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MALDADE É O PROJETO Blue .beam ...

*O PROJETO BLUE BEAM: Já soube que os governos estão admitindo os OVNIs e há vários movimentos atuando para a implantação de uma religião gl...

domingo, 31 de julho de 2016

Crime a sangue frio..../

O martírio do Padre Hamel


O crime bárbaro, cruel como todos os crimes, que tirou a vida do padre Jacques Hamel na Igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray, na Normandia, foi ainda mais chocante pela figura da vítima que morreu tal como o padroeiro de sua igreja, martirizado por sua fé, na terça-feira, 26 de julho de 2016.

Vítima de monstros piores do que os piores monstros.
Senti uma dor profunda ao ler sobre a morte do padre Hamel. Ao olhar suas poucas fotos, ele não era um padre midiático, era um padre devotado ao seu ofício, isso sim, o que percebemos é uma expressão da mais profunda paz interior. Um homem bom, um homem que se dedicou aos outros a vida toda.
Santo Estêvão (Saint Étienne) morreu lapidado em 36 D.C. Foi o primeiro mártir da Cristandade. Como eu gostaria de saber que padre Hamel foi o último!
Mas, como disse o papa Francisco em voo para Cracóvia, onde vai participar de uma nova Jornada da Juventude, o mundo está em guerra. Segundo ele, não é uma guerra religiosa, mas sim por dinheiro e poder.
Concordo com o papa. É uma guerra sim, uma guerra imunda e covarde, como todas as outras, aliás.

Passaram-se dois mil anos desde o martírio de Santo Estêvão e o Homem se vangloria da civilização em que vive.
Civilização? Que civilização?
O que faz o governo francês que não toma uma atitude drástica contra os fundamentalistas islâmicos que se valem de tudo que a França lhes oferece de bom, mas que a odeiam a ponto de degolar um padre de 86 anos que não lhes fazia mal algum, só lhes dava conforto espiritual e auxílio quando necessário?
No Libération, no dia de sua morte, li muitos comentários de pessoas comovidas com o sofrimento do padre que os batizou ou aos seus filhos, que casou seus pais, que dava assistência aos muçulmanos que habitam a pequena cidade, espalhados que estão por toda a França. País onde têm escola de primeira linha, saúde de qualidade e gratuita, onde, para os que querem, há trabalho e moradia, mesquitas para orar livremente, mas ao qual retribuem com atentados e matanças inacreditavelmente violentos.
O padre foi assassinado em plena missa das 10:00 por dois muçulmanos, um dos quais recém-saído da cadeia e que usava uma tornozeleira eletrônica. Ele só podia sair de casa entre 8h30 e 12h30, horário que o desgraçado cumpriu... Além de obrigar o padre a se ajoelhar, ele e seu comparsa pregaram em árabe diante de sua vítima e depois o degolaram.
Quando, há poucos meses, perguntaram ao padre Hamel por que ele não se aposentava, idoso como era, ele respondeu:
— Já viu um padre se aposentar? Vou trabalhar até meu último suspiro.
E foi o que fez. Foi diante do altar onde cumpria seu ofício e rezava a missa do dia que Jacques Hamel foi degolado pelos infelizes do ISIS. Foi diante do altar que ele deu seu último suspiro.

Sem saber o que dizer diante de tanta brutalidade fui buscar na poesia de T.S.Eliot, em sua magistral peça teatral 'Murder In The Cathedral', cujo tema é o martírio do Arcebispo Thomas Becket em 29 de dezembro de 1170, na catedral de Canterbury, os versos a seguir:
A morte tem cem mãos e anda em mil caminhos.Pode passar à vista de todos, chegar sem ser vista nem ouvida.Chegar como um sussurro no ouvido, ou um choque súbito na nuca.
E foi assim que a morte chegou para Jacques Hamel, padre há 58 anos, logo após a celebração da Eucaristia na Igreja de Saint-Étienne-du Rouvray.

Lula, morrendo de amor por si mesmo...!

