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domingo, 28 de junho de 2015

Socorro para as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos que atendem pelo SUS...

 http://wp.clicrbs.com.br/visor/2015/06/28/confederacao-das-santas-casas-e-hospitais-filantropicos-lanca-campanha-acesso-a-saude/?topo=67,2,18,,,77


Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos lança campanha Acesso à Saúde

28 de junho de 20150
Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) lança nesta segunda-feira a campanha Acesso à Saúde – Meu Direito é um Dever do Governo. O manifesto é um pedido de socorro dos hospitais privados e filantrópicos que atendem pelo SUS. Em Santa Catarina, por exemplo, eles representam 70% das consultas. Por conta da defasagem da tabela do SUS, além dos atrasos dos repasses de recursos por parte dos governos, as dívidas dos hospitais em Santa Catarina já ultrapassam os R$ 200 milhões.

Um ensaio sobre direitos, maturidade, amor e assuntos correlatos / Olavo de Carvalho / Mídia sem Máscara

http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/15920-2015-06-28-06-17-07.html


A essência da ideologia gayzista consiste precisamente em colocar o desejo homoerótico acima de todos os valores reais, possíveis e imagináveis.
A principal característica de uma sociedade doente é a ascensão de almas imaturas e atrofiadas aos postos mais altos, de onde podem impor o seu subdesenvolvimento moral e emocional como padrão normativo para uma sociedade inteira.

Todo animal cresce e se desenvolve no sentido de alcançar a realização das potencialidades máximas da sua espécie, não de qualquer outra. Esse auge é o que se chama "maturidade". Uma vaca leiteira alcança a maturidade quando se torna capaz de produzir quarenta litros de leite por dia. Um urso, quando se torna grande, pesado, forte e feroz o bastante para matar outros ursos -- fêmeas e filhotes inclusive. Umbloodhound, quando se torna capaz de seguir uma pista por cem quilômetros. A escala do desenvolvimento sexual que expus na primeira parte deste artigo (http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/15912-2015-06-23-22-29-17.html) é própria e exclusiva do ser humano. Ela é a medida de aferição da maturidade humana. Quem não chegou à última etapa está abaixo da medida humana. Pode estar evoluindo para alcançá-la ou pode estar fazendo o possível para estacionar nas primeiras etapas, tomadas fetichisticamente como se fossem a essência última do fenômeno sexual. Pode estar até se esforçando para que outros também estacionem. A característica fundamental do sociólogo mirim é o ódio à maturidade.
O que há de mais belo, nobre e elevado no ser humano é justamente o processo no qual, por transmutações sucessivas, o mais egoísta dos instintos se transfigura em bondade, generosidade, perdão e auto-sacrifício. Abdicar disso é renunciar à vocação humana e tentar competir com outras espécies animais naquilo que lhes é próprio.
Esse processo não deve ser confundido com algum pretenso “conflito entre matéria e espírito” – um chavão gnóstico que, nesta época de confusão mental estupenda, muitos tomam como cristão. O impulso evolutivo está dentro do próprio instinto sexual, que se compõe ao mesmo tempo de uma ânsia de auto-satisfação e de uma tendência incoercível à busca de um objeto. O conflito permanente entre o centrípeto e o centrífugo, entre imanência e autotranscendência é inerente à própria força sexual, e é isso que faz dela, de maneira inteiramente natural, o motor do processo evolutivo que descrevi. É patente que os sociólogos mirins não observaram suficientemente o fenômeno sobre o qual pontificam, já que nem mesmo chegam a notar a sua natureza contraditória e dialética, mas o tomam simploriamente como uma força unívoca voltada à busca de uma generalidade chamada “prazer”.
O Brasil não será um país adulto enquanto os sexólogos mirins não forem expulsos da vida pública.
O impulso sexual primário é uma pura agitação interna do organismo, uma mera urgência fisiológica que aparece sem a necessidade de nenhum excitante externo e pode ser satisfeita por mera fricção mecânica da genitália – masculina ou feminina.
Esse impulso – a libido -- é uma energia sem alvo: não vem com nenhum objeto definido, mas tem de encontrá-lo e fixar-se nele com a ajuda da emoção imaginativa, seja estética (níveis III e IV), seja moral (níveis V e VI).
O impulso sexual permanece mais ou menos o mesmo ao longo de toda a vida de um indivíduo. É como um motor que, por si, não determina o rumo do veículo, mas depende, para isso, de um piloto capaz de enxergar o terreno e escolher os trajetos. A progressiva fixação do impulso nos sucessivos objetos não o modifica em nada, apenas o integra em funções diferentes conforme o objeto que a emoção imaginativa lhe oferece vai se tornando mais sutil, mais rico e mais complexo.
A escalada de seis níveis está, em princípio, ao alcance de todos os seres humanos, mas qualquer um está sujeito a voltar a uma fase anterior, sobretudo se não logra encontrar ou possuir o novo objeto que o atrai para um “salto evolutivo” da consciência e para um novo e mais elevado patamar da experiência erótica.
É evidente que só quem percorreu o trajeto inteiro está habilitado a formar uma visão abrangente e objetiva da experiência sexual, que os outros só enxergam de maneira parcial e subjetivista – não raro solipsista – determinada pela sua fixação numa etapa que se recusa a passar.
Infelizmente, este último é o caso da maioria dos “formadores de opinião”, universitários ou midiáticos, que se oferecem gentilmente para modelar a vida sexual alheia segundo a medida do seu próprio subdesenvolvimento existencial.
***
Um exemplo característico é a tendência ou vício de denominar “amor”, indiscriminadamente, toda e qualquer expressão do desejo sexual.
Nessa perspectiva, é fácil condenar qualquer restrição às práticas sexuais mais grosseiras como um atentado contra o “amor”.
Mas é evidente que o termo “amor” só é cabível quando se fala do terceiro nível para cima. No primeiro estamos no reino da pura fisiologia, no segundo tudo não passa de reflexo condicionado. Num deles o objeto está ausente; no outro, é apenas o gatilho ocasional que dispara uma reação do organismo. Amor sem objeto é contradição de termos.
A característica mais fundamental do desejo sexual é a tensão permanente entre o impulso interno de auto-satisfação orgânica e a busca do objeto externo, o foco que o limita e ao mesmo tempo o intensifica.
No primeiro nível, a safisfação deve ser obtida da maneira mais rápida, material e direta possível. Mas o sexo é um impulso imanente que busca transcender-se. Do segundo nível em diante, a satisfação é adiada cada vez mais, em vista de um acréscimo de qualidade.
Nos dois primeiros níveis, é tudo fisiologia, nada mais. Nos niveis III e IV, o objeto é definido pela imaginação estética. Nos níveis V e VI o estético é transcendido pelo impulso moral: generosidade, proteção, compreensão, amparo, carinho etc.

