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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O Politicamente Correto precisa de um discurso mais correto, ou seja, menos preconceituoso


GUILHERME FIUZA

Uma banana para a patrulha racial

Helio de La Peña e Daniel Alves trocaram o rancor pela inteligência, ao zombar do preconceito

GUILHERME FIUZA
23/11/2015 - 08h20 - Atualizado 23/11/2015 08h20
A humorista Ju Black Power contou nas redes sociais que foi processada porque disse que era preta. Ou seja: foi alvo de uma ação judicial por preconceito racial contra si mesma. Ju faz sucesso com as características físicas que a natureza lhe deu, não tenta parecer o que não é, apenas trata com irreverência os tabus relacionados à cor da pele. Qual é, então, seu pecado? Seu pecado é não ser uma militante racial – imperdoável para a indústria cada vez mais poderosa do politicamente correto.

Vamos repetir: trata-se de uma indústria. Um mercado que não para de crescer, proporcionando gordos lucros da política às artes, da notoriedade ao voto. Ou talvez seja melhor falar em vultosos lucros, porque “gordos” pode ofender alguém. Juliana Oliveira, a Ju Black Power, que trabalha com Danilo Gentili, respondeu assim à inacreditável acusação de racismo contra si mesma: “Pô, preto é f... mesmo, hein?”. O bom entendedor sabe que Ju não está atacando os negros. Está atacando a hipocrisia da patrulha, com ironia. Infelizmente, bons entendedores estão em falta, e ironia só com tradução simultânea.

Nesses tempos estranhos, em que você é a bandeira que carrega, a atriz Taís Araújo foi à delegacia dar queixa de comentários boçais no Facebook. O racismo e os racistas não poderiam conseguir publicidade melhor. Sempre haverá meia dúzia de espíritos de porco arremessando suas idiotices a esmo. Num jogo do Barcelona, com todo o aparato de punições para condutas impróprias nos estádios europeus, um torcedor arremessou uma banana na direção do jogador Daniel Alves. Ele se preparava para cobrar um escanteio e, sem perder o tempo do jogo, sem pausa solene, apanhou a banana, descascou, comeu e fez a cobrança. Em cinco segundos, Dani Alves devolveu o racista a sua insignificância, e mostrou ao mundo que o melhor a fazer com um idiota é condená-lo a ficar a sós com a sua idiotice.

Toda a solenidade que o jogador do Barcelona negou aos idiotas, Taís Araújo lhes concedeu. Redigiu um comentário sentido, grave, dizendo que não vai baixar a cabeça, entre outros brados estoicos. Baixar a cabeça? Taís Araújo? Por causa dos parasitas do Facebook? Há algo errado aí. No mínimo um erro de proporção. A atriz disse que sente o julgamento pronto para qualquer atitude sua que desagradar. Vão dizer: “Aquela neguinha metida”. Taís Araújo, neguinha metida? Onde?

No Brasil, Taís Araújo não é uma neguinha metida. É uma atriz talentosa, linda e consagrada. Em 2004, protagonizou Da cor do pecado, novela de João Emanuel Carneiro em que fazia par com Reynaldo Gianecchini. A Globo não só ganhou a aposta numa protagonista negra fora dos estereótipos raciais, como o sucesso gerou um dos produtos da emissora mais vendidos no exterior. O público aprovou totalmente Taís Araújo como mocinha. E lá se vão mais de dez anos de carinho e reverência dos brasileiros por essa atriz. Seu lugar na cultura brasileira hoje não é o de uma atriz negra, é o de uma atriz excelente.

Numa entrevista anos atrás ao programa Roda viva, depois de meia dúzia de perguntas sobre racismo, o cantor e compositor Seu Jorge indagou: “Será que nós podemos falar de música?”. Em 20 anos de sucesso com o Casseta e planeta, o humorista Helio de la Peña satirizou Obama, Michael Jackson e grande elenco. Respondeu ao preconceito que sofreu na vida da forma mais eficiente possível: ridicularizando o preconceito. Substituiu o rancor pela inteligência – como fez Daniel Alves. Ainda teve de convencer o movimento negro de que o disco Preto com um buraco no meio era apenas a descrição do vinil – episódio que já tem mais de um quarto de século. O Brasil parece mesmo um disco arranhado.

