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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Lady Gaga - Every Time We Say Goodbye - The Tonight Show Starring Jimmy ...

Uma partitura delicada para a senhora Presidenta Dilma

"Já foi longe demais", Percival Puggina no Zero Hora

JÁ FOI LONGE DEMAIS

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

Ilustração
 Uma das fotos estampadas em ZH, na última quinta-feira, mostrava numeroso grupo de parlamentares da base do governo irradiando indizível felicidade. Melhoraram os números da economia? O PIB cresceu? O desemprego diminuiu? Nada disso. Festejava-se a elevação do déficit fiscal para R$ 120 bilhões. Sirvam-se os drinques! O barco afunda, mas o poder é uma festa. Afinal, ele é tudo que importa. Minutos depois, a notícia da abertura do processo de impeachment caía como uma pedra no enorme aparelho digestivo do governo. Não havia sal de fruta suficiente para tamanho mal estar.
A mentira é o primeiro degrau da corrupção. O sofisma é o segundo. Ambos corrompem a verdade e o resto vem com o tempo e com as ocasiões. Diferentemente do que o governo passou a dizer, a relação de Cunha com o impeachment é funcional e a divergência entre ele e o governo é coisa de família, desentendimento na firma. Não há princípios, nem valores, nem qualquer verdade em jogo. Seus negócios foram descobertos pela mesma Lava Jato que o PT dizia ser golpista.
Cunha é muito menos dono do impeachment do que eu. Jamais disse palavra a favor. Contra minha vontade (ede dezenas de milhões de brasileiros), sentou-se ele, por meses, sobre trinta e tantos requerimentos. Ou não? Também nisto obsequiou ao PT tanto quanto o serviu, durante anos, na base do governo. Sua prolongada indecisão arrefeceu as mobilizações de rua. Bem como o governo queria. É totalmente fraudulenta, portanto,a tentativa de colocá-lo no papel de dono do impeachment, como se fosse coisa dele e de gente como ele.
Insustentável, também, o xingatórioque qualifica como coxinhas, lacerdistas, golpistas e gente da pior espécie os que querem ver o governo pelas costas. Se assim fosse, a Constituição seria “golpista”,pois prescreve esse tipo de processo. E mais, Dilma Rousseff, com menos de 10% de apoio um ano após fazer 52% dos votos válidos, teria sido eleita por “gente da pior espécie”. Nem o xingamento fica em pé.
O governo já foi longe demais, em tudo. Levou a inépcia aos requintes. Forneceu provas abundantes de que o STF errou ao desconhecer, na ação penal do mensalão, o crime de formação de quadrilha. À vista de seu governo, a gestão do companheiro Collor foi exemplo de austeridade. E de nada vale a presidente dizer que não roubou e não escondeu dinheiro no Exterior porque não é disso que a acusam. Seus crimesforam de responsabilidade fiscal.Ponto e basta. Voltemos às ruas, nós, os donos do impeachment!
ZERO HORA, 6 de dezembro de 2015
 

Irã ... uma revolução facial: ""Eu nunca havia pensado em compartilhar minha carteira de identidade online", disse um internauta."

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151124_identidades_ira_lab

Como os jovens iranianos estão usando o Instagram para se rebelar

  • Há 4 horas

Kartmeli ChallengeImage copyrightkartmelichallenge
Image captionDesde a revolução, Irã vive sob rigoroso código de vestimenta

Jovens iranianos estão postando fotos no Instagram para mostrar o que consideram ser sua "real" identidade - ao lado de fotos formais que tiveram que tirar para seu documento oficial de identificação.
Duas contas de Instagram populares no país estão pedindo que as pessoas postem essas fotos, e muitos estão aderindo ao "desafio da carteira de identidade" (KarteMeliChallenge).
As fotos oficiais sem expressão, em preto e branco e, no caso das mulheres, de véu, são postadas junto a imagens coloridas, divertidas e estilosas feitas pelas pessoas.
Desde que o desafio começou, há um mês, cem fotos foram postadas - em um país onde postar fotos privadas em uma plataforma pública pode ser interpretado pelas autoridades como ato criminoso.
Uma segunda página, "DontJudgeChallengeTM", tem outras 160 fotos - e 120 mil seguidores.

