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segunda-feira, 20 de junho de 2016

"Nós que amávamos o golpe" / Guilherme Fiuza

Nós que amávamos o golpe - 

GUILHERME FIUZA

REVISTA ÉPOCA


DAQUI A 50 ANOS, ESTUDARÃO COMO UM BANDO USOU BANDEIRAS SOCIAIS PARA ROUBAR SEM PERDER A TERNURA

O álbum de figurinhas com os personagens que ficarão na história por defender Dilma Rousseff e seu mandato delinqüente está crescendo. Fora as consciências que agem como pessoa jurídica - com ou sem recibo há o exército de mandrakes da bondade. São figuras tristes que penduraram sua reputação em meia dúzia de clichês ideológicos e vivem esta trágica missão: adaptar seu caráter a um slogan. Não pensem que é fácil.

Daqui a 50 anos, o Brasil de 2016 será estudado desta forma: uma avassaladora operação policial e judicial desmascarou um bando que estava usando as bandeiras sociais e humanitárias para roubar o país sem perder a ternura. O estudante de 2066 custará a crer que, depois de flagrada a quadrilha, os mandrakes da bondade continuaram a defendê-la bravamente - num esforço épico para salvar seus slogans. Tudo, menos rasgar a fantasia.

Esta coluna criticou, em sua edição passada, a postura de parte da imprensa internacional na cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. E citou o jornal americano The New York Times como um dos veículos que vêm adotando a tese de que há um golpe de Estado no Brasil. Afirmar que a democracia brasileira está em risco por conta de uma manobra política ilegítima é muito grave. É o tipo da afirmação que requer demonstração cabal - se o autor pretende ser levado a sério.

Não há demonstração cabal - nem pálida - sustentando essa tese gravíssima. Vá ao Google, caro leitor, e tente encontrar qualquer matéria publicada na imprensa internacional que explique por que a ordem institucional no Brasil estaria sendo violentada. Você não encontrará. A base científica é sempre a mesma: o choro dos que não querem largar o osso. Eles dizem que o crime fiscal de Dilma Rousseff não foi nada de mais.

A alguns milhares de quilômetros de distância - em Nova York, por exemplo - o desfalque de Dilma não deve doer nada mesmo. A não ser nos americanos lesados pelas negociatas na Petrobras. Mas esses não escrevem editoriais.

Discutir como os crimes de responsabilidade estão demonstrados no pedido de impeachment, e até apresentar as lamúrias petistas sobre supostas falhas jurídicas no processo, estaria dentro do exercício jornalístico. Mas bancar a tese do golpe num processo conduzido absolutamente dentro das regras, com todos os ritos cumpridos e avalizados pelo Supremo Tribunal Federal (de maioria petista), é uma leviandade.
Esta coluna fez então uma ironia - referindo-se à famigerada imprensa de aluguel bancada pelo governo Dilma - perguntando se o NYT, por seu posicionamento espantoso, também estaria no bolso do PT. É sabido que os mandrakes da bondade detestam a liberdade e sonham com um mundo que caiba em suas cartilhas. São os talebans envergonhados. Mas, até onde se saiba, a ironia ainda não foi revogada. E qualquer leitor semialfabetizado saberá que um dos maiores jornais do mundo não cabe no bolso de um partido de picaretas tropicais.

Mas eis que o correspondente do New York Times no Brasil, Simon Romero, decide enviar a referida coluna a sua rede de contatos, acusando este signatário de sugerir que o NYT foi subornado pelo PT. Claro que Romero entendeu a ironia - qualquer estagiário entenderia-, mas preferiu oferecê-la a sua claque como uma acusação séria (e, portanto, bizarra). Não deixa de ser coerente com a postura do jornal que representa.

Perseguir a covardia é perda de tempo. Ela já é, em si, a punição ao covarde. O sujeito que opera com meias verdades e corteja mal-entendidos para parecer virtuoso já tem um problemão para resolver. E isso demora.

A coluna fazia também um convite aos irresponsáveis que dizem ao mundo ser Dilma Rousseff a resistência democrática (morra de rir, estudante de 2066): que se mandassem para a bucólica Venezuela, para narrar a resistência democrática do sanguinário Nicolás Maduro. Adivinhe, caro leitor, o que a claque do companheiro Romero gritou para este colunista? Acertou: xenófobo!
Sem querer estragar a brincadeira progressista da criançada, segue novo adendo ao dicionário taleban: quem quiser fazer proselitismo de político canastrão, vá à luta do seu chavista de estimação - e ceda gentilmente o lugar a quem queira fazer jornalismo. Ainda há muitos desses pelo mundo afora.

"Quando ousaste foste homem!" / Luiz Felipe Pondé

segunda-feira, junho 20, 2016

'Quando ousaste foste homem!' 

- LUIZ FELIPE PONDÉ

FOLHA DE SP - 20/06

Quem disse essa frase que está no título acima? Se você conhece a obra do autor em questão, já sabe quem disse essa famosa frase. Ela foi dita num contexto de uma peça em que a personagem feminina, uma das mais famosas da literatura clássica, fala para seu marido, que naquele momento se encontra reticente em levar adiante o plano que apresentara a ela momentos antes.

