Postagem em destaque

MALDADE É O PROJETO Blue .beam ...

*O PROJETO BLUE BEAM: Já soube que os governos estão admitindo os OVNIs e há vários movimentos atuando para a implantação de uma religião gl...

domingo, 3 de abril de 2016

O complexo de pobre do PT ... // Vlady Oliver

03/04/2016
 às 15:02 \ Opinião

Oliver: Complexo de pobre

VLADY OLIVER
Vou fazer uma afirmação aqui no mínimo polêmica. Não sem antes discorrer algumas considerações sobre escrúpulos. Por incrível que pareça, o primeiro grupamento que registrou o uso da falta de escrúpulos como arma de guerra foi justamente a Igreja Católica, na Idade Média.
Era nobre ver dois exércitos se digladiando, ao som das suas espadas espocando solenes. Mas era mais eficiente arregimentar um bando de corsários para ir até a sua tribo, roubar sua comida, esquartejar seus filhos e estuprar suas mulheres, difundindo o terror psicológico entre os oponentes. Com esse método, o menor tenta vencer o maior na base da deslealdade e da periculosidade dos golpes desferidos.
O que foi o 11 de Setembro senão uma demonstração da falta de escrúpulos do menor sobre o maior? E o Estado Islâmico? Que me desculpem – e entendam minha comparação como meramente proporcional – os sergipanos, mas é possível um Sergipe aterrorizar o mundo sem recorrer a ações desprovidas de limites e valores? E o que dizer, então, da gangue do PT? Não são iguaizinhos os dez por cento que aterrorizam os outros noventa? E que roubam a nossa própria grana para financiar o que fazem?
Pensemos na Operação Lava Jato. As ligações tornadas públicas pelo juiz Sergio Moro só demonstram – num golpe de mestre que escancara a falta de escrúpulos da quadrilha toda – que a coisa ainda é muito pior do que parece. O festival de “hams” e “hums” mostra que eles sabiam que estavam sendo gravados, exceto pelos chefes do bando, que se achavam inimputáveis. Por isso vociferavam ameaças à operação como um todo.
Alguém aqui duvida que se a coisa fosse parar no Supremo, pelas vias oficiais, seria devidamente – melhor: indevidamente – escondida da plebe rude por aqueles ilustres togados, tentando mais uma anistia para os bandidos? Os supostos abusos do juiz foram em muito superados pelos investigados. Vai ser difícil entortar o jogo agora com esse escore gigantesco a favor de Sergio Moro. Veremos.
Aqui vai minha afirmação polêmica: desconsiderando a atuação administrativa do prefeito carioca – apenas tomando sua fala no episódio – eu diria que foi o único com coragem para peitar o cachorro louco. E com uma das raras estratégias que dão resultado com esses vigaristas: usar da própria linguagem de morro para achincalhá-los. Funciona assim: petistas vagabundos tentam constranger alguém para forçá-lo a fazer algum juízo de valor. Cair na armadilha é a deixa para que a vítima do golpe seja achincalhada, menosprezada, desqualificada pela atitude “fascista”.
Cansei de ver pastores mentindo diante de seus “bispos”. E não me fazia de rogado: berrava perguntas que desconcertavam o meliante. “Você não é um homem de Deus? Não tem um compromisso com a verdade? Por que está mentindo na frente do seu superior?” Meus embates chegaram a valer um comentário do próprio Macedão: disse que eu “não era um deles, mas valia mais que muitos dos que ali eles arrebanhavam e subvertiam”. Pois meu esporte predileto é achincalhar petralhas justamente onde mais lhes dói: no cérebro manco e limitado.
Tal como o antagonista Diogo, que cravou certeiro uma “estética de jeca” no meliante que fez o que fez só para ter um sítio vagabundo com pedalinhos ridículos e um triplex remediado com elevador privativo, o prefeito infeliz da cariocada lascou um “Complexo de Pobre” no chefe da camorra que me lavou a alma, descontados todos os outros quesitos.
É assim que se abate um vagabundo dessa espécie. Desqualificando-o. Usando e abusando da falta de escrúpulos que o meliante escancara no trato com terceiros. A linguagem de morro, que ele invoca para parecer perigoso. É o “sabe com quem você está falando”. Ou o “meu nome é Zé Pequeno, p(*) !!!
Pois é isso. Petista tem complexo de pobre. Pode roubar tudo o que encontrar pela frente e continuará exatamente o que sempre foi: um pobre, encostado em alguma teta do serviço público e cacarejando essa goma rala que os une na vigarice. Um pobre de espírito. Um mortadela. Isso, nenhuma igreja inescrupulosa resolve.

