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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Merda no ventilador.... / Veja

O GOLPE CONTRA O DELATOR


Há alguém na PGR trabalhando clandestinamente para melar a delação premiada de Léo Pinheiro.
A Veja obteve mais sete anexos do acordo assinado com a empreiteira e jogados no lixo por Rodrigo Janot.
Ao contrário do que ocorreu na semana passada, com o anexo sobre Dias Toffoli, O Antagonista sabe que as denúncias apresentadas na capa da revista são todas verdadeiras.

Notícias horrorosas de Brasília >"Transformar a capelinha de Nossa Senhora da Conceição em escritório para seus aspones foi o cúmulo da desconsideração pelos brasileiros. E foi o que Dilma, a Afastada, fez"

Agora que falta pouco

Você já foi a Brasília? Se foi, naturalmente, não perdeu a oportunidade de visitar os belos edifícios que fazem da cidade uma Capital da Arquitetura. Da emocionante Catedral que nos remete à imagem de mãos postadas em oração, aos palácios do Itamaraty, do Planalto, da Alvorada e tantos outros.
A capelinha nos jardins do Alvorada (Foto: Arquivo Google)
Brasília é obra de dois gigantes da Arquitetura: Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Eis as palavras que Lúcio Costa usou para apresentar seu Plano Piloto que tiraria do barro a nova Capital Federal: “Nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz”.
Oscar Niemeyer, além de desenhar a Catedral, desenhou duas das mais belas obras que podemos visitar em Brasília: a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, duas capelinhas que representam muito bem o gênio do imenso arquiteto.
A dedicada a Nossa Senhora de Fátima é inspirada no chapéu engomado de algumas congregações de freiras. A de Nossa Senhora da Conceição, nos jardins do Alvorada, que compete em beleza e engenhosidade com as célebres colunas daquele palácio, é um exemplo extraordinário do domínio que Niemeyer tinha do concreto armado: parece um objeto feito em cartolina por uma criança talentosa. Ambas tombadas pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O arquiteto não contava, é claro, com a presença em palácio de uma presidente que despreza quem pensa diferente dela e que não respeita quem tem Fé. E que também demonstrou que desconsidera a cultura brasileira, assim como a lei que tomba nossas obras mais valiosas.
Não se trata aqui de chamar a atenção para o fato de Dilma não aparentar ser religiosa. Isso é da alçada íntima de cada um. O que choca é o desacato à nossa História e à nossa Cultura.

O leitor há de pensar: que importância tem isso diante do total desrespeito que o governo de Dilma Rousseff demonstrou pelo Brasil, ao passar por cima de nossas leis a ponto de deixar o Brasil na terrível situação em que nos encontramos? De uma presidente que desconsidera os representantes do povo no Congresso Nacional ao esbravejar por aí que está sofrendo um golpe? (Ela insiste em que é vítima de um golpe e que vai ao Senado não para se defender, mas para defender a democracia. Dilma, desculpa lá: mas golpe dentro do Senado e sob a presidência do Supremo Tribunal Federal, e televisionado, é um engodo difícil de engolir...).
Tem importância, sim, leitor do Blog do Noblat. Transformar a capelinha de Nossa Senhora da Conceição em escritório para seus aspones foi o cúmulo da desconsideração pelos brasileiros. E foi o que Dilma, a Afastada, fez. (Cláudio Humberto, Diário do Poder, 19/8/2016).
Agora que falta pouco para sua saída definitiva e antes que seja tarde, peço ao IPHAN que examine a capelinha e a devolva à sua qualidade precípua.
Que julgue se houve algum dano à belíssima decoração de seu interior e de seu portal, trabalho magnífico do maior artista plástico de Brasília, Athos Bulcão.
Que examine com lupa o estado da pintura original que reveste o interior do teto, composta por quatro figuras - a cruz, o peixe, o sol e a lua. Assim como aos lambris em jacarandá revestidos em ouro que forram as paredes internas.
Que veja o que foi feito da mesa de seu altar-mor e dos genuflexórios. Imagino que tenham sido retirados do interior da capelinha, já que não posso acreditar que os aspones usassem essas peças para apoiar seus smartphones e tablets. Onde estarão?
E que, ao fim desse exame, o IPHAN puna os responsáveis se porventura encontrar algum dano.
Quem sabe, assim, quando setembro vier, com a capelinha de novo um templo dedicado à Nossa Senhora da Conceição, a Iemanjá de muitos brasileiros, não poderemos recomeçar a reerguer o Brasil?
A capelinha nos jardins do Alvorada (Foto: Arquivo Google)

