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domingo, 18 de outubro de 2015

Você pode estar certo e errado ao mesmo tempo... Vai depender do contexto!

http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_19/america.html

A verdadeira história sobre a descoberta das Américas

Alberto Cury Nassour
Engenheiro de Materiais
À quem se deve realmente a descoberta das Américas, à Cristovão Colombo, à Américo Vespúcio ou aos próprios índios nativos da região? Essa pergunta intrigante tem provocado muita controvérsia nas últimas décadas. Alguns historiadores creditam aos nativos que chegaram do estreito de Bering, entre a Sibéria e o Alasca, à 40.000 anos o verdadeiro descobrimento das Américas. Outros pesquisadores atribuem aos escandinavos por volta do ano 1.000 quando chegaram ao Canadá e retornaram sem desembarcarem devido aos imensos blocos de gelo, enquanto que outros estudiosos acreditam que fragmentos de cerâmicas encontrados no Equador em 1956, apresentam semelhanças marcantes com cerâmicas produzidas no Japão há mais de 5.000 anos. Alguns admitem que uma viagem do monge budista até o lado do “grande mar”, ou oceâno pacífico, teria chegado até o México no século V, conforme comprovam o uso de dragões alados como motivo de cerimônias mágicas encontrados em cerâmicas mexicanas, uma vez que este símbolo especificamente representava a dinastia do monge chinês. Daí a mera semelhança dos latinos, incluindo os índios brasileiros, com traços dos povos orientais.
Enfim, muitas são as teorias que tentam explicar os verdadeiros descobridores das Américas. Até pouco tempo, Cristovão Colombo era tido como um homem de larga visão e caráter obstinado, o sábio defensor da certeza de que a Terra era redonda, o homem que fez um ovo parar em pé e abriu as portas do Oceâno Atlântico, e de repente não é mais nada disso. O escritor e historiador americano Kirkpatrick Sale, em seu livro “The Conquest of Paradise” relata um homem vulgar, apreciador da ganância do ouro, obcecado pelos títulos de nobreza e extremamente confuso em suas observações de navegação. Apesar de realizar quatro viagens às Américas, nunca soube descrever fielmente onde realmente esteve. Além de demonstrar uma ferocidade bestial com os nativos, trazendo consigo e sua tripulação formada na maioria por ladrões e desocupados, doenças como a febre, tuberculose e a varíola, que dissiparam milhares de nativos logo nos primeiros contatos em terra. Sobre Colombo, dos seus primeiros vinte anos pouco se sabe. Há razões para acreditar que nasceu em Gênova no ano de 1451, mas muitos historiadores não estão de acordo. Há quem atribua o seu nascimento nas regiões da Córsega, Maiorca, Aragão, Galícia e até em Portugal. Sabe-se pelo menos que seu idioma favorito era o Castelhano, pois servia-se dele para suas correspondências. Em 1472, tem-se notícia que esteve no mar como corsário, que serviu de trampolim para ingressar na frota do grande corsário francês Coullon, o Velho. Numa investida frustante, viu-se náufrago na costa portuguesa, por onde viveu escondido por oito anos, dos 25 aos 33.

As primeiras rotas das grandes navegações
Era o tempo da Escola de Sagres, das grandes navegações pela Costa da África. Em 1488, o explorador português Bartolomeu Dias, (1455-1500), ultrapassou o cabo da Boa Esperança. Cogitava-se o verdadeiro caminho para as Índias. Colombo então, desenvolvia um plano inovador para chegar as Índias navegando para oeste, cruzando o Oceâno Atlântico. Baseando-se em dados do grande cosmógrafo e navegador árabe Alfraganus, (daí a origem dos termos latinos fragata e naufragar) demarcou as bases para suas viagens utilizando os cálculos em milhas árabes, que correspondem a 1.975,5 metros, diferente da milha italiana, 1.477,5 metros. Sem dúvida um erro marcante. Colombo, concluiu então que saindo das Ilhas Canárias e navegando 2.760 milhas (árabes) para o oeste, chegaria às ilhas japonesas. Um duplo erro, pois se revelasse a distância verdadeira, cerca de quatro vezes maior, nunca teria encontrado alguém que lhe financiasse a tentativa. Estava certo de que poderia alcançar o Oriente pelo Ocidente. Embora a teoria da Terra redonda já circulasse nos meios mais cultos, havia um certo ar confuso nos seus cálculos. Colombo não conseguiu fazer interessar o Rei de Portugal, Dom João II, nos seus projetos. Da sua estada em Portugal, sabe-se de seu casamento com Fillipa Moniz Perestrello, de família nobre, com quem teve um filho chamado Diego, futuro companheiro de viagens. Depois do falecimento de sua esposa, Colombo muda-se para a região de Andaluzia, na Espanha, onde cultivou amizades com os Medina-Celli e os Medina-Sidonia. Graças ao Duque de Medina-Celli, foi apresentado formalmente à rainha Isabel de Castella, e pouco depois apresentou seus planos à uma comissão de cientistas e navegadores espanhóis liderada pelo escriba de Talavera, braço direito da rainha.

