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domingo, 27 de março de 2016

Os espetaculares prejuízos do Brasil em menos de uma década pelas decisões erráticas do PT / Gustavo Franco

domingo, março 27, 2016

A derrocada - 

GUSTAVO FRANCO

O Estado de S. Paulo - 27/03

A publicação do balanço da Petrobrás para 2014 abre um capítulo particularmente revelador de um desmoronamento amplo, espetacular e de dimensões históricas, mesmo que ainda incompleto. Diante dessa catástrofe, espera-se que nunca mais o País ouça sem um arrepio os conceitos que orientaram esse experimento de petro-populismo, heterodoxia fiscal e "capitalismo de quadrilhas" (na falta de melhor tradução para "crony capitalism", um fenômeno já bem identificado em outros países).

É de se esperar que esse terremoto vá bem além da candidata eleita, ou da economia, que já vinha mal, pois atacará de frente um conjunto de ideias, ou uma ordem que seria simplório designar apenas como petista, pois vai muito além dos patéticos personagens associados à tesouraria do PT, seus líderes encarcerados e amigos da empreita. O País quer um novo paradigma em matéria de política, e de política econômica, não é outra coisa o que se ouve pelas ruas e pelos botecos.

Essa rocambolesca "ascensão e queda" não é assunto novo, e já havia recebido marcos definidores nas duas capas da The Economist: em novembro de 2009, o Cristo Redentor decolava, mas em setembro de 2013, voava destrambelhado como um pacote bêbado. Diante dos acontecimentos posteriores, a segunda capa, que alguns viram como um insulto, hoje soa como uma piada de salão, quase uma gentileza. As más notícias dos últimos meses não conhecem precedente em nossa história, tanto pela torpeza quanto pelos valores.

A decadência desse império ocorreu de forma inacreditavelmente veloz, mesmo considerando os padrões do mundo hiperconectado em que vivemos, e decorre de pelo menos três pragas, a primeira, curiosamente, relacionada com uma excelente notícia, um presente da Natureza, a heroica descoberta de um tesouro petrolífero onde ninguém havia se atrevido a procurar.

A segunda foi a utilização da crise de 2008 como um pretexto para uma grande inflexão para pior na política fiscal, agora consagrada no que tem sido chamado de "escândalo das pedaladas", e o mesmo para a política industrial, com seus campeões e favoritos.

A terceira, e mais hedionda, é a da corrupção, que potencializa e explica em boa medida a vilania exibida no desenvolvimento das duas primeiras linhas de conduta, pois sua presença parece "sistemática" a partir de 2004, segundo testemunha, viciando muitos processos decisórios.

Mais detalhe sobre cada uma dessas pragas: a primeira tem a ver com o modo como Lula e o PT definiram a estratégia do País diante da descoberta do pré-sal. Reveladoramente, o debate começou pelo fim, com a vinculação dos ganhos à educação, e com a distribuição de royalties para unidades federadas, criando um mecanismo de socialização dos "rents" para servir como espinha dorsal de um "petro-populismo" semelhante aos de Venezuela e Rússia. Nesse contexto, é claro que era preciso estatizar o mais possível essa riqueza, sem muita conta sobre os investimentos que a Petrobrás teria de fazer, pois o cálculo político, este sim, muito preciso, era sobre como se usar o Tesouro para cooptar os entes federados. É fortíssimo, no Brasil, esse DNA rentista, propenso ao extrativismo, e avesso ao suor, ao individualismo e à produtividade. Que melhor redenção, ou que melhor pretexto para abandonar agendas reformistas e modernizadoras que descobrir petróleo?

Era a praga da displicência, versão caribenha do que se conhece como "doença holandesa".

A segunda maldição teve de ver com a crise de 2008 e com a sensação de que o capitalismo ocidental estava acabado, que a índole perversa dos mercados jamais poderia levar ao bem comum senão debaixo de pesada regulação e que John Maynard Keynes, como dom Sebastião, retornava triunfal das brumas do oceano na versão idealizada em Campinas. Para alguns economistas locais, cujos relógios pararam em 1936, a ocasião era perfeita para recuperar as "políticas anticíclicas", das quais não se ouvia há décadas. Disseminou-se, ademais, exaltação ao capitalismo de Estado, modelo chinês, descontaminado das liturgias ocidentais como democracia e transparência, e o conjunto definido pela Goldman Sachs como Brics começou a levar a sério suas escassas semelhanças. Era o apogeu da ilusão na existência de "vida extraterrestre" e na "ciência alternativa": eis a "Nova Matriz Macroeconômica", a praga da irresponsabilidade.