Trecho da coluna de Josias de Souza


Para Planalto, Lula estancou sangria de aliados

Josias de Souza

Compartilhe
Em conversa com o blog, um auxiliar de Dilma Rousseff resumiu assim a semana: “Quando o PMDB anunciou o desembarque, propagou-se a tese de que o governo estava à beira do abismo e a presidente havia pisado no sabonete. Chegamos ao final de semana em pé. Contrariando todas as expectativas, não houve uma sangria na base do govero no Congresso.”
O Planalto atribui o torniquete a Lula. Entrincheirado num hotel próximo ao Palácio da Alvorada, o ministro informal de Dilma manuseou cargos e verbas sem nenhuma hesitação ética. Guiou-se por duas bússolas: a moral da sobrevivência e a Lei da Silva. E conseguiu ganhar tempo com legendas como PP, PR e PSD, que ameaçavam desertar nas pegadas do PMDB.
O governo ainda não reuniu a infantaria de 172 deputados de que precisa para enterrar o impeachment. Mas celebra o fato de que a oposição também não obteve os 342 votos necessários para fazer o pedido chegar ao Senado. Num colegiado de 513 deputados, estima-se que algo entre 40 e 50 estão indecisos ou simulam indecisão para valorizar os respectivos passes.
A esse ponto chegou o governo: depois de terceirizar o poder a Lula, Dilma dedica-se a fazer figuração em cerimônias oficiais. Com carta branca para dispor de todos os cargos e recursos orçamentários que o déficit público for capaz de prover, Lula ainda não seduziu nem um terço do plenário da Câmara. Mas o Planalto está feliz porque sobreviveu a mais uma semana.
A tarefa da oposição é mais trabalhosa que a de Lula. Os aliados do governo irão à votação do impeachment se quiserem. Votando contra ou ausentando-se, socorrerão Dilma da mesma maneira. Basta que impeçam que os adversários do governo fechem a conta de 342 votos. Se a oposição reunir em plenário até 341 votos, Dilma prevalecerá mesmo que ninguém vote contra impeachment.
Nessa hipótese, a presidente ainda teria pela frente um país por refazer. Minoritária no Congresso, não lhe restaria senão manter ativado o balcão fisiológico em que Lula encostou sua barriga. Num instante em que a Lava Jato exuma até o cadáver do ex-prefeito Celso Daniel é temerária a estratégia de plantar novos escândalos em Brasília. Já se vê ao longe o pus no fim do túnel.
De resto, é preciso considerar que o voto na sessão do impeachment será aberto. Nada impede que se repita com Dilma o que sucedeu com seu o aliado Fernando Collor, escorraçado da Presidência em 1992. Na véspera da votação do impeachment de Collor, um de seus escudeiros mais fieis, o então deputado Onaireves (pode me chamar de Severiano ao contrário) Moura, ofereceu um jantar ao inquilino do Planalto e aos seus apoiadores. Antes de deixar a casa de Onaireves, os deputados 'colloridos' ganharam de presente uma garrafa de uísque, “para celebrar a vitória do dia seguinte.'' Na hora de pronunciar o voto, sob refletores, até Onaireves votou contra Collor.

Líder! 
4

Josias de Souza
Compartilhe
– Via Nani.


O PT perdeu a noção do cumprimento das leis e promove comício em pleno Palácio do Planalto.../ Diário do Poder

COMÍCIO DENTRO DO PALÁCIO DO PLANALTO É PROIBIDO POR LEI E PODE LEVAR AO IMPEACHMENT E CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS DA DILMA

Psicopatas em ação: comício dentro do Palácio do Planalto complica Dilma ainda mais. Foto: DP by Ricardo Stucker Filho -Clique sobre a foto para vê-la ampliada
Os comícios de apoio a Dilma realizados no Palácio do Planalto sob o pretexto de lançar programa social ou empossar ministros podem configurar crime de improbidade administrativa. A Lei veda “vantagens indevidas” a agentes públicos, como o presidente da República, utilizando-se de próprios públicos, como o Palácio do Planalto, e até do trabalho de servidores, comissionados ou até mesmo terceirizados.
Os crimes dos quais Dilma pode ser acusada estão previstos nos artigos 9°, 10 e 11 da Lei de Improbidade Administrativa, nº 8.429/92.
Segundo a lei, o uso indevido da estrutura pública pode gerar a cassação dos direitos políticos e o impeachment da presidente Dilma.
Em uma semana, o Palácio sediou três eventos que se transformaram em ruidoso comícios contra o impeachment, até com militantes pró-PT.
Caso se configure a improbidade administrativa, uma das penas às quais Dilma está sujeita é pagar multa de até 100 vezes seu salário. Do site Diário do Poder

sábado, 2 de abril de 2016

Mais dor de cabeça para Dilma; ela encabeça a lista mundial dos chefes mais decepcionantes da Fortune