Primeiro mapa das Américas
Em face da conclusão inteiramente negativa, a comissão recusou o projeto, considerando-o impossível frente aos cálculos apresentados. Colombo não desistiu. Tentou penetrar nas cortes da França e da Inglaterra em distintas situações frustantes. Volta então à Espanha e certas intervenções históricas acabaram ajudando-o. Em 1492, os espanhóis conseguiram readquirir suas terras após domínio dos mouros árabes por mais de setecentos anos, na rendição de Granada. Vem dessa época a grande influência árabe na cultura portuguesa e espanhola, desde o vocabulário, passando pela culinária, música e costumes. Ultrapassado a fase de reintegração de posse, os espanhóis começaram a se interessar por novos horizontes além-mar. A rainha Isabel de Castella nunca penhorou as jóias para financiar as expedições de Colombo, ao contrário do que se pregava nas escolas antigamente. Das três embarcações, Pinta e Nina eram caravelas e foram providenciadas pela cidade de Palos, a terceira, Santa Maria, era uma nau e foi financiada por um banqueiro independente que não entendia nada de navegação, mas era bastante ganancioso. Todas as embarcações levavam não mais que noventa homens, geralmente ladrões e devedores da corte espanhola e muita gente doente. No dia 06 de setembro de 1492 as embarcações saíram de Palos em direção às Ilhas Canárias e de lá em direção ao tão sonhado Oriente. Em 25 de setembro o comandante da nau capitânia Santa Maria, Martin Alonso Pizón, confundia uma porção quilométrica de algas boiando com um monte de terra e declarou “terra à vista”, o que provocou certo ar de descontentamento entre a tripulação, gerando até indícios de motim à bordo entre os mais revoltosos. Foi só então na manhã de 12 de outubro que a primeira ilha das Bahamas apareceu aos olhos do marinheiro-mor da caravela Pinta. Segundo o Calendário Juliano em vigor no século XV, era realmente 12 de outubro, porém pelo calendário Gregoriano, seria 21 de outubro. O calendário Gregoriano entrou em vigor alguns anos mais tarde corrigindo o período anual correto em função do Equinócio, marco muito utilizado por navegadores que representa o período em que o dia tem a mesma duração que a noite. O local exato onde Colombo aportou é outro ponto de controvérsias. Nada menos do que doze locais são declarados como sendo o primeiro, devido às suas anotações errôneas e ao fato de querer guardar segredo para não ser seguido caso encontrasse ouro ou especiarias. Teve seu mérito ao descobrir as Ilhas do Haiti e República Dominicana, aí fundou Isabella, em homenagem a rainha da Espanha e na expectativa de futuros financiamentos. Como os comandantes a serviço de Colombo acreditavam terem chegado às Índias, denominaram os nativos de “índios”, cujo continente estava à milhares de quilômetros de distância.
De volta à Espanha, Colombo foi recebido como herói, recebeu inúmeras honrarias e dezenas de banquetes, jamais compreendidos pelos grandes cientistas e navegadores da época que acreditavam impossível ter chegado às Índias com cálculos tão absurdos. Colombo retornou por três vezes às ilhas recém descobertas que ainda não se chamavam América, pois à luz da verdade, ele mesmo sabia que seus cálculos estavam equivocados. Isso gerou-lhe uma tremenda confusão interior. De lá saiu para a conquista de Guadalupe, Porto Rico, Jamaica e Cuba, cuja ilha imaginou ser o final do continente asiático. Só na terceira viagem, em 1498, Colombo realmente chegou ao continente americano atracando pelo norte da Venezuela. Na quarta e