Lula culpa o Brasil

Lula, o santo (Foto: Arquivo Google)
Fingir que não é com ele, mentir para livrar a sua cara e a sua pele são traços impressos na personalidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sempre foi assim. Desde os palanques de São Bernardo do Campo -- quando recitava palavras de ordem óbvias diante da massa e de uma ditadura que lhe era dócil --, até à quase inacreditável petição contra o Estado brasileiro que impetrou, na quinta-feira, junto à Comissão de Direitos Humanos da ONU. Uma alma narcisa que só pensa em si. Que xinga e elogia, soca e abraça por conveniência e só age na primeira pessoa.
O mesmo Lula que em 1993 escorraçou a Câmara dos Deputados afirmando que ela abrigava “300 picaretas” dedicou loas à Casa, 10 anos depois, ao receber a Suprema Distinção Legislativa: “não existe nada mais nobre que um mandato parlamentar”.
Pouco despois de se eleger em 2002, desfilou de braços dados com José Sarney, a quem já acusara de ser “grileiro”. Adulou Renan Calheiros para ficar em pé durante o processo do mensalão; bajulou Paulo Maluf – que já fora o mal em si – para eleger Fernando Haddad, o prefeito mais impopular que São Paulo já teve.
Algumas lembranças do Lula de ocasião fazem arrepiar até a esquerda cativa que ainda hoje o aplaude. Collor de Mello que o diga. A entrevista ao Bom Dia Brasil, na TV Globo, pouco antes de ser eleito presidente da República pela primeira vez, é simbólica. Ali, elogiou, em alto e bom som, os governos de Garrastazu Médici e Ernesto Geisel, que “pensavam o Brasil estrategicamente”. E discordou de bate-pronto da afirmativa do entrevistador sobre as altas taxas de inflação que os generais deixaram como herança. “Não é verdade”, assegurou.
Depois de vencer a eleição, Lula soltou ainda mais a verve. Fez do hoje condenado e preso José Dirceu o “capitão do time”, para depois puxar-lhe o tapete. Foi a público, em cadeia de rádio e TV, pedir desculpas pela traição dos seus no escândalo do mensalão, ocorrência que, meses depois, passou a negar peremptoriamente.
Quando se vê sem alternativas, escolhe a categoria de vítima, posando como perseguido da mídia e da elite. A mesma elite que lhe prestou favores pessoais e garantiu os bilhões para custear o sonho da hegemonia petista. Tudo à custa de generosas propinas nos negócios públicos.
Ainda que um pouco chamuscado, livrou-se do mensalão. E, se já podia tudo, Lula acreditou no infinito. Inventou Dilma Rousseff, enfiou-a goela abaixo do PT e dos aliados, provocando uma indigestão que nem todos os bilhões desviados de obras públicas, dos fundos de pensão e do sabe-se lá mais onde, foram suficientes para curar.
Vieram a Lava-Jato, o processo de impeachment de Dilma, a incerteza, o medo da cadeia.
O Lula que agora recorre à ONU não é mais o mesmo. Está fragilíssimo.
Por ironia da história, virou réu em Brasília – não em Curitiba -- quase que simultaneamente à sua tentativa de estender ao mundo a sua versão de mártir.
Mas suas bravatas já não ecoam. O processo que tenta impor em Genebra é um amontoado de mentiras. O cerne da peça -- o juiz Sérgio Moro age arbitrariamente para forçar delações de prisioneiros e não há tribunais para rever as sentenças – desintegrou-se em uma simples nota da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe): “O sistema processual brasileiro garante três instâncias recursais e, até o momento, menos de 4% das decisões do juiz Sérgio Moro foram reformadas”. E a tentativa de dizer que as acusações que pairam sobre si não passam de uma ação articulada de forças conservadoras para impedir a sua candidatura em 2018 beira o ridículo.
O Lula que agora recorre à ONU, seja para criar um fato novo em pré-impeachment ou facilitar uma eventual solicitação de asilo político no futuro, se mostra miúdo, debilitado, anêmico.
Ao acusar a Polícia Federal, a mesma que ele tanto elogiava durante o seu governo, e a Justiça, para a qual ele e sua sucessora indicaram 13 ministros, oito dos onze em atividade na Suprema Corte, Lula enterra-se, definitivamente, na lama.
Sua defesa age como se todas as instituições brasileiras – incluindo a imprensa, é claro -- fossem criminosas. E ele, só ele, inocente. O Lula que agora recorre à ONU é patético.

"Precisamos de encanadores"... / Fernando Gabeira

domingo, julho 31, 2016

Sobre humor e cangurus -

 FERNANDO GABEIRA

O Globo - 31/07

A frase infeliz de Paes faz pensar: existe um humor tipicamente carioca?


Não precisamos de cangurus, mas sim de encanadores. A frase da chefe da delegação australiana na Olimpíada do 
Rio é mais do que uma tirada pragmática. Ela nos leva a pensar no humor. Quando prometeu os cangurus, diante das reclamações sobre problemas hidráulicos, Eduardo Paes estava fazendo humor. E, ao contrário do que ele costuma dizer, não é um humor carioca, apenas humor. Na verdade, não sei se existe um humor tipicamente carioca. Um dos maiores humoristas de todos os tempos, o carioca Millôr Fernandes era universal na maioria dos seus textos e pode ser incluído em qualquer boa seleção planetária.

Talvez exista um humor judeu, classificado, organizado em antologias, com traços marcantes, como a autoironia de Woody Allen. Mas ainda assim é um esforço classificatório. No livro “O ato da criação”, Arthur Koestler descreve a dinâmica do humor e, de um modo geral, o atribui a um tipo de associação que expressa o encontro súbito de dois quadros do pensamento, uma centelha criativa que faz rir. Paes associou rapidamente um fato do mundo material, o entupimento das pias, para outro do mundo afetivo, os cangurus tão presentes no cenário australiano. A resposta australiana recolocou o quadro real da demanda.

Se examinarmos o quadro clássico da dinâmica do humor, ele apenas introduziu uma centelha criativa, com o propósito de fazer rir. No entanto, carioca ou judeu, o humor está sujeito a uma condição universal: tem ou não tem graça? É difícil aceitar a tese de um humor carioca, sempre que o prefeito do Rio diz uma frase infeliz. Existe um estado de espírito mais descontraído talvez. Mas ele também está sujeito ao julgamento do outro.

Se as frases de Paes expressam um típico humor carioca, era de se esperar que os cariocas fossem discretamente evitados por outros povos: lá vêm aqueles caras, com aquelas piadas sem graça. E não é isso o que acontece nas relações entre eles e o mundo. É compreensível que pessoas modestas atribuam seus talentos à sociedade em que trabalham, que socializem a celebração de suas conquistas. Mas torna-se um pouco difícil atribuir frases das quais ele próprio se arrepende a um traço da sua própria cultura. Como os cariocas, por serem cariocas, estivessem condenados culturalmente a dizer coisas sem graça, nas circunstâncias mais sérias. A resposta da australiana, Kitty Chiller — “precisamos de encanadores” — jogou Paes na realidade e foram feitos avanços nas reparações. Ministros de Brasília andaram dizendo que isso acontece mesmo com prédios novos. É a inversão do senso comum. Seria como dizer: meu carro é novo, por isso não sai da oficina.
O diálogo Paes-Chiller me jogou também numa outra dimensão da realidade. Se uma obra que custou R$ 2,9 bilhões, inaugurada com exposição internacional, foi entregue assim, o que acontece com as outras ao longo do Brasil, escondidas das câmeras, anônimas? Cobrindo uma enchente num bairro popular de São Gonçalo, a moradora me convidou para entrar em sua casa e ver o resultado de uma recente obra de saneamento. Simplesmente os canos devolviam esgoto para dentro de casa. Naquele momento, senti muito que ela fosse obrigada a viver naquelas circunstâncias desagradáveis. Era apenas uma velha senhora de São Gonçalo. O que vemos hoje atrela aquele destino individual à própria imagem do Brasil.