Essa diferenciação de níveis é característica do ser humano, estando ausente em todas as demais espécies animais. Ela é a sexualidade propriamente humana. Nesse sentido, a escalada que vai desde a necessidade orgânica até as expressões mais elevadas do amor altruísta é a via normal e portanto normativa da vida sexual humana. Mesmo aqueles que não são capazes de diferenciar claramente os seis níveis têm uma vaga antevisão disso, como o prova o fato de que condenam as condutas sexuais egoístas – ao mesmo tempo que, paradoxalmente, chamam tudo de “amor”.

Um exemplo especialmente deprimente de sexologia infantilizada nos é fornecido pelos “formadores de opinião” que definem a pedofilia como “uma forma de amor”. Um professor de filosofia que diz que a pedofilia é "amor", como fazem os srs. Clovis de Barros e Paulo Ghiraldelli, está obviamente desqualificado para o exercício de tão séria atividade intelectual. Não por ter dito uma imoralidade. Há imoralidades que são filosoficamente valiosas (as obras de Nietzsche estão repletas delas). Nem por ter feito apologia do crime. Ele pode ter dito o que disse com puro intuito teorizante, em tese, sem desejo de incentivar. Está desqualificado por manifesta incapacidade de fazer uma distinção fenomenológica elementar. A pedofilia, pela sua estrutura mesma, nunca pode ser amor a uma pessoa, porque é fixação simbólica na sua imaturidade, isto é, numa situação cronológica passageira. As crianças crescem, tornam-se adultas e perdem interesse para o pedófilo, que tem de buscar novos objetos de prazer na mesma faixa etária dos anteriores. Por definição, a fixação erótica numa circunstância externa não é amor a uma pessoa. Na nossa escala, a pedofilia, como o fetichismo ou o sadomasoquismo, está no nível II e não tem absolutamente nada a ver com o amor – embora a convivência entre o pedófilo e sua vítima possa despertar secundariamente algum tipo de emoção amorosa, pelo menos unilaterial, como o ativista homossexual Rudi van Dantzig documentou muito claramente no seu pungente  depoimento For a Lost Soldier (The Gay Men's Press, 1996). Qualquer primeiranista de filosofia, ou melhor, qualquer cidadão inteligente sem treino filosófico, tem de ser capaz de fazer essa distinção quase instintivamente.