Foto oficial

O órgão responsável por emitir as identidades e passaportes no Irã dá as seguintes instruções em seu site:
"Para homens: sem chapéus, óculos, gravatas, joias, cabelo com penteado ou costeleta... a testa e as orelhas devem estar visíveis. A cor da roupa não pode combinar com o fundo."
"Para mulheres: hijab completo (véu muçulmano que deixo só o rosto à mostra) com uma lenço de cabeça de cor escura para que o formato arredondado do rosto fique visível; sem maquiagem e joias."

kartmeli challengeImage copyrightkartmelichallenge
Image copyrightkartmelichallenge

A maioria dos comentários no Instagram fala sobre a aparência das pessoas nas fotos, com muito sarcasmo sobre alguns que parecem ter feito uma plástica - o que é extremamente popular no Irã.
"O desafio deveria se chamar 'antes e depois da plástica', disse um internauta.
A administradora da página KarteMeliChallenge já havia tentado fazer uma campanha diferente, pedindo que mulheres mandassem fotos com o véu islâmico e outras sem, lembrando a campanha viral "Minha Liberdade Furtiva", que incentivou mulheres a se desfazer de seus hijabs.

kartmeli challengeImage copyrightkartmelichallenge

Mas depois ela decidiu focar em uma nova ideia. "É raro as pessoas ficarem felizes com sua foto da carteira de identidade", ela disse ao site iraniano Iran Wire. "E é isso que faz a campanha interessante."
Há um código de vestimenta rigoroso no Irã, principalmente para mulheres, desde a revolução de 1979, e a reação ao desafio mostra que as pessoas gostam da ideia de "revelar" suas identidades.
"Eu nunca havia pensado em compartilhar minha carteira de identidade online", disse um internauta.

Na Venezuela a oposição vence eleição... // BBC

Após 16 anos, oposição na Venezuela ganha maioria na Assembleia

ReutersImage copyrightReuters
Image captionOpositores do presidente Nicolás Maduro conquistaram 99 das 167 cadeiras do Parlamento do país
A oposição na Venezuela conquistou a maioria das cadeiras na Assembleia Nacional, revertendo quase duas décadas de domínio dos socialistas (desde 1999, com a primeira eleição de Hugo Chávez) representados pelo presidente Nicolás Maduro.
Cinco horas após o fechamento do pleito, com 96% das urnas apuradas, o Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pela apuração dos votos, anunciou que a oposição ganhou 99 das 167 cadeiras do Parlamento do país.
Os socialistas, por sua vez, ficaram com 46 cadeiras. Outras 22 ainda vão ser definidas.
Maduro admitiu a derrota, afirmando que seu partido reconheceu "os resultados adversos".
A aliança da oposição, formada por partidos conservadores e de centro, diz estar confiante de que vai obter 112 cadeiras depois de 17 anos de governo socialista.
De acordo com opositores, se confirmada a hipótese, seria possível aprovar leis que permitiriam a libertação de prisioneiros políticos e reverter, por exemplo, indicações do Judiciário feitas pelo governo atual.
"Os resultados são como esperávamos. A Venezuela venceu. É irreversível", tuitou Henrique Capriles, principal figura da oposição e ex-candidato à presidência.
Apesar da derrota, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que governa o país, ainda deve manter forte representatividade no cenário político, já que controla muitos municípios.
As eleições foram amplamente vistas como um referendo antecipado para Maduro, o sucessor de Hugo Chávez (1954-2013), e as políticas socialistas do partido.
A oposição acusou o PSUV de destruir a economia e esbanjar as riquezas de petróleo do país.
Maduro, por sua vez, diz que seu partido defende os interesses dos venezuelanos comuns e quer completar a chamada "Revolução Boliviariana", iniciada por seu antecessor, Hugo Chávez.