As reportagens mais críticas e dolorosas referem-se sempre aos graves problemas de saneamento. Uma atleta americana postou para seus seguidores: vou remar na merda por vocês. Num sentido mais amplo, a chefe da delegação australiana falou por todo o Brasil: precisamos de encanadores. Impossível esconder de uma superexposição internacional o fato de que ainda não resolvemos no XXI o problema que alguns países resolveram no século XIX, como o saneamento básico. Não é preciso ir aos bairros mais pobres para constatar essa realidade. As lagoas são um termômetro. Todas, e especialmente a Baía de Guanabara, são poluídas e decadentes. A opção de realizar a Vila Olímpica na Barra consagra um tipo de crescimento que segue o ritmo do próprio comércio imobiliário. Ao fugir das grandes concentrações, a expansão impõe ao governo custos muito altos para instalar a infraestrutura. A frase da australiana Kitty Chiller não é todo estranha à Barra de Tijuca de hoje.

Mas, certamente, ao apontar o crescimento para a região, ela pode se tornar profética: precisamos de encanadores. De uma certa forma, a Lava-Jato nos ajudou nisso. Grandes empreiteiras como a Odebrecht não terão condições de repetir seus métodos. E não poderão substituir o planejamento pela lista das obras que querem construir. O colapso dessas grandes empresas talvez abra caminho para se enfrentar com mais eficácia a tarefa do saneamento.

Se isso acontecer será também um legado da Olimpíada, teremos encanadores e os canos que ainda nos faltam.

"Vem mais coisa por aí..." Eliane Cantanhêde

domingo, julho 31, 2016


‘O mais pesado’ - 

ELIANE CANTANHÊDE

ESTADÃO - 31/07

Principal liderança do País, Lula vai esgotando possibilidades para 2018

A “fonte” é quente: o que já saiu não é nada leve, mas as denúncias “mais pesadas” contra o ex-presidente Lula ainda estão por vir. É por isso que Lula e seus advogados se antecipam, em busca de uma duvidosa proteção no Comitê de Direitos Humanos da ONU. No ambiente político, a sensação é de que foi um ato de desespero, indicando que Lula sabe que pode ser preso e estaria aplainando terreno para um futuro pedido de asilo político.

Obstrução de Justiça ao tentar evitar delações premiadas contra amigos e contra si, ocultação de patrimônio no caso do sítio e do triplex, suspeita de palestras fictícias para empreiteiras, envolvimento do filho na Zelotes... tudo isso, que já não é pouco, é apenas parte da história. Os investigadores estão comendo o mingau pelas bordas, até chegar ao centro, fervendo.

No centro, podem estar as perigosas relações de Lula com o exterior, particularmente com Portugal, Angola, Cuba e países vizinhos. E o calor vem da suspeita – com a qual a força-tarefa da Lava Jato trabalha – de que Lula seja o cérebro, ou o chefe da “organização criminosa”. No mensalão, ele passou ao largo e José Dirceu aguentou o tranco. No petrolão, pode não ter a mesma sorte – nem escudo.

Lula tornou-se réu pela primeira vez, na sexta-feira, pelo menor dos seus problemas com a Justiça: a suposta tentativa de evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, para que ele não abrisse o bico sobre as peripécias de seu amigo José Carlos Bumlai. Peripécias essas que seriam para atender a interesses, conveniências e possivelmente pedidos de Lula.

Digamos que tentar obstruir a Justiça é um “crime menor”, quando Lula é suspeito de ter ganho fortunas e viver à custa de empreiteiras, numa rede de propinas, de toma lá, dá cá. Menor, mas impregnado de simbologia e de força política.

Os fatos embolaram-se de quinta para sexta-feira, num ritmo de tirar o fôlego. Lula entra com a petição no Comitê da ONU, acusando o juiz Sérgio Moro de “abuso de poder” e “falta de imparcialidade”. Ato contínuo, sai o laudo da PF mostrando, até com detalhes constrangedores, como o ainda presidente e Marisa Letícia negociaram cada detalhe da reforma de um sítio que juram não ser deles e cujo dono oficial é um íntimo amigo que não tem renda para tal patrimônio. E, já no dia seguinte, explode a decisão da Justiça Federal do DF tornando Lula réu.

O efeito prático da petição à ONU é remoto, ou nenhum. O comitê tem 500 casos, só se reúne três vezes por ano e está esmagado por guerras, atentados que matam dezenas e golpes de Estado sangrentos. Além disso, só acata pedidos semelhantes quando todas as instâncias se esgotaram no país de origem e Lula ainda está às voltas com a primeira instância. Conclusão: a ação é mais política do que jurídica.