A terceira praga veio dos porões onde se definiam os aspectos operacionais do sonho petro-populista-heterodoxo: os investimentos necessários, o conteúdo nacional, os campeões, as desonerações e as pedaladas, parece pouco provável que esses assuntos tenham sido decididos por gente inocente em ambientes republicanos. As possibilidades de entrelaçamento entre interesses públicos e privados nessa "Nova Matriz" eram imensas, necessárias e inevitáveis, e assim o cordial capitalismo de laços naturalmente desceu vários andares na escala da moralidade.
O Brasil se torna um curioso caso de país ex-comunista sem nunca ter sido, e que, bastante tempo depois da Queda do Muro, procurava imitar os traços mais pervertidos de alguns países que foram socialistas por longo tempo.

Sete anos após, nem o mais neoliberal dos profetas poderia imaginar que o sonho petista petro-populista ia se converter nessa gororoba que tem assolado o noticiário diário e que ganhou do presidente da Petrobrás uma definição em uma única palavra: vergonha, disse ele, ao reconhecer mais de R$ 50 bilhões em baixas contábeis.

A publicação do balanço auditado da Petrobrás é um fato histórico, sem ser novidade, pois foi uma confissão formal e irretratável. A companhia contabilizou suas "despesas" com corrupção em R$ 6 bilhões com a aplicação do porcentual de 3%, informação proveniente das delações no âmbito da Operação Lava Jato, sobre todos os contratos com as empresas citadas na investigação durante o período que vai de 2004 a 2012. O reconhecimento oficial da desonestidade, graças a um dispositivo da legislação americana, abre imensas possibilidades, e levanta múltiplas questões.

Os números para baixas contábeis são quase 10 vezes maiores que os da corrupção, e os de perda de valor da companhia talvez 30 ou 40 vezes maiores. Lembrando do professor Mario Henrique Simonsen e de sua lógica ferina, é fácil ver que teria saído muito mais barato para os acionistas ter pago apenas as propinas e não ter implementado o "novo modelo". Ou seja, a incompetência combinada à megalomania custou muito mais que a corrupção e levou a Petrobrás a um nível de endividamento imprudente, mais ou menos onde se encontra a União nesse momento, ambas sob o imperativo de "desalavancar".

A corrupção é a parte menor na conta, é verdade, mas vale lembrar aos que estão à espera de um Fiat Elba que o modelo está fora de linha, os tempos são outros, mas se trabalharmos com o Novo Fiat Uno, custando perto de R$ 35 mil, o balanço da Petrobrás indica que a corrupção oficialmente reconhecida equivale a 171.429 automóveis Fiat Uno. É mais de dois meses de produção à plena capacidade.

Lelia Pinheiro - Coisas do Brasil.wmv / Aproveite

Passo a passo para o sucesso

A estratégia usada por atletas de elite para obter desempenho de alto nível 
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A estratégia usada por atletas de elite para obter desempenho de alto nível