Essa frase carrega em si uma concepção de homem (gênero) que sempre foi muito comum em nosso imaginário: aquele, como diz nossa famosa personagem, que tem coragem de seguir seu desejo e suas ambições.

Essa mulher diz essa frase porque seu marido recuou num projeto específico, que faria dele rei. Mas qual concepção de homem é esta? Trata-se da concepção segundo a qual um homem é medido pela ousadia e coragem acima de qualquer limite moral.
O filósofo Adam Smith, no século 18, temia que o avanço da sociedade comercial (o que alguns chamam de sociedade de mercado, outros de capitalismo) destruísse as chamadas virtudes guerreiras do homem, fazendo dele um "contador de dinheiro" sem ambição nenhuma além de acumular riquezas materiais por meio dos negócios.

Interessante observar que muitos estudiosos da pré-história levantam hipótese semelhante quando da nossa passagem da condição de caçador coletor para a de agricultor, preso à terra, sem poder "ser ousado", sempre escravo da colheita a vir. Na condição de agricultor, o homem tornara-se temeroso dos riscos de perder todo o cultivo sob a ameaça de invasores. A perda da mobilidade em nome do "patrimônio" teria feito o agricultor mais covarde do que o caçador coletor.
No mundo contemporâneo, o processo de acovardamento do homem é crescente. Mas isso é apenas consequência da civilização enquanto tal, no seu modo crescente de domesticação dos afetos e dos humores.

De volta à nossa personagem feminina. Sua frase magnífica cobra de seu marido que volte à ousadia que demonstrara quando de sua ideia "genial" de matar o rei Duncan da Escócia, a fim de tomar seu trono. Já sabe de qual mulher estou falando?

Seu marido, guerreiro reconhecido como virtuoso pelo próprio rei (estamos na Idade Média), se pergunta, afinal, por que ele não poderia ser rei, uma vez que era absolutamente acima da média em comparação aos outros homens à sua volta.

Momentos depois, quando o rei Duncan se encontra na casa do casal em questão, o marido de nossa famosa personagem, em conversa com ela, demonstra dúvidas com relação ao plano inicial de matar o rei e tomar seu trono. Demonstra ter medo das consequências do seu ato.

Sim, estamos falando do casal Macbeth, da peça homônima de Shakespeare. A frase em questão é dita pela Lady Macbeth diante das dúvidas de seu marido quanto a levar a cabo o assassinato do rei.

A frase "quando ousaste foste homem" representou para a fortuna crítica o reconhecimento dessa mulher como a maior vilã da literatura ocidental, talvez equiparada a Medeia, na tragédia homônima, com a diferença que Medeia, ao assassinar seus filhos com Jasão, tinha pelo menos a desculpa do ciúme e do desespero diante do fato de ser trocada pela princesa, mais jovem e mais bela, que ela também matará. O ódio de Medeia é de alguma forma compreensível.

A fala de Lady Macbeth não teria a mesma justificativa. Ela, em vez de apoiar seu marido em suas dúvidas morais, se desespera diante da aparente covardia dele.

Ao dizer que ele era mais homem quando ousava, Lady Macbeth falava da mais atávica das expectativas de uma mulher para com seu homem. Claro que, diante da monstruosidade que seu marido realizará, ela se arrependerá do que disse.

Nunca achei a Lady Macbeth um monstro. Sempre vi nela apenas uma expectativa feminina para com a masculinidade, expectativa esta já há muito inexistente.

O mundo contemporâneo jamais produzirá uma Lady Macbeth. Não haverá mais quaisquer expectativas quanto à masculinidade. O conceito caducará. Restará apenas o estuprador, o frouxinho e o menino bonzinho. O futuro próximo nos legará uma vida pequena, farta de cacarecos e cheia de tédio.