01/04/2016
 às 18:16 \ Direto ao Ponto

Expelida pela Fortune da lista dos mais influentes, Dilma brilha no ranking dos líderes mais decepcionantes do mundo

fortune dilma 2
Expelida do ranking da revista Fortune que classificou os 50 líderes mais influentes do mundo neste ano, Dilma Rousseff está fazendo bonito em outra lista organizada pela publicação. A presidente brasileira disparou na ponta do ranking que agrupa os 19 líderes mais decepcionantes do planeta neste outono de 2016.
A votação começou em 30 de março, uma semana depois de Sérgio Moro ter aparecido em 13 lugar no grupo de elite. Nesta sexta-feira, Dilma vai se aproximando dos 60 mil votos, que poderão chegar a altitudes cósmicas se o eleitorado brasileiro decidir ajudá-la. Anote o caminho das urnas: http://fortune.com/2016/03/30/rank-most-disappointing-leaders/
A vantagem arrasadora já autoriza a representante do Brasil a festejar a vitória. O segundo colocado ainda se arrasta abaixo de 6 mil votos. Os demais candidatos, todos escolhidos pelos editores da Fortune, ficarão satisfeitos se conseguirem ultrapassar a barreira dos três dígitos.
Entre os humilhados pelo recorde de Dilma, destinado a durar milênios, está o supergatuno Joseph Blatter, ex-presidente da FIFA. Embora o rival seja suíço, a cabeça tumultuada pelo impeachment iminente pode achar que o Brasil se vingou daquele 7 a 1 contra a Alemanha.

"Cada dia uma nova agonia" // Jornal de Floripa

02/04/2016 às 10:14
"Dilma não tem escrúpulos", diz coronel na saída Istoé
"Dilma não tem escrúpulos", diz coronel na saída Istoé
Além da revolta da população, do processo de impeachment e da debandada de aliados históricos como o PMDB, a crise política em que a presidente Dilma Rousseff está submersa atingiu a Força Nacional de Segurança (FNS) na semana passada. O coronel Adilson Moreira pediu demissão da instituição militar poucos meses antes dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e não poupou a presidente. Ele enviou um e-mail a subordinados com duras críticas à Dilma. No texto, afirma que a família exigiu sua saída da FNS. “Não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado”, escreveu.
Moreira assumiu o cargo de diretor no começo do ano e pretendia permanecer até as Olimpíadas do Rio, mas não conseguiu aguentar mais alguns meses, pois “não foi possível manter o foco na área técnica somente.” No comunicado, ele foi categórico ao afirmar que o governo petista não está, de forma alguma, interessado no bem do País, mas sim em manter o poder a qualquer custo. O coronel admitiu que sempre viveu em “um conflito ético de servir a um governo federal com tamanha complexidade política.”
Essa não é a primeira vez que um funcionário da Força mostra insatisfação com o atual governo. O general-de-brigada do Exército Brasileiro, Paulo Chagas, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, por retirar o processo de investigação que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das mãos do juiz Sergio Moro. Chagas afirmou que o gesto de Teori foi “premeditado e até mesmo debatido a portas fechadas.” “O governo estava tranquilo, ante a possibilidade de Lula sair da alçada de Moro”, disse.
A saída de Adilson Moreira e, consequentemente, de toda a diretoria, às vésperas dos Jogos Olímpicos, preocupa o governo. A Força Armada é quem dará todo suporte e proteção ao evento mundial – 10 mil homens serão enviados para dar cobertura às Olimpíadas. Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que as declarações do coronel são graves e “podem implicar falta disciplinar e gesto de deslealdade administrativa.” A pasta vai abrir um inquérito administrativo e levará o caso à Comissão de Ética Pública da Presidente da República por ter mencionado o nome de Dilma.

Homem com a mão dentro do abdômen... para evitar amputação // G1 SC

01/04/2016 17h52 - Atualizado em 01/04/2016 18h22

Para evitar amputação, homem ficará com mão dentro do abdômen em SC

'Médico disse: tua mão vai ficar dentro do 'bolso'”, diz paciente em Orleans.
Auxiliar de produção sofreu acidente ao operar máquina durante o trabalho.