última viagem, em 1502, já atormentado pela crises de temperamento e alucinações constantes, não consegue descobrir mais nehuma ilha nova e então escreveu entre delírios, as obras “O livro dos privilégios” e “O livro das profecias”, nos quais se auto intitula “Dom Cristovão Colombo, Vice-Rei e Governador de todas as ilhas e terras firmes do Ocidente”. O que mais o prejudicou não foram suas teorias desatinadas, mas a prática do seu dia-a-dia como Governador das terras descobertas. Neste ponto, relata Sale em seu livro, “…Colombo foi simplesmente desastroso.Faltavam aos moradores das novas terras, comida, bebida, roupa e moradias decentes….” Os reis de Espanha perderam a paciência e mandaram o interventor Francisco de Bobadilla prender Colombo e enviá-lo de volta à Europa. Faleceu em 1506, ainda dono de uma fortuna considerável, porém, totalmente atormentado. Quem deixou bem anotadas todas as crueldades e façanhas de Colombo, foi o frade dominicano Bartolomeu de Las Casas, cuja obra publicada integralmente no século XIX, serve até hoje como fonte para os historiadores e revisionistas. Quem realmente descobriu as Índias, o continente no Oriente em 1497, foi o navegador português Vasco da Gama, (1460-1524), seguindo o caminho escolhido por Bartolomeu Dias, e conseguiu contornar o Cabo da Boa Esperança, navegando às margens do continente Africano e o Oceano Índico até chegar à Malabar.
O grande escritor francês Victor Hugo, (1802-1885), deixou registrado que “…Há homens sem sorte, e que Colombo não conseguira associar seu nome à descoberta da América…” e que “…a história do ovo em pé de Colombo não passa de uma lenda italiana, na qual Colombo querendo impressionar seus comandados, fez parar em pé um ovo cozido e levemente amassado na base, que logo em seguida ele mesmo amassa para não descobrirem sua façanha…”. É muito intrigante realmente, a América não se chamar Columbia. Américo Vespúcio, (1451-1512), nascido em Florença e navegador familiarizado com o mar, desenvolveu sistemas de cálculos de longitude imbatíveis para a época, “emprestou” seu nome para as novas terras, parecia ser melhor cotado nos meios pertinentes, pois ao contrário de Colombo descrevia e muito bem sobre suas viagens às novas terras. Afirmava ter chegado ao continente sul, próximo do Rio da Prata em 1497, antes de Pedro Alvares Cabral (1467-1520) ter descoberto o Brasil em 1500. Amigo fiel dos Medici, o “Magnífico”, Américo Vespúcio conseguia se infiltrar facilmente entre patronos e banqueiros da época. A Vila de Saint-Dié, na França, era o berço de reliogiosos cartográficos e o ilustrador Monsenhor Martin Waldseemüller ao preparar o mapa do Novo Mundo, seguindo cálculos de Vespúcio sugeriu o nome das novas terras de “Amerige”. Nasce assim o continente América. O autor Sale, da obra “The Conquest of Paradise” traça um quadro interessante da civilização no século XV, tanto na Espanha sob os olhares de novas descobertas e sob o terror da Inquisição, quanto no resto da Europa dilacerada pelas guerras constantes, assolada pela fome e pela peste. Porém, ressalta simultaneamente com brilhantismo uma época recheada de ilustres figuras como, Leonardo Da Vinci, (1452-1519), Maquiavel,(1469-1527), Michelângelo, (1475-1564), Nicolau Copérnico, (1473-1543), Lutero, (1483-1546) e Rafael, (1483-1520). As grandes navegações foram consequência natural de uma efervescência cultural da época do Renascimento, que estremeceram o conteúdo do conceito humano.
© Revista Eletrônica de Ciências - Número 19 - Maio / Junho de 2003.