domingo, 19 de junho de 2016

Mais uma delação que implica Lula

sexta-feira, junho 17, 2016


REPORTAGEM-BOMBA EXCLUSIVA DE 'ISTOÉ' REVELA A DELAÇÃO QUE FINALMENTE LEVARÁ LULA À PRISÃO

O que segue é a transcrição da reportagem-bomba da revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado antecipando o conteúdo bomba da delação premiada do empreiteiro Léu Pinheiro, um dos empresários mais próximos a Lula e que está enterrado até a medula no esquema criminoso criado e mantido por Lula e seus sequazes do PT. E o que segue neste texto é apenas um aperitivo. Léu Pinheiro só se salva de terminar seus dias na cadeia caso conte toda a verdade às autoridades da Operação Lava Jato. E, segundo consta, Léo Pinheiro quer aliviar sua consciência além, é claro, de não gostar do inverno de Curitiba. Leiam:
A disposição do juiz Sérgio Moro desde a semana passada, o arsenal de provas preparado por agentes federais e investigadores contra o ex-presidente Lula será robustecido em breve pelo que os procuradores da Lava Jato classificam de a “bala de prata” capaz de aniquilar o petista. O tiro de misericórdia – a julgar pelo cardápio de revelações ofertado durante as tratativas para um acordo de delação premiada – será desferido pelo empresário Léo Pinheiro, um dos sócios do grupo OAS. Conforme apurou ISTOÉ junto a integrantes da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba, ao se dispor a desfiar com profusão de detalhes a maneira como se desenvolveram as negociações para as obras e reformas no sítio em Atibaia e no tríplex do Guarujá, tocadas pela OAS, Pinheiro já forneceu antecipadamente algumas das peças restantes do quebra-cabeças montado desde o surgimento das primeiras digitais de Lula no esquema do Petrolão.
Diz respeito às contrapartidas aos favores prestados pela empreiteira ao ex-presidente. De acordo com o relato preliminar de Pinheiro, em troca das obras no sítio e no tríplex do Guarujá, o petista se ofereceu para praticar tráfico de influência em favor da OAS no exterior. A OAS acalentava o desejo de incrementar negócios com o Peru, Chile, Costa Rica, Bolívia, Uruguai e nações africanas. Desenvolto no trânsito com esses países, Lula se prontificou a ajudá-los. Negócio fechado, coube então ao petista escancarar-lhes as portas. Ou, para ser mais preciso, os canteiros de obras. Se até meados de 2008 a OAS engatinhava no mercado internacional, hoje a empresa possui 14 escritórios e toca 20 obras fora do País – boa parte delas conquistada graças às articulações do ex-presidente petista.
UMA PENCA DE CRIMES
Tráfico de influência quando praticado por um agente público é crime. Torna-se ainda mais grave quando em troca do auxílio são ofertados favores privados provenientes de uma empresa implicada num dos maiores escândalos de corrupção da história recente do País, o Petrolão. As revelações de Pinheiro, segundo procuradores da Lava Jato, ferem Lula de morte. O empreiteiro planeja deixar claro ainda que Lula é o real proprietário tanto do sítio em Atibaia quanto do tríplex no Guarujá. Assim, o ex-presidente estará a um passo de ser formalmente acusado pelos crimes de ocultação de patrimônio, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Um futuro julgamento, provavelmente conduzido pelo juiz Sergio Moro, poderá resultar em condenação superior a dez anos de reclusão.
Ainda durante as negociações para o acordo de delação premiada, Pinheiro prometeu detalhar o mal contado episódio do aluguel patrocinado pela OAS de 10 contêineres destinados a armazenar o acervo museológico do ex-presidente da República. O que se sabia até agora era que a empreiteira havia gasto R$ 1,3 milhão para guardar os objetos retirados do Palácio do Planalto, do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto durante a mudança do ex-presidente. Parte dos itens ficou acondicionada em ambiente climatizado, em um depósito da transportadora Granero em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. O restante foi armazenado a seco, em outro balcão no Jaguaré, na capital paulista. De lá, os itens foram transportados para o sítio em Atibaia. Elaborado de forma dissimulada para escamotear o seu real beneficiário, o contrato celebrado pela OAS com a transportadora Granero ao custo R$ 21.536,84 por mês por cinco anos tratava da “armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da Construtora OAS Ltda”. Segundo apurou ISTOÉ, além de, obviamente, confirmar mais um préstimo a Lula, Pinheiro já disse que as negociações ocorreram quando o petista ainda ocupava a Presidência da República, em dezembro de 2010.
A se consumar o que foi esquadrinhado no acordo para a delação de Pinheiro, pela primeira vez será possível estabelecer que Lula cultivou uma relação assentada na troca de favores financeiros com a OAS quando ainda era o mandatário do País. O depoimento desmontará o principal argumento utilizado por advogados ligados ao PT sempre quando confrontados com informações sobre a venda de influência política por Lula no exterior para empresas privadas nacionais: o de que não constitui ilícito o fato de um ex-servidor público viabilizar negócios de empresas privadas nacionais com governos estrangeiros. No “toma lá, dá cá” entre o petista e a OAS, o “dá cá” ocorreu quando Lula encontrava-se no exercício de suas funções como presidente da República.
LULA DETONADO