A arte de confiar no processo e dar um passo de cada vez

Seguir + Ryan Holiday
iStock
(Esta matéria é uma adaptação de The Obstacle Is The Way)
Quando o treinador Shaka Smart foi entrevistado após seu time inesperadamente vencer a Carolina do Norte, o que ele disse? Ele não focou no resultado final. Ou na estratégia. Ele disse que o seu time ganhou porque "seguiu o processo".
Tony Wroten, armador pelo Philadelphia 76ers, recebeu o mesmo conselho de seus treinadores. "Eles nos dizem todo jogo, todo dia, 'acredite no processo.'" John Fox, o treinador que tenta mudar a situação do Chicago Bears, pediu a mesma coisa ao seu time.
Mas, afinal, o que é isso? O que é o processo?
Ele pode ser rastreado até Nick Saban, o famoso treinador do LSU e Alabama - talvez a dinastia mais dominante na história do futebol americano universitário. Mas ele aprendeu isso com um professor de psiquiatria chamado Lionel Rosen durante seu período na universidade Michigan State.
A grande visão de Rosen era essa: esportes - especialmente o futebol americano - são complexos. Ninguém tem habilidade mental ou motivação suficiente para administrar constantemente todas as variáveis que ocorrem durante a trajetória de uma temporada, imagine durante um jogo. Todo mundo acha tem - mas, realisticamente, não tem.
Há muitas jogadas, muitos jogadores, muitas estatísticas, contra-ataque, imprevisões, distrações. Durante a trajetória de uma longa fase eliminatória, isso se torna uma carga cognitiva impossível de ser levada. Entretanto, Rosen descobriu que uma jogada regular no futebol americano dura apenas sete segundos, como conta Monte Burke em seu livro Saban. Sete segundos - isso é muito administrável.
Então ele perguntou: E se um time concentrasse apenas no que ele pode administrar? E se eles fizessem as coisas passo a passo - não focando em nada além do que estivesse bem na frente deles e em fazer isso bem?
Como resultado, Nick Saban não focou no que todos os outros treinadores focam, ou pelo menos da maneira que eles focam. Ele fala:
"Não pense em vencer o Campeonado SEC. Não pense sobre o campeonato nacional. Pense sobre o que você precisa fazer nesse treino, nessa jogada, nesse momento. Esse é o processo: Vamos pensar no que podemos fazer hoje, a tarefa desse momento."
É essa mensagem que tem sido internalizada por seus jogadores e times - que juntos foram campeões de quatro campeonatos nacionais em um período de oito anos, um campeonato Mid-American Conference, foram coroados campeões SEC 15 vezes e Saban recebeu múltiplos prêmios de treinador.
No caos do esporte, como na vida, o processo proporciona um caminho. Uma forma de transformar algo muito complexo em algo simples. Não que "simples" seja "fácil".
Mas é mais fácil. Vamos dizer que você tem que fazer algo difícil. Não foque nisso. Em vez disso, separe em partes. Simplesmente faça o que você tem que fazer nesse momento. E faça bem. E depois vá para a próxima coisa. Siga o processo e não o prêmio. Como Bill Belichick celebremente falou, apenas faça seu trabalho.
A estrada para campeonatos seguidos, ou para ser um escritor ou um empresário de sucesso é apenas isso, uma estrada. E você viaja pela estrada dando passos. Excelência é uma questão de passos. Obter excelência nisso, então naquilo e no depois disso. O processo de Saban é exclusivamente isso - existir no presente, seguir cada passo em seu tempo, não se distraindo com nada além disso. Nem com o outro time, nem com o placar, nem com a plateia.
O processo é finalizar as coisas. Finalizar os jogos. Finalizar os treinos. Finalizar as sessões de filme. Finalizar os trajetos. Finalizar as repetições. Finalizar as jogadas. Finalizar os blocos. Finalizar as tarefas menores que você tem na sua frente e finalizá-las bem.
Seja buscando o auge do sucesso em sua área, ou simplesmente sobrevivendo a uma provação horríve, a mesma abordagem funciona. Não pense sobre o fim - pense em sobreviver. Fazendo o certo de refeição a refeição, reunião a reunião, projeto a projeto, salário a salário, um dia de cada vez.
E quando você estiver bom nisso, até as coisas mais difíceis se tornam administráveis. Como Heráclito observou "o caminho que desce e o caminho que sobe são os mesmos". É isso que o processo é. Sob sua influência, nós não precisamos entrar em pânico. Até tarefas colossais se tornam apenas uma sériee de componentes.
Foi isso que o grande pioneiro da meteorologia do século 19, James Pollard Espy, aprendeu em um encontro ocasional como um jovem. Sem saber ler ou escrever até os 18 anos, Espy escutou um discurso incentivador feito pelo famoso orador Henry Clay. Após a fala, fascinado, Espy tentou chegar até Clay, mas ele não conseguia formar palavras para falar com seu ídolo. Um de seus amigos gritou para ele: "Ele quer ser como você, mesmo sem saber ler."
Clay pegou um de seus cartazes, que tinha a palavra CLAY escrita em letras grandes. Ele olhou para Espy e disse "Você vê isso, garoto?" apontando para uma letra. "Isso é um A. Agora só faltam 25 letras".
Espy tinha acabado de receber o dom d'O Processo. Dentro de um ano, ele entrou na universidade.
O que Rosen, Espy, o que estes treinadores estão praticando é o princípio central da filosofia estóica - a que eu tentei pregar em meu livro The Obstacle Is The Way. É apenas uma interpretação moderna do que Marco Aurélio dizia:
"Não deixe sua imaginação ser destruída pela vida como um todo. Não tente imaginar tudo de ruim que poderia acontecer. Se prenda à situação do momento e pergunte “Por que isso é tão insuportável? Por que eu não consigo encarar isso?”
Sete segundos. Se prendendo à situação do momento. Focando no que está imediatamente à sua frente. Sem pressão, sem resistência. Bem relaxado. Sem esforço ou preocupação. Apenas um simples passo após o outro. Este é o poder do processo.
Nós podemos canalizar isso também. Não precisamos lutar como frequentemente fazemos quando temos alguma tarefa difícil na nossa frente. Em vez disso, nós podemos respirar, fazer a parte que está imediatamente na nossa frente - e seguir o fluxo até a próxima ação. Tudo em ordem, tudo conectado.
Quando se trata de nossas ações, a desordem e a distração são letais. A mente desordenada perde o foco do que está na sua frente - o que importa - e se distrai com pensamentos sobre o futuro. O processo é a ordem, ele mantém nossas percepções sob controle e nossas ações em sincronia.
Parece óbvio, mas esquecemos disso nos momentos mais importantes.
Agora, se eu lhe nocauteasse e lhe derrubasse, como você responderia? Você provavelmente entraria em pânico. E então iria me empurrar com toda sua força para que eu saísse de cima de você. Não iria funcionar: apenas usando todo o peso do meu corpo, eu seria capaz de manter seus ombros no chão com pouco esforço - você ficaria exausto lutando contra isso.
Isso é o oposto do processo.
O processo é muito mais fácil. Primeiro, não entre em pânico, conserve sua energia. Não faça nada estúpido tipo se asfixiar por agir sem pensar. Foque em não deixar isso piorar. Então levante seus braços, para se apoiar e criar um espaço para respirar. Agora se esforce para ficar de lado. Daí você consegue começar a me tirar de cima de você: pegue um braço, prenda uma perna, sacuda os quadris, deslize um joelho.
Vai demorar um tempo, mas você vai conseguir sair. A cada passo, a pessoa no topo será forçada a se levantar um pouco, até que não esteja mais em cima de você. Depois você estará livre.
Estar preso é apenas uma posição, não um destino. Você se livra disso ao encaminhar e eliminar cada parte dessa posição através da ação pequena e deliberada - não pela tentativa (e fracasso) de empurrar com força super-humana.
Com nossos rivais nos negócios, nós torturamos nossos cérebros para pensar em um novo produto arrebatador que tornará a concorrência irrelevante e, no processo, tiramos o foco do objetivo. Nós desistimos de escrever um livro ou fazer um filme mesmo sendo nosso sonho porque é muito trabalhoso - nós não conseguimos imaginar como ir daqui até lá.
Com que frequência fazemos concessões ou nos acomodamos porque sentimos que a solução real é muito ambiciosa ou fora do nosso alcance? Com que frequência assumimos que a mudança é impossível porque ela é muito grande? Porque ela envolve muitos grupos diferentes? Ou pior, quantas pessoas estão paralizadas por todas suas ideias e inspirações? Elas vão atrás de todas elas e chegam a lugar nenhum, se distraindo e nunca trazendo progresso. Elas são brilhantes, mas raramente conseguem executar algo. Elas raramente vão para onde querem e precisam ir.
Todos esses problemas são solucionáveis. Cada um seria superado pelo processo. Nós apenas presumimos, erroneamente, que tudo tem que acontecer na mesma hora, e desistimos quando pensamos a respeito. Somos pensadores de A-Z, nos preocupamos com A, ficamos obcecados por Z, mas esquecemos tudo de B a Y.
Queremos ter metas, claro, para que tudo que fizermos tenha alguma finalidade. Quando sabemos o que nós realmente estamos nos propondo para fazer, os obstáculos que surgem tendem a parecer menores, mais administráveis. Quando não fazemos isso, cada um parece maior e impossível. Metas ajudam a colocar os altos e baixos na proporção correta.
Quando nos distraímos, quando começamos a nos preocupar com algo além do nosso próprio progresso e esforço, o processo é uma voz útil, às vezes autoritária, em nossa cabeça. É o protesto do sábio líder mais velho que sabe exatamente quem ele é e o que ele tem que fazer. Cale a boca. Volte ao seu posto e tente pensar no que nós mesmos faremos, em vez de se preocupar com o que está acontecendo lá fora. Você sabe qual é o seu trabalho, pare de se queixar e vá trabalhar.
O processo é aquela voz que requer que tomemos responsabilidade e posse. Que nos motiva a agir mesmo que seja de uma maneira pequena.
Como uma máquina incansável, subjugando a resistência de toda maneira que ela existir, pouco a pouco. Seguindo em frente, um passo de cada vez. Coloque o processo acima da força. Substitua o medo pelo processo. Dependa dele. Se apoie nele. Confie nele.
Leve o tempo que precisar, não se apresse. Alguns problemas são mais difíceis que outros. Lide com os que estão bem na sua frente primeiro. Volte para os outros depois. Você chegará lá.
O processo é uma questão de fazer as coisas certas agora. Sem se preocupar com o que irá acontecer depois, ou com os resultados, ou com a visão geral.


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