Respingos da Lava Jato em Campos... (3 milhões) / blog de Claudio Andrade



domingo, 18 de outubro de 2015

Quem é Felipe? O Globo revela envio de milhões da Lava Jato para Campos.

Coluna do Lauro Jardim

Casamento entre 3 mulheres ... foi registrado no Brasil, Rio de Janeiro // MSN news


Rio registra primeira união estável realizada entre três mulheres


RIO - Há pouco mais de uma semana, o Brasil registrou sua primeira união estável entre três mulheres. O local escolhido para a formalização foi o 15.º Ofício de Notas do Rio, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste. De acordo com o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), este é o segundo trio que declara oficialmente uma relação. O primeiro caso aconteceu em Tupã, no interior de São Paulo, em 2012. Na ocasião, um homem e duas mulheres procuraram um cartório para registrar a relação.
Com medo de serem hostilizadas, as três mulheres preferiram não dar entrevista. De acordo com a tabeliã Fernanda de Freitas Leitão, que celebrou a união, o fundamento jurídico para a formalização desse tipo de união é o mesmo estabelecido na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2011, ao reconhecer legalmente os casais homossexuais.
Tabeliã Fernanda de Freitas Leitão registrou união sob a alegação de que o que não está vedado é permitido
Fabio Motta/EstadãoRio registra primeira união estável entre 3 mulheres: Tabeliã Fernanda de Freitas Leitão registrou união sob a alegação de que o que não está vedado é permitido© Fornecido por Estadão Tabeliã Fernanda de Freitas Leitão registrou união sob a alegação de que o que não está vedado é permitido
"Não existe uma lei específica para esse trio, tampouco existe para o casal homoafetivo. Isso foi uma construção a partir da decisão do STF, que discriminou todo o fundamento e os princípios que reconheceram a união homoafetiva como digna de proteção jurídica. E qual foi essa base? O princípio da dignidade humana e de que o conceito de família é plural e aberto. Além disso, no civil, o que não está vedado, está permitido”, explicou a tabeliã.
O presidente do IBDFAM, Rodrigo Pereira, declarou que a relação entre três pessoas é reconhecida quando for caracterizada como núcleo familiar único.
“Essas três mulheres constituíram uma família. É diferente do que chamamos de família simultânea (casais homo ou heterossexuais). Há milhares de pessoas no Brasil que são casadas, mas têm outras famílias. Esses são núcleos familiares distintos. Essas uniões de três ou mais pessoas vivendo sob o mesmo teto nós estamos chamando de famílias poliafetivas”, afirmou Pereira.
Por lei, uma mesma pessoa não pode se casar com outras duas. Mas o caso do trio é diferente por ser visto como uma união única.
Filho. Além da união estável em si, as três mulheres fizeram testamentos patrimoniais e vitais. O próximo passo delas é gerar um filho por meio de inseminação artificial. Por isso, a declaração da relação foi acompanhada dos testamentos, que estabelecem a divisão de bens e entregam para as parceiras a decisão sobre questões médicas das três cônjuges. Para a tabeliã, os documentos poderão ser válidos caso, no futuro, a relação estável do trio resulte em processos judiciais, já que não há leis específicas para o caso.
“Essa união estável permitirá a elas que possam pleitear os mesmos direitos de outros casais. Mas a gente não tem a ilusão de que elas chegarão no plano de saúde, no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e tudo vai ser automático. Provavelmente, vão ter de acionar o Judiciário, mas terão o respaldo do reconhecimento”, apontou Fernanda, para quem os laços de afetividade, desde a Constituição de 1988, são a base do Direito de Família para decisões não previstas em lei.
Direitos. Pereira explica que todos os direitos concedidos aos casais com união estável devem ser garantidos ao trio de mulheres. “A proteção legal deve ser a mesma. Ainda não tem jurisprudência, porque isso está começando. Isso é novo para o Direito, mas não tem uma verdade única. A família é um elemento da cultura, sofre variações”, completou.
Segundo Fernanda, o cartório foi um dos primeiros do Rio a oficializar uniões homossexuais e já tinha sido procurado por outros trios, que não chegaram a finalizar o trâmite. As três mulheres procuraram o cartório duas semanas antes da data de assinatura da declaração da relação. Como em qualquer outra união estável, o único documento exigido é a carteira de identidade e, quem requisitar o registro, precisa ter mais de 18 anos.
TRÊS PERGUNTAS PARA: José Fernando Simão, professor de Direito Civil da Universidade de São Paulo
1. Qual a garantia jurídica do trio? Nenhuma. A escritura é nula. A família no Brasil é monogâmica. Isso está no Código Civil. No Código Penal, também está expresso que a bigamia é crime. O documento só serve para elas repartirem o patrimônio entre elas. Para terceiros, para exercer direito e sucessões de família, elas não têm direito nenhum.
2. E a justificativa de a união do trio ser vista como uma união única, e não dois casamentos? É um equívoco. O fato de só ser permitida a união monogâmica é um valor jurídico. Isso é legalmente aceito, socialmente aceito, e, juridicamente, não há brecha no sistema.
3. Não é possível usar a justificativa da união entre pessoas do mesmo sexo para esse caso? É simples: não há proibição a uniões entre pessoas do mesmo sexo. Mas há proibição para mais de uma pessoa, e isso se aplica a qualquer tipo de família. O Código Civil diz que aqueles que não podem se casar não podem ter união estável. Então, se o casamento não pode ser plural, a união também não pode. / VITOR TAVARES, ESPECIAL PARA O ESTADO

Brasil, abra os olhos, os ouvidos, os sentidos antes que seja tarde...! Guilherme Fiuza


O Grilo Falante de Lula

Nem Pinóquio teve uma ajuda tão generosa. Mas Pinóquio não tinha um BNDES, só um Gepeto


GUILHERME FIUZA
17/10/2015 - 10h00 - Atualizado 17/10/2015 10h00


O palestrante Luiz Inácio da Silva é um sujeito de sorte. Antes de se consagrar com suas palestras internacionais, ele passou pela Presidência da República, onde não ganhava tão bem. Mas tinha bons amigos, especialmente na empreiteira Odebrecht, que lhe sopravam o que dizer nas reuniões com outros chefes de Estado. Os recados eram passados ao futuro palestrante, então presidente, sob o título “ajuda memória” – ou seja, os empreiteiros estavam ajudando o presidente a se lembrar de coisas úteis, uma espécie de transplante de consciência. A Odebrecht era o Grilo Falante de Lula.

Nem Pinóquio teve uma ajuda-memória tão generosa. A de Lula se transformou em negócios de bilhões de reais – mas é bem verdade que Pinóquio não tinha um BNDES, só um Gepeto. É uma desvantagem considerável, especialmente porque Gepeto não fazia operações secretas, ao que se saiba. “O PR fez o lobby”, escreveu o então ministro da Indústria e do Comércio aos amigos da Odebrecht, respondendo à cobrança da empreiteira sobre a defesa de seus interesses pelo PR Lula junto ao PR da Namíbia. Essa e outras ajudas-­memórias valiosas, reveladas pelo jornal O Globo, não tiveram nada de mais. Segundo todos os envolvidos, isso é normal.