Mariana Faraco e Valéria MartinsDo G1 SC
Carlos Mariotti se recupera de cirurgia em hospital de Orleans, no Sul de SC (Foto: Analuze Goulart)Carlos Mariotti se recupera de cirurgia em hospital de Orleans, no Sul de SC (Foto: Analuze Goulart)
Ao chegar ao hospital na noite de terça-feira (29), depois de sofrer um acidente em uma máquina de trabalho em Orleans, no Sul catarinense, o auxiliar de produção Carlos Mariotti, de 42 anos, ouvia de pessoas próximas que perderia a mão esquerda. Ao acordar da cirurgia, porém, soube que não só ainda tinha a mão como ela estava inserida em seu abdômen. “O médico disse: tua mão vai ficar dentro do 'bolso'”, conta Carlos, que é destro.
Nesta sexta (1), ainda hospitalizado, Carlos conseguia sorrir da situação, aliviado depois da dor indescritível que sentiu ao ter a mão puxada por uma máquina de fabricar bobinas. “Fui passar o filme, quando vi a máquina estava puxando minha mão. Gritei duas vezes, ninguém ouviu. Na terceira, eu puxei”, relembra Carlos.
Ele estava sozinho naquele momento, mas logo foi socorrido por colegas. “Uma menina que trabalha lá na frente tinha uma atadura na bolsa, eles amarraram com força, foram os primeiros socorros.” Atendido pelos bombeiros, Carlos foi levado para o hospital.
Paciente ficará seis semanas com a mão dentro do abdomen (Foto: Fundação Hospitalar Santa Otília/Divulgação)Paciente ficará seis semanas com a mão no abdômen
(Foto: Fundação Hospitalar Santa Otília/Divulgação)
Cirurgia
“Ele sofreu uma lesão que é chamada de desenluvamento”, explica o médico ortopedista e traumatologista, Bóris Bento Brandão, que fez a cirurgia para colocar a mão de Mariotti no abdômen. O acidente removeu a pele, mas ossos e tensões foram preservados.
“É uma cirurgia clássica, mas pouca gente faz porque é uma situação especial, é um procedimento de salvação para evitar necrose, quando não há mais nada a fazer”, diz Brandão.
Esta é a primeira vez que o procedimento de salvação de mão é feito na Fundação Hospitalar Santa Otília, único hospital de Orleans. A cirurgia, realizada através do Sistema Único de Saúde (Sus), durou duas horas e o paciente recebeu anestesia no braço e no abdômen.
Se fosse no passado, teriam amputado. Saber que eu ia perdendo a mão e não vou perder mais...Até agora me emociono"
Carlos Mariotti, auxiliar de 
produção
42 dias com a mão no 'bolso'
“No caso da mão, é uma lesão muito grande e delicada. O único lugar que caberia a mão inteira é no abdômen”, conta o médico.
Segundo o especialista, a mão de Mariotti deve ficar por aproximadamente 42 dias “dentro do bolso” para garantir o desenvolvimento de um novo tecido capaz de receber enxerto de pele.
Durante essas seis semanas, Carlos será acompanhado por médicos semanalmente. O paciente já consegue fazer alguns movimentos, que podem ser percebidos por baixo do abdômen. “Isso salva a viabilidade do membro. É como se fosse um bolso. Ele é estimulado a fazer movimentos suaves, para evitar a rigidez da mão”, explica o médico.
“Tenho que cuidar ao máximo para não tirar a mão do ‘bolso’. Se eu quiser puxar, eu puxo, mas ele [médico] colocou na minha cabeça que não posso, e estou cuidando”, diz Carlos, que comemora o fato de conseguir mexer os dedos dentro do corpo. Ele deve receber alta nos próximos dias. Em casa, ficará aos cuidados da mulher.

“Ele vai ter uma mão funcional, vai poder dirigir, comer, mas é uma mão menos sensível”, detalha o médico. “Perdi dois dedos, sei que não vai ficar a mesma coisa, mas vou poder vestir uma camiseta, segurar um talher. Se fosse no passado, teriam amputado. Saber que eu ia perdendo a mão e não vou perder mais...Até agora me emociono”, diz Carlos.

"Quem matou o prefeito Celso Daniel do PT em 2002 ? // Veja

REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' NO RASTRO DO "CADÁVER DA LAVA-JATO": AFINAL, QUEM MATOU O PREFEITO CELSO DANIEL?

A reportagem-bomba de Veja que vai às bancas neste sábado tem uma manchete tétrica e intrigante, mas que tem tudo a ver com os últimos acontecimentos político-policiais protagonizados pelo PT: O cadáver da Lava-Jato. 

Com as duas prisões da Operação Carbono 14, da Lava -Jato, ocorrida nesta sexta-feira, os investigadores, segundo a revista, chegam perto de esclarecer o mistério que mais assombra o PT: afinal, quem matou Celso Daniel, o prefeito de Santo André?

