Postagem em destaque

MALDADE É O PROJETO Blue .beam ...

*O PROJETO BLUE BEAM: Já soube que os governos estão admitindo os OVNIs e há vários movimentos atuando para a implantação de uma religião gl...

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Mais um golpe contra você... Leia e avise seus parentes e amigos

Repdassando
Estão distribuindo os chaveiros - são localizadores - nos postos de gasolina, gratuitamente ou por valor simbólico, DURANTE O ABASTECIMENTO DO VEÍCULO JUNTO ÀS BOMBAS DOS POSTOS. TRATA-SE DE NOVO GOLPE POIS O CHAVEIRO PERMITE LOCALIZAR O SEU VEÍCULO E POSSIBILITAR UM ASSALTO OU FURTO DO VEÍCULO. 

Atenção. 

Avise aos seus maridos/esposas e filhos/parentes para não receberem esses chaveiros como brinde.

ESSES BRINDES SÃO LOCALIZADORES.
LEIA O TEXTO ABAIXO

ALERTA DA GALP, BP E TOTAL.

 Em, 21 de setembro de 2015.

Estimado Cliente,

Mais uma vez, vimos por este meio alertá-los para uma situação que
está a começar a acontecer nalgumas zonas do país.

Aparentemente, grupos organizados, oriundos de países vizinhos, a
pretexto de uma campanha publicitária ou de beneficência, estão a
oferecer ou a vender, por um irrecusável valor simbólico, vistosos e
apelativos Porta-Chaves(Chaveiro ou similar)

Estas ações têm lugar em Bombas de Combustíveis e Parques de
Estacionamento de superfícies comerciais.

Os obsequiados - alvo são cuidadosamente escolhidos, com base em
rigorosos parâmetros bem estipulados.

Características da viatura e do condutor: A viatura deverá ser de gama
elevada e de preferência bem cuidada pelo  seu orgulhoso proprietário.

Quanto ao condutor, é geralmente escolhido dentro de grupos de risco,
como mulheres e idosos.

Se estiverem sozinhos, terão ainda maiores probabilidades de serem
contemplados com esta "simpática e útil oferta".

O problema é que estes Porta-Chaves poderão estar equipados com um
pequeno sistema localizador ("tracking") que permite aos "beneméritos"
localizar as pessoas ofertadas onde quer que estejam - nas viaturas ou
em casa - e a partir daí desenvolvem as consequentes actividades
criminosas.

Este é um exemplo paradigmático de como o avanço tecnológico também
beneficia o crime. Assim, tal como costumamos dizer às nossas
crianças, "NÃO ACEITE NADA DE ESTRANHOS!!!"

Favor REPASSAR este apontamento de interesse geral.
--------------------------------------------------------------------------------------------
E se, por acaso, receberam de “presente”,  atirem fora, para bem longe da vossa residência e dos locais que, habitualmente, frequentam. Todo o cuidado é pouco!

O Brasil se tornou a pátria dos criminosos?!... Quem diria!...


O Causo do Dia | 21

Ingrid de Oliveira - Beautiful Brazilian Diver Compilation

O que pode acontecer com o preço do dólar ? Empiricus

AINDA VALE A PENA COMPRAR DÓLARES?         

Dinâmica de precificação

A relação de preço entre o dólar e o real depende de aspectos estruturais e macroeconômicos. O momento de Brasil, Estados Unidos e o mundo no geral deve influenciar na trajetória de preços da moeda estrangeira.