A normalidade é tanta que a parceria foi profissionalizada. Quando Luiz Inácio terminou seu estágio como PR, foi contratado pela Odebrecht como palestrante. Nada mais justo. Com a quantidade de ajuda-­memória que ele recebera da empresa durante oito anos, haveria de ter muita coisa para contar pelo mundo. Foi uma história bonita. Lula soltinho, sem a agenda operária de PR, viajando pelos países nas asas do lobista da Odebrecht, fazendo brotar obras monumentais por aí e mandando Dilma e o BNDES bancá-las, enquanto botava para dentro cachês astronômicos como palestrante contratado da empresa ganhadora das obras. Normal.

A parceria também funcionou no Brasil, claro, com belos projetos como o estádio do Corinthians – que uniu seu time do coração com a sua empreiteira idem. Num drible desconcertante dos titãs, o Morumbi foi desclassificado para a Copa de 2014 e brotou em seu lugar o Itaquerão, por R$ 1 bilhão. Como não dava para Gepeto fazer a mágica, o Pinóquio PR chamou o bom e velho BNDES para operar mais esse milagre. Após alguns anos fazendo os bilhões escorrerem dos cofres públicos para parcerias interessantes como essas – incluindo as obras completas da Petrobras –, o palestrante e seu partido levaram o Brasil à breca. Ainda hoje, em meio à mais terrível crise das últimas décadas, que derrubou o aval para investimento no Brasil e fará dele um país mais pobre, a opinião pública se pergunta: como foi que isso aconteceu?

Graças a essa pergunta abilolada, o esquema parasitário que tomou de assalto o Estado brasileiro ainda permanece, incrivelmente, sediado no Palácio do Planalto. O tráfico de influência como meio de privatização de recursos públicos – através de parcerias, consultorias, convênios, mensalões e pixulecos mais ou menos desavergonhados – foi institucionalizado, de cabo a rabo, no governo petista. Lula, o palestrante, é investigado pelo Ministério Público por tráfico de influência internacional. O Brasil se surpreende porque quer: esse é omodus operandi de todos os companheiros que já caíram em desgraça – Vaccari, Delúbio, Erenice, Palocci, Dirceu, Valério, Youssef, Duque, Vargas, João Paulo, Rosemary... Faltou alguém? Ou melhor: sobrou alguém?

Marcelo Odebrecht recomendou que Lula ressaltasse o papel de “pacificador e líder regional” do presidente de Angola. E assim foi feito. Deu para entender? O dono da empresa e cliente do governo era quase um adido cultural do presidente. Se o Brasil não consegue ver promiscuidade (ou seria obscenidade?) nesse enredo, melhor botar o Sergio Moro em cana e liberar o pixuleco.
Acaba de ser arquivado o inquérito contra Lula no mensalão. No auge do escândalo com a Odebrecht e demais envolvidas no petrolão, o PT bate seu próprio recorde de cinismo advogando a proibição das doações eleitorais de empresas. Pixuleco nunca mais. Ajuda-memória ao gigante: ou abre os olhos agora ou não verá as pegadas companheiras sendo mais uma vez apagadas. Aí os inocentes profissionais estarão prontos para o próximo golpe. 

A dor é sua companheira e pode ser uma bênção...! DW





As dores são um sinal de alerta enviado pelo organismo. Cada um a experimenta de forma diferente: enquanto alguns são mais sensíveis, outros conseguem tolerá-la melhor.

Existem várias descrições para essa sensação: desde picada, latejamento, queimação, pressão, dores leves, fortes, até as dores insuportáveis, como nos casos de câncer. Toda parte do corpo provida de nervos pode doer, seja a cabeça, a barriga, as orelhas, os ossos ou os órgãos.

Alerta do corpo

A dor alerta que algo está errado no corpo. Se os ferimentos têm causas externas, a pessoa reage, para evitar dores maiores ou danos permanentes. Em caso de queimadura, por exemplo, ela recua imediata e automaticamente, a fim de prevenir o pior. Esses reflexos são controlados pela medula espinhal.

Mas não é possível se proteger contra todos os tipos de dor. Sobre muitos deles, como os causados por um câncer, não se tem qualquer influência. Seja nos órgãos ou na pele, os chamados nociceptores são os responsáveis pela percepção dolorosa.

Eles são sensores especiais, terminações nervosas cujos sinais são encaminhados pelas fibras axoniais até a medula espinhal, que os processa e transmite ao cérebro. Diversas regiões cerebrais são então estimuladas, como o córtex, o hipotálamo e tronco cerebral. Esses processos influenciam a forma como a dor aguda é percebida.

Outro fator determinante para essa percepção é com que frequência o indivíduo já experimentou quais tipos de dor, pois tais experiências modificam as células nervosas do cérebro e da medula espinhal. Essas células são capazes de intensificar ou inibir os impulsos recebidos, influenciando, assim, o nível de dor.

Somática, visceral, crônica

Ao sofrer uma contusão ou uma lesão epidérmica, o organismo ativa os sensores de dor, resultando em dores somáticas – ou seja, relacionadas ao corpo. Elas são sentidas, por exemplo, quando há lesão muscular ou fratura óssea. Dores que afetam os órgãos internos são denominadas viscerais. Sua causa tanto pode ser uma inflamação, como cancros ou tumores.