'Escassez'

Uma das principais questões levantadas durante a campanha foi a escassez crônica de alimentos ─ como leite, arroz, café, açúcar, farinha de milho e óleo de cozinha.
Maduro afirmou que a situação era resultado da "guerra econômica" travada contra seu governo pela oposição.
Opositores também acusam o governo de práticas autoritárias.
No início deste ano, o líder da oposição Leopoldo López recebeu uma pena de 13 anos por incitar a violência ─ uma acusação que os críticos dizem ter motivações políticas.
A Venezuela convidou observadores da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) para acompanhar as eleições, mas rejeitou integrantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia.
Na tarde de domingo, o governo venezuelano revogou as credenciais dadas a vários observadores internacionais.
Segundo a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, o ex-presidente da Bolívia Jorge Quiroga descumpriu termos do credenciamento ao dar declarações "sem lugar nestas eleições".

Frank Sinatra - I get a kick out of you (Concert) // 100 anos de Frank Sinatra

sábado, 5 de dezembro de 2015

O negócio é tentar ficar atualizado ... em tudo! Então enfrente as novidades que sempre chegam e surpreendem...



7 “fatos” científicos que você aprendeu errado na escola

O que você viu no colegial não vale mais para os cientistas
POR Fábio Marton ATUALIZADO EM 02/12/2015
erros escola lousaiStock
Não é segredo que a educação científica no Brasil é problemática. A triste verdade é que a maioria dos brasileiros não aprende direito, não ganha gosto pela ciência e acaba esquecendo o pouco que aprendeu, para acabar se apegando a velhas crenças que são fáceis de explicar.
O problema talvez esteja mais no método que no conteúdo. Porque nosso currículo não é muito diferente do resto do mundo. E aí a gente topa em outros probleminhas: a ciência avança mais rápido que os livros didáticos, que tendem ao que é "seguro" e acabam refletindo consensos de décadas atrás.
Então, mesmo se você não está na maioria, e gosta e entende ciência, talvez ainda acredite em algumas coisinhas passadas na escola que nenhum cientista defende hoje. Veja só:

1. Os cinco sentidos

erros escolasiStock
Tato, olfato, visão, audição, paladar. O clássico quinteto existe, mas você já ouviu falar em propiocepção? É nossa capacidade de saber onde está cada parte do corpo, sem precisar ver ou tocar. Dor e temperatura, outros sentidos óbvios, ficam na pele, mas não tem nada a ver com tato. Equilíbrio fica na orelha interna, mas não é audição. Você também tem sensores diferentes para notar que o pulmão, bexiga, estômago e intestinos estão cheios e percebe quando seu sangue está com pouco oxigênio, quando prende a respiração. Temos até mesmo um GPS no nariz.
Então, quantos sentidos existem? Bom, aí a porca torce o rabo. Na verdade, não é tão fácil assim definir o que é um sentido. Podemos chamar nossa percepção da passagem do tempo, sem nenhum órgão associado a ela, de sentido? No fim das contas, há quem fale em mais de 20 sentidos.
A certeza é que são mais de 5. Isso foi ideia de Aristóteles, há mais de dois milênios. Aristóteles é um pai da ciência, mas já passou da hora dos livros didáticos procurarem seu próprio apartamento.

2. A língua tem áreas diferentes para sabores, e eles são quatro?

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Ainda nessa de sentidos, talvez você se lembre do famoso mapa da língua, mostrando que o órgão tem partes separadas para detectar quatro sabores: salgado, doce, azedo e amargo.
Pra começo de conversa, são cinco. Também existe o umami (algo como "delicioso" em japonês), descrito em 1908 pelo cientista Kikunae Ikeda. Faz todo sentido, porque não tem outro nome: é aquela sensação de água na boca vinda do queijo, tomate, bife e - a inspiração de Ikeda - o dashi, caldo japonês de peixes e algas usado em ensopados. O sabor indica a presença de glutamatos, produzidos por seres vivos, e também vendido, na forma sintética, no Aji-No-Moto, criado um ano depois da explicação de Ikeda.
Os cinco sabores são percebidos da mesma forma na língua inteira. Não existem as áreas. O erro vem de 1901 por meio de um estudo falho que, por algum motivo, colou mesmo assim. Desde 1974 está provado que não tem nada a ver.
Outra coisa: o que chamamos de sabor (veja lá atrás a controvérsia dos sentidos) é mais percebido pelo nariz do que pela língua. Laranja e maçã tem tanto doce como azedo, mas parecem completamente diferentes, graças às suas propriedades químicas detectadas no nariz. E também à sua textura, percebida pelos sensores de pressão (tato) na língua.