O que o ex-presidente da OAS já antecipou aos procuradores é apenas um aperitivo. O prato principal descerá ainda mais amargo para Lula e virá a partir dos depoimentos propriamente ditos. Obviamente, não basta apenas o delator falar. É necessário fornecer provas sobre os depoimentos, sem as quais o aspirante à delação premiada não se credencia para a diminuição da pena. Quanto a isso, tudo está tranqüilo e favorável para o empreiteiro. E desfavorável para Lula. Pinheiro está fornido de documentos, asseguram os investigadores. Promete entregar todos eles. Dessa forma, mais uma tese de defesa do petista será demolida. Ficará comprovado que tanto o sítio em Atibaia como o tríplex no Guarujá pertenceriam mesmo a Lula. No papel, o sítio é de propriedade dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, irmão de Kalil Bittar, sócio de Lulinha. Na prática, era Lula e sua família quem usufruíam e ditavam as ordens no imóvel. O enredo envolvendo o apartamento no Guarujá é mais intrincado, mas não menos comprometedor para família Lula da Silva. Além de abundantes indicativos relacionando Lula ao tríplex, reunidos num processo pelo MP-SP, há uma imagem já tornada pública que registra um encontro do próprio Léo Pinheiro com Lula. A foto, tirada do hall de acesso aos apartamentos, registra uma vistoria padrão de entrega de chaves, segundo depoimento prestado por Wellington Carneiro da Silva, à época o assistente de engenharia da OAS, responsável por fiscalizar as obras do Edifício Solaris. No depoimento, ele disse que o imóvel estava em nome da OAS, mas sabia que a família a morar no apartamento seria a de Lula. Pinheiro confirmará à força-tarefa da Lava Jato que o imóvel foi um regalo ao petista e que a pedido do ex-presidente assumiu obras da Bancoop, pois a cooperativa estava prestes a dar calote nos compradores dos apartamentos.
Nos últimos dias, Lula voltou a entoar como ladainha em procissão a fábula da superioridade moral. Reiterou que “não há ninguém mais honesto” do que ele. Como se vê no desenrolar das negociações para a delação, Pinheiro, simpatizante do PT e com quem Lula viveu uma relação de amizade simbiótica desde os tempos do sindicalismo, o fará descer do pedestal ético erguido por ele próprio com a contribuição dos seus fiéis seguidores. O acordo ainda não está sacramentado, mas flui como mel. Para os investigadores não pairam dúvidas: Pinheiro provará que Lula se beneficiou pessoalmente dos esquemas que fraudaram a Petrobras. Os relatos e documentos apresentados pelo executivo, hoje um dos sócios da OAS, poderão reforçar uma das denúncias contra Lula que a Lava Jato pretende apresentar por crimes relacionados ao Petrolão. Seriam pelo menos três. Já haveria elementos comprobatórios, segundo investigadores, para implicar Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por favores recebidos não só da OAS como da Odebrecht. Resta saber o momento em que as denúncias seriam apresentadas, uma vez que podem resultar numa condenação superior a dez anos de cadeia. Há uma vertente da Lava Jato que prefere aguardar o desfecho da tramitação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Seria uma maneira de evitar uma possível convulsão social no País, antes do desenlace do julgamento tido como crucial para os rumos políticos nacionais. Outro grupo, por ora majoritário, não admite que o critério político prevaleça sobre o técnico. Por isso, Lula anda insone, segundo interlocutores próximos.
O FIM DE UM EMBUSTEIRO
Mensagens apreendidas no celular de Léo Pinheiro já evidenciavam a influência de Lula em favor da OAS fora do País, conforme revelou o empreiteiro nas tratativas para a delação. Constam do relatório de cerca de 600 páginas encaminhados pela Polícia Federal à Procuradoria-Geral da República no início deste ano. Nas mensagens, Pinheiro conversava com seus funcionários para decidir viagens do ex-presidente ao exterior e já mencionava a contribuição dele em obras fora do Brasil. No capítulo “Brahma”, codinome cunhado pelo empresário para se referir a Lula, a PF listou pelo menos nove temas de interesse de Pinheiro que teriam sido abordados com o petista. Entre eles estão programas no Peru, na Bolívia, no Chile, no Uruguai e na Costa Rica. São citados numa mensagem encontrada pela PF o “Programa Peru x Apoio Empresarial Peruano e Empresas Brasileiras”, o “Apoio Mundo-África” e a “Proposta Mundo-Bolívia”. Num torpedo de Jorge Fortes, diretor da OAS, para Leo Pinheiro, dias depois de a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, ter anunciado o cancelamento da concessão outorgada à empreiteira para a construção de uma estrada avaliada em US$ 523,7 milhões, ele diz o seguinte: “Presidente Lula está preocupado porque soube que o Ministério Público vai entrar com uma representação por causa da Costa Rica”. Num SMS para Pinheiro, em novembro de 2013, César Uzeda, executivo da OAS, diz que colocou um avião à disposição para Lula embarcar rumo ao Chile ao meio dia. “Seria bom você checar com Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula) se é conveniente irmos no mesmo avião”. No mesmo conjunto de mensagens, o ex-presidente da OAS diz para um funcionário da empreiteira: “Lula está procurando saber sobre obras da OAS no Chile”. Na delação, o empresário promete confirmar que as trocas de mensagens se referiam mesmo à atuação de Lula em favor da OAS no exterior.
LULA ERA O CHEFE
À Lava Jato interessa perscrutar os segredos mais recônditos de Lula. E Léo Pinheiro possuía intimidade suficiente para isso. O empreiteiro foi apresentado a Lula no início da década de 1980. Quando o petista ingressou na política, o empreiteiro logo marcou presença como um dos principais doadores de campanha. A ascensão de Lula ao Palácio do Planalto foi acompanhada da projeção da OAS no mercado interno. Dono de acesso irrestrito aos gabinetes do poder, Pinheiro se referia a Lula como “chefe”. A relação se deteriorou quando o empresário foi privado de sua liberdade. O sócio da OAS apostava no prestígio de Lula para livrá-lo do radar da Lava Jato. Ameaçado de morte num diálogo cifrado com um carcereiro no Complexo Médico-Penal de Curitiba, o empresário tomou a decisão de fazer do testemunho sua principal arma de defesa e trilha para salvação. Sobrará para Lula. Do site da revista IstoÉ