Já o laudo da PF é minucioso e bem documentado, criando uma dificuldade adicional para Lula: ele é suspeito de mentir sobre suas propriedades não apenas em seu depoimento às autoridades, mas à própria opinião pública. Difícil acreditar que não é dono do sítio que frequenta regularmente com a família, que recebeu uma reforma feita ao gosto do casal, que abriga os barcos para os netos e parte da mudança do Alvorada após o governo. Se mentiu, por que mentiu?

Mais: Lula atacou Moro na ONU, mas se torna réu por um outro juiz, a muitos quilômetros de Curitiba. Vai alegar que há um complô dos juízes brasileiros contra ele? Porque são todos “de direita”? Ou são todos “tucanos”? Lula parece dar murro em ponta de faca, sem argumentos concretos para se defender e esgotando suas possibilidades não só de disputar em 2018, mas de liderar uma grande e saudável renovação da esquerda brasileira. “Cansei”, reagiu. Mas, se a “fonte” estiver correta, o “mais pesado” ainda vem por aí.

sábado, 30 de julho de 2016

"O cordel encantado de Lula"... 'um tratado de vitimização e autolouvação'




Sonia Zaghetto: 

O cordel encantado de Lula

A petição encaminhada à ONU é uma peça risível e a perfeita tradução da alma do ex-presidente: um tratado de vitimização e de autolouvação

Por: Augusto Nunes  

A denúncia de Lula ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) é mais um capítulo na infindável saga de vexames a que o país vem sendo submetido no cenário internacional. Não contente de escancarar ao mundo a extensão de nossa miséria moral, administrativa e política, ao trazer para o Brasil uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, o ex-presidente agora segue os passos de Dilma Rousseff e mancha um pouco mais a imagem da Nação ao levantar suspeitas sobre a Justiça brasileira.
A petição é uma peça risível e a perfeita tradução da alma do ex-presidente: um tratado de vitimização e de autolouvação. Lula parece ver a si mesmo como herói de uma saga de literatura de cordel. A boa notícia é que, perante o Cordel Encantado de Lula, o leitor tem certeza que o petista está em pânico devido à possibilidade de vir a ser preso pelo juiz Sérgio Moro.
O mais surpreendente na petição é o uso, em diversos momentos, de uma linguagem coloquial incompatível com a que se espera em um documento endereçado a uma corte internacional. Os principais alvos são o juiz Sérgio Moro, o Ministério Público e o vazamento de informações, mas as acusações perdem impacto diante das teorias da conspiração e da alta carga ególatra-coitadista que se lê nas mal traçadas linhas.
Lula chega a acusar Moro de ser candidato à Presidência da República em 2018! E não se envergonha de defender o fim das prisões temporárias que levam os envolvidos no Petrolão a fazer delações premiadas. Sua defesa também se posiciona a favor das propostas que tramitam no Congresso Nacional, sob as bênçãos do impoluto Renan Calheiros, e que representam  um freio nas ações da Lava Jato.
E o que dizer do momento em que Luiz Inácio demonstra incômodo – como aliás já o fez em diversos discursos – sobre os prêmios internacionais concedidos a Sérgio Moro? Lembro-me de, em um de seus últimos discursos, o ex-presidente ter advertido Moro sobre os perigos da vaidade por receber prêmios internacionais. Acho bonito quando a experiência fala – e Lula sabe como poucos o poder da bajulação como infladora do ego. Noto que Lula teme Moro em três aspectos: o de juiz que vai determinar sua prisão; o de concorrente na categoria brasileiro-estrela-incensado-no-exterior; e futuro concorrente nas eleições de 2018. Calma, Lula, só os dois primeiros são reais ameaças.
Juro que tentei fazer uma análise sóbria do que li, mas minha veia histriônica ficou inquieta diante de frases como a que o gabinete de Moro “vaza como uma peneira” informações sigilosas a fim de destruir a honra (sic) e a reputação (sic, de novo) de Lula. Ou que a corrupção no Brasil é um exagero da mídia.
Há de se reconhecer o talento do advogado de Lula para a comédia. Desafio qualquer um a permanecer com ar compungido diante do trecho que classifica Sérgio Moro como um soldado das Cruzadas! Nesse caso, quem seria Lula? Saladino? Outro momento impagável é o “exemplo escandaloso” da parcialidade de Moro: o juiz foi convidado de honra na festa de lançamento de um livro sobre a Lava Jato. O texto adverte que, na ocasião, Sergio Moro cometeu o gravíssimo crime de…posar para fotos com o autor do livro e sua mãe “que é conhecida por reprovar Lula”.
Ainda agora me pergunto como lidar com esse primor da egolatria vitimista: “Lula é reconhecido internacionalmente como um lutador dos direitos dos trabalhadores para o desenvolvimento econômico e social do país, com ênfase no alívio da pobreza.  No Brasil sua honra e reputação são altas, particularmente entre os mais pobres. No entanto, ele tem muitos opositores nas classes média e alta, os quais estão prontos para falar mal dele quando é difamado por juízes e promotores, que o incluíram como suspeito em investigações de corrupção. Essas autoridades tentam criar expectativas na população da culpa de Lula, com a colaboração da mídia, que também é quase toda contra o ex-presidente e o Partido dos Trabalhadores”.
Segurei o riso quando a defesa de Lula reclamou que o Brasil não tem uma lei “para impedir campanhas de difamação contra suspeitos antes de seu julgamento”. E como sou discípula do velho e bom Aristóteles, apelei para a catarse a fim de terminar a leitura. Já que Lula se vê como herói de literatura de cordel, imagino que os que dominam essa adorável modalidade literária poderiam se apropriar de alguns trechos da petição encaminhada à ONU para compor novas peças. Minha contribuição para a obra é a elaboração dos títulos.
Ei-los: A fantástica história do Pai dos Pobres e sua luta contra as elites malvadas e a mídia perversa; A saga do malvado Moro e de Janot, seu jagunço; A lenda do mensalão e os exageros dos jornalistas malvados; O cruzado Sergio Moro e a tortura dos inocentes; Moro, o ferrador de gente, consumido pelo desejo de ser herói; O grande medo de ver o sol nascer quadrado nos calabouços do Reino de Curitiba; O grande dragão estrangeiro roubando o cordel (sobre a possibilidade da Netflix retratar Moro como herói e Lula como vilão); A espetacular história do jogo de um homem só: o juiz como goleiro, meio campo e centroavante; A epopéia da delação que nasce a fórceps; O manual do eufemismo em terras de Lampião (A “Operação Lava Jato”, sem dúvida, descobriu alguns casos graves de corrupção na Petrobras, como resultado da aparente atuação ilegal das cinco maiores empresas de construção do Brasil, que supostamente formaram um cartel”); A memória que se perdeu no vasto mundo (“Lula tem repetida e enfaticamente negado que tenha conhecimento, tampouco, que tenha aprovado tais crimes, ou recebido qualquer dinheiro ou favores como “propina” por ações ou decisões que ele tenha tomado quando presidente do Brasil, ou em qualquer outro momento”)O mistério do sítio e do triplex sem donos; A incrível história do juiz que queria ser presidente; A farsa de Silvério dos Reis, que culpou os próprios amigos (“A quadrilha envolvida na Lava Jato foi o cartel de empresas construtoras, do qual nunca poderia ter se alegado que Lula era o chefe”); O caboclo incitador de poviléuA epopéia do ataque à casa do pai dos pobres (“De manhã cedo, o ataque contra a casa de Lula foi liberado para a mídia. A foto abaixo mostra ele sendo conduzido de seu apartamento em um elevador cheio de policiais”); O pacto de sangue para matar o herói (Onde se aprende que Moro se aliou a grupos politicamente hostis a Lula); O cavaleiro encantado na luta contra o eixo do mal (“Os principais meios de comunicação brasileiros – jornais, revistas e a televisão – são todos hostis a Lula). Haja imaginação!