Danos às fibras nervosas responsáveis pela condução de estímulos podem resultar em dor neuropática crônica. Devido ao dano, os nervos deixam de funcionar corretamente, enviando impulsos contínuos, e o corpo recebe informações falsas.

Esse é o caso da chamada "dor do membro fantasma": pacientes que tiveram um membro amputado muitas vezes sofrem fortes dores na parte do corpo agora inexistente. É como uma miragem, uma ilusão provocada pelo organismo.

Dor demais – ou nenhuma

Depois de sofrer dor extrema, pode acontecer de o corpo continuar se lembrando, e assim ela se torna crônica. Não se trata mais de uma zona do corpo que dói, o problema é a dor em si, que se torna autônoma e constante. Os receptores da medula espinhal e do cérebro foram alterados bioquímica e fisiologicamente.

Para cuidar dessa afecção, em geral o médico receita uma combinação de diferentes terapias, que vão desde a ministração de medicamentos até a psicoterapia. O tratamento também pode se realizar numa clínica da dor especializada.

À primeira vista, pode parecer uma grande bênção não sentir nenhuma dor, independente da extensão do ferimento. Porém essa impressão é equivocada. No mundo inteiro existem cerca de cem pessoas que não sentem qualquer dor: um defeito genético impede que suas fibras condutoras levem os sinais dolorosos do local da lesão até o cérebro.

Também em casos avançados de diabetes, se as terminações nervosas forem danificadas, a percepção da dor pode ficar comprometida. Ao pisarem num prego, por exemplo, esses pacientes não retraem automaticamente o pé. E mesmo depois que o local inflama, eles continuam não percebendo nada.

Com certeza, todos gostariam de poder dispensar a dor. Mas para quem se corta com uma faca ou se queima, essa sensação tem caráter positivo: ela é um sistema de alarme inequívoco e único do organismo, em defesa própria.

Filipinas atingidas pelo tufão Koppu

sábado, 17 de outubro de 2015

Brasil na linguagem do basquete : estamos sem rebotes ! / "A invasão dos Bárbaros" de Celso Ming


sexta-feira, outubro 16, 2015

À espera dos bárbaros 

CELSO MING

O ESTADÃO - 16/10

Sinais de invasão dos bárbaros ou de um desastre iminente do Brasil estão sendo repassados pelas agências de classificação de risco


Num dos mais notáveis poemas do século 20 (À espera dos bárbaros), o alexandrino Konstantínos Kavafis descreve a prostração, o conformismo e a incapacidade de reação dos dirigentes de uma cidade diante da ameaça de invasão inevitável.

Sinais de invasão dos bárbaros ou de um desastre iminente do Brasil estão sendo repassados pelas agências de classificação de risco. Nesta quinta-feira, foi a vez da Fitch, uma das três mais importantes, rebaixar a qualidade dos títulos de dívida do Brasil.





Foi um movimento esperado diante da passividade do governo federal ante a franca deterioração das contas públicas. A dívida bruta vai saltando para acima dos 70% do PIB, não se vê nenhuma iniciativa para coibir o rombo e é natural que, nessas condições, a capacidade do País de honrar os compromissos financeiros vá se evaporando.

Ainda há as reservas externas de US$ 370 bilhões aplicadas em títulos fortes; e há o superávit na balança comercial, que deverá ultrapassar os US$ 15 bilhões. São muralhas que ainda resistem ao cerco da cidadela. Mas por quanto tempo, se o resto vai mal. E piorando.

A retração do PIB não é outra coisa senão a queda da renda e, do ponto de vista do setor público, a quebra da capacidade de arrecadar e de sustentar a dívida. O déficit nominal, que inclui a conta dos juros, avança para os 9% do PIB.


A decisão mais grave da Fitch não foi a de reduzir em um degrau a qualidade dos títulos brasileiros, imediatamente antes da perda do grau de investimento. Foi ter mantido a condição do Brasil “em perspectiva negativa”. Isso significa que a qualquer momento pode vir novo rebaixamento. Quando isso acontecer, será inevitável a saída de respeitável volume de capitais. Isso porque grande número de fundos não pode, por lei ou disposição estatutária, manter em carteira os chamados títulos lixo (junk funds), aqueles que não levam o selo do grau de investimento de pelo menos duas agências de classificação de risco.

As coisas mudariam de figura se ficassem asseguradas condições para obtenção de um superávit primário (sobra de arrecadação para pagamento da dívida) de 1,0% a 2,0% do PIB. Mas já se viu que não há vontade política por parte do governo de derrubar decisivamente as despesas. Nem do Congresso, em aprovar aumento de impostos.

Por aí se vê que, mais decisivo para o rebaixamento do Brasil do que a corrosão das contas públicas, é o impasse político, que bloqueia o processo de tomada de decisões, como aponta o primeiro parágrafo do comunicado com as justificativas para a decisão divulgada nesta quinta-feira pela agência Fitch.