" Daqui para a frente, serei muito rígido"... Não foi ! / Míriam Leitão

O juiz e o informante - 

MÍRIAM LEITÃO 

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O GLOBO - 26/08

Faltavam três minutos para as 18 horas quando o ministro Ricardo Lewandowski disse que, conforme o que fora acertado entre ele e os senadores, a sessão seria suspensa. Foi a única parte do combinado a ser respeitada: a hora do breve descanso. Os senadores que defendem a presidente Dilma Rousseff ignoravam desde a manhã tudo o que fora acertado previamente.

O ministro foi engolido pelas manobras rasas e previsíveis da bancada da defesa da presidente. Não era para falar do mérito nas questões de ordem, e eles assim o fizeram. Não deveriam usar a palavra para procrastinar, e foi isso o que conseguiram. Não deveriam reapresentar as perguntas com outras palavras, e eles se repetiram durante todo o dia. Deveriam fazer perguntas e não discursos. Nada foi respeitado. O ministro, às 16h34m, decorridas seis horas da sessão, chegou a avisar aos petistas:

— Daqui para a frente, serei muito rígido.

Não foi. Continuou sem pulso. O ato mais discutível da atuação de Lewandowski foi impugnar o procurador Júlio Marcelo de Oliveira como testemunha pelo compartilhamento de uma postagem no Facebook.

O procurador Júlio Marcelo de Oliveira tem um lado. Claro. O da defesa da lei fiscal. É mais ou menos como desqualificar todos os integrantes do Ministério Público da Força Tarefa da Lava-Jato por terem se pronunciado contra os crimes que investigam. Seria estranho se o procurador não tivesse uma opinião sobre as operações feitas pelo governo da presidente Dilma nos bancos públicos, já que ele tem que defender um ponto de vista junto ao Tribunal de Contas. Estudou o assunto, entendeu que houve operação de crédito ilegal usando bancos públicos, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e isso ele tem dito desde o começo desse processo. Lewandowski achou que ele não é “isento”. Nenhuma das testemunhas o é, e o ministro sabe disso. O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa será ouvido como testemunha, arrolada pela defesa, não por ser isento em relação à política econômica que ele elaborou e executou.

Depois da decisão de Lewandowski, Júlio Marcelo passou a ser ouvido como informante, mas em alguns momentos parecia ser o réu, tantas as acusações que ouviu. Para se defender, teve até que revelar que em 2010 votou em Dilma. Não era ele que estava em questão, mas sim as decisões de uma política econômica desastrosa que desrespeitou frontalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os senadores da defesa da presidente repetiram o dia inteiro que o Ministério Público disse que não houve operação de crédito. Na verdade, quem se pronunciou sobre isso foi o procurador Ivan Cláudio Marques. Mas, estranhamente, ele não está na lista das testemunhas. Já que sua decisão é tão cara à defesa, deveria estar. Talvez a ausência se explique porque no mesmo ato em que disse que não se configura operação de crédito o procurador afirmou que há crime de improbidade administrativa. Também não foi arrolado ninguém da perícia do Senado que concluiu que não houve ato da presidente, talvez porque os peritos disseram que, sim, é uma operação de crédito.

O informante, como era chamado o tempo todo, informou aos senadores da defesa da presidente afastada fatos elementares da vida de um parlamento. Explicou que nenhum governante pode editar decretos sem autorização do Congresso porque essa é uma prerrogativa do legislativo. Que mesmo “despesas meritórias” para serem feitas precisam estar no Orçamento. São quitadas com recursos do governo federal e não de seus bancos. Que os bancos estaduais — exceto um do Rio Grande do Sul e outro do Distrito Federal — foram privatizados, por isso os governadores que, segundo o senador Paulo Paim, teriam cometido pedaladas não o fizeram. Pedalada fiscal é atrasar pagamentos a bancos públicos que o governo controla e não contabilizar essa dívida. Os governos estaduais não controlam mais os bancos desde o fim dos anos 1990, informou o informante aos desinformados senadores.