"Dilma e Lula não vão à Olimpíada. Foram pegos no antidoping..."

sábado, julho 30, 2016

Rio 2016, hora do xadrez - 

GUILHERME FIÚZA

O GLOBO - 30/07

A Olimpíada do Rio encerra também a maratona de Lula correndo da polícia. Daí em diante, a prova é de 100 metros rasos



Dilma e Lula não vão à Olimpíada. Foram pegos no antidoping.

O laboratório da Lava-Jato descobriu que a campanha da presidente afastada derramava milhões de reais numa empresa de fachada do setor de informática, entre outros anabolizantes criminosos. No caso do ex-presidente, uma nova substância ilegal foi atestada em laudo da Polícia Federal — constatando que as reformas no sítio de Lula que não é de Lula foram orientadas pelo próprio. Só a repaginação da cozinha custou 252 mil reais.

O ex-presidente já avisou que não vai deixar barato. De fato, nada que envolva Lula é barato. Perguntem aos laranjas da Odebrecht que compraram um prédio para o Instituto Lula. E lá foi o maior palestrante do mundo para Genebra, com sua comitiva, denunciar à ONU a perseguição que está sofrendo no Brasil.

A elite vermelha está rica, pode rodar o mundo se quiser, alardeando o seu sofrimento, protegida por seus advogados milionários. Há de conseguir uma rede internacional de solidariedade, para que todos tenham direito de matar a fome em cozinhas de luxo, e não falte a ninguém uma empreiteira de estimação.

A ONU é a instância perfeita para o apelo de Lula. É uma entidade recheada de burocratas bem pagos para fomentar a indústria do alarme e da vitimização. Mas a ONU não é perfeita como Lula: parte de suas ações tem efetividade, manchando o ideal do proselitismo 100% parasitário. Deve ter sido um frisson em Genebra a chegada do ídolo brasileiro — que passou 13 anos liderando um governo oprimido, sugando um país inteiro sem perder a ternura, e permanecendo livre, leve e solto, voando por aí. Um mago.

É justamente para continuar livre e solto que Lula foi à ONU. Ele sabe que será condenado por Sérgio Moro. Acaba de virar réu por obstrução de Justiça, no caso Delcídio-Cerveró. Nessas horas é melhor mesmo recorrer aos gigolôs da bondade internacional. É uma turma capaz de ignorar numa boa as obras completas do mensalão e do petrolão, e tratar Lula como um pobre coitado, perseguido por um juiz fascista. A lenda do filho do Brasil cola muito mais fácil do que a do filho adotivo da Odebrecht.
Os plantonistas da solidariedade cenográfica já bateram um bolão na resistência ao golpe contra Dilma. Claro que toda a picaretagem revelada por João Santana não comove essa gente. Nem as confissões da Andrade Gutierrez sobre a rota da propina montada com um assessor direto da companheira afastada, injustiçada e perseguida. Muito menos o buraco em que esses heróis progressistas jogaram o Brasil, escondendo déficits graças à arte da prostituição contábil. Nada disso é crime para os simpáticos jardineiros da fraude.

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro representam um momento histórico. Marcarão a demissão definitiva da mulher sapiens, e a devolução ao povo da frota federal que serve sua filha. Ainda tem gente escolarizada defendendo esse escárnio — contando ninguém acredita —, mas são cada vez menos. Até a vocação para o vexame tem seus limites. A Olimpíada do Rio encerra também a maratona de Lula correndo da polícia. Daí em diante, a prova é de 100 metros rasos. Se a democracia ultrapassar a demagogia, o ex-presidente vai ter que pagar pela ação entre amigos que depenou o Brasil.