Nossa projeção

No relatório gratuito que pode ser baixado abaixo, adiantamos desde já que na estimativa da Empiricus para a taxa de câmbio de médio/longo prazo da moeda norte-americana é de uma tendência estrutural de valorização. Temos recomendado a compra de dólares contra o real desde a marca de R$ 1,90.
A combinação de necessidade de redução do programa de fornecimento de liquidez nos Estados Unidos a médio prazo com problemas crônicos da economia brasileira referenda a tese de desvalorização do real.
Obviamente, não se supõe nem de perto uma trajetória linear nessa tendência de alta para o dólar. A caminhada rumo às nossas projeções, caso confirmada, será acompanhada de muita volatilidade e idas e vindas.
Teremos óbvia diminuição da liquidez internacional nos próximos meses e isso joga em favor do dólar, com implicações óbvias sobre o juro de 10 anos dos Treasuries e, por conseguinte, sobre o apreçamento de todos os demais ativos de risco. Em 2011, por exemplo, o yield das notas de 10 anos do Tesouro norte-americano era de 3,6%. O prognóstico é de que caminhemos para patamares mais próximos à média histórica conforme haja recrudescimento das condições de liquidez.

Cadastre seu e-mail abaixo e receba nossas newsletters diárias


O caso brasileiro, porém, é particularmente delicado. O real é uma moeda exótica. Enfrenta volatilidade mais alta e eventos raros (aqueles cujos retornos são superiores a dois desvios- padrão da média) com frequência superior ao usualmente observado.
Além disso, Brasil é proxy de commodities. No caso de confirmação da esperada recuperação da moeda norte-americana, as matérias-primas tenderiam a perder força, deteriorando os termos de troca por aqui. Em resumo, mantemos o prognóstico de valorização do dólar contra o real.
Cadastre seu e-mail abaixo para receber agora o relatório completo e gratuito com as projeções do dólar informando qual preço o dólar deve alcançar e caso haja um overshooting - que ocorre quando um ativo passa do seu equilíbrio - o preço máximo que o dólar pode alcançar. Apontaremos também indícios de fragilidade da moeda doméstica e pontos em favor das nossas projeções.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O Brasil parece ter compromisso com o atraso... A Bula do ministro da Educação Renato Janine, que saiu, contem princípio ativo que degenera a História e sinaliza com recursos ideológicos que confrontam com a Ética do Ensino e que produziria diversos efeitos colaterais ao longo de sua posologia...


quinta-feira, outubro 08, 2015


História sem tempo 

fundo abstrato quebra Vetor grátis DEMÉTRIO MAGNOLI E ELAINE SENISE BARBOSA

O GLOBO - 08/10

Renato Janine, o Breve, transitou pela porta giratória do MEC em menos de seis meses. No curto reinado, antes da devolução do ministério a um “profissional da política”, teve tempo para proclamar a Base Nacional Comum (BNC), que equivale a um decreto ideológico de refundação do Brasil. Sob os auspícios do filósofo, a História foi abolida das escolas. No seu lugar, emerge uma sociologia do multiculturalismo destinada a apagar a lousa na qual gerações de professores ensinaram o processo histórico que conduziu à formação das modernas sociedades ocidentais, fundadas no princípio da igualdade dos indivíduos perante a lei.


O ensino de História, oficializado pelo Estado-nação no século 19, fixou o paradigma da narrativa histórica baseado no esquema temporal clássico: Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea. A crítica historiográfica contesta esse paradigma, impregnado de positivismo, evolucionismo e eurocentrismo, desde os anos 60. Mas o MEC joga fora o nenê junto com a água do banho, eliminando o que caracteriza o ensino de História: uma narrativa que se organiza na perspectiva temporal. Segundo a BNC, no 6.º ano do ensino fundamental, alunos de 11 anos são convidados a “problematizar” o “modelo quadripartite francês”, que nunca mais reaparecerá. Muito depois, no ensino médio, aquilo que se chamava História Geral surgirá sob a forma fragmentária do estudo dos “mundos ameríndios, africanos e afrobrasileiros” (1.º ano), dos “mundos americanos” (2.º ano) e dos “mundos europeus e asiáticos” (3.º ano).


O esquema temporal clássico reconhecia que a mundialização da história humana derivou da expansão dos Estados europeus, num processo ritmado pelas Navegações, pelo Iluminismo, pela Revolução Industrial e pelo imperialismo. A tradição greco-romana, o cristianismo, o comércio, as tecnologias modernas e o advento da ideia de cidadania difundiram-se nesse amplo movimento que enlaçou, diferenciadamente, o mundo inteiro. A BNC rasga todas essas páginas para inaugurar o ensino de histórias paralelas de povos separados pela muralha da “cultura”. Os educadores do multiculturalismo que a elaboraram compartilham com os neoconservadores o paradigma do “choque de civilizações”, apenas invertendo os sinais de positividade e negatividade.


A ordem do dia é esculpir um Brasil descontaminado de heranças europeias. Na cartilha da BNC, o Brasil situa-se na intersecção dos “mundos ameríndios” com os “mundos afrobrasileiros”, sendo a Conquista, exclusivamente, uma irrupção genocida contra os povos autóctones e os povos africanos deslocados para a América Portuguesa. A mesma cartilha, com a finalidade de negar legitimidade às histórias nacionais, figura os “mundos americanos” como uma coleção das diásporas africana, indígena, asiática e europeia, “entre os séculos 16 e 21”. O conceito de nação deve ser derrubado para ceder espaço a uma história de grupos étnicos e culturais encaixados, pela força, na moldura das fronteiras políticas contemporâneas.


A historiografia liberal articula-se em torno do indivíduo e da política. A historiografia marxista organiza-se ao redor das classes sociais e da economia. Nas suas diferenças, ambas valorizam a historicidade, o movimento, a sucessão de “causas” e “consequências”. Já a Sociologia do Multiculturalismo é uma revolta reacionária contra a escritura da história. Seus sujeitos históricos são grupos etnoculturais sempre iguais a si mesmos, fechados na concha da tradição, que percorrem como cometas solitários o vazio do tempo. Na História da BNC, o que existe é apenas um recorrente cotejo moralista entre algoz e vítima, perfeito para o discurso de professores convertidos em doutrinadores.


Na BNC, não há menção à Grécia Clássica: sem a Ágora, os alunos nunca ouvirão falar das raízes do conceito de cidadania. Igualmente, inexistem referências sobre o medievo das catedrais, das cidades e do comércio: sem elas, nossas escolas cancelam o ensino do “império da Igreja” e das rupturas que originaram a modernidade. O MEC também decidiu excluir da narrativa histórica o Absolutismo e o Iluminismo, cancelando o estudo da formação do Estado-nação. A Revolução Francesa, por sua vez, surge apenas de passagem, no 8.º ano, como apêndice da análise das “incorporações do pensamento liberal no Brasil”.


Sob o sólido silêncio de nossas universidades, o MEC endossa propostas pedagógicas avessas à melhor produção universitária, que geram professores “obsoletos” em seus conhecimentos e métodos. Marc Bloch disse que “a História é a ciência dos homens no tempo”. Suas obras consagradas, bem como as de tantos outros, como Peter Burke, Jules Michelet, Perry Anderson, Maurice Dobb, Eric Hobsbawm, Joseph Ki-Zerbo, Marc Ferro, Albert Hourani, Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda e José Murilo de Carvalho, não servem mais como fontes de inspiração para o nosso ensino. A partir de agora, em linha com o decreto firmado pelo ministro antes da defenestração, os professores devem curvar-se a autores obscuros, que ganharão selos de autenticidade política emitidos pelo MEC.


Não é incompetência, mas projeto político. Num parecer do Conselho Nacional de Educação de 2004, está escrito que o ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana “deve orientar para o esclarecimento de equívocos quanto a uma identidade humana universal”. Equívocos! No altar de uma educação ideológica, voltada para promover a “cultura”, a etnia e a raça, o MEC imolava o universalismo, incinerando a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A trajetória iniciada por meio daquele parecer conclui-se com uma BNC que descarta a historicidade para ocultar os princípios originários da democracia.


Doutrinação escolar? A intenção é essa, mas o verdadeiro resultado da abolição da História será um novo e brutal retrocesso nos indicadores de aprendizagem.

