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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Sobrevivente do Bataclan sai do coma depois de 10 cirurgias / G1


28/12/2015 20h11 - Atualizado em 28/12/2015 20h56

Sobrevivente do Bataclan que levou 
3 tiros de fuzil no peito sai do coma 

Bala se alojou entre o coração e o pulmão de cantora.
Ela passou por 10 operações e tenta se lembrar do que aconteceu.

Do G1, em São Paulo
Foto de Laura Croix cantando em um vídeo feito em sua homenagem após o ataque no Bataclan (Foto: Youtube/Mike Bentaberry)Foto de Laura Croix cantando em um vídeo feito em sua homenagem após o ataque no Bataclan (Foto: Youtube/Mike Bentaberry)
Atingida várias vezes por balas de fuzil durante o ataque de terroristas à casa de shows Bataclan no dia 13 de novembro, a francesa Laura Croix acordou do coma.
Das balas disparadas contra a cantora de 31 anos, três atingiram o peito e três a área do abdome.
Uma delas se instalou entre o coração e o pulmão. Por sorte, nenhuma artéria foi atingida e seu coração também foi preservado.
Sangrando, ela foi levada para o hospital. Ficou duas semanas em coma, passou por 10 operações e agora já começou a falar, com dificuldade.
Em entrevista ao jornal “Sunday Times” publicada no domingo (27), o irmão de Laura disse que ela tem feito muitas perguntas sobre o que aconteceu, tem pesadelos e lembra dos gritos dos terroristas evocando Alá. De acordo com o jornal, Laura é chamada pelos médicos de "garota do milagre".
Ataque
Na noite de 13 de novembro, 130 pessoas morreram em ataques coordenados no Stade de France, em restaurantes e no Bataclan.Mais de 80 vítimas estavam na tradicional casa de shows da capital francesa, onde os terroristas abriram fogo contra o público.
O grupo radical Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque, o pior à França na história recente.

"Mulheres conforto" > Um acordo que esperou cerca de 70 anos para ser desculpado, aceito, firmado entre Japão e Coreia do Sul


28/12/2015 05h40 - Atualizado em 28/12/2015 10h35

Coreia do Sul e Japão alcançam acordo sobre escravidão sexual

Japão vai dar 1 bilhão de ienes para um fundo de compensação às vítimas.
Estima-se que cerca de 200 mil foram forçadas a prestar serviços sexuais.

Da France Presse
Mulheres idosas sul-coreanas que foram serviram como escravas sexuais para as tropas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial dão coletiva nesta segunda-feira (28) após Tóquio e Seul anunciar acordo sobre vítimas (Foto: AFP / Yonhap)Mulheres idosas sul-coreanas que foram serviram como escravas sexuais para as tropas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial dão coletiva nesta segunda-feira (28) após Tóquio e Seul anunciar acordo sobre vítimas (Foto: AFP / Yonhap)
Seul e Tóquio alcançaram nesta segunda-feira (28) um histórico acordo sobre o drama das mulheres submetidas à escravidão sexual pelo exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial, anunciou o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, sgundo a France Presse.

Japão aceitou depositar um bilhão de ienes (8,3 milhões de dólares) em indenização às vítimas sul-coreanas ainda vivas.
O acordo será "definitivo e irreversível" se o Japão assumir suas responsabilidades, declarou o ministro de relação exteriores Yun Byung-Se à imprensa após uma reunião com o colega japonês, Fumio Kishida.

"O sistema das 'mulheres conforto' (...) existiu em razão do envolvimento do exército japonês (...) e o governo japonês é plenamente consciente de sua responsabilidade", declarou nesta segunda-feira aos jornalistas o ministro japonês das Relações Exteriores, Fumio Kishida, após as discussões com seu colega Yun Byung-Se.
"O acordo será definitivo e irreversível se o Japão assumir suas responsabilidades", declarou o ministro Yun Byung-Se à imprensa.
O primeiro-ministro japonês expressou suas "sinceras desculpas e seu pesar" às vítimas, segundo Kishida.
Os ministros se reuniram nesta segunda em Seul para abordar o tema das "mulheres conforto", um eufemismo utilizado pelos japoneses para se referir à prática do exército imperial, um assunto que abalou as relações entre os dois países durante décadas.
A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, sustenta que este tema continua sendo "o maior obstáculo" para que ambos os países possam ter relações amistosas.
No mês passado Abe e a presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, realizaram uma cúpula bilateral em Seul, na qual decidiram acelerar as negociações para solucionar o assunto.
Em 1993, Japão divulgou uma declaração na qual expressava "sinceras desculpas e arrependimento" às mulheres que sofreram uma "dor incomensurável, do ponto de vista físico e psicológico pelas feridas, depois que foram usadas como 'mulheres conforto'".
Segundo vários historiadores, 200 mil mulheres, principalmente coreanas, mas também chinesas, indonésias e de outras nacionalidades, foram submetidas à escravidão sexual pelo exército japonês. Na Coreia do Sul, restam 46 sobreviventes.
Familiares de vítimas seguravam cartazes em frente ao Ministério sul-coreano das Relações Exteriores (Foto: AP Photo/Ahn Young-joon)Familiares de vítimas seguravam cartazes em frente ao Ministério sul-coreano das Relações Exteriores (Foto: AP Photo/Ahn Young-joon)