Taís Araújo ressalvou, em seu desabafo, que preferia não estar falando disso ainda em 2015. É realmente lamentável. Mas a série de TV que ela protagoniza com Lázaro Ramos está falando disso. Ninguém de boa-fé quer supor que a atitude da atriz ao amplificar os boçais de seu Facebook – e todas as entrevistas em jornais e TV decorrentes disso – seja uma forma de divulgação. Mas a essa altura do campeonato, com ações bizarras como a que acusa uma humorista de discriminar a si mesma, é o caso de se perguntar: quem ganha cavando trincheiras?

Sindicato de Bancários de SP está mal visto por conselheira do BB que pede investigação por atos contra trabalhadores durante greve recnte

Conselheira do Banco do Brasil quer que MP investigue Sindicato dos Bancários

Representação de Juliana Publio afirma que dirigentes sindicais de São Paulo atuaram contra os trabalhadores durante a greve do mês passado

MURILO RAMOS
02/12/2015 - 17h40 - Atualizado 02/12/2015 17h40


Bancários de todo o país entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (19). Em Brasília, agências amanhecem com as portas fechadas (Foto: Wilson Dias/ABr)
greve dos bancários - que durou 21 dias e terminou no dia 26 de outubro - continua a render. É que a conselheira representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do Banco do Brasil, Juliana Publio, protocolou na semana passada uma representaçãocontra a diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo na Procuradoria Regional do Trabalho. Ela pede a instauração de um inquérito para apurar a ação dos dirigentes sindicais durante a assembleia, que aceitou a proposta patronal de reajuste de 10% (0,11% de aumento real) nos salários da categoria e, na opinião dela, prejudicou a categoria. Segundo relata o documento, o sindicato adotou medidas contrárias à vontade dos trabalhadores e a favor dos bancos.
Um dos exemplos levantados por Juliana foi a negociação separada entre os servidores dos bancos públicos e dos bancos privados, algo que, segundo ela, jamais ocorrera. Além disso, alega que o sindicato não fez questão de recontar os votos durante assembleia dos bancos públicos.  A Procuradoria Regional do Trabalho ainda não se manifestou sobre o assunto .

Mais mistério em torno de Lula... Ele ganhou 35 mil reais por dia entre 2011 e 2014 com palestras

quarta-feira, dezembro 02, 2015

LULA E SUAS PALESTRAS MISTERIOSAS: EX-PRESIDENTE TEM DIFICULDADE PARA EXPLICAR COMO FATUROU R$ 52,3 MILHÕES DE 2011 A 2014.

Nesta foto veiculada na coluna de Augusto Nunes/Veja, Delcídio Amaral abraça Lula. Delcídio está preso e Lula o chamou de "imbecil". E agora surge uma conta de Lula que não fecha nem a pau, conforme levantamento do jornalista Cláudio Humberto.
O ex-presidente Lula se enrola para explicar como faturou R$52,3 milhões, inclusive com sua empresa de palestras, a Lils (suas iniciais), entre 2011 e 2014. Lula jurou que foi sua receita com “palestras”, que, curiosamente, não são encontradas nas redes sociais. Tampouco no YouTube, onde palestrantes profissionais divulgam seu trabalho. O Instituto Lula se recusa a informar a lista de palestras do ex-presidente.
Ganhando R$52,3 milhões com palestras, e se trabalhou os 1460 dias de 2011 a 2014, Lula recebeu R$ 35,8 mil por dia(!).
A movimentação financeira milionária, nas contas de Lula, foi detectada pelo Coaf, órgão de inteligência do Ministério da Fazenda.
A mídia segue Lula diariamente, mas só há registro de poucas palestras em grandes empresas, tipo LG, Santander, Itaipava e Caixa.
Lula comprou três planos de previdência, à vista, um por R$ 1,2 milhão e dois por R$5 milhões cada, em maio e junho de 2014. Da Coluna do Cláudio Humberto