Suicídio do governo.... / no blog do Ricardo Noblat


Não há golpe à vista. Há suicídio do governo

POR RICARDO NOBLAT
Abismo (Foto: Antonio Lucena) | Abismo (Foto: Antonio Lucena)
08/10/2015 05:17




FRASE DO DIA

Sem dúvida, o julgamento dá forças ao pedido de impeachment que fiz porque mostra que as irregularidades que apontei no documentos são de fato delituosas, apontam para o crime de responsabilidade que, segundo a Constituição, é suficiente para retirar o chefe do Executivo do cargo

HÉLIO BICUDO, JURISTA, FUNDADOR DO PT, AUTOR DE PEDIDO DE IMPEACHMENT DE DILMA

Secrets of a Kennedy Intern 1

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Bactéria do bem ajuda a combater o vírus da Aids / blog do Ricardo Noblat



Abrir menuAbrir busca

Bactéria presente na vagina impede infecção pelo HIV

Descoberta pode levar a ‘camisinha biológica’ capaz de bloquear vírus da Aids

por 

Muco cervico-vaginal serve de barreira contra o vírus HIV - Michael Freeman / Agência O Globo
RIO — Um micróbio encontrado naturalmente na vagina pode se tornar uma nova arma no combate à Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Estudo publicado ontem na revista científica “mBio”, editada pela Sociedade Americana para a Microbiologia, mostra que o muco cervico-vaginal de mulheres que possuem uma espécie particular de bactéria é capaz de efetivamente capturar partículas do vírus HIV, servindo como um bloqueio natural contra infecções. Entretanto, alertam os pesquisadores, o bioma vaginal varia entre as mulheres e até entre as diferentes etapas na vida de uma mesma pessoa.
— As superfícies mucosas, como pulmões, trato intestinal e o sistema reprodutivo feminino, são onde a maioria das infecções ocorrem — diz Sam Lai, professor de Farmácia na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, e autor do estudo. — Nossos corpos secretam mais de seis litros de muco todos os dias como uma primeira linha de defesa.
Os pesquisadores coletaram amostras de muco cervico-vaginal de 31 mulheres em idade reprodutiva e mediram diversas propriedades do material. Entre os exames, foram introduzidas partículas do HIV, e foi possível separar as amostras em dois grupos distintos: os que capturavam as partículas e os que deixavam o patógeno circular livremente.
Uma das diferenças entre os dois grupos foi o maior nível de ácido lático D nas amostras que capturaram o HIV. Como os humanos não produzem essa substância, os cientistas suspeitaram que micróbios que vivem na camada de muco eram os responsáveis pela diferença na quantidade de ácido lático D.
Com o sequenciamento genético das bactérias, os pesquisadores concluíram que o muco capaz de bloquear o vírus possuía grandes concentrações da bactéria Lactobacillus crispatus. Em contraste, o muco que falhou em capturar o HIV possuía uma outra espécie de Lactobacillus, a L. iners, ou possuía múltiplas espécies de bactéria, incluindo a Gardnerella vaginalis. Essas duas condições são associadas frequentemente com vaginoses bacterianas.
— Eu fiquei realmente surpreso em como pequenas diferenças entre espécies de Lactobacillus proporcionam diferença substâncial nas propriedades da barreira do muco — destaca Lai, lembrando que, historicamente, os ginecologistas consideravam a microflora vaginal como saudável se fosse dominada por qualquer espécie de Lactobacillus. — Mas nosso trabalho mostra que da perspectiva da barreira do muco, essa não é uma boa distinção.
Com os resultados desta pesquisa, agentes de saúde devem se preocupar mais com mulheres que possuírem populações de Lactobacillus iners. E, por outro lado, microfloras dominadas pelo Lactobacillus crispatus se mostraram mais protetivas contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis do que se imaginava.
As análises demonstraram que a barreira do muco funcionam com partículas do HIV, mas também com outros vírus. Sedungo Lai, o muco cervico-vaginal pode ser pensado como uma “camisinha biológica”, que pode ser reforçada pela alteração do bioma vaginal das mulheres.
— Se nós encontrarmos uma forma de inclinar a batalha em favor do L. crispatus nas mulheres, nós poderemos aumentar as propriedades da barreira natural do muco e melhorar a proteção contra doenças sexualmente transmissíveis — conclui Lai.