No fundo, no fundo ... todos nós temos Esperança ... // Luiz Felipe Pondé


segunda-feira, dezembro 28, 2015


A Esperança de Pandora -

 LUIZ FELIPE PONDÉ

FOLHA DE SP - 28/12

Na Grécia trágica, a esperança é um dos piores males. Como a esperança pode ser um mal? A esperança é o último dos “males” escondidos na caixa de Pandora. Mas quem é Pandora? Pandora é a mulher criada por Zeus para nos castigar. Pandora é uma espécie de Eva grega, com a diferença de que o culpado dela ter sido criada pra nos fazer sofrer é um “homem”: Prometeu.

Sabemos que Prometeu foi aquele que nos deu a “técnica do fogo”, contra a vontade de Zeus. Este, para castigar Prometeu, o teria pregado a uma pedra para ter seu fígado comido por uma ave pela eternidade. Zeus parecia acreditar que com essa “técnica do fogo” nós faríamos bobagens. Mary Shelley, no século 19, chamará seu Doutor Frankenstein de “o Prometeu Moderno”, numa referência clara a desmedida (”hybris”) técnica do homem moderno, representada pelo médico Frankenstein que “cria um homem”, se igualando a Deus.

Na Grécia, portanto, já apareceria esse “medo” de querermos saber os que os deuses sabem. E que sofreríamos com isso. Mary Shelley, a romântica, revela o medo da ciência como ferramenta de desmedida. Esse assunto (medo da ciência) dá o que falar, mas não vou falar dele hoje. Entretanto, não tenho dúvida que podemos arrebentar nossa vida e o mundo com essa marca de sermos seres “sem medida”.

Mas, voltemos a Pandora. Pandora é criada com um traço de personalidade: ela era uma curiosa. Sabendo disso, quando Zeus dá pra ela a caixa e diz para não abri-la, sabe que ela o fará. E quando o fizer, deixará escapar as misérias que atormentarão o mundo. A curiosidade de Pandora também é uma face da desmedida. Mas, pergunto eu: até onde podemos ser curiosos sem nos causar problemas? Ninguém sabe. Muita curiosidade mata, mas é sinal de vida. Pouca curiosidade faz de você uma pessoa mais cuidadosa, mas, talvez, sem vida. Um pouco de sangue nos olhos é necessário para gozar a vida?

A curiosidade de Pandora, assim como a técnica, são faces da mesma desmedida. Esse é nosso destino, segundo a visão trágica. Acho que os gregos tinham razão. Sempre andaremos em círculos, num eterno retorno do mesmo destino sem medida. Não há avanço acumulativo na história, pois o “avanço” pode ser, ele mesmo, a desmedida.

A ideia de um avanço acumulativo da história humana ou progresso em direção a um fim que revelará o sentido último da história e da vida (a “escatologia” em teologia) é fruto do mundo bíblico. Por isso a esperança como traço humano é tão diferente se compararmos Jerusalém com Atenas.

Na terra de Israel, a esperança é, justamente, o que sustenta a vida em tensão para o futuro. Um futuro que dará sentido a tudo que vivemos. Impossível não deduzir dai um sentido para a história e para a vida.

Na terra de Pandora, a esperança é um dos males que nos faz sofrer. Como a esperança pode ser um mal?

Não estou aqui pensando nesse conceito pseudopolítico e picareta conhecido como “utopia” que é, sim, um mal. Mas, como viver sem esperança? Mesmo Viktor Frankel, psiquiatra sobrevivente do Holocausto, dizia que a experiência de sentido (e a esperança é irmã do sentido) era essencial para suportar o espaço por excelência onde os judeus viveram a “utopia nazista”, os campos de extermínio.

No mundo trágico “ter esperança” é uma forma da desmedida. Eis a tragédia numa de suas representações máximas. Se, por um lado, sem esperança somos seres destruídos em nossa espinha dorsal espiritual e psicológica, por outro, “ter esperança” é uma profunda ilusão com relação ao destino humano. A esperança é uma forma de tortura justamente porque não há nenhuma esperança. Como dizia o oráculo de Delfos: somos mortais.