Os erros na condução do primeiro dia de julgamento não mudam o resultado, que deve dar 61 ou 62 votos a favor do afastamento definitivo da presidente Dilma. Mas os senadores do PT, do PC do B e da Rede mostraram mais uma vez, em cada intervenção, seu desprezo pelo ordenamento fiscal do país.

As armadilhas do Congresso ... ou a culpa é sua !

A crise, segunda temporada

Crise (Foto: Arquivo Google)
Consumado o afastamento de Dilma Roussef, a crise, como é óbvio, não termina: entra em nova fase. Segunda temporada.
O fator desestabilizador, a Lava Jato, prossegue. Até aqui, nenhum líder de expressão, da situação ou da oposição, deixou de ter alguma menção desabonadora nas delações premiadas, incluindo o próprio presidente Michel Temer.
É claro que há gradações nas denúncias; nem todos cometeram os mesmos delitos – e alguns foram apenas citados, restando comprovar o que foi dito. Outros já receberam até sentença e já a cumprem na penitenciária de Curitiba.
Mas é claro que a simples menção já é fator de desgaste, com consequências políticas que afetam o conjunto das instituições, incluindo o Judiciário, que começa a constar das delações da Lava Jato – vide as menções que Leo Pinheiro, da OAS, faz em relação ao ministro Dias Toffoli, do STF, e Benedito Gonçalves, do STJ.
As delações mais substanciais – a dos executivos da Odebrecht, e do presidente da OAS, Leo Pinheiro, além de João Santana e sua mulher – ainda estão em curso. E prometem implodir a República. De quebra, o afastamento definitivo de Dilma deve apressar o enquadramento de Lula e de outras figuras de proa de sua corte.
Temer, uma vez efetivado, ganha musculatura, mas nada garante que suficiente para o que tem pela frente. O legado petista exige providências impopulares, com cortes drásticos no orçamento, inclusive nos programas sociais, aumento de tributos e contenção de gastos. E há as reformas: previdenciária, tributária, trabalhista.
O poder de desestabilização das corporações é conhecido e já põe a boca no trombone, avisando que combaterá cada uma dessas reformas, que todos admitem indispensáveis, desde que não afete o seu bolso. O Brasil corporativo, dos sindicatos, centrais sindicais, ONGs e “movimentos sociais”, é mais poderoso que o Brasil real, dos 12 milhões de desempregados, que não dispõem de organicidade para fazer valer suas urgências.

Temer terá de enfrentar esse quadro, sem contar com suporte popular – era quase desconhecido até ser guindado à Presidência pelo impeachment. Sua base parlamentar é instável e em grande parte sob pressão da Lava Jato. É uma maioria a ser construída a cada votação, a um preço em regra adverso ao interesse público.
Não é casual que o governo cogite de recriar ministérios que ele mesmo extinguiu, como é o caso do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que se antepõe ao Ministério da Agricultura, abrigando organizações hostis ao agronegócio – isto é, ao desenvolvimento agrário. Mais ministérios, mais cargos, mais despesas, mais impostos. Tudo isso em troca de votos no Congresso.
A única chance de Temer, diante de tal quadro, é abdicar de fato de qualquer projeto eleitoral. Já disse que não será candidato à reeleição, mas em política declarações, dissociadas de atos, têm valor próximo (ou mesmo abaixo) de zero. No caso de Temer, será preciso que arroste vaias e impopularidade – e mostre coragem.
E não bastará. Se ele, de fato, não tem aspirações futuras, o mesmo não se pode dizer de seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, visto no meio político como pretendente ao trono.
Segundo esses comentários, que partem de amigos seus, Meirelles sonha reeditar FHC, que, ao consertar a economia, via Plano Real, como ministro da Fazenda de Itamar Franco – que também chegou ao cargo via impeachment do titular -, elegeu-se por duas vezes, e no primeiro turno, presidente da República.
No caso de FHC, porém, o projeto político instalou-se após o êxito do projeto econômico, não antes. Se a política guiar os passos de Meirelles, as chances de êxito se tornam ainda mais remotas.
A saída de Dilma coloca o PT e suas franjas partidárias – os tais movimentos sociais – na função que melhor exercem: a de oposicionistas e predadores. Pela via da propaganda, tentarão atribuir ao governo a autoria do legado que eles mesmos produziram, e dessa maneira capitalizar as insatisfações.
O ambiente pré-eleitoral, que já preside as ações do Congresso, dificulta – ou mesmo inviabiliza - a aprovação das reformas.
Diz-se que o que diferencia o estadista do político é que, enquanto aquele pensa nas próximas gerações, este pensa nas próximas eleições. Não há estadistas no Congresso, que hoje divide suas preocupações entre as urnas e o banco dos réus. Não é ambiente propício à envergadura das necessidades do país.