Outro exemplo de puerilismo é o clamor gayzista pela legalização do “casamento gay” sob a alegação de “igualdade de direitos”.

As leis do matrimônio civil ou religioso não foram feitas para proteger, exaltar e fomentar o sexo heterossexual, mas, bem ao contrário, para moderar e controlar a sua prática, às vezes drasticamente. A proposta do “casamento gay”, ao contrário, visa a legitimar, a tornar respeitável e inatacável a homossexualidade em todas as suas formas e versões, inclusive grupais, obscenas, ofensivas e públicas como aquelas da Parada Gay. O casamento tal como a sociedade o conhece há milênios é uma autolimitação voluntária do impulso heterossexual, em vista de valores mais altos. O casamento gay, ao contrário, é um salvo conduto para que uma classe de pessoas tenha um direito ilimitado aos prazeres sexuais que bem deseje, da maneira e no local que bem entenda, livre das limitações legais e morais que pesam sobre o restante da espécie humana.

(Não deixa de ser deprimentemente irônico que, numa época em que tanto se discute “maioridade penal”, esta mesma noção tenha se reduzido a uma formalidade cronológica totalmente esvaziada de qualquer referência aos traços substantivos que constituem a maioridade psicológica e moral, sem os quais ela não faz o menor sentido.)
Se existe algo como a noção de “maioridade legal”, é porque obviamente o exercício de determinadas funções na sociedade – a começar pela mais geral e disseminada, a “cidadania” -- requer a maioridade substantiva, a maturidade da alma e do espírito, da qual a maioridade legal não é senão um sinal convencional de reconhecimento.
Não obstante, desaparecida do cenário mental a noção da maioridade substantiva, o exercício de altas funções sociais se tornou compatível com a mais rasteira imaturidade psicológica. Pessoas como os srs. Clovis de Barros, Paulo Ghiraldelli, Jean Willys, Gregório Duvivier  e similares são aqueles que denomino “sexólogos mirins”: crianças crescidas que dão lições de moral aos adultos.
Um critério elementar e patente de maturidade é a atitude do cidadão para com seus próprios impulsos sexuais.
Um ser humano maduro, equilibrado e saudável não hesitará em pensar, falar e agir contra os seus mais óbvios interesses sexuais, em nome de valores que lhe pareçam mais altos. Um homossexual pode fazer isso? Pode. Karol Eller e meu aluno Alexandre Seltz, homossexuais assumidos, deram exemplo disso, ao posicionar-se contra os excessos blasfematórios do movimento gayzista. Mas a essência da ideologia gayzista consiste precisamente em colocar o desejo homoerótico acima de todos os valores reais, possíveis e imagináveis. Por isso é que digo: um homossexual pode ser uma pessoa madura, equilibrada e saudável. Um gayzista, nunca. E é por isso que os gayzistas não respeitam nada nem ninguém. Eles simplesmente não podem fazê-lo sem ter de abdicar do princípio mais básico da sua ideologia.
É quase impossível um gayzista entender isso, pois para tanto precisaria reconhecer que sua pretensão de mando é incomparavelmente maior que a dos mais empedernidos machistas conservadores e que o que ele deseja não é a “igualdade de direitos” e sim a mais cínica e prepotente desigualdade, que um adulto normalmente desenvolvido jamais exigiria.
Numa sociedade saudável, os adultos mal desenvolvidos e imaturos permanecem nas camadas mais baixas da hierarquia social, onde podem fazer relativamente pouco dano às demais pessoas. A principal característica de uma sociedade doente é a ascensão de almas imaturas e atrofiadas aos postos mais altos, de onde podem impor o seu subdesenvolvimento moral e emocional como padrão normativo para uma sociedade inteira.
Não é possível corrigir os males sociais mais graves sem devolver essas pessoas ao anonimato do qual jamais deveriam ter saído.

Publicado no Diário do Comércio.
http://olavodecarvalho.org

Muita calma nessa hora... E a família vai aceitar a intromissão do Governo que tem poucos exemplos de cidadania.?

http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/15921-2015-06-28-06-28-42.html


criancas-bricando-mundo
www.tudointeressantea.com.br

Incutir tal disparate na cabeça das crianças da mais tenra idade, mediante imposição legislativa, usando a sala de aula e a autoridade do professor, é uma fraude à biologia e à experiência humana.