A opinião pública segue, como sempre, em sua viagem na maionese. Segundo dois grandes institutos de pesquisa, a maioria quer eleições presidenciais antecipadas.

Ou a maioria não conhece a lei, ou não está interessada em cumpri-la. É a renovação da esperança para a escola de malandragem que o país, a tanto custo, está enxotando do poder. Os heróis providenciais estão todos aí, excitadíssimos, para herdar o rebanho petista. São os que, de forma mais ou menos envergonhada, combateram o impeachment da mulher honrada — aí incluídos os puritanos da Rede, PSOL e demais genéricos do PT. Prestem atenção: estarão todos nas eleições municipais atacando o governo de homens velhos, brancos, bobos e feios de Michel Temer.

Esse governo careta, recatado e do lar, que não tem mulher sapiens para divertir a plateia, está arrumando a casa. Não porque Temer seja um iluminado. Ele só percebeu — como Itamar duas décadas antes — que sua única chance era botar os melhores para tomar conta do dinheiro. E botou. Saiu a delinquência fisiológica, entrou a eficiência. É assustador para os parasitas das lendas humanitárias ver a máquina nas mãos de profissionais.

O vento já virou, o Brasil vai melhorar, e isso é terrível. Como na época do Plano Real, os solidários de butique correm o risco de voltar a pregar no deserto, enquanto a vida da população desgraçadamente progride. Quem vai comprar ideologia vagabunda num cenário desses?

Só pedindo socorro à ONU. Mas se apressem, porque depois da Rio 2016 será a hora do xadrez.

Guilherme Fiuza é jornalista

Lava Jato se aproxima do BNDES e faz 'levantamento tenebroso' em sua investigação ...

sábado, julho 30, 2016


O ESQUEMA LULA NO BNDES: O PRÓXIMO PASSO DA OPERAÇÃO LAVA JATO. É COISA MUITO GRANDE.

Pelo que se constata nas reportagens da revista IstoÉ que vai às bancas neste sábado a Operação Lava Jato irá mais longe do que se pensa. O que se percebe por aquilo que tem chegado ao conhecimento público é que há material da Lava Jato para ser desovado que forma um petardo devastador capaz de fazer virar pó a miríade de partidos de vertente comunista como PT, PSOL, PCdoB, PSTU e assemelhados. O mais importante de tudo isso é o efeito pedagógico-político, ou seja, a revelação nua e crua a deletéria ação dos comunistas que na verdade constitui a principal tranqueira que impede o Brasil de se tornar uma Nação de verdade. 

A edição desta semana de IstoÉ, além da eviscerar o desgoverno da Dilma, conforme postagem aqui no blog, faz um levantamento tenebroso sobre o assalto de bilhões de dólares cometido pelo PT no BNDES. Foi tudo meticulosamente planejado para transformar o Brasil numa grande Cuba onde uma corriola comandada por Lula se perpetuaria no poder em conluio com mega empresários e banqueiros. Não é novidade o fato de que grandes grupos econômicos sempre se perfilaram ao lado de comunistas, nazistas e fascistas, ou seja, sistemas totalitários que são verso e anverso da mesma medalha. 

Por enquanto a grande mídia nacional e internacional continua sendo controlada pelos comunistas. E essa é a razão pela qual o episódio da corrupção e roubalheira dos cofres públicos no Brasil é desligado do seu aspecto ideológico. Entender esta questão é o pulo do gato. É o que tenho me dedicado a fazer em quase uma década de jornalismo na internet por meio deste blog e pelas redes sociais como Facebook e Twitter. Aliás, se não fosse a internet e, mais recentemente as redes sociais, todas essas verdades continuariam escamoteadas alimentando a ignorância geral e irrestrita do povo brasileiro.

A bem a verdade, um único jornalista brasileiro há pelo menos duas décadas é o dono absoluto do maior furo de reportagem da história do jornalismo brasileiro. Chama-se Olavo de Carvalho que trabalhou nos mais importantes veículos de mídia brasileiro. Foi ele quem denunciou o Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990 e que está de pé até hoje. Por ter dito a verdade do que estava por vir com a ascensão do PT ao poder, Olavo de Carvalho foi escorraçado pelos comunistas que continuam até hoje a dominar todas as redações da grande mídia. Olavo de Carvalho vive há mais de uma década nos Estados Unidos e continua trabalhando, escrevendo e denunciando. É um dos escritores mais prolíficos do Brasil. No entanto a canalhada da grande mídia continua desprezando-o. Não há um só veículo da grande mídia brasileira que tenha a honradez de reconhecer o trabalho de Olavo de Carvalho ou de contratá-lo. Agem como se ele nunca tivesse existido.