O que o Rio ganhou com os Jogos Olímpicos 2016

https://www.rio2016.com/noticias/15-presentes-que-os-jogos-olimpicos-deixaram-para-o-rio



15 presentes que os Jogos Olímpicos deixaram para o Rio

POR SAULO PEREIRA GUIMARÃES
Legado inclui de capacitação profissional à restauração de vegetação nativa
15 presentes que os Jogos Olímpicos deixaram para o Rio
Trecho da Transolímpica próximo à Barra da TIjuca (Beth Santos/Prefeitura do Rio)

O que a inauguração da Transolímpica, a reforma do Sambódromo e aulas de inglês para 20 mil taxistas têm em comum?
Todas essas ações fazem parte do legado deixado pelos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro. Além delas, o maior evento esportivo do planeta gerou várias outras iniciativas na cidade. São presentes que os cariocas poderão desfrutar nos próximos anos. Veja a seguir uma breve lista com alguns deles.

Transolímpica

Orçado em R$ 2,2 bilhões, o corredor de 26 quilômetros ligando os bairros Recreio e Deodoro é um dos grandes legados dos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro. Antes do novo caminho, o tempo para cumprir o percurso era 60% maior. Além disso, vale destacar que a Transolímpica conta com o BRT e 18 estações. A via estará à disposição dos cariocas a partir da próxima terça (23).

Boulevard Olímpico

Se os Jogos Olímpicos tiveram um ponto de encontro quase "oficial", esse local foi o Boulevard Olímpico. Antes escondida sob o Elevado da Perimetral, a área se tornou um cartão-postal de 215 mil metros quadrados e com 3,5 quilômetros de extensão. Entre o armazém 8 do Cais do Porto e a Praça XV, mais de 200 artistas se apresentaram em agosto. Após os Jogos Paralímpicos, o espaço à beira da Baía de Guanabara tem tudo para continuar no roteiro turístico da cidade.
 Praça Mauá na final do futebol Olímpico, entre Brasil e Alemanha (Saulo Pereira Guimarães/Rio 2016)

Capacitação profissional

Falar inglês é uma ajuda e tanto para quem precisa lidar com frequência com pessoas do mundo todo. E como isso é uma rotina no Rio de Janeiro, o curso de inglês oferecido pelo Rio 2016 a taxistas e integrantes da força de trabalho é um legado importante dos Jogos. Cerca de 20 mil motoristas e 300 mil voluntários tiveram acessos a aulas gratuitas do idioma, fornecidas via internet pela empresa EF Education First.

Aumento do número de hotéis

Do dia em que foi escolhido como cidade-sede em 2009 até o encerramento dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro ganhou cerca de 30 mil novos quartos de hotel. Eles receberão turistas que, encantados com o que viram durante as competições, com certeza virão conhecer melhor as atrações da cidade. Só em agosto, o Rio recebeu mais de meio milhão de visitantes.

Educação

A Arena do Futuro foi palco do handebol durante os Jogos Olímpicos. Com suas cadeiras coloridas, a estrutura que vibrou com as disputas é desmontável e já tem destino certo. Com o fim das competições, ela dará origem a quatro escolas da rede pública municipal carioca. Futuro parecido terá a Arena Carioca 3, que se transformará no Ginásio Experimental Olímpico, colégio público voltado para esporte com capacidade para atender 850 alunos. 
 Arena do Futuro, no Parque Olímpico (Alex Ferro/Rio 2016)

Saúde

Ao longo de agosto, a Policlínica da Vila Olímpica atendeu atletas de várias partes do mundo. Com o fim dos Jogos Olímpicos, os equipamentos de ponta disponíveis do local passam a estar ao alcance dos brasileiros, em hospitais da rede pública. O legado inclui máquinas de ressonância magnética e radiografia fabricadas nos Estados Unidos e na Alemanha, entre outros itens.