Nota oficial do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, braço freudiano do PT, informa que se a ideologia de gênero não for incluída nos planos decenais de educação, Joãozinho e Maria estarão sob forte possibilidade de se tornarem agentes ou vítimas de "discriminações, exclusões e iniquidades decorrentes das relações de gênero e sexualidade". Leia a íntegra aqui: www.crprs.org.br/noticias_internas.php?idNoticia=2971.

Estou à espera de que alguém me indique o motivo pelo qual, numa sala de aula onde o bullying faz sofrer o aluno mais gordo, o mais baixo, o gago, o de óculos, o que tem maiores dificuldades de aprendizagem, a única forma de discriminação que causa rebuliço nos legislativos e suas galerias é a discriminação por motivo de conduta sexual. Pergunto: o respeito não é devido a todos, sempre? Por que eleger o sexo como essência do convívio respeitoso, num espaço onde há tanto desrespeito, inclusive ao professor? E note-se: o preconceito e muitos outros males se instalaram nas escolas precisamente quando elas se assumiram como lugares de "construção da cidadania" ou de revolução social.

A partir do momento em que o Congresso Nacional suprimiu do Plano Nacional de Educação as referências a gênero, adotando preceito corretíssimo "(...) erradicação de toda forma de discriminação", certas organizações foram à loucura. Através do Ministério de Educação, manietaram a lei e criaram um hospício legislativo, obrigando estados e municípios a deliberar novamente sobre o assunto.

O que não dizem, e só é conhecido por quem acompanha os debates nacionais e internacionais sobre as ditas questões de gênero, é que essa ideologia pretende ensinar crianças e adolescentes que não existe aquilo que existe - a homossexualidade masculina e feminina, e o sexo com o qual se nasce. Não satisfeitos, afirmam, lisamente, que o gênero é uma construção e que convencer as crianças disso faz parte indispensável da "desnaturalização dos papeis de gênero e sexualidade" (leia a nota, está tudo lá).

Ora, incutir tal disparate na cabeça das crianças da mais tenra idade, mediante imposição legislativa, usando a sala de aula e a autoridade do professor, é uma fraude à biologia e à experiência humana. Introduzir esse conteúdo em cartilhas e figurinhas com o intuito de formatar mentes infantis, afronta sua inocência e invade os direitos educativos dos pais. É perversa manipulação e agressão ao ECA. Combata-se o bullying, ensine-se a igual dignidade de todas as pessoas independentemente de suas diferenças naturais, mas não se obrigue crianças e adolescentes, como parte da atividade escolar, a aprender errado sobre sua própria natureza. 
         
Diferentemente do que pretende o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, retirar esses conteúdos dos planos estaduais e municipais de Educação não é "excluir o respeito à diversidade sexual". Ao contrário, colocar foco exclusivamente nessa pauta é discriminar o universo dos desrespeitados. Quem merece respeito é a pessoa humana, sempre. A escola deve ensinar a não discriminação em quaisquer circunstâncias. E ponto. O resto é, deliberadamente, criar grave desorientação e ensinar errado, por ideologia ou perversa intenção.


"Não chegamos ainda nem perto do fundo do poço "... / Armínio Fraga em entrevista à Folha de SP/ Prosa e Política

http://prosaepolitica.com.br/2015/06/28/entrevista-arminio-fraga-temos-hoje-um-pais-que-esta-morrendo-de-medo-folha-de-s-paulo/#.VZBkpxtViko

Entrevista Armínio Fraga: Temos hoje um país que está morrendo de medo – Folha de S.Paulo