Vemos aqui como não se pode dizer que desmedida e pecado sejam a mesma coisa. A esperança no mundo bíblico nos aproxima de Deus e o pecado nos afasta Dele. No mundo grego, a esperança nos torna ainda mais vítimas de nosso destino sem saída e, assim, se revela como mais uma forma de castigo divino.

Afora a religião ou a filosofia, talvez a esperança seja mais uma questão de “índole”, como diria nosso antropólogo Roberto da Matta. Alguns são filhos da esperança outros do desespero. Enfim, bom 2016.



domingo, 27 de dezembro de 2015

Súmula de El País em 27/12/2015

Crises gêmeas fazem ‘risco país’ do Brasil passar o da Argentina

ALEJANDRO REBOSSIO Buenos Aires
Índice, espécie de termômetro que mede a desconfiança dos mercados financeiros, reflete problemas econômicos e políticos de Dilma e expectativa positiva com chegada Macri à Casa Rosada
Macri e Dilma na reunião do Mercosul.
Macri e Dilma na reunião do Mercosul. / M. V. (REUTERS)

Economia da América Latina não recuperará o dinamismo em 2016

A. R. Buenos Aires
Barateamento das matérias-primas e desaceleração chinesa têm impacto. Bolívia está entre países que crescerão mais que 4%

Doria: “Se for prefeito, vou vender o Pacaembu, Interlagos e o Anhembi”

O pré-candidato João Doria Jr.
GIL ALESSI São Paulo
Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, empresário defende o Estado mínimo na cidade e está tomando "banho de povo" para se tornar “João dos bairros”

Pior cheia em 20 anos deixa 160 mil sem casa no Brasil e países vizinhos

ALEJANDRO REBOSSIO Buenos Aires
Nos sul do Brasil, doze municípios decretaram emergência. Chuvas provocadas pelo El Niño fizeram os rios transbordarem na região
Policial pilota o primeiro drone de vigilância usado pela polícia belga.
Policial pilota o primeiro drone de vigilância usado pela polícia belga. / REUTERS

Drone não é um simples brinquedo

JOAN FAUS Washington
EUA criam sistema de registro de aparelhos não tripulados com fins recreativos. Quem não aderir, levará multa de 250 mil dólares

A difícil missão de contar a (real) história do Brasil nas Olimpíadas

MARINA NOVAES São Paulo
Katia Rubio, autora da maior pesquisa já feita sobre brasileiros nos Jogos, quer descobrir o que leva atletas a mentirem sobre passado

“Na derrota, o atleta é ‘amarelão’, ninguém respeita a trajetória”

Pesquisadora não faz rodeios e estima que Brasil não deve ter avanços significativos disputando em casa daqui a seis meses

O Papa é argentino, Deus é brasileiro... Há muito trabalho para os Dois ! Há muito sacrifício para argentinos e brasileiros / E País / Juan Arias



O melhor presente de Natal para o Brasil 

Nos milagres econômicos fáceis demais se esconde, às vezes, o ovo da serpente


Se Deus continua sendo brasileiro, o melhor presente de Natal que poderia dar ao país é fazê-lo voltar a crescer, unido e capaz de abrir uma nova página de sua história, como fez quando derrotou a ditadura que o tinha dividido e ensanguentado.



Iluminação do Cristo Redentor especial para o Natal, no Rio, no dia 23.  AFP

O adjetivo mais usado nestas festas é “feliz”. Nós nos desejamos Feliz Natal enquanto transborda o desejo de um Feliz Ano Novo, menos duro que o que termina.
Enquanto isso, este Natal, que encerra um ano negativo quase em tudo, será ainda amargo para muitos.
“Natal? Que Natal?! Este ano não dá para alegrias”, comenta o dono de um mercado, cada vez mais vazio, em uma pequena cidade no interior do Estado do Rio.



Este Natal será, de fato, amargo para milhões de famílias.
Em vez de palavras de paz, nas redes sociais ainda se continua a escutar os ecos da divisão social. No mundo político, em vez de solidariedade com o país e com os mais afetados, reina o salve-se-quem-puder em meio a intrigas e traições.
Será amargo o Natal para esse trabalhador que perdeu o emprego –a cada trinta segundos alguém é despedido. Para o milhão e meio que já foi demitido neste ano que termina. Com a perda do emprego a autoestima do trabalhador também costuma ficar despedaçada.
Assim será para as famílias que tiveram de sacrificar a alegria do pagamento extra na época do Natal para quitar dívidas atrasadas.


Os brasileiros, que sempre souberam esperar pacientes, desta vez têm pressa de ver a luz no final do túnel. Querem vê-la quanto antes.

Para os milhões a quem a crise obrigou a raspar as poupanças, porque o salário, carcomido pela inflação, não chega para comer e pagar a conta de luz, o novo luxo deste país.
Será amargo para os jovens pelos quais os pais se sacrificavam para lhes pagar um curso de qualificação – “para que amanhã, filho, possas viver melhor do que nós” – e que tiveram de voltar a trabalhar porque o salário da família já não é suficiente para as despesas. Para os milhões saídos da pobreza e até da miséria, que começaram a sorrir e a poder ter uma televisão e uma máquina de lavar roupa. Quantas mãos de mulheres pobres rachadas no passado de tanto lavar roupa nas casas e que agora têm medo que a máquina milagrosa quebre, porque não teriam como consertá-la e menos ainda como comprar uma nova.
Nos milagres econômicos fáceis demais se esconde, às vezes, o ovo da serpente.
Será amargo para as famílias da classe média que nunca conheceram a pobreza e a fome, e que hoje precisam começar, também elas, a fazer cortes em seu orçamento porque “as cosias já não são como antes”.
Para os que sentiram as garras do dragão de lama que tragou casas, vidas e esperanças na tragédia ambiental de Mariana. Por que os culpados ainda não estão presos?
Será amargo para as mulheres grávidas que vivem sob o pesadelo do maldito mosquito que poderia contaminá-las e para as que desejariam ter um filho e ficam paralisadas pelo medo. Por que as autoridades fecharam os olhos diante da epidemia? Por que demoraram tanto para reagir? Onde está o governo?
Será dura para todos os que farão filas, nesse dia e sempre, na porta de hospitais públicos cada vez com menos recursos, onde os mais pobres morrem no esquecimento. E será também para os estudantes das escolas públicas, dos quais querem fechar escolas e até cortar o sanduíche da merenda, com a desculpa de uma crise forjada pelo binômio da corrupção e incapacidade de administrar um país rico.
Será um Natal amargo para todos os atingidos pelas balas perdidas, símbolo do caos de uma classe política perdida também, mas nos labirintos de seus interesses de poder.Será amargo para a caravana de discriminados pela cor da pele, por sua sexualidade e hoje – e isso é tristemente novo no Brasil – até pela religião ou crença política.
Será amargo para as mulheres vítimas da violência dos maridos, para as estupradas – uma a cada nove minutos – e para aquelas às quais se nega o direito de dispor do fruto de seu ventre, por isso morrem na busca de um aborto clandestino –e que já chegam ao recorde de 50.000 por ano.
Será também amargo para os que não renunciaram a ser cidadãos e desejariam ser também responsáveis pelo destino de seu país, mas não encontram instituições limpas onde empenhar-se.
Para os que sofrem a traição política, o assassinato de utopias e esperanças. Para “a legião de órfãos deixados pelo PT, pessoas decentes, que confiavam nele e foram ludibriadas”, como escreveu com dor Rosiska Darcy em sua coluna de O Globo. Órfãos do PT e de tantos outros partidos, transformados em fábricas de votos em vez de celeiros de ideias e projetos para a nação.
Será amargo também, e sobretudo, para os moradores das periferias das cidades, que observam à margem os bairros da riqueza, onde se forjam as leis que sempre os acabam penalizando. São eles os que mais sofrem o açoite da violência. Os frutos das Olimpíadas chegarão ao coração das favelas?
Será um Natal amargo para as mães daquelas comunidades, pobres e violentas, que têm de presenciar a matança dos filhos antes de florescerem para a vida. Os sonhos que nutriam para eles acabam todos os dias assassinados pelo chumbo das balas. Para uma mãe pobre não há filho bom ou bandido. Há somente filho vivo ou morto. Será um Natal amargo para muitos, mas não desesperado, porque toda noite costuma ser seguida pela luz de uma estrela.
Os brasileiros, que sempre souberam esperar pacientes, desta vez têm pressa de ver a luz no final do túnel. Querem vê-la quanto antes.
Para quando essa luz de renovação chegar poderem festejá-la e desfrutá-la, unidos e alegres, como fizeram quando se despojaram das garras da ditadura para voltar a abraçar a democracia e a liberdade.
Os sinos do Natal, há milhares de anos, nos trazem ecos e nostalgias de paz, e não de guerra.
A todos, e de modo especial aos que festejarão na dor e no desencanto, meu abraço, de FELIZ NATAL.