Conforme adiantei, aqui está um aperitivo da reportagem-bomba de Veja, cuja edição impressa estará nas bancas neste sábado, enquanto os assinantes digitais já têm acesso agora à noite ao conteúdo integral da revista. Leiam:
CENA DO CRIME - O prefeito de Santo André Celso Daniel foi sequestrado e assassinado em 2002. Sua família sempre acusou dirigentes do PT de estarem por trás do homicídio. Clique sobre a imagem para vê-la ampliada Foto: Veja/Epitácio Pessoa/Estadão
UM CADÁVER NO MEIO DO CAMINHO
José Dirceu conversava animadamente em um restaurante de Brasília, no ápice da campanha presidencial, em 2002, quando foi interrompido por um homem bem vestido, de terno. Carregando uma valise, ele chegou apressado e fez sinal com as mãos de que precisava falar reservadamente. O então coordenador da campanha de Lula se levantou e apresentou o interlocutor: "Este aqui é o Delúbio, nosso tesoureiro". Os dois seguiram para um canto vazio e cochicharam por alguns minutos. Delúbio Soares passou rapidamente pela mesa, acenou e foi embora. Dirceu voltou ao seu lugar. Parecia transtornado. "Os tucanos estão preparando uma armadilha para nos destruir." "Que armadilha?", alguém perguntou. "Fizeram um dossiê para nos envolver no assassinato do Celso Daniel. Dizem que tem gravações telefônicas, depoimentos, gente do PT...". Antes de se despedir, Dirceu dimensionou o que estaria por vir: "Isso é muito grave. Precisamos reagir rápido, abortar o plano de qualquer maneira". Na conversa, que VEJA testemunhou, petistas e simpatizantes que estavam à mesa combinaram uma estratégia de defesa. Era preciso que se antecipassem, denunciando a farsa antes que viesse a público. Era preciso esclarecer que o caso constituía uma tentativa de golpe sujo e desesperado do governo tucano para atrapalhar a eleição de Lula.

O assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André, ocorrido em janeiro de 2002, nunca deixou de assombrar o PT, fosse na forma de chantagens eleitorais ou de investigações policiais que, até hoje, não esclareceram a morte do prefeito. Assim, a dúvida sobre o envolvimento de petistas no caso paira no ar como uma nuvem de enxofre capaz de contaminar ainda mais o pântano em que se meteu o partido. Na semana passada, a mais recente fase da Lava-Jato voltou a agitar o fantasma de Celso Daniel. A operação foi chamada de Carbono 14, numa referência ao elemento usado pela ciência para desenterrar o passado. Mas o que um homicídio de catorze anos atrás tem a ver com a roubalheira na Petrobras? As conexões são um pouco intrincadas, mas, seguindo-se o calendário das investigações, tudo fica mais claro.

O começo se dá em 2012. VEJA revelou que Marcos Valério ainda guardava consigo segredos devastadores. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, o famoso operador do mensalão resolveu detalhar alguns deles. Um, em especial, parecia mirabolante. Valério disse que um obscuro empresário de Santo André, Ronan Maria Pinto, acionou o então secretário do PT, Silvio Pereira, para chantagear o ex-presidente Lula. A chantagem: ou o PT lhe dava 6 milhões de reais ou ele revelaria o envolvimento de Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato de Celso Daniel. Disse mais: os 6 milhões de reais foram negociados pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que tomou o dinheiro do cesto de picaretagens petistas na Petrobras. Diante dessa história, os investigadores arregalaram os olhos - era forte, mas também poderia ser resultado de imaginação positivamente fértil.

Em 2014, dois anos depois, durante as investigações da Lava-Jato, a polícia encontrou num escritório de contabilidade um contrato confidencial. Pelo documento, Marcos Valério emprestava 6 milhões de reais ao empresário chantagista Ronan Maria Pinto. O valor e o nome dos personagens acenderam uma luz vermelha. A polícia então interrogou a dona do escritório de contabilidade, Meire Poza. Ela contou que o contrato pertencia a um notório lavador de dinheiro chamado Enivaldo Quadrado. E Enivaldo Quadrado dizia que guardava uma via do tal contrato para resguardar-se. Era seu "seguro de vida contra o PT", uma "arma que derrubaria o Lula". E, claro, um instrumento para arrancar uma graninha do PT. E explicava que os tais 6 milhões do empréstimo serviriam para pagar a chantagem que Ronan Maria Pinto vinha fazendo contra o PT. O quebra-cabeça começava a tomar uma forma mais clara.Informações e ilustrações do site da revista Veja