Pior que tudo, não há sinais para virada do jogo. Quando, em março de 2014, veio o primeiro rebaixamento da Standard & Poor’s, ainda não à condição de grau especulativo, as reações do governo Dilma continuavam sendo as de que a economia estava sendo vítima de um inexplicável pessimismo.

Não há mais otimistas por aqui. Há, sim, um clima de modorrento conformismo com a capitulação iminente da cidade, como se os bárbaros pudessem, enfim, trazer a solução.

CONFIRA:





Aí está a evolução da receita nominal dos serviços desde agosto de 2013.

Os serviços e o PIB

Com variações menos importantes, as estatísticas se repetem e refletem a queda da atividade econômica. Os números desta quinta-feira se concentram no setor de serviços, o mais imunizado contra os soluços do câmbio e, no entanto, igualmente prostrado. Sozinho, corresponde a cerca de 70% do PIB. No período de oito meses terminados em agosto o volume caiu 2,6%. É possivelmente também ser esse o tamanho da queda de toda a atividade econômica do País no mesmo período.


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Jornal da Cultura 16/10/2015

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

"O Brasil precisa é de encontrar novos mitos. Os velhos estão ultrapassados." / Tim Vickery // BBC




Tim Vickery: Três mitos falsos e ultrapassados sobre o Brasil

  • Há 7 horas
MNBAImage copyrightMNBA
Image captionPara colunista, herança da colonização portuguesa virou bode expiatório
Aos 16 anos – uma idade em que a gente se impressiona facilmente –, meu pai testemunhou, nos céus, acima de sua cabeça, a luta de pilotos da Força Aérea britânica contra os alemães, que acabou impedindo uma invasão nazista.
Essa foi a época que definiu o patriotismo do meu pai e de toda uma nação. "Éramos nós, sozinhos", ele me contava até o fim de seus dias. "Somente nossa ilha contra o poder de Hitler."
Sem nenhuma dúvida, trata-se de um momento glorioso. Mas há ressalvas. Primeiro, a frase "era a gente sozinho" esquece que, na época, essa "ilha" (o Reino Unido) ainda era dona de um império. E os milhões de súditos indianos?
Também não é um momento que se pode tomar como representativo da política externa do país, pelo menos nos tempos de império. Foram séculos de conquistas e roubos. O verão de 1940, então, fornece uma base frágil para se construir um senso de patriotismo.
Mas é típico das histórias que as nações contam sobre si próprias. E, às vezes, o mito acaba valendo mais do que a verdade.
No Brasil, por exemplo, tem um mito que é contado todos os dias, e aceito como se fosse a verdade mais pura e incontestável. Impossível contar quantas vezes ouvi essa frase das mais diversas pessoas nas mais diversas situações. Mas, normalmente, em tom de lamúria.
"A gente foi colonizado pelos portugueses".
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Image captionApoio das elites brasileiras a projeto de desenvolvimento veio apenas no primeiro governo Vargas
Obviamente, o Brasil fazia parte do império de Portugal. A terra, sim, foi dominada pelos "portugas". Mas o povo? Aí é outra história.
Os indígenas foram colonizados, e os africanos vieram como mercadoria, no processo brutal e desumano de escravidão. O restante – e não é pouca gente, não – veio para cá por opção. Chegou da Europa, do Oriente Médio e da Ásia. As pesquisas de DNA mais atuais estão revelando um Brasil muito mais europeu do que se pensa, por exemplo.
A verdade é - mais do que colonizados, o Brasil é cheio de descendentes de colonizadores, principalmente em posições de poder e em que mudanças podem, sim, ser implementadas. E estão fazendo o quê? Culpando os portugueses.
Por que, então, tanta confusão sobre um assunto tão básico? Uma coisa é certa. O conceito de Brasil colonizado é bastante útil para a elite. Coloca a massa do povo numa posição de passividade. Sempre tem alguém para culpar. Atraso, subdesenvolvimento? Não tem saída além de lamentar a herança portuguesa.
Claro, as cartas foram marcadas contra a América do Sul, tachada como mero fornecedor da matéria-prima. Mas houve uma elite local que ficava bastante satisfeita com isso, com um interesse no próprio atraso do país, na passividade do povo.
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Image captionO colunista ressalta que diversas cidades da Europa, por exemplo, hoje têm diversidade cultural muito maior que o Brasil
Foi somente a grande crise financeira de 1929 nos Estados Unidos, e a consequente queda na demanda externa por produtos agrícolas, que obrigou a elite a apoiar um projeto de desenvolvimento nacional, chefiado por Getúlio Vargas.
Mas culpar a elite traria uma armadilha semelhante a culpar os portugueses.
Acho que a maioria aqui concorda que o Brasil tem que mudar muita coisa. Uma delas são os mitos. O Brasil precisa é de encontrar novos mitos. Os velhos estão ultrapassados.
Quer ver outro? "Brasil, a terra da alegria". Quantas vezes ouvi o povo, muitas vezes até explicando essa passividade frente aos problemas, sacar esse do leque de mitos. "A terra de alegria" não sobrevive a uma rápida caminhada por qualquer rua comercial do país. A quantidade de farmácias é impressionante! Será que um povo feliz precisa tomar tantos remédios?
A "terra de diversidade cultural" também já era. Felizmente, a miscigenação no mundo é hoje em dia muito mais comum e, em muitas cidades europeias, por exemplo, encontra-se uma gama muito mais ampla de etnias e religiões do que no Brasil.
Aí a questão prática é: surgirão novos mitos, quais? É tema para longas conversas e uma outra coluna.
*Formado em História e Política pela Universidade de Warwick, Vickery é um dos poucos jornalistas estrangeiros a ter uma carreira verdadeiramente bilíngue, com colaborações regulares tanto para veículos brasileiros quanto estrangeiros, sobretudo britânicos.
Tim Vickery tem uma colaboração de longa data com a BBC, tendo trabalhado para diferentes partes da organização na cobertura do futebol sul-americano. Nesta coluna, que é lançada em um momento em que o Brasil volta aos holofotes internacionais por conta da Olimpíada de 2016, ele fala menos de esporte e mais sobre a sociedade brasileira.