"O Brasil está em guerra civil ?

domingo, junho 19, 2016


O BRASIL ESTÁ EM GUERRA CIVIL?

Allan dos Santos e Ítalo Lorenzon, do grupo Terça Livre, mostram, analisam e comentam neste vídeo um episódio que ocorreu na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero que, constitui uma conurbação com a cidade brasileira de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. O Exército Brasileiro entrou em ação e teve que usar armamento pesado para detonar o veículo blindado do traficante Jorge Rafaat, que foi abatido na ação. Até tanque de guerra foi utilizado na operação a mostrar que, de fato, o Brasil já vive um estado de 'guerra civil', dado ao volume anual de mortes decorrente de assassinatos, luta entre quadrilhas de traficantes, assaltos e roubos. Só em 2014 morreram mais de 59 mil pessoas o que constitui um recorde histórico.

Recomendo que vejam o vídeo e prestem a atenção no quadro abaixo que foi publicado pelo site da revista época e que resume o estado de calamidade total no Brasil em termos de segurança pública.

E notem no vídeo o nível de organização e poder de fogo dos bandidos. Os traficantes viajam em veículos importados de alto desempenho e com blindagem que obriga, como neste caso, à intervenção do Exército com tanque de guerra e armamento ultra-pesado.

Quem tem razoável memória lembre-se de como era o Brasil em termos de segurança antes do PT chegar ao poder. É imperioso por fim a esse descalabro, a essa terrível ameaça que paira sobre o Brasil inteiro.

É hora de aplicar a 'tolerância zero'. Direitos humanos para os humanos que trabalham, que estudam, que pagam impostos escorchantes e que têm o sagrado direito à segurança.

sábado, 18 de junho de 2016

Mais do mesmo com o PCdoB e Minha Casa, Minha Vida

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pcdob-recebia-propina-de-contratos-do-minha-casa-minha-vida-diz-delator


Ministro do esporte Aldo Rebelo

O ex-ministro Aldo Rebelo (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)
Há duas semanas, VEJA revelou os detalhes da extensa delação premiada que o ex-deputado Pedro Corrêa, um dos corruptos mais antigos em atividade no país, firmou com a Justiça. Confessando seus crimes com a autoridade de um decano da roubalheira, que começou a receber propinas na década de 70 e só foi parado pela Operação Lava Jato, Corrêa desnudou as engrenagens da corrupção nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, mas fez mais. Além de comprometer figuras de proa da antiga oposição, como Aécio Neves, e da cúpula do PMDB e do governo interino de Michel Temer - como Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Romero Jucá e Renan Calheiros - Corrêa escancara de vez o esquema de corrupção montado por pretensos partidos "éticos" da política, os virtuosos líderes de esquerda do PCdoB. O cérebro do esquema de corrupção comunista, diz o delator, era o ex-ministro Aldo Rebelo.
Segundo relata Pedro Corrêa no anexo 27 de sua delação, durante o segundo governo Lula, o PCdoB comandou a Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades. Pilotado por Daniel Nolasco, filiado ao PCdoB, o órgão comandava bilionárias verbas do programa Minha Casa Minha Vida. Nolasco, apadrinhado no cargo pelo ex-ministro Aldo Rebelo, operava verbas destinadas a empreiteiras de pequeno porte, que atuavam na construção de casas para a população carente em cidades com menos de 50 000 habitantes.
Enquanto cumpria a nobre missão de realizar o sonho da casa própria para famílias humildes, o militante do PCdoB aproveitava para tocar uma agenda clandestina. Nessa função, nada edificante, cobrava propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias populares. Segundo Pedro Corrêa, a taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de 10% a 30% do valor de cada casa construída. O golpe era simples: o diretor do órgão, a quem cabia liberar recursos para os empreiteiros e cobrar a propina, tinha uma empresa, a RCA Assessoria. Depois de o ministério fechar o convênio com a empreiteira e repassar o dinheiro para a construção das casas, os empresários corruptos pagavam a propina negociada com o PCdoB para a RCA.



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O esquema do PCdoB era dividido com o PT e com o PP e operou cobrando propinas na construção de pelo menos 100 000 casas populares. Segundo Corrêa, apenas uma empreiteira com contratos no Maranhão pagou 400 000 reais aos corruptos. Pedro Corrêa conhece os detalhes da roubalheira porque era um dos seus beneficiários. "A propina arrecadada pela RCA era dividida entre o PT, que tinha a Secretaria Nacional de Habitação, pelo PCdoB, que comandava a Diretoria de Produção Habitacional, e pelo PP, que tinha (indicado) o ministro das Cidades", diz Corrêa.