Feito esse interregno necessário, retomo o mote desta postagem que se refere à matéria de IstoÉ com relação ao BNDES. Transcrevo a parte inicial do texto com link para leitura completa. Leiam:


A BOMBA DEVASTADORA
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará no centro das investigações da operação Lava Jato. É que, nas próximas semanas, uma equipe da força-tarefa passará a dar prioridade às apurações que envolvem financiamentos feitos pelo BNDES às empreiteiras envolvidas com o Petrolão. Preliminarmente serão analisados os casos que envolvem obras realizadas no exterior e que até agora têm seus contratos tratados como segredo de Estado. Depoimentos já prestados por executivos de diversas construtoras revelam que parte dos financiamentos concedidos pelo banco foi obtida mediante pagamento de propinas que seriam, na verdade, uma espécie de contrapartida ao tráfico de influência praticado pelo ex-presidente no exterior.
Na semana passada, membros da força-tarefa ouvidos por ISTOÉ afirmaram já dispor de indícios suficientes para acreditarem que no BNDES havia um esquema a serviço de Lula e que, além de ajudar a bancar campanhas petistas, o dinheiro desviado teria sido utilizado para financiar o instituto comandado pelo ex-presidente, por meio de palestras. Antes de colherem novos depoimentos de empresários e executivos já comprometidos com delações premiadas, a Lava Jato pretende recorrer ao Judiciário para ter acesso aos contratos e transações realizadas entre o BNDES e as empreiteiras. O Ministério Público já dispõe de uma série de depoimentos e documentos a respeito do faturamento do Instituto Lula e da LILS Palestras e Eventos. Entre as empresas que negociaram com o petista e têm suas relações com o BNDES no alvo das investigações estão a Odebrecht, a Camargo Corrêa, a Andrade Gutierrez, a Queiroz Galvão e a OAS. Somadas, elas repassaram quase R$ 30 milhões às duas entidades ligadas a Lula, entre 2011 e 2014.
O "ESQUEMA LULA"
Em Curitiba, onde se concentra o comando da Lava Jato, a frente de investigação que coloca o ex-presidente no alvo da força-tarefa ganhou corpo após executivos de pelo menos três empresas terem denunciado o aparelhamento do banco para arrecadar recursos de campanha do PT. A mais recente acusação partiu do dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, que no mês passado prestou novas declarações em delação premiada. Ele disse que participou de uma reunião com Luciano Coutinho, ex-presidente do banco, às vésperas da eleição de 2014. No encontro, ocorrido no escritório do BNDES, os executivos discutiram o projeto de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Líder do consórcio, a UTC recebeu um empréstimo de R$ 1,5 bilhão, aprovado em dezembro de 2013. Ao final da reunião, Coutinho teria orientado a empresa a procurar o tesoureiro da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, Edinho Silva (PT-SP), para acertar o repasse de doações da UTC à candidata petista. A suspeita dos investigadores é de que Coutinho condicionava financiamentos do BNDES ao compromisso de doações eleitorais por parte dos empresários no caso de obras realizadas no Brasil. Mas, nas obras feitas no exterior, a propina seria transferida naquilo que os agentes da Lava Jato classificam de o “Esquema de Lula”. “Há evidente relação entre as empresas favorecidas pelo BNDES e os repasses de recursos ao Instituto Lula”, disse um dos procuradores da Lava Jato, na quarta-feira 27. “Vamos agora também apurar o superfaturamento em obras no exterior e esses pagamentos de palestras. Clique AQUI para ler a reportagem completa

Revista IstoÈ revela a estrutura criminosa do governo Dilma...

sexta-feira, julho 29, 2016

REPORTAGEM-BOMBA DE 'ISTOÉ' REVELA A ESTRUTURA CRIMINOSA DO GOVERNO DILMA

Na reta final do processo de impeachment de Dilma Rousseff, surgem novas revelações sobre a diabólica máquina de corrupção e roubalheira em que o Estado brasileiro foi transformado pelos governos do PT. Os fatos esfarelam quaisquer tentativas da ‘ex-presidenta’ escapar das malhas da lei, até mesmo depois de ser afastada definitivamente pelo impeachment, segundo se constata nesta reportagem da revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado. 
Transcrevo a parte inicial com link ao final para leitura completa e que inclui também diversos infográficos. Leiam:
Há exatamente um ano, em despacho redigido em um dos processos que tem como réu o ex-ministro José Dirceu, o juiz Sérgio Moro escreveu que o País passou a vivenciar um quadro de corrupção sistêmica sob o comando do PT. Na ocasião, muitos analistas políticos e observadores das entranhas do Judiciário trataram o alerta do magistrado responsável pela Lava Jato como alarmista. Hoje, não há quem discorde de Moro. Depois de dois anos de investigações em diversas operações da Polícia Federal e de mais de 70 delações premiadas, fica evidente que as gestões petistas transformaram o governo federal em uma verdadeira e organizada estrutura de corrupção. Praticamente todos os ministros de Dilma Rousseff estão envolvidos em desvios de dinheiro público. Desde aqueles que ocuparam gabinetes no Palácio do Planalto até os mais distantes. “A corrupção que o PT promoveu foi uma corrupção institucional, não foi dispersa nem com indivíduos participando isoladamente”, afirma o professor Álvaro Guedes, especialista em administração pública da Unesp. “Pessoas foram escolhidas a dedo para estar em posições estratégicas e promover o desvio de dinheiro”, conclui o professor.
UM ESTADO DOMINADO
Um dos expoentes desses “escolhidos a dedo” é Paulo Bernardo, ex-ministro das gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Na semana passada, ele foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Custo Brasil. A PF diz ter provas suficientes para assegurar que Bernardo, enquanto esteve no governo, participou de organização criminosa e praticou crime de corrupção passiva. No mês passado, ele foi preso após a polícia constatar que havia recebido R$ 7,1 milhões desviados de uma fraude no crédito consignado que cobrava uma taxa superfaturada dos servidores federais que se encontravam endividados. Paulo Bernardo é casado com Gleisi Hoffmann, uma das líderes da tropa de choque de Dilma no Senado, ex-ministra da Casa Civil e também acusada de receber propinas do Petrolão. Gleisi só não foi presa junto com o marido graças ao foro privilegiado. O casal sempre teve livre trânsito no gabinete e na residência oficial da presidente afastada.