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A procura por um porto chamado Utopia...chamado Aconchego... chamado Vida


UNIÃO EUROPEIA

Fluxo migratório rumo à Europa diminui em novembro

Em relação a outubro, 36,5% menos migrantes atravessaram o Mar Mediterrâneo em direção ao continente. Condições climáticas e repressão das autoridades turcas a traficantes de pessoas são razões para queda.
O número de migrantes que chegou à Europa após atravessar o Mar Mediterrâneo diminui 36,5% de outubro para novembro, divulgou nesta terça-feira (01/12) o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Esse foi o primeiro mês do ano que registrou queda no fluxo migratório em comparação ao anterior.
Estima-se que 140 mil refugiados e migrantes chegaram à Europa pela via marítima em novembro. Em outubro, haviam sido 220 mil. "É uma grande queda, mas os números ainda continuam muito elevados", afirmou William Spindler, porta-voz do Acnur.
Nos últimos dias foi registrada uma pausa no fluxo migratório, devido ao mar agitado, porém, na segunda-feira, cerca de 5,2 mil pessoas voltaram a desembarcar em ilhas na Grécia.
"As razões para a queda no número de chegadas estão relacionadas às condições climáticas variadas no Mar Egeu e também à repressão das autoridades turcas ao tráfico de pessoas", destacou Spindler.
De acordo com o porta-voz do Acnur, mais de 886 mil migrantes chegaram à Europa neste ano, metade deles de origem síria. Esse número é quatro vezes maior do que o registrado durante todo o ano de 2014. "É realista dizer que poderemos chegar a 1 milhão até o final deste ano", disse.
Mulheres e crianças
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 52% dos migrantes são mulheres e crianças. Entre os 589 refugiados que morerram na travessia entre a Turquia e Grécia via Mediterrâneo, 30% eram crianças.
A agência ressaltou ainda que centenas de crianças estão entre os migrantes barrados na fronteira da Grécia com a Macedônia , após o governo macedônico permitir apenas a passagem de cidadãos oriundos da Síria, Iraque e Afeganistão.
"Eles estão vivendo em condições de extrema pobreza, em abrigos inadequados. Há às vezes cerca de 30 a 40 pessoas dormindo numa barraca para se manterem aquecidas", afirmou Christopher Tidey, porta-voz do Unicef, acrescentando que várias famílias estão na região há mais de uma semana.
CN/rtr/afp/dpa

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O governo do PT está se igualando ao desastre de Mariana... A inflação como marca de um governo; a violência infernizando a sociedade; a falta de atendimento na estrutura da Saúde; a corrupção livre, leve e solta; o desemprego castigando famílias, empresas; a invasão de privacidade com leis desproporcionais a função da democracia...etc,

QUEM NOS GOVERNA?

Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
Quem nos governa? A rigor ninguém. É verdade que Lula da Silva está sempre se intrometendo junto à criatura. Ele tira e põe ministros, como fez desde o primeiro mandato de Rousseff e, pior, dá palpites na economia querendo reeditar as medidas populistas que a governanta e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sob seu comando puseram em prática.  
Contudo, aos quase 13 anos de governo petista não foram feitas as reformas necessárias. A Saúde tornou-se um descalabro com requintes de crueldade. A Educação chegou ao seu pior nível. A violência urbana, que tem como causa principal a livre entrada no País das drogas, aumentou a ponto de supor que estamos em guerra civil tantas são as mortes cometidas por bandidos que são presos e logo soltos. Os carros, comprados aos milhões sem planejamento urbano tornaram o trânsito um inferno. A corrupção desbragada, como nunca antes houve nesse país, dilapidou a Petrobrás e outras instituições.
Depois do “milagre” do magnânimo pai Lula vieram as consequências na economia: inflação crescente, aumento do desemprego e da inadimplência (|nome politicamente correto para calote), recessão. A situação tende a piorar.
No Planalto temos o desgoverno da senhora atarantada, cujas únicas funções são viajar, receber atletas e falar para plateias restritas e adestradas para aplaudi-la. Exposta publicamente é vaiada, como tem acontecido com vários participantes do governo petista.
De fato, não há mais Poder Executivo. A governanta não possui apoio nem popular nem no Congresso, muito menos do seu criador e do PT, e acaba de perder o líder do governo no Senado, o petista Delcídio do Amaral que foi preso. Algo nunca acontecido por se tratar de um senador em exercício. Outro presidente da República já teria sofrido o impeachment ou renunciado.
A desdita do senador aconteceu não porque ele ofereceu uma fuga rocambolesca a Cerveró, temendo ser incluído na delação premiada do ex-diretor da Petrobras, mas por ter afrontado os ministros do STF. Junto com o senador Delcídio do Amaral foi preso o banqueiro André Esteves, dono do BTG, muito ligado às altas autoridades e suas nebulosas “transações”. Na véspera foi preso também José Carlos Bumlai, acusado de intermediar contratos na Petrobras e arrecadar propinas em nome de seu grande amigo Lula da Silva, junto ao qual tinha passe livre quando este era presidente.
Quanto ao Poder Legislativo estaria bastante desfalcado se houvesse aplicação efetiva e ágil da lei. No entanto, apenas o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, foi exposto longamente na mídia como o único corrupto da República. Isso aconteceu por conta de seus “pecados” ou por que é ele quem desencadeia o rito de impeachment da presidente que, aliás, já foi uma vez barrado pelo Supremo? Ou por que encarnou a única e breve oposição ao PT?  Ou mesmo por que logrou a rápida independência  do Congresso sempre agachado diante do Executivo? 
As indagações são pertinentes porque existem, ligados á Lava Jato, 67 investigados no STF por envolvimento nos esquemas de corrupção da Petrobras, entre eles, deputados e senadores. Tem ainda ministros envolvidos e os chamados inquéritos ocultos, além das peças sem denúncia para as quais a Polícia Federal pediu prorrogação de prazo para investigações. A quantidade de autoridades envolvidas em assaltos a coisa pública é de tal monta, que dá impressão que somos governados por uma máfia dirigida por um poderoso e inimputável chefão. Mas, sobre a máfia política não houve uma campanha sistemática de desmoralização junto á opinião pública.
Chegamos a um ponto em que a economia está arruinada e o sistema político faliu. Os partidos políticos não possuem mais representatividade e, para piorar não surgiram novas lideranças como aconteceu na Argentina com a vitória de Maurício Macri ou com o despontar de nomes como Luís Lacalle no Uruguai, Henrique Caprilles na Venezuela ou Keiko Fujimori no Peru. Estes falam a língua evoluída dos liberais e são capazes de quebrar a hegemonia latino-americana da neoesquerda nefasta, populista, atrasada que vem infelicitando os povos latino-americanos.
No Brasil, a hegemonia petista impediu a emergência de estadistas e vemos as mesmas e cansativas figuras se posicionando para a corrida aos cargos eletivos. Como é fraco todo esse material político que se apresenta para disputar nosso voto.
Aqui, de inédito e meritório, somente figuras isoladas no Poder Judiciário, como o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa e agora o juiz federal Sérgio Moro coadjuvado pela Polícia Federal e por promotores. Estes têm a capacidade de aplicar a isonomia do Direito e a competência de fazer justiça através da lei.  No mais, mergulhamos numa crise de proporções gigantescas. Somos um barco à deriva, sem capitão e sem leme.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga. www.maluvibar.blogspot.com.br

Zaha Hadid Architects - City of Dreams Hotel Tower Macau

Fly-through animation of the Bee'ah Headquarters by Zaha Hadid

A sorte é para poucos... Caixa tem segredos de derrubar presidente e auxiliares responsáveis pelos jogos de sua Loteria de números marcados. / no blog de Aluizio Amorim


segunda-feira, novembro 30, 2015


CAIXA MANTÉM EM SEGREDO PESSOAS QUE GANHARAM A LOTERIA 500 VEZES. HÁ TAMBÉM UMA SÓ PESSOA QUE GANHOU 240 VEZES EM UM MÊS.

A insistência da Caixa em manter sob sigilo os ganhadores dos milionários prêmios das loterias reforça suspeitas sobre o uso do dinheiro dos sorteios em esquemas de lavagem de dinheiro, por exemplo. Mexer nisso é como cutucar vespeiro: autor de um projeto que obrigava a Caixa a divulgar a identidade dos ganhadores de loteria, o ex-senador Gerson Camata (PMDB-ES) sofreu várias ameaças.
A Caixa alega “questão de segurança” para manter o segredo. Só no Brasil apostadores de loteria não têm direito de saber quem venceu.
Projeto de Álvaro Dias (PSDB-PR), sobre o qual se senta o relator José Pimentel (PT-CE), prevê “banco de dados” identificando ganhadores.
Álvaro Dias apresentou seu projeto após alguém ser “premiado” mais de 500 vezes. “Um outro ganhou mais de 240 vezes em um mês”, diz. Da coluna de Cláudio Humberto

Operação Lava Jato (prisão do banqueiro Esteves) tem respingos na Seap do RJ e pode ser motivo de investigação de privilégios ...



Bangu 8 abre exceções para banqueiro

André Esteves não teve os cabelos raspados, como ocorre com qualquer detento do sistema penitenciário. Sua mulher e filha conseguiram uma autorização especial para vê-lo, não passaram pela revista de raio-X e nem tiveram de enfrentar a fila das visitas. O bacalhau do Antiquarius, seu almoço no sábado, também não foi vistoriado

Por: Leslie Leitão, do Rio de Janeiro - Atualizado em 

O banqueiro André Esteves aparece em foto de identificação feita pela polícia
André Esteves aparece em foto de identificação feita pela polícia nesta segunda-feira(Reprodução/VEJA.com)
Desde que foi preso pela Operação Lava Jato no último dia 25, André Esteves, dono do BTG Pactual e do BSI suíço, já descumpriu diversas regras do sistema penitenciário do Rio de Janeiro. O nono homem mais rico do Brasil, com fortuna avaliada pela revista Forbes em 9 bilhões de reais, conseguiu, por exemplo, manter o cabelo intacto, algo vetado para todo aquele que ingressa nas cadeias fluminenses. A regra diz que os presos têm de ter o cabelo raspado já na unidade de triagem. A mulher e a filha do banqueiro, que o visitaram no sábado, entraram no Complexo de Gericinó de carro, junto com um advogado, e foram direto até o portão principal da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, o Bangu 8, onde ele está preso. Não enfrentaram fila, não tiveram de entrar no ônibus que faz o transporte interno entre todas as unidades prisionais e não tiveram de passar pelo obrigatório scanner corporal (raio-X). Nem mesmo a refeição que levaram para o banqueiro - bacalhau preparado pelo restaurante Antiquarius - foi vistoriada.


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No domingo, o ministro Teori Zavascki transformou a prisão temporária de cinco dias do banqueiro em preventiva (sem prazo determinado), mas ele ainda poderá recorrer à 2ª Turma do STF. Enquanto não consegue a liberdade na Justiça, André Esteves conta com a boa vontade das autoridades estaduais. Foi o próprio secretário de Administração Penitenciária (Seap), coronel Erir Ribeiro Costa Filho, quem deu uma autorização especial para a visita do fim de semana. Ironicamente, há pouco mais de um mês, o então diretor do mesmo Bangu 8, Emerson Paiva, acabou exonerado por Erir exatamente por conceder a mesma autorização para parentes de internos que estavam presos por falta de pagamento de pensão alimentícia.
Se não receber outra autorização especial, André Esteves poderá ficar um bom tempo sem ver os parentes. O prazo médio para receber a carteirinha definitiva de visitante é de, no mínimo, 45 dias. "Para um preso comum leva três meses com certeza", diz um agente penitenciário.
O banqueiro chegou a dar entrada no Presídio Ary Franco (para presos à disposição da Justiça Federal), na Zona Norte, e de lá seguiu para Bangu 8, na Zona Oeste, onde ganhou um kit higiênico (sabonete e papel higiênico). O procedimento de identificação só foi feito nesta segunda-feira, quando ele tirou a foto oficial com a camisa verde da Seap, obrigatória para todos os detentos. Já na cadeia, furou outra fila. Lá dentro, onde estão presos 138 pessoas - todos com diploma de terceiro grau ou devedores de pensão alimentícia - as celas individuais, de seis metros quadrados, são reservadas aos que estão há mais tempo encarcerados. Esteves, no entanto, conseguiu uma só para ele.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ambientalistas reclamam de discurso de Dilma na Conferência do Clima da ONU em Paris... / BBC