 

3. As cores primárias são amarelo, vermelho e azul?

erros escolaiStock
Segundo as aulinhas de educação artística, misturando amarelo, vermelho e azul, podemos obter todas as cores. E você não pode obtê-las misturando nenhuma outra cor. Pura balela.
As verdadeiras cores primárias são ciano, magenta e amarelo. Simplesmente não dá para fazer qualquer cor com vermelho e azul. E dá para fazer azul com ciano e magenta e vermelho com amarelo e magenta. Qualquer um que já recarregou uma impressora deve ter percebido: as tintas vêm nessas três cores, e não nas do guache com que você sujou os dedos na terceira série.
Só que isso não é tudo. Essas são as cores primárias substrativas. Mas existe outro tipo de cores primárias, as aditivas.
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Quando a gente fala em tintas, misturá-las é remover cores. Como ensinado na escola, a luz branca contém todas as cores. Quando ela reflete num material pintado, volta com menos cores (que percebemos como uma só). Quando você pinta uma parede branca de azul, o que está fazendo é impedir que ela reflita as outras partes do espectro luminoso. Misturando tintas, você reduz quais partes da luz branca são refletidas. O resultado é que, se você juntar as três cores primárias subtrativas, o resultado é preto, e não branco.
O branco é a união de todas as cores de forma aditiva. E podemos produzir cores dessa forma emitindo luz. Se você acender uma luz vermelha e outra verde, o resultado é amarelo, e não o marrom desagradável produzido ao se misturar tintas da mesma cor. Isso porque estamos ampliando o espectro luminoso ao adicionar mais partes dele à uma emissão de luz. Dessa forma, as cores primárias aditivas são azul, vermelho e verde. De fato, é assim que seus olhos funcionam: eles tem receptores para essas três cores.
As cores primárias erradas vem da Renascença, quando os pigmentos eram limitados. Desde o século 19 sabemos que não é assim.

 

4. Existem 3 estados da matéria

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Sólido, líquido e gasoso, certo? Mas o que dizer do plasma, em que os elétrons se separam de seus núcleos, criando algo que parece gás, mas conduz eletricidade e pode ser controlado por campos magnéticos? Ou o cristal líquido, com propriedades tanto de sólido quanto de líquido, que também está na sua TV, mas não nos livros didáticos? E ainda o superfluido, um material que tem zero viscosidade, e corre para cima quando posto num recipiente?
Assim como no caso dos sentidos, existem muitos outros estados da matéria. A maioria deles só existe em condições raras e extremas, observados apenas em laboratório. Então, para simplificar, lembre-se pelo menos do plasma, que é comum, existe na natureza (no Sol e em raios) e é fácil de explicar: basta aquecer qualquer gás imensamente ou expô-lo a uma grande corrente elétrica.

 

5. Existem 9 planetas no sistema solar?

Essa é manjada para quem vem acompanhando as notícias nos últimos anos. Plutão não é mais planeta. Então temos 8. Mas você sabe por quê? Veja abaixo o tamanho de diversos corpos celestes do sistema solar:
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Plutão é menor que nossa Lua, e várias outras luas do Sistema Solar. Também é menor que Eris um "planeta" que não é ensinado na escola. E Tritão, uma lua de Netuno que, acredita-se, um dia foi um planeta anão livre. Se Plutão fosse um planeta, então eles também teriam que ser, e teríamos 11 planetas no sistema solar.
Como os astrônomos acham que podem existir dezenas de objetos como eles ainda não descobertos no Cinturão de Kuiper (área do Sistema Solar para além da órbita de Netuno, que inclui Plutão), eles preferiram criar a categoria de "planetas anões" no lugar de ficar mudando toda a hora a contagem de planetas.
Não tem um tamanho certo pra ser anão. Basta não ser grande e ter gravidade o suficiente para "limpar sua órbita", isto é, fazer com que todos os objetos em sua órbita se tornem satélites, caiam no próprio planeta, ou sejam desviados para longe. Nossa órbita, por exemplo, é limpinha: tudo que havia no caminho hoje forma a Terra e a Lua.