Arminio-FragaNão chegamos ainda nem perto do fundo do poço, diz Armínio Fraga – Folha de S.Paulo
Raquel Landim
Principal assessor econômico do candidato derrotado à Presidência Aécio Neves (PSDB), o economista Armínio Fraga diz que hoje o Brasil está morrendo de medo
de tudo: recessão, inflação, desemprego.
“A campanha foi um show de mentiras. Agora o custo é este: um país morrendo de medo”, disse à Folha.
Na época, a presidente Dilma foi acusada de disseminar entre a população o medo de crise e arrocho se houvesse vitória da oposição.
Ele afirma que Dilma expõe o ministro Joaquim Levy (Fazenda) ao escalá-lo para discutir o ajuste fiscal com o Congresso.
“Mandaram o general para a linha de frente com uma espada na mão”, comparou.
Para o economista, que presidiu o Banco Central no governo FHC e hoje é sócio da Gávea Investimentos, o governo deveria ter optado por uma meta de superavit primário (receitas menos despesas) menor neste ano. A seguir, trechos da entrevista.
*
Folha – A economia brasileira amargará 1,5% de recessão neste ano. O que está ocorrendo?
Armínio Fraga
 –
O governo chutou o pau da barraca [do gasto público] nas eleições e agora paga a conta. Isso já tinha acontecido no início do primeiro mandato da presidente Dilma. A situação hoje é pior porque o país entrou muito torto na história. A evolução da dívida é assustadora, e a recessão morde firme. É possível ver isso na indústria, no setor imobiliário.
Hoje o quadro está sendo tratado de maneira mais razoável, mas ainda insuficiente. O ajuste fiscal não vai resolver tudo. É preciso cortar mais o gasto, que é rígido.
Os empresários reclamam que o governo cortou investimentos, mas não reduziu gastos. Qual é a sua opinião?
O ajuste fiscal requer um debate profundo sobre o tamanho do Estado. Não vou nem discutir qual é o tamanho do Estado ideal.
Alguns países deram certo com um Estado grande, como os escandinavos. Outros funcionam com um Estado menor, como os EUA. Só que o Estado precisa ser funcional e hoje temos um Estado meio capturado.
Sem essa discussão, o ajuste está sendo feito do jeito que dá. Algumas medidas são boas, mas há problemas. Surgiu essa história de acabar com o fator previdenciário [que desestimula a aposentadoria precoce], que considero uma loucura.
O PSDB votou contra o fator previdenciário. O que você acha da posição do partido?
Não falo pelo PSDB. Tenho simpatia pelo partido e gosto de trabalhar com o ex-presidente Fernando Henrique e com o Aécio.
O partido foi infeliz no tema do fator previdenciário, mas tem agido bem. O PSDB tem que ser o bastião de grandes ideias e princípios. Nessa confusão toda, não é fácil.
Qual é o efeito da crise política na economia?
A situação política é caótica. O país tem 32 partidos, 29 representados no Congresso e quase não existe discussão de programa de governo.
Há essa percepção de que a política está terceirizada para o PMDB, mas claramente o PT não está satisfeito. A oposição tenta se posicionar, mas ainda não engrenou o ritmo.
Por que o governo não faz reformas estruturais?
O Levy lida com muitas restrições, inclusive da chefe dele, que é responsável por tudo isso que está aí. É uma situação muito constrangedora.
Ele está muito exposto [negociando com o Congresso]. Mandaram o general para a linha de frente com uma espada na mão, algo que não se via há 500 anos. É da época de Alexandre, o Grande.
Na sua opinião, o governo deveria reduzir a meta de superavit primário?
O superavit de 1,2% do PIB foi planejado com estimativas muito otimistas para a economia. Desde o início, o governo deveria ter optado por uma meta menor no primeiro ano e mais ambiciosa nos dois anos seguintes. Agora, mexer na meta não é fácil.
Mas a arrecadação não está correspondendo às expectativas. Não é melhor assumir que não dá para cumprir a meta?
Não sei o que eles vão fazer. A minha opinião é que deveriam ter colocado uma meta menor neste ano e deixado claro qual é o pagamento das “pedaladas” passadas. Classificar direito o que é uma conta do passado e o que é um ajuste permanente.
O governo tem armas para combater a recessão?
A capacidade de reação do governo está prejudicada pela inflação alta e por um Orçamento muito precário.
Portanto, as ferramentas anticíclicas tradicionais não estão disponíveis em razão de uma herança que Dilma deixou para ela mesma.
É uma situação muito difícil, e quem vai pagar o pato, como sempre, é a população.
Até quando vai a recessão?
É preciso não confundir. Vivemos um ciclo de curto prazo provocado pelo aquecimento da economia antes das eleições e temos um problema de médio prazo.
Daqui a um ano ou um ano e meio, podemos até sair do ciclo de curto prazo, mas teremos questões estruturais.
Agora, se ficar claro que existem respostas para as questões estruturais, ajuda a quebrar o ciclo porque as empresas se animam a investir.
O governo está tentando estimular investimentos com o programa de concessões de infraestrutura.
Sim. Mas tem tido uma imensa dificuldade de executar os projetos. E vão utilizar esse dinheiro para vencer as contas do ano, enquanto deveriam abater dívidas.
Na campanha eleitoral, você foi criticado por dizer que o país entraria em recessão, e hoje isso se concretizou. Como você se sente?
Aquilo foi um grande teatro, um show de mentiras. O Aécio e o Fernando Henrique falaram isso o tempo todo. O custo é este: temos um país morrendo de medo.
Com medo de quê?
De tudo: recessão, desemprego, inflação. Não sou político, vivo de administrar o dinheiro dos meus clientes. Se for pessimista, estou acabado, mas tenho que ser realista. A situação não está boa.
As empresas estão demitindo. A situação vai piorar?
Infelizmente, acredito que não chegamos ao fundo do poço. Espero estar errado, mas analiticamente não estamos nem perto disso.Havia um represamento de demissões em razão das incertezas que as eleições geram. Agora a situação ficou clara e as empresas demitem.Esse ciclo, no entanto, ainda mal começou.

