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A China anunciou nesta quinta-feira o fim da política do filho único e autorizará a partir de agora que todos os casais tenham dois filhos, segundo um comunicado do Partido Comunista divulgado pela agência oficial Xinhua.

A decisão histórica foi tomada dois anos depois que o governo autorizou os casais em que um dos cônjuges é filho único a ter um segundo filho.

O objetivo é corrigir o desequilíbrio entre homens e mulheres e conter o envelhecimento da população.

A decisão, que acaba com 35 anos de uma política muito critica por seus excessos, em particular os abortos forçados, era esperada depois que muitos especialistas chineses de agências oficiais ou centros de pesquisa já haviam pedido nas últimas semanas ao governo que avaliasse essa medida.

A decisão foi tomada durante a quinta sessão plenária do Comitê Central do Partido Comunista, que terminou nesta quinta-feira depois de quatro dias dedicados ao próximo plano quinquental (2016-2020), informou a agência Xinhua.

A medida de 2013 teve por ora um efeito limitado porque não se aplica a todo o território e porque muitos casais preferem ter apenas um filho por razões econômicas.


A política do filho único tinha, além disso, algumas exceções: a quase totalidade das 55 minorias étnicas do país não tinham que obedecê-la e também os casais de zonas rurais podiam ignorá-la caso seu primeiro filho fosse uma menina.



Reunida a portas fechadas desde segunda, a sessão plenária do PC também adotou um objetivo de crescimento econômico "de médio para alto" para 2016 e os anos seguintes, segundo a agências de notícias oficial, que não forneceu cifras.

Também foi adotado o objetivo de dobrar a renda per capita entre 2010 e 2020 e apoiar o consumo.

Por outra parte, o partido colocou em andamento a exclusão de 10 de seus membros acusados de corrupção, infrações e abusos.