o antissemitismo e o nome de um restaurante dizem tanto a respeito de um momento de degradação moral de um país?
    A coisa aqui está mesmo preta.

    domingo, 7 de junho de 2015

    "A agonia de um segredo " / Fernando Gabeira./ coluna de Augusto Nunes (atualizado)

    http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/opiniao-2/fernando-gabeira-a-agonia-de-um-segredo/


    05/06/2015
     às 9:56 \ Opinião

    Fernando Gabeira: A agonia de um segredo

    Publicado no Estadão
    FERNANDO GABEIRA
    Quando surgiu, achei grave e um pouco subestimado o veto de Dilma ao projeto de transparência nos negócios do BNDES. Ela entrou em conflito com o Congresso. Dias depois, o próprio Supremo autorizou o Tribunal de Contas a ter acesso aos empréstimos à Friboi, empresa que financia generosamente as campanhas do PT.
    Em qualquer país onde o governo entre em choque com o Congresso e o Supremo o tema é visto como uma crise institucional. Como se não bastasse, Dilma entrou numa terceira contradição, desta vez consigo mesma: partiu dela a lei que libera o acesso aos dados públicos.
    O ministro Luiz Fux (STF) sintetizou seu voto numa entrevista: num banco que move dinheiro público, o segredo não é a arma do negócio.
    O PT tem razão para temer a transparência. Súbitos jatos de luz, como a denúncia do mensalão e, agora, do petrolão, abalaram seus alicerces. No caso do BNDES, não se trata da possibilidade de escândalos. É uma oportunidade para conhecer melhor a história recente.
    Empresas amigas como a Friboi e a Odebrecht, governos amigos como os de Cuba e Venezuela, foram contemplados. Em ambos, a transparência vai revelar o viés ideológico dessa orientação. Um porto em Cuba, um metrô em Caracas são apenas duas escolhas entre mil possibilidades de usar o dinheiro. Para discutir melhor é preciso conhecer os detalhes. Na campanha Dilma mentiu sobre eles, ocultando o papel de fiador do Brasil.
    O que sabemos da Friboi? Os dados indicam que destinou R$ 250 milhões a campanhas do PT. Teremos direito de perguntar sobre os detalhes do empréstimo do BNDES e até desconfiar de seus elos com campanhas eleitorais.
    A análise da política do governo deverá estender-se à sua fracassada tentativa de criar empresas campeãs. Quem foram e quem são os parceiros, que tipo de transação? Como dizia Cazuza, mostre sua cara, qual é o seu negócio, o nome do seu sócio.
    No momento do veto prevaleceu uma certa Dilma. Mas a outra Dilma, a que mandou a lei de acesso, é que estava no rumo certo da História. Não só porque a transparência é um desejo da sociedade, mas porque a tecnologia estreita o espaço do segredo.
    Os debates nos EUA concentram-se hoje numa restrição à vigilância de indivíduos, sem licença judicial. Mas chegam a essa discussão graças a Edward Snowden, que revelou os próprios segredos do governo.
    Ironicamente, Dilma foi espionada pelos EUA e decreta o sigilo nos dados de um banco que movimenta recursos públicos. Sou solidário com ela no primeiro episódio. Evidente que seria atropelada no segundo. Esta semana começou a ensaiar a retirada, via Ministério do Comércio, que vai disponibilizar dados das transações internacionais e algumas nacionais.
    O PT deveria meditar sobre o segredo. Ele foi detonado pela quebra do segredo entre quatro paredes, no mensalão. Agora, no caso da Petrobrás, entraram em cena novos mecanismos de investigação, melhor tratamento dos dados.
    Nos primeiros meses de governo, já tinha uma visão do PT. Nem todos a compartilhavam, pois o partido venceu três eleições depois de 2002. Aos poucos, os momentos de transparência sobre os escândalos foram criando uma percepção nacional sobre o tipo de governo que se implantou no Brasil.
    Não há dúvidas de que os segredos do BNDES serão revelados. Sociedade, Congresso e Supremo caminham numa mesma direção. E o próprio governo começa a abri-los.
    É um elo para a compreensão do papel do PT. Embora ainda não tenha os dados completos, já posso afirmar que o BNDES financiou pobres e ricos. Mas ambos, os pobres de socialismo, como os ricos aqui, do Brasil, são escolhidos entre os amigos do governo. De um modo geral, o processo foi de financiar amigos ricos para que construam para os amigos pobres.
    Tanto a Friboi como a Odebrecht fazem parte dessa constelação política econômica que dominou o fluxo dos investimentos do BNDES. Isso teve repercussão nas campanhas eleitorais. De um lado, o Bolsa Família assegurava a simpatia dos eleitores: de outro, a bolsa dos ricos contribuía para as campanhas do tipo vivemos num paraíso. Contribuía, porque hoje sabemos que outras fontes menos sutis, como o assalto à Petrobrás, injetavam fortunas no esquema.
    Falou-se muito no petrolão como o maior escândalo da História, mobilizando pelo menos R$ 6 bilhões. Quando todos os segredos, inclusive os do fundo de pensão, forem revelados, não importa a cifra astronômica que surgir daí: o grupo brasileiro no poder é o mais voraz em atuação no planeta. Não posso imaginar salvação depois da conquista desse título.
    O PT e aliados podem continuar negando, na esperança de que o tempo amenize tudo. É uma tática de avestruz. Será que não se dão conta de que apenas um décimo da população os aprova hoje? O que será do amanhã, quando quase todos saberão quase tudo sobre o que fizeram com o País?
    Nesta paisagem de terra arrasada, a economia é apenas uma das variáveis. O processo político degradou-se, os valores foram embrulhados por uma linguagem cínica, a credibilidade desapareceu já há tempo. O Brasil pode até conviver com esse governo, que tem mandato de quatro anos. Mas não creio que mude de opinião sobre ele, alternando momentos de um desprezo silencioso com as manifestações de hostilidade.
    Um governo nasce morto e a lei nos determina um velório de quatro anos. Muito longos, até os velórios costumam ser animados. E algo que anima este velório é a revelação dos últimos segredos, como o sigilo do BNDES e tantas outras linhas de suspeita que foram indicadas nas investigações da Petrobrás. E daqui por diante nem o futebol será uma distração completa. A cúpula da Fifa transitou de um hotel cinco-estrelas para uma cela de prisão. Imprevisíveis roteiros individuais rondam os donos do poder. E essa história ainda será escrita com todas as letras.

    Listas de tudo de Veja

    http://veja.abril.com.br/listas/

    AS LISTAS DE VEJA

    Informação, curiosidade e diversão que enriquecem a notícia