Qual é o impacto do aumento do desemprego?
As centrais sindicais, que sempre foram a base do PT, já estão reclamando. Existe uma briga no próprio governo. Pode gerar mais manifestações de ruas e mais dificuldades para aprovar o ajuste fiscal. Governar nesse contexto não é fácil.
O BC exagerou na alta de juros para atingir a meta de inflação de 4,5% no fim de 2016?
É uma meta muito ambiciosa. Dá para chegar a esse resultado em dois anos, mas vai exigir disciplina e um pouco de sorte. Talvez fosse mais fácil deixar para 2017.
O problema é que a inflação está acima da meta há bastante tempo, as contas públicas se deterioraram e o país ameaça perder a classificação de risco. Se o governo tivesse mais credibilidade, poderia ser mais gradual.

Hino a Lula.../ Demetrio Magnoli/ blog do Murilo

sábado, 27 de junho de 2015

É bom conhecer um pouco de Neuro Linguística para suportar os políticos brasileiros... / Época

http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/06/os-tipos-da-politica-brasileira-segundo-linguagem-corporal.html


IDEIAS


Os tipos da política brasileira segundo a linguagem corporal


O tímido, o inseguro, o atrevido... Expressões faciais e pequenos gestos podem revelar personalidades, verdades e mentiras

RODRIGO CAPELO
24/06/2015 - 08h00 - Atualizado 24/06/2015 14h51



Em Lie to Me, série que se inspirou no trabalho do renomado psicólogo Paul Ekman, especializado em emoções humanas, o protagonista é um investigador que consegue dizer se tal acusado realmente cometeu o crime somente ao notar, na face e nos gestos dele, padrões que apontem verdades, mentiras e sentimentos. É um exagero típico da televisão americana, claro, mas levanta uma hipótese que faria qualque brasileiro festejar: o que seria do político se houvesse alguém que analisasse suas expressões e gestos e descobrisse o que ele realmente pensa sobre o que diz?


É com esta ideia em mente que ÉPOCA consultou dois especialistas em linguagem corporal: Giovanni Mileo, com experiência em marketing político, e Paulo Sergio de Camargo, autor dos livrosLinguagem Corporal e Não Minta Para Mim! Psicologia da Mentira e Linguagem Corporal. Ambos assistiram a vídeos de uma dezena de políticos, anotaram padrões e os classificaram em nove tipos.


Que fique claro: para que esse estudo fosse conclusivo, científico, seriam necessárias muito mais horas de análise e muito mais vídeos de períodos mais abrangentes das carreiras desses políticos. O intuito, aqui, é mostrar que pequenos gestos, conscientes ou involuntários, podem reforçar o que o interlocutor fala ou podem revelar o que ele não gostaria que fosse revelado.


>> Leia também: O que Dilma Rousseff diz (sem querer) com gestos e caretas


Aécio Neves – O aflito


O senador tucano concorreu com Dilma Rousseff pela Presidência da República em 2014 e perdeu. Em 2015, tentou surfar na onda gerada por manifestações populares nas ruas para se notabilizar como principal nome da oposição ao PT. Uma dessas ocasiões ocorreu logo após os protestos de 15 de março, e nela especialistas notaram que há um Aécio Neves aflito por trás do opositor de discurso ferrenho.