Maracanãzinho

O ginásio que foi palco de grandes vitórias do esporte brasileiro passou por uma repaginada para o Rio 2016. Foram construídas novas quadras de aquecimento e um novo sistema de iluminação foi instalado. Com as melhorias, a arena de 11.800 lugares ganhou um ar mais moderno e está pronta para receber os maiores eventos esportivos do mundo.

Sambódromo

Nota 10 no quesito emoção, a Passarela do Samba passou por reformas nos últimos anos para receber o Rio 2016. Construídas na década de 1980, as arquibancadas tiveram as fundações reformadas. Além disso, novos setores foram criados. Depois de servir às modalidades esportivas, toda essa nova estrutura vai ficar a serviço do carnaval carioca.
 Sambódromo: arena Olímpica e palco do maior espetáculo da Terra (Alex Ferro/Rio 2016)

Linha 4

Era um sonho antigo que virou realidade. Com 16 quilômetros de extensão, a Linha 4 do metrô saiu do papel graças aos Jogos Olímpicos. A inauguração aconteceu em 30 de julho de 2016, quando cinco das seis estações entraram em operação. Quando estiver em pleno funcionamento, o novo serviço deve atender 300 mil pessoas por dia.

Lote Zero

Oito estações compõem o chamado Lote Zero do BRT Transoeste. O trecho, situado entre a estação de metrô do Jardim Oceânico e o Terminal Alvorada, iniciou suas operações no período dos Jogos Olímpicos e estará à disposição dos cariocas a partir da próxima terça (23). É uma ligação viária importante, na qual milhares passageiros devem circular todos os dias.

Mural Etnias

A enorme pintura colorida na Zona Portuária chama a atenção. Nela, rostos de indivíduos de cinco etnias compõem um painel intensamente fotografado durante o Rio 2016. De autoria do artista Eduardo Kobra, o mural Etnias foi inspirado nos aros Olímpicos e está entre os maiores do mundo. É mais um cartão-postal que o Rio ganhou graças aos Jogos Olímpicos.

Sustentabilidade


A preservação do meio ambiente faz parte do legado do Rio 2016. Só no local onde foi construído o Campo Olímpico de Golfe, 44 hectares de vegetação natural foram restaurados. Já na área onde está localizado o Parque Olímpico da Barra da Tijuca, outros 7,3 hectares de mata nativa foram recuperados. Além disso, cerca de 3.500 toneladas de resíduos foram enviadas a cooperativas de reciclagem pelo comitê organizador no período dos Jogos Olímpicos.

Centros de treinamento

Ter bons centro de treinamento é essencial para conquistar medalhas. Após o Rio 2016, a cidade-sede ganhará algumas estruturas desse tipo. A Arena Carioca 1, por exemplo, será transformada em um espaço de treino e irá atender 12 modalidades diferentes, enquanto a Arena Carioca 3 vai virar uma escola municipal voltada para o esporte.

Reforma do Engenhão

Durante o Rio 2016, Usain Bolt e outras estrelas brilharam no Estádio Olímpico. Para isso, uma série de intervenções urbanas foram realizadas na região antes dos Jogos. Mais de 30 ruas passaram por obras, pontos de alagamento foram eliminados e os moradores do bairro ganharam a Praça do Trem, um novo espaço de convivência.

 Estádio do Engenhão, na zona norte do Rio (Alex Ferro/Rio 2016)

Museu Cidade Olímpica

Rua Aquias Cordeiro, 1.048. Esse é o endereço de um dos mais novos museus do Rio, que também faz parte do legado do Rio 2016. Batizado de Cidade Olímpica, o espaço reúne jogos, equipamentos de realidade virtual e muito mais para contar a história do maior evento esportivo do planeta. Aberto em 5 de julho, o local funciona de 9h às 21h de terça a sábado e de 9h30 às 16h30 aos domingos.

Toots Thielemans - Bluesette

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O esquