Melhor desenvolvimento econômico

São Paulo – No meio do caminho entre a Grande São Paulo e Campinas, um município desponta como modelo de desenvolvimento no país. Trata-se de Paulínia, uma cidade com menos de 100.000 habitantes, sede de grandes empresas petroquímicas e cenário de produções cinematográficas como “Chico Xavier” e “O Menino da Porteira”.
É ela que ocupa o primeiro lugar no ranking das 50 cidades pequenas que apresentam melhor desenvolvimento econômico, produzido com exclusividade pela consultoria Urban Systems e que compõem a pesquisa “As melhores cidades do Brasil para fazer negócios”, publicado na edição 1100 de EXAME.
A análise foi produzida a partir de dados de 348 cidades com população entre 50.000 e 100.000 habitantes — enquadradas no conceito de "média-pequenas". Municípios desse porte são responsáveis por 10% de tudo o que é produzido no país, além de concentrarem 11% das empresas e 12% da população.
PERFIL
Quase todas as cidades que apresentaram alto grau de desenvolvimento estão próximas de grandes municípios ou de regiões metropolitanas. De início, a estrutura dos vizinhos acaba sendo muito útil para o crescimento. Com o tempo, essa dependência diminui — e muito.
“Não é raro que muitas delas deixem de ser parte de um polo para se tornarem sozinhas polos de investimento”, diz Willian Rigon, responsável pela pesquisa.
Outro ponto comum nelas é a existência de uma “âncora de desenvolvimento”, ou seja, um setor econômico bem desenvolvido. É assim com Paulínia, com suas empresas petroquímicas e o polo de cinema, Lucas do Rio Verde (MT), com o agronegócio, e Ipojuca (PE), com o Porto de Suape.
O ponto de virada, no entanto, acontece quando elas conseguem expandir essas mesmas oportunidades para outros setores e para a população em geral. “Ao não depender de uma só atividade, elas suportam melhor momentos de crise”, diz Rigon.
Ao navegar pelas fotos, você encontra as 50 cidades que receberam as maiores pontuações, além de um compilado de números que mostram a qualidade de vida nesses locais.
O ranking foi criado a partir da análise de 13 indicadores econômicos, como PIB per capita, crescimento dos empregos formais, importações e exportações. Cada um dos critérios ganhou um peso de acordo com sua importância, totalizando 14 pontos.
*Atualizada em 24/11 às 8h47