Assim que começou a dizer que "é essencial que as oposições continuem reunidas" a jornalistas (0:05 do vídeo abaixo), Aécio tem rugas na testa e entre as sobrancelhas, o que especialistas chamam de "ruga da dificuldade", ambos sinais de tensão. "Ele sabe que vai ser muito difícil manter as oposições reunidas", interpreta Camargo. Depois (0:32), os cantos da boca apontam para baixo, indício de tristeza. A face ao falar das pessoas que votaram nele para presidente (0:56) demonstra raiva contida. É um misto que leva a aflição.





O aflito: Aécio Neves, senador e presidente do PSDB (Foto: Reprodução / YouTube)


Eduardo Cunha – O chefe


Eduardo Cunha disputa eleições há 17 anos, hoje preside a Câmara dos Deputados e tem tamanha influência que foi comparado a Frank Underwood, o parlamentar fictício que manipulou adversários na série americana House of cards até virar presidente dos Estados Unidos. Seus gestos apontam na mesma direção. Quando foi voluntariamente à CPI da Petrobras para "prestar esclarecimentos" sobre as acusações de que fez parte do esquema de propinas na estatal, Cunha repetiu com as mãos o que dizia com as palavras. Ao afirmar que prestaria "todo e qualquer esclarecimento" (0:46 do vídeo abaixo), a mão dele avança sobre a mesa. Isso quer dizer: quero tomar posse deste território, quero ter iniciativa. A cabeça dele balança positivamente (1:02) quando diz que faz questão de comparecer ao plenário para ser "inquirido", sinal de que fala a verdade. Manter o cotovelo sobre a mesa e falar de lado demonstra convicção. Cunha confia no que diz e coloca a voz no tom exato, com pouquíssimas interrupções na fala e no raciocínio. Ele é o chefe.





O chefe: Eduardo Cunha (Foto: Reprodução / YouTube)






Joaquim Levy – O tímido


O ministro da Fazenda escolhido por Dilma Rousseff para tesourar as contas públicas e negociar o chamado ajuste fiscal com parlamentares demonstra, por meio de suas aparições públicas, que tem o que o cargo exige: humildade, confiança no que vai dizer, energia para trabalhar. Mas não é, como os demais à sua volta, um político de fato, por isso dá sinais de timidez.


A voz dele é monótona e faz poucas variações de entonação em meio a uma fala. Note no discurso da posse, já em 5 de janeiro, quando defendeu o "equilíbrio fiscal", que Levy coloca os ombros sobre a mesa e a mão esquerda sobre o antebraço direito (0:15 do vídeo abaixo). O primeiro gesto quer dizer: tenho confiança no que vou falar. O segundo: preciso me acalmar. O ministro está sob pressão no novo cargo, e isso fica evidente quando ele cruza os dedos (0:47).


O tímido: Joaquim Levy, ministro da Fazenda (Foto: Reprodução / YouTube)






José Eduardo Cardozo – O irritado


O ministro da Justiça foi colocado pela presidente para responder às manifestações populares de 15 de março, uma situação de extrema delicadeza para a equipe de Dilma. Com bom vocabulário, voz grave e fala precisa, Cardozo passa credibilidade a quem o ouve. Tanto que voltou a ser porta-voz do governo federal sobre protestos e corrupção em outras ocasiões. Mas detalhes revelam desconforto e raiva.


Alguns gestos são repetidos por Cardozo várias vezes durante o longo pronunciamento após os protestos. As mãos em formato de pinça reforçam a exatidão do que o ministro diz. A ruga entre as sobrancelhas revelam o estado de tensão. E há raiva contida. Quando diz que o governo ouvirá propostas seja de quem o defende, "seja de quem o critica" (6:15 do vídeo abaixo), ele ergue o queixo, o lábio esquerdo sobe, e os dentes cerram. São indícios de desprezo e raiva. Poucos antes (6:04), ele já tinha apontado com os dois dedos ao dizer que o governo apresentaria novas medidas e estaria "aberto ao diálogo". Isso revela o desejo de ganhar a discussão no grito.









O irritado: José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça (Foto: Reprodução / YouTube)






Aloizio Mercadante – O inseguro


O ministro-chefe da Casa Civil foi colocado por Dilma Rousseff para "intensificar" as negociações do ajuste fiscal no Congresso, uma tarefa nada grata. A missão era passar por parlamentares as MPs 664, 665 e 668 sem que as economias que o governo federal pretendia fazer fossem depenadas. Diante de jornalistas, Mercadante mostrou o que lhe é característico: voz grave, fala pausada, bom vocabulário. O que certos microgestos deixaram transparecer é que o petista, a julgar pela postura na ocasião, passar por momento de insegurança.