ESPECIAL PUBLICITÁRIO

2 de 4

VOLTAR AO TOPO


Sobre comportamento mentiroso, mentiras, meias-verdades... // Roberto Damata


Concurso de mentiras 

- ROBERTO DAMATTA

O GLOBO - 07/10

Competidores eram craques. Jamais hesitavam nas patranhas e
pouco gesticulavam ou ficavam descontrolados


Um concurso foi organizado para descobrir o maior mentiroso do mundo. Como todos mentimos, a questão era a de patentear as diferenças flagrantes, não as filigranas que nos fazem falsos e traidores.

Como atração, os participantes teriam duas semanas em hotel de luxo, além das melhores comida, bebida e companhia. Os mentirosos inscritos combinaram de mentir mentindo para que o mais mentiroso somente surgisse como vencedor no último dia e hora do conclave.

Os organizadores sabiam que a mentira era uma moeda corrente. Sabiam igualmente que havia países onde a verdade se contrapunha cabalmente à mentira, mas conheciam outros onde mentira e verdade eram o tijolo da vida pública e a primeira praticada por profissionais, pois, se a verdade fosse a norma, o conjunto entraria numa grave crise..

Ninguém ignorava que a mentira e a verdade nem sempre correspondiam ao falso e ao verdadeiro porque uma mentira bem contada virava verdade e lei; e grandes e extravagantes mentiras — tais como “eu não tenho preconceito”, “jamais roubei”, “tudo foi feito dentro da lei”, “eu não sabia” — podiam, com o tempo, virar verdades.

Antes dos geniais publicitários, eles bem sabiam que uma mentira tornava-se verdade quando repetida e que uma verdade podia virar mentira caso fosse associada a uma sistemática ausência de sinceridade — esse tremendo confronto de fatos que assola quem busca ser verdadeiro.

Sabia-se que a luta entre verdade e mentira era fundacional do universo humano. A mentira do Oeste podia ser a verdade do Leste, e a lorota do Sul, artigo de fé no Norte. Como saber quem somos, se não acreditarmos em mentiras, reiteravam sérios os 11 membros do Supremo Conselho Transcendental da Mentira? Quando se proferia “eu minto!”, falava-se uma verdade ou uma mentira? Antes de existir sociedade, argumentavam, já existia a mentira que não era uma questão de história ou cultura, mas de ontologia.

O concurso tinha o alto patrocínio de um banco local, que se concebia mentirosamente como pobre para justificar a verdade da roubalheira dos seus diretores ricos e mentirosos. O mito do país pobre escondia a burla dos programas feitos para os pobres. Mas isso, riam entre si, seria uma enorme mentira verdadeira ou uma extraordinária verdade mentirosa?

Para o concurso, foram congregados cem mentiroso qualificados por meio de documentos falsos. Como estamos cansados de saber, a mentira tem requisitos, vestimentas, caras, rituais e gestos adequados.

Os competidores eram craques. Jamais hesitavam nas patranhas e pouco gesticulavam ou ficavam descontrolados, pois sabiam que a sinceridade e a fala nervosa e tremulante eram mais amiga dos pobres do que dos bem postos e estes, por oficio e destino, eram obrigados a mentir naquela terra de mentira. E onde se mentia para todos e muito mais para si mesmo, pois a automentira, que levava à riqueza, à fama e ao poder, era parte permanente dos seus sonhos e projetos.

— Que venha o primeiro mentiroso! —ordenou o presidente da comissão de dentro do seu terno impecável de falsa casimira inglesa.