Trecho da delação de Pedro Corrêa que envolve o PCdoB em propinas do Minha Casa, Minha Vida
Trecho da delação de Pedro Corrêa que envolve o PCdoB em propinas do Minha Casa, Minha Vida(VEJA/VEJA)

A delação de Pedro Corrêa já foi concluída e os depoimentos estão no STF para homologação do ministro Teori Zavascki. Em um anexo específico dedicado a Aldo Rebelo e ao PCdoB, o delator revela que o ex-ministro de Lula e de Dilma Rousseff embolsava um terço de toda a propina arrecadada pelo esquema corrupto ao PCdoB. "Aldo Rebello tinha pleno conhecimento de que as nomeações dos indicados pelos partidos da base aliada eram realizadas com o intuito de arrecadação de propina", diz Corrêa.
Procurado, o ex-ministro Aldo Rebelo negou ter feito indicações políticas ao Ministério das Cidades, refutou as declarações de Pedro Corrêa sobre pagamento de propina e avisou que irá processar o delator. "Nunca indiquei nenhum servidor para o Ministério das Cidades. Nunca tive relação, responsabilidade ou contato com indicações que o PCdoB viesse a fazer no governo. As indicações eram partidárias. O Pedro Corrêa vai ser processado. Ele vai ter que apresentar provas do que está dizendo. Esse rapaz foi cassado quando eu presidia a Câmara dos Deputados e provavelmente restou dessa época algum tipo de mágoa ou ressentimento. É a única explicação que eu encontro para tamanho ato de banditismo. Quem cometeu crimes que responda por eles. Não vou permitir que ele envolva meus nomes nessas irregularidades. Se houve irregularidade ou crime, quem cometeu que pague por isso. Nunca tive responsabilidade por indicações do partido", disse Aldo Rebelo.
O ex-ministro não é o primeiro político comunista a surgir na teia de corrupção investigada pela Operação Lava Jato. Nesta semana, depois que o Supremo Tribunal Federal retirou o sigilo sobre a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, vieram a público as revelações sobre o pagamento milionário de propina para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Machado disse aos procuradores da Lava Jato que Jandira pediu ajuda financeira para sua campanha eleitoral diretamente a ele. O ex-presidente da Transpetro conta então que conseguiu recursos com a empreiteira Queiroz Galvão, que tinha negócios com a Transpetro, para a campanha de Jandira. A deputada explicou que na década de 80 atuou como sindicalista em estaleiros e que, por isso, é "natural" que, ao " procurar recursos" para as campanhas, ela "buscasse os parceiros desta luta". Os parceiros de luta da deputada, agora se sabem, eram corruptos, e os recursos, dinheiro sujo do petrolão.






Trecho da delação de Pedro Corrêa que envolve o PCdoB em propinas do Minha Casa, Minha Vida
Trecho da delação de Pedro Corrêa que envolve o PCdoB em propinas do Minha Casa, Minha Vida(VEJA/VEJA)

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Governo do Rio de Janeiro decreta estado de calamidade pública...

Dornelles, governador interino do Rio, decreta estado de calamidade pública

Motivo é a crise financeira que o estado enfrenta
Pablo Jacob (Foto: Agência O Globo)Francisco Dornelles (Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)
Carina Bacelar, O Globo
O governador interino do Rio Francisco Dornelles decretou nesta sexta-feira "Estado de Calamidade Pública no âmbito da administração financeira". O decreto foi publicado na segunda edição do Diário Oficial. Na publicação, o governador justifica a medida pela "grave crise econômica que assola o estado", e diz que a crise está impedindo o Rio de "honrar seus compromissos" para a realização da Olimpíada de 2016.
Com a medida, Dornelles admite que "o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016" fica impedido diante da situação financeira do estado. Ele autoriza "as autoridades competentes" a "adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais, com vistas à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016".
Confira a íntegra do decreto
"Considerando a grave crise econômica que assola o Estado do Rio de Janeiro, Considerando a queda na arrecadação, principalmente a observada no ICMS e nos royalties e participações especiais do petróleo; considerando todos os esforços de reprogramação financeira já empreendidos para ajustar as contas estaduais; Considerando que a referida crise vem impedindo o Estado do Rio de Janeiro de honrar com os seus compromissos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016; considerando o que tal fato vem acarretando severas dificuldades na prestação dos serviços públicos essenciais e pode ocasionar ainda o total colapso na segurança pública, na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão ambiental; Considerando que a interrupção da prestação de serviços públicos essenciais afeta sobremaneira a população do Estado do Rio de Janeiro; Considerando que já nesse mês de junho as delegações estrangeiras começam a chegar na Cidade do Rio de Janeiro, a fim de permitir a aclimatação dos atletas para a competição que se inicia no dia 5 de agosto do corrente ano; Considerando, por fim, que os eventos possuem importância e repercussão mundial, onde qualquer desestabilização institucional implicará um risco à imagem do país de dificílima recuperação; (o governador Francisco Dornelles) DECRETA:
"Art. 1º- Fica decretado o estado de calamidade pública, em razão da grave crise financeira no Estado do Rio de Janeiro, que impede o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

João Santana está preso e comanda da prisão equipe de sua agência de marketing para atuar no Senado e cobrir sessões da Comissão do Impeachment

sexta-feira, junho 17, 2016



ATENÇÃO POLÍCIA FEDERAL: JOÃO SANTANA COMANDA DA CADEIA FILMAGEM DE DOCUMENTÁRIO SOBRE O IMPEACHMENT PARA O PT. NÃO SE SABE QUEM FINANCIA.