Logo no início (0:02 do vídeo abaixo), Mercadante acaricia as mãos. Faz isso para se acalmar. Olha de lado (0:06) e aparenta desconfiança. Depois, quando começa a falar efetivamente do ajuste fiscal (0:30), faz uma pausa, engole seco, indícios de que está em desacordo com as medidas que defende. Ele volta a engolir seco quando cita as três MPs (0:39). Outro sinal que aponta na mesma direção vem três minutos depois (3:50), quando arranha a própria mão. A sequência mostra que o petista não está nada à vontade.


O inseguro: Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil (Foto: Reprodução / YouTube)


Romário – O novato


O Romário senador tem muito mais experiência em gramado e praia do que em plenário, e ele deixa claro o nervosismo por enfrentar um novo desafio enquanto fala. Um sinal está no vídeo abaixo, em que o "baixinho" chacoalha as pernas ao comentar a prisão de José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). É o que especialistas chamam de "cadeira elétrica". Ele tem pressa, fala rápido, quer resolver tudo de uma vez. Calma, artilheiro.





O novato: Romário, senador (Foto: Reprodução / YouTube)






Fernando Collor – O locutor


Quem não o conhece e o ouve falar pode achar que Collor, ex-presidente, hoje senador, é locutor. A entonação da voz se parece com a de uma apresentador de jornal, com excelente leitura e paradas dramáticas para enfatizar certos trechos. Os microgestos vão na mesma linha. Ao criticar Rodrigo Janot, procurador-geral da República que investiga, entre outros casos, na Operação Lava Jato, Collor (7:09 do vídeo abaixo) faz uma pinça com a mão. Isso denota precisão. Ao mesmo tempo, durante todo o pronunciamento, tem rugas na testa e outros sinais de tensão. "Ele quer se controlar para não ultrapassar limites", explica Camargo. Como um radialista.


O jornalista: Fernando Collor, senador (Foto: Reprodução / YouTube)


Humberto Costa – O atrevido


O senador Humberto Costa, do PT, foi à tribuna em 30 de abril, logo após o massacre de professores no Paraná, para condenar a polícia paranaense – afinal, o governo do estado é do tucano Beto Richa. A performance do petista é peculiar dele. O movimento circular com a mão (1:09 no vídeo abaixo) enquanto falava que o caso havia rodado o mundo é pertinente. Especialistas elogiam quem confirma com gestos o que acaba de dizer. Ao falar da imprensa internacional (1:16), ele faz careta, um sinal do deprezo que quer conferir ao que fala.


O mais interessante vinha dez minutos depois, quando Aloysio Nunes (PSDB-SP) interrompeu o discurso de Costa para lhe fazer perguntas. O petista, que socava o ar enquanto criticava a ação da polícia, colocou as duas mãos sobre a tribuna e disse: "mas eu ouço com atenção uma voz que, acredito, vá tentar justificar o injustificável". Em seguida, enquanto Nunes começava a questioná-lo, Costa fazia uma carranca. Em silêncio, ele dizia: não me importo com o que você vai falar. A careta foi mantida durante a fala do opositor (15:17), modo de desprezá-lo durante um embate.


O atrevido: Humberto Costa, senador (Foto: Reprodução / YouTube)


Marta Suplicy – A gesticuladora


Se há alguém na política brasileira que sabe usar bem as mãos enquanto discursa, este alguém é Marta Suplicy. A ex-petista, ao defender cotas para mulheres no Congresso, gesticula no mesmo sentido o que fala. Quando quis demonstrar exatidão, no trecho sobre os 10% que as mulheres ocupam no parlamento brasileiro (2:06 do vídeo abaixo), ela fez uma pinça com os dedos. Quando fala no voto em lista (3:20), faz uma coluna com as mãos no ar. Depois, ao dizer que mulheres têm "percepção" e "sensibilidade", Marta abre os dedos, estica as mãos e faz um movimento à frente (4:41). Isso diz implicitamente: eu quero que minhas ideias entrem em você, quero que as internalize. "A Marta faz bom uso das mãos enquanto discursa. A voz é que não tem variação como deveria", diz Camargo.





A gesticuladora: Marta Suplicy, senadora (Foto: Reprodução / YouTube)



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