 

6. Um átomo tem essa aparência

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É tão bonito e clássico que mesmo agências científicas continuam a usá-lo. Mas completamente furado. O átomo das ilustrações, tão icônica que é um símbolo da ciência, é baseado no modelo atômico de 1911 de Ernest Rutherford. Ele imaginou os elétrons como planetas orbitando uma estrela.
Mas muita coisa aconteceu depois disso. Dois anos depois, Niels Bohr desenhou a coisa como os elétrons orbitando em diferentes níveis energéticos, que ficou mais parecido com o sistema solar:
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Esse modelo é ensinado e cobrado em vestibulares. Só que a carruagem andou. Em 1927, Werner Heisenberg (sim, o ídolo de Walter White) postulou o princípio da incerteza. Que diz que é impossível se saber a posição e movimento exatos de um elétron. Então um átomo, na verdade, é formado por uma nuvem de elétrons. Eles podem estar em qualquer lugar nessa nuvem e podemos saber apenas a probabilidade de estarem em um lugar ou outro. Assim:
erros escolaiStock
O que, vamos convir, não tem graça nenhuma. Vamos abrir uma licença poética aqui e continuar a usar o átomo bonito de antigamente em bonés, tatuagens e camisetas. Porque amamos ciência, Sr. White!

 

7. As cinco classes dos vertebrados

erros escolasiStock
Peixes, mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Parece moleza, não? Répteis têm escamas e vivem na terra; anfíbios não têm nada; mamíferos têm pelos; aves têm penas; peixes são os que respiram embaixo d?água, podendo ser ósseos ou cartilaginosos. 
Você pode classificar os bichos pelas aparências. Foi o que o naturalista sueco Carl Linnaeus - nosso amigo Lineu - fez em 1735, após dar uma volta ao mundo observando os bichos, como Charles Darwin faria um século depois. Essa foi a primeira vez que mamíferos ganharam nome. Antes disso, eram simplesmente chamados de animais.
Mas fazer o que Lineu fez hoje em dia é meio que como dizer que um prédio é um tipo de caixa de sapatos porque ambos são retangulares. Desde Darwin, o que interessa não é como os bichos parecem, mas quais descendem dos mesmos ancestrais.
Lá atrás, há 3,7 bilhões de anos, no começo da vida, há um só ancestral para você, os cogumelos e as bactérias no iogurte. Bem mais recentemente, entre 5 a 9 milhões de anos, dependendo de a quem você perguntar, está o ancestral em comum entre você e o chimpanzé.
Então o que temos é uma árvore que vai se dividindo conforme uma espécie vai dando origem a outras, e assim por diante. Podemos dar nome ao que vem depois de um galho em particular, e isso faz sentido: todos os mamíferos descendem de um ancestral comum, por exemplo. Essa Lineu acertou.
A coisa complica com as aves. Se você olhar na árvore, vai ver que o galho delas descende dos dinossauros, que são répteis. Por si só, isso não seria um problema. Poderíamos muito bem fazer uma linha de corte aí e dizer que os dinossauros que sobreviveram são todos aves. O caso é que outras coisas que chamamos de répteis estão mais perto das aves que de outros répteis. Veja a encrenca:
Jacarés são parentes mais próximos das galinhas que eles são das tartarugas ou lagartos. Então, das duas, uma: ou aves são répteis, ou répteis não existem. Tartarugas, lagartos e cobras, e crocodilianos são cada um sua própria classe.
A solução mais moderna é extinguir as classes Aves e Reptilia e usar no lugar a Sauropsida, que inclui todos os répteis, incluindo dinossauros, e aves. Em bom português: esqueça os répteis. Cobras, jacarés e tartarugas são ramos diferentes do mesmo galho em que estão os urubus.
A verdade é que a velha classificação de Lineu é cada dia mais obsoleta. A árvore da vida é complicada demais para ela. Ao invés de falar em reinos, classes, ordens, famílias etc., os cientistas preferem hoje falar em clades, classificações mais flexíveis, sem hierarquia definida.