Lula nos manda ir à .... feira ! // Maria Helena Rubinato Rodrigues de Souza / no blog de Ricardo Noblat


Lula nos manda ir à feira

Lula e as cebolas (Foto: Arquivo Google)
Lula e as cebolas (Foto: Arquivo Google)
Dilma Rousseff encetou uma vigorosa campanha para salvar seu mandato. É um direito que lhe assiste. Deve ser duro passar por um impeachment, taí, deve ser muito duro. O Collor que o diga.
Ela se insurge contra a oposição e alega que o ódio e a intolerância disseminados contra seus governos e os do Lula, leia-se contra o PT, são tentativas de tirar seu mandato sem que exista qualquer “fato jurídico ou político”.
Será que seus seguidores acham que sua incapacidade de ver o que se passa à sua volta, sua incompetência para administrar, seu modo rude e tosco de tratar seus auxiliares, são os motivos que levam a maioria dos brasileiros a sonhar com seu afastamento? Na verdade, se fosse só isso, não haveria 'fato jurídico ou político' para pedir seu impeachment.
Mas... fora isso (numa homenagem à grande crônica do Veríssimo de ontem) houve a campanha pela reeleição, fábula fiada do começo ao fim.
Fora isso, houve a derrocada de nossa maior empresa, verdadeiro descalabro que aconteceu sob suas asas.
Fora isso, tem a explicação, que de tão fantasiosa chega a ser ofensiva, que as 'pedaladas fiscais' de dona Dilma foram feitas para honrar os compromissos com o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida!
Fora isso, tem essa cantilena insuportável sobre o ajuste e sobre ser nossa obrigação, como cidadãos, colaborar sofrendo cada vez mais para que o país ajuste sua Economia.
O que o governo fez pelo tal ajuste? Uma verdadeira economia de palitos, uma gota d’ água no imenso oceano de dívidas em que estamos mergulhados.
E falou, falou muito, e deu voz novamente ao Lula – só não lhe entregou ainda a caneta. Quero crer.
E alimentou a doença infantil da esquerda fajuta que nos enfiou o Foro São Paulo goela abaixo e por conta disso ficamos atrelados ao Mercosul, dispensamos a Alca e agora perdemos a oportunidade de participar da TPP (Trans-Pacific Partnership), o acordo comercial que une doze países banhados pelo Pacífico (entre os quais EUA, Japão, México, Austrália) que respondem por 40% do PIB global.
Bem, você dirá, não vejo lógica. O Brasil está bem longe do Pacífico apesar da promessa mais longínqua ainda de uma estrada que nos levaria até lá.

Isso é fato. Mas, segundo li no 'Terraço Econômico', em artigo assinado por Rachel Borges de Sá, como o TPP “visa reduzir barreiras comerciais com o corte ou redução de tarifas de importação entre países-membros a fim de aumentar o fluxo de bens e serviços”, fica simples compreender que o Brasil sairá perdendo com esse acordo “já que se você não precisa pagar nenhuma tarifa (ou seja, impostos de importação ou exportação) nem enfrentar nenhuma complexa burocracia, por que você iria comprar de outro?”.

Se em vez de estar com ideia fixa na manutenção do Poder o Governo governasse, quem sabe faria os países do Mercosul compreender que essa união aduaneira que temos é um entrave a voos mais altos?

Enquanto eles só pensam em manter as rédeas do Poder nas mãos, o Brasil se embaralha cada vez mais.  A Economia vai de mal a pior, a Política fica cada vez mais feia e Lula e dona Dilma só pensam em barrar o impeachment que a Oposição deseja. Estão como o Juquinha da anedota...
Lula chegou a dizer lá no 12º Congresso da CUT:
— A Dilma não ganhou eleição para ficar batendo boca com perdedores. Se eles quiserem chorar, que comprem cebola para descascar.
E quem precisa de cebolas?