Seis pontos polêmicos do discurso de Dilma em Paris – e as reações de ambientalistas

  • Há 32 minutos

(Foto: Loic Venance/AFP/Getty)Image copyrightAFP
Image captionPresidente brasileira faz discurso genérico na conferência mundial do clima

Sob o impacto de duas más notícias na área ambiental, o desastre de Mariana (MG) e o aumento nos índices de desmatamento, a presidente Dilma Rousseff fez na Conferência do Clima da ONU um discurso correto – mas generalista e até um pouco acanhado, na avaliação de especialistas.
"A ação irresponsável de uma empresa provocou recentemente o maior desastre ambiental da história do Brasil, na grande bacia hidrográfica do rio Doce. Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia", disse a presidente na COP21, que a partir desta segunda reúne 150 chefes de Estado em Paris.
No discurso, Dilma também citou o avanço no combate ao desmatamento no Brasil, mas não mencionou os dados divulgados na última sexta-feira – que mostraram justamente um aumento nos índices.
"É uma postura acanhada, quase constrangida, que fala do desastre de Mariana e fala de combate ao desmatamento quando os dados recentes mostram ampliação", diz Adriana Ramos, do ISA (Instituto Socioambiental).
Mas também houve acertos, dizem os ambientalistas. Entre eles, o pedido para que o acordo global do clima, a ser firmado no evento, tenha força de lei – Dilma fez a defesa de um documento "legalmente vinculante", quer dizer, de cumprimento obrigatório, com revisão a cada cinco anos.
Confira cinco pontos do discurso da presidente brasileira em que vale a pena prestar atenção:

1) Desmatamento

"As taxas de desmatamento na Amazônia caíram cerca de 80% na última década", disse Dilma em Paris.
Isso é verdade, mas a presidente não mencionou que, entre 2014 e 2015, houve um aumento de 16% no índice – a área desmatada corresponde a cinco vezes à da cidade de São Paulo.
"O Brasil não consegue mais falar de algo que vai fazer de bom, fica só evidenciando o que aconteceu nos últimos dez anos. A previsão para os próximos 15 anos, que é o período de que trata o plano, não traz nada de bom para a área florestal. A lei é fraca, permite muito desmatamento", afirma Marcio Astrini, do Greenpeace Brasil.
O plano apresentado pelo país para colaborar com a mudança no ritmo do aquecimento global promete acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, o que Astrini e outros especialistas criticam. Para eles, se há práticas ilegais, já é uma obrigação do governo combatê-las.
"Ela nem deveria falar de desmatamento ilegal, ainda mais só em 2030. O Brasil tem condições de fazer isso muito mais rapidamente", avalia Paulo Barreto, do Imazon.

Foto: ReutersImage copyrightReuters
Image captionTaxa de desmatamento na Amazônia cresceu 16% entre 2014 e 2015

2) Energia

"Todas as fontes de energias renováveis terão sua participação em nossa matriz energética ampliada, até alcançar, em 2030, 45%", afirmou Dilma, falando sobre o plano apresentado pelo Brasil.
Mas, para os ambientalistas, a fala não condiz com a realidade.
"Não acontece na prática, 70% dos investimentos do plano decenal (para dez anos) de energia do Brasil são para combustíveis fósseis. Pelo plano, a gente chega em 2030 com participação de energias renováveis muito parecida com o que temos hoje", diz Astrini.
"Não tem nenhuma grande revolução, isso segue a tendência atual", completa Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.

3) Acordo, revisão e metas

A presidente Dilma pediu que o acordo de Paris seja legalmente vinculante, ou seja, que tenha força de lei.
Além disso, defendeu uma "revisão quinquenal" nos planos dos países e destacou que o brasileiro fala em termos absolutos.
"Nunca ouvi isso (legalmente vinculante) tão explicitamente na boca da presidente. É muito importante falar isso aqui. E pedir a revisão a cada cinco anos também", diz Astrini, do Greenpeace.
A questão da obrigatoriedade do acordo encontra resistência nos Estados Unidos, já que um tratado teria de ser aprovado pelo Senado norte-americano, de maioria republicana (oposição ao governo do democrata Barack Obama).
Já a revisão das metas a cada cinco anos é importante porque, até o momento, os planos nacionais não conseguem limitar o aquecimento global a 2°C acima dos níveis pré-industriais. A expectativa é que, com essas revisões, surjam metas mais ambiciosas e esse problema seja corrigido.
"Ela também fez um chamado para que países entreguem metas absolutas, não vinculadas ao crescimento de PIB ou outros fatores econômicos, como está no plano do Brasil", completou Astrini.

4) Redd+


Image copyrightReuters
Image captionDilma Rousselff se referiu de forma acanhada a desastre ambiental em Mariana (MG)

Durante o discurso, Dilma também falou sobre o Redd+, mecanismo que permite a remuneração daqueles que combatem o desmatamento.
"Nosso esforços de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia ganham agora um novo patamar de ação com a adoção da estratégia nacional da Redd+. O Brasil já preenche todos os mecanismos da convenção do clima para tornar-se beneficiário desse mecanismo", disse Dilma.
Mas os ambientalistas dizem que a estratégia não está pronta.
"O governo publicou na sexta-feira a criação de uma comissão para analisar isso", diz Adriana, do ISA.
"Esta estratégia, em discussão há mais de cinco anos em Brasília, existe apenas nas intenções do governo. Ainda nem sequer foi colocada em consulta pública", complementa Rittl.

5) Responsabilidade

A presidente afirmou em sua fala que o plano do Brasil tem como meta reduzir as emissões em 43% no período entre 2005 e 2030.
"Ela é, sem dúvida, muito ambiciosa e vai além da nossa responsabilidade pelo aumento da temperatura média global", afirmou Dilma.
Mas, para Rittl, isso não é verdade. Ele diz que, apesar de o Brasil ter uma meta ambiciosa em relação a outras economias em desenvolvimento, nem o país nem nenhum outro está fazendo o suficiente.
"Se todo mundo fizesse um esforço proporcional ao do Brasil, o aquecimento ainda ficaria acima de 2ºC. Pensar assim é péssimo para o resultado da negociação, os países não podem achar que estão fazendo o suficiente se a meta não foi atingida", diz Rittl.

6) Medidas de implementação

No discurso, Dilma citou também a forma como as medidas para impedir o aumento da temperatura global serão implementadas.
Trata-se de um grande tema das discussões sobre clima: os países em desenvolvimento lutam para que os desenvolvidos – que já poluíram muito para chegar onde estão agora – ajudem a financiá-los na transição para uma economia menos poluente, para evitar que isso prejudique seu avanço.
"Os meios de implementação do novo acordo, financiamento, transferência de tecnologia e capacitação devem assegurar que todos os países tenham as condições necessárias para alcançar o objetivo", disse a presidente.
Essas formas de implementação, segundo Astrini, devem ser uma questão-chave da conferência, já que o que está em jogo não são as metas – pois cada país já apresentou as suas, voluntariamente.
"Significa que o Brasil vai se juntar fortemente a países como China e Índia para que eles cobrem dos desenvolvidos colocar mais dinheiro na mesa", diz o especialista.
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