Os cem mentirosos se entreolharam confirmando o combinado de mentir, mentindo para prolongar o gozo das benesses prometidas. Não deveria ocorrer uma mentira traiçoeira, pois, mentindo, todos ganhavam.

Após as palavras solenes da abertura, um velho mentiroso caminhou até a tribuna. Olhou em volta, deu um trago no seu mata-rato e soltou em alto e bom som a sua mentira:

— Eu nunca toquei punheta!

Um enorme urro de decepção saiu do peito dos mentirosos. Estava acabada a farra programada. Adeus às libações e bródios em companhias agradáveis que todos esperavam. Traição, pensaram alguns. Mentira, gritaram os mentirosos. Anulem a fala, queria um outro grupo. A mentira inaugural acabara com o concurso antes mesmo do seu começo.

Mas quando os juízes se preparavam para conceder o primeiro lugar ao mentiroso indiscutivelmente verdadeiro, eis que se escuta um berro do outro lado da assembleia:

— Eu jamais tive contas bancárias no exterior! — disse um senhor mentiroso, tentado pela verdade que media suas palavras.

PS: Como tudo isso é uma mentira da mentira, deixo para os queridos leitores e leitoras, bem como para todos os que ficam entre eles, a decisão final. Pois os especialistas em mentira não sabiam de verdade quem era o vencedor desse concurso.


Postado por MURILO às 09:21

Um governo placebo ... // José Nêumane na coluna de Augusto Nunes

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/opiniao-2/jose-neumanne-a-farra-das-fraudes-fiscais-dos-ratos-roendo-os-rotos/
07/10/2015
 às 12:47 \ Opinião

José Nêumanne: A farra das fraudes fiscais dos ratos roendo os rotos

Publicado no Estadão
JOSÉ NÊUMANNE
Ulula o óbvio de que a situação desesperadora pela qual passam trabalhadores perdendo os empregos e empresas prestes a fechar as portas só terá alívio quando se mudar o nome que há na placa que indica a usuária do gabinete mais importante do Palácio do Planalto, senha dos resquícios de poder que paralisam e empobrecem o País. Mas isso está a depender agora de alguns poucos fatores: a capacidade de praticar lambanças da gerenta inconsequenta e incompetenta; agentes policiais federais. procuradores da República e juízes honrados e preparados; além de profissionais de comunicação probos, corajosos e independentes.
Tudo o que de horripilante e nauseabundo a Nação vem tomando conhecimento nos últimos 20 meses, até agora, independeu de qualquer iniciativa da soit-disant oposição formal. O chefe dela, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), tem sido merecedor de piadas como a publicada por Jorge Bastos Moreno em sua coluna no Globo sábado passado: ele a exerce no horário comercial das terças às quintas-feiras, quando esporadicamente dá à Nação aflita a subida honra de ouvir sua voz. Mais frequente do que ele na tribuna na anterior gestão da presidente foi o tucano paranaense Álvaro Dias, que jogou no lixo seu cacife ao aderir freneticamente à candidatura de Edson Fachin ao Supremo Tribunal Federal (STF). E também o paulista Aloysio Nunes Ferreira, vice derrotado na eleição, agora investigado juntamente com governistas, velhos comparsas de luta armada contra a ditadura, no maior assalto a cofres públicos do mundo em qualquer época.
O escândalo que corroeu os pés de barro do mito do socialismo honesto do Partido dos Trabalhadores (PT) não foi revelado pela oposição. Mas pela mui pouco arguta gerenta deficienta que o padimLula Romão Batista nos impingiu, levando-a ao citado gabinete da plaquinha. Foi ela que chamou a atenção para o caso ao inculpar Nestor Cerveró, meliante feito diretor da Petrobrás por esse padroeiro, pela compra da tal “ruivinha” em Pasadena.
Ao sincericídio de Dilma acrescentou-se, durante esse período, a diligente investigação do lava jato de dinheiro sujo do propinoduto da Petrobrás num posto de gasolina em Brasília por Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e Justiça do Paraná, na pessoa do novo herói nacional, Sergio Moro. E isso só foi possível mercê de divisões inconciliáveis na PF; da honestidade e do preparo dos procuradores; e da expertise do juiz, enfronhado em práticas contemporâneas do crime organizado e que tinha prestado excelentes serviços ao assessorar a ministra Rosa Weber, no STF, durante o julgamento do processo conhecido como mensalão. E o tsunami de lama foi sendo publicado a conta-gotas.
O extenso aparelhamento da máquina pública federal e dos três Poderes, empreendido pelo trabalho efetuado “diuturnamente e noturnamente” (como diria a atual responsável por desligar e religar seus interruptores) por Zé Dirceu, já valeu a este uma condenação pelo STF no mensalão. E novos processos no que agora se convencionou chamar de petrolão. Uma sólida camada de teflon, contudo, ainda protege o grande chefe de todos, e sua sucessora, de algum constrangimento. Esta continua impávida no poder, sendo até, vez por outra, agraciada com definições de “honesta” pelos tucanos Fernando Henrique Cardoso e Aloysio Nunes Ferreira, dados como de oposição.
Com obsequiosa costura efetuada por Nelson Jobim, que na presidência do STF engavetou pedido de habeas corpus do acusado de mandante da execução de Celso Daniel, Sérgio Gomes da Silva, o máximo que se conseguiu em relação ao ex foi chamá-lo para se explicar na PF na condição de informante – nem acusado nem testemunha. Isso só lhe causa desconforto semântico, pois Romeu Tuma Jr. assegura, em Assassinato de Reputações, que ele foi o agente Barba de seu pai no Dops. E ninguém contestou.
No Tribunal Superior Eleitoral, ex-advogadas do PT não impediram a discussão sobre a existência de provas de uso de gráficas fantasmas e de suspeitas de financiamento do propinoduto à campanha da reeleição. Mas pedem vista ou fogem das sessões para interromper o julgamento. A julgar por fatos recentes, as suspeitas serão julgadas nas calendas, depois de o alvo das suspeições ter decidido se sairá pela porta da frente da História com a renúncia ou despejada por um processo legal, nada golpista.
Dilma, que não se destaca pelo excesso de inteligência, mas também não é tolinha, trata de ganhar tempo no TCU. Ali, como se diz em linguagem vulgar, o buraco é mais embaixo. O procurador Júlio Marcelo de Oliveira foi à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado descrever evidências técnicas de com quantas “pedaladas” a candidata disposta a fazer o diabo para ganhar uma eleição pôde levar a cabo esse feito. No entanto, o trio Panela Batida – Adams, Cardozo e Barbosa – anunciou que se propõe a anular o relatório de Augusto Nardes, que lista 18 infrações à lei nas contas federais de 2014. Nunca ninguém antes foi tão cínico na História deste país, diria Lula se fosse da oposição.
Para ganhar tempo no poder, este indicou a Dilma no pré-sal do baixo clero do Congresso quem a ajudará a adiar o impeachment. Um, Celso Pansera, o dono do quilão Barganha, vizinho do Sacana’s, que fez ameaças ao contador da lavanderia do PT, Alberto Youssef, é pau-mandado do ex-sócio e hoje pseudodesafeto dela Eduardo Cunha. Outro, Marcelo Castro, ignoto psiquiatra do Piauí, escreveu o relatório da reforma política, recusado pelo mesmo mandante, Cunha, e assumirá o caos da saúde pública nacional. Com cúmplices no governo e na oposição, que lhe concede o benefício da dúvida, segue Cunha incólume
No Gabinete Ouro Preto, o baile da Ilha Fiscal prenunciou a queda do Império. O Gabinete do Doutor Picciani vem aí para garantir a farra das fraudes fiscais dos ratos que roem a roupa dos rotos. Amém!