Equipe do marketeiro do PT, João Santana, que se encontra preso em Curitiba, atua livremente dentro do Congresso Nacional, especialmente na Comissão do Impeachment, filmando o que denominam 'documentário do golpe', segundo revela o jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, talvez sem saber, autorizou o trânsito livre da turma ligada ao marqueteiro João Santana, que está preso, na produção de um “documentário do golpe”, com a visão petista do impeachment. Ao contrário dos jornalistas que fazem a cobertura da Comissão do Impeachment, cujo acesso é restrito, a equipe de Santana tem passe-livre ao Senado só desfrutado por senadores. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A turma do “documentário do golpe” utiliza como “bases” os gabinetes e até carro oficial dos petistas Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann.
O credenciamento da turma de João Santana foi recusado pela área de Comunicação do Senado. Mas Renan fez exceção à norma padrão.
O grupo do “documentário do golpe” constrange senadores, jornalistas e até assessores. E se recusa a revelar, é claro, quem os financia. Do site Diário do Poder

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Mais um beneficiado na lista de propina de Sérgio Machado: Roberto Requião

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Sérgio Machado inclui Requião na lista de propinas da Petrobrás

No video que o Jornal Nacional mostrou ainda há pouco, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, contou que o grupo JBS decidiu entregar R$ 40 milhões de propinas para o PMDB.

Um dos senadores beneficiados foi Roberto Requião.

É a primeira vez que Requião, amigo figadal do PT e de Dilma, aparece na lista de Sérgio Machado.

"A Lava Jato é ameaçada, sim! " / José Nêumane

quarta-feira, junho 15, 2016

A Lava Jato é ameaçada, sim! - 

JOSÉ NÊUMANNE

O Estado de S. Paulo - 15/06

Apesar de ter apoio maciço da sociedade brasileira, que tem plena consciência de sua indiscutível importância no combate à impunidade generalizada e na recuperação da decência num ambiente em que a imoralidade é exceção, mas se impõe como regra, a Operação Lava Jato de fato corre o risco de vir a ser extinta. Ou, na melhor das hipóteses, paralisada pelo efeito “pistom de gafieira”, no qual “quem está fora não entra e quem está dentro não sai”.

O aviso, feito pelo coordenador do Ministério Público Federal (MPF) na força-tarefa que assombra 12 entre 10 chefões partidários no País, Deltan Dallagnol, em entrevista a Ricardo Brandt e Fausto Macedo, do Estadão, faz todo o sentido. E não deve ser interpretado como uma mera tentativa de vender o próprio peixe ou de garantir a continuidade de um trabalho do qual, com toda justiça do mundo, ele e a equipe têm todos os motivos para sentir grande orgulho. Ou de ganhar mais tempo para investigar. É, sim, a constatação de um risco que realmente existe, e sua preocupação deve ser a de todos nós que respeitamos a honra da Nação e não temos bandidos de estimação. Convém ficarmos atentos para não vermos cair no vazio a tentativa de extirpar o tumor maligno da corrupção que leva os órgãos de nosso Estado Democrático de Direito a uma eventual falência terminal.

Segundo ele, “é possível e até provável” um governo ou o Congresso pôr fim à Lava Jato, “pois quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República”. As gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha, figurões influentes do PMDB – sigla do vice-presidente no exercício da Presidência, Michel Temer –, não podem mesmo ser confundidas com meros palpites em bate-papos de café. Pois Renan preside o Senado, Jucá foi ministro do Planejamento, Cunha é presidente afastado da Câmara e Sarney presidiu a República e o Senado.

Se as gravações justificam, ou não, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendar ao Supremo Tribunal Federal (STF) prender Renan, Jucá e Cunha e pôr tornozeleiras em Sarney é discutível. Mas seu teor explicita tentativa de obstruir o trabalho da polícia e da Justiça para livrar o alto comando político nacional do pavor da perda da liberdade.

Mais grave é que o PT e aliados tomam providências práticas para, se não paralisarem, ao menos prejudicarem a devassa policial e judicial, reduzindo-lhe a independência ou alterando as leis que tornam possível seu êxito. Na Câmara, projeto do deputado Wadih Damous (PT-RJ) tenta reduzir o alcance da colaboração com a Justiça, a “delação premiada”.

Não deve ser esquecida também a conspiração revelada nas gravações que, mui oportunamente, o juiz Sérgio Moro tornou públicas expondo armações do PT, do ex-presidente Lula e da presidente afastada para anular efeitos nocivos da investigação em suas vidas. A decisão do relator da operação no STF anulando seus efeitos jurídicos não lhe altera o teor. Antes de sua divulgação, o ex-presidente tinha instruído sindicalistas a assediarem o juiz, responsabilizando-o pela tragédia de uma crise econômica que destrói negócios e desemprega milhões de trabalhadores. A chefona afastada do comando do desgoverno, Dilma Rousseff, execrou publicamente, e sem razão, informações colhidas em confissões de “desprezíveis” delatores.
O terrorismo corporativista contra a devassa do maior escândalo de corrupção de todos os tempos no planeta inteiro também está anunciado. Caso Renan seja afastado da presidência do Senado, assumirá o posto o petista acriano Jorge Viana. Nos telefonemas ouvidos País afora, Sua Excelência instruiu o advogado de Lula, Roberto Teixeira, a convencer o cliente a desacatar Moro para, como “preso político”, “virar o País de cabeça pra baixo”.

O delirium tremens da bravata colide com a vida real. A convocação de greve geral pelo presidente do PT, Rui Falcão, para sexta-feira passada, reduzida a pífias manifestações (a da Paulista foi anabolizada para fictícios 100 mil militantes), mostra isso. Mesmo irrealista, contudo, a bazófia do vice-presidente do Senado dá uma ideia de como seria sua atuação no julgamento definitivo da “presidenta” dele e na liderança do sujo pacto contra a Lava Jato.

Aliás, essa sabotagem subversiva ao combate à corrupção é traduzida ainda em ação administrativa efetiva da afastada. Neste espaço o advogado Modesto Carvalhosa denunciou várias vezes a edição de medidas provisórias pela sra. Rousseff para atenuar e até anular a Lei Anticorrupção, que ela própria assinara. Resulta de uma desfaçatez nefanda a leniência de empresas flagradas em corrupção explícita, adotada a pretexto do emprego do trabalhador que a corrupção está desempregando (extrema canalhice!), sem obedecer ao princípio básico de que só uma tem direito a gozá-la, mas estendendo-a a todas. E perpetua-se na posição análoga do ministro da Transparência e Controle (denominação marqueteira imprópria para a Controladoria-Geral da União – CGU), Torquato Jardim, que a defende sem corar.

Essa tentativa de trocar pena por dó e justificar delinquência explícita por compaixão atinge os píncaros do paroxismo com a proposta de estender o pacto cínico a partidos políticos, feita, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, pelos campeões de condenações da Lava Jato Dirceu e Vaccari. A notícia dá mais razão a Dallagnol. E também ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, que tem motivos para acreditar que o PT terá bilhões para gastar até a campanha de 2038, ainda que a polícia e a Justiça interrompam o saque feito pela organização criminosa que depauperou o País nos últimos 13 anos, 4 meses e 12 dias. E, além disso, explica a defesa do fim do financiamento privado... para os outros partidos, é claro.

*José Nêumanne é jornalista, poeta e escritor

Parece brincadeira ... Dois presos com tornozeleiras, em liberdade condicional, são suspeitos de matar e roubar... / G1

http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2016/06/detentos-com-tornozeleiras-sao-suspeitos-de-cometer-crimes-no-ma.html
16/06/2016 12h56 - Atualizado em 16/06/2016 13h10

Detentos com tornozeleiras são suspeitos de cometer crimes no MA 

Fabio Junior Ribeiro Paulino é suspeito de assaltar pousada em Santa Inês.
Itamar Neves Vieira é suspeito de homicídio contra companheira.

Fabio Junior Ribeiro Paulino e Itamar Neves Vieira cumprem pena alternativa em Santa Inês utilizando tornozeleiras eletrônica (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Do G1 MA, com informações da TV Mirante
Fabio Junior Ribeiro Paulino e Itamar Neves Vieira cumprem pena alternativa em Santa Inês utilizando tornozeleiras eletrônica (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Em menos de 20 dias dois homens que cumpriam pena alternativa, utilizando tornozeleiras eletrônicas, são suspeitos de envolvimento com crimes no município de Santa Inês, a 250 km deSão Luís.
Fabio Junior Ribeiro Paulino, de 26 anos, está sendo investigado por suspeita de participar de um assalto a uma pousada. O crime teria sido praticado por ele e mais um homem ainda não identificado. Eles teriam chegado de motocicleta e teriam entraram na pousada se passando por clientes. Eles abordaram duas funcionárias que estavam na recepção.
Segundo a polícia, os criminosos além de roubar o dinheiro que havia no caixa ainda agrediram as vítimas e tomaram os aparelhos celulares deles.
Fábio Junior já tem várias passagens pela polícia. A última foi no ano de 2014 quando ele foi suspeito de roubo de uma motocicleta. A Justiça concedeu a ele liberdade provisória e com uso de tornozeleira eletrônica.
O delegado Regional, Ederson Martins, a polícia solicitou à central de monitoramento, situada em São Luís, a localização de Fábio Junior no horário em que ocorreu o assalto. A suspeita de que ele tenha desligado o aparelho.
“Coincidentemente por volta de nove horas ela foi desligada e retornou o seu funcionamento apenas às onze horas. O momento do assalto foi por volta de dez horas quer ele cometeu o assalto em companhia de mais um comparsa. Foi o horário que a tornozeleira estava desligada e não dava para comprovar via tornozeleira que ele estava naquele local”, contou o delegado.
No começo do mês de junho, Francisca da Silva Moura, 21, foi assassinada com uma facada na região da garganta. O suspeito de cometer o crime é Itamar Neves Vieira com quem a vítima mantinha um relacionamento amoroso.
Itamar que havia sido preso em fevereiro deste ano por agredir Francisca ganhou o direito de responder o processo em liberdade usando a tornozeleira eletrônica.
No dia do crime, o suspeito cortou a tornozeleira e jogou fora. Como o aparelho estava ligado foi possível localizá-lo. Quando o preso de Justiça se envolve novamente em situações criminosas ele perde o benefício e retorna ao presídio.
Fabio Junior Ribeiro Paulino e Itamar Neves Vieira cumprem pena alternativa em Santa Inês utilizando tornozeleiras eletrônica (Foto: Reprodução/TV Mirante)