No mesmo esquema que lesou milhares de funcionários públicos, está o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, aquele que costumava levar Dilma para passeios de moto aos domingos. Ainda na semana passada, Edinho Silva, outro ex-ministro íntimo da presidente afastada, viu-se diante de novas provas que o envolvem em corrupção e achaque contra empresários que tinham contratos com o governo. Ele, que já era investigado por intermediar, a pedido de Dilma, R$ 12 milhões da Odebrecht para o caixa dois da campanha da petista em 2014, desta vez foi alvejado por investigação promovida pelo TSE. Peritos descobriram que uma empresa pertencente a um ex-assessor de Edinho recebeu R$ 4,8 milhões da campanha de Dilma para serviços que não consegue comprovar (leia reportagem na pág. 38). Em um de seus despachos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que prometer facilidades na liberação de obras às grandes empreiteiras em troca de recursos para o PT era uma medida habitual de Edinho, que antes de ocupar o ministério foi tesoureiro da campanha da reeleição. Clique AQUI para ler a reportagem completa

O Crime Privado contra o Castigo Estatal ... De quem será a vitória ?

30/07/2016 13h12 - Atualizado em 30/07/2016 13h26

Governo confirma 32 ataques em 10 cidades do Rio Grande do Norte

Ônibus foram incendiados e postos policiais alvos de tiros.
Ataques começaram na tarde de sexta-feira (29).

Do G1 RN

Na Zona Leste de Natal, ônibus foi incendiado no cruzamento da Av. Nacimento de Castro com a Rua dos Tororós (Foto: PM/Divulgação)Na Zona Leste de Natal, ônibus foi incendiado no cruzamento da Av. Nacimento de Castro com a Rua dos Tororós (Foto: PM/Divulgação)
O Governo do Estado confirmou que foram registrados 32 ataques em dez cidades do Rio Grande do Norte desde a tarde desta sexta-feira (29). Ônibus foram incendiados e postos policiais alvos de tiros. A instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal, é apontada pelo governo como motivo dos atentados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), 25 suspeitos de envolvimento nos ataques foram presos até às 13h deste sábado (30).
De acordo com o governo, os ataques aconteceram em Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, Macaíba, Mossoró, Caicó, Currais Novos, Florânia, Santa Cruz e Jardim de Piranhas. A Secretaria de Segurança Pública preferiu não detalhar os locais e número de veículos queimados e depredados, mas, de acordo com um levantamento do G1, pelo menos 20 veículos foram alvos de bandidos.
Após os primeiros ataques, os ônibus foram recolhidos das ruas por volta das 18h de sexta. A população teve dificuldades para voltar para casa sem o transporte público. Na manhã deste sábado os ônibus voltaram a circular normalmente.
O ataque mais recente aconteceu na manhã deste sábado (30), em Mãe Luíza, na Zona Leste de Natal. Um homem encapuzado atirou pedras em um ônibus da linha 57 e quebrou o para-brisa e a porta. A PM foi acionada e houve troca de tiros com os bandidos, mas ninguém foi preso nesta ocorrência.
O primeiro ataque a ônibus aconteceu por volta das 14h de sexta (29) na BR-304, em Macaíba. Um micro-ônibus que faz a linha M, entre Natal e Macaíba, foi queimado. Dois criminosos pediram parada, renderam o motorista, ordenaram que os passageiros descessem e tocaram fogo no micro-ônibus. O motorista sofreu queimaduras de 3º grau.
Também foram confirmados ataques à delegacia de Parnamirim, a um posto policial desativado em São Gonçalo do Amarante e a uma base da PM em Natal. O prédio do TRE de Parnamirim também foi alvo dos bandidos. Homens armados dispararam vários tiros contra o prédio na madrugada deste sábado.
Bloqueadores de celular foram instalados nesta quinta-feira (28) na Penitenciária Estadual de Parnamirim; fotos foram feitas pelos próprios presos, que espalharam as imagens pelas redes sociais (Foto: Reprodução)Bloqueadores de celular foram instalados nesta
quinta-feira (28) na Penitenciária Estadual de
Parnamirim; fotos foram feitas pelos próprios
presos, que espalharam as imagens pelas
redes sociais (Foto: Reprodução)
Alerta
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) emitiu um alerta nesta quinta-feira (28) logo após a circulação, em redes sociais, de áudios supostamente gravados por criminosos em resposta à instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal.
No documento, assinado pela Coordenadoria de Administração Penitenciária, está escrito: “Cumprimentando-os, inicialmente, sirvo-me do presente para determinar que todas as direções de unidades prisionais e grupos de apoios, tenham maior atenção às suas unidades e que compareçam às mesmas devido a possíveis motins ou rebeliões que possam acontecer neste final de semana em todo Estado. Diante o exposto, determinamos, também, que as equipes de Agentes Penitenciários deverão ficar de sobreaviso para possível acionamento” (SIC).
Já na manhã de sexta, ainda antes de ocorrerem os ataques, as secretarias de Justiça e Cidadania (Sejuc) e de Segurança e Defesa Social (Sesed)  emitiram uma nota na qual afirmavam que todas as medidas para garantir a segurança da população seriam adotadas e que "o Estado não se intimidará com as ameaças".
Coape chama a atenção de diretores de unidades prisionais quanto à possibilidade de motins e rebeliões neste final de semana no Rio Grande do Norte (Foto: Reprodução)Coape chama a atenção de diretores de unidades prisionais quanto à possibilidade de motins e rebeliões neste final de semana no Rio Grande do Norte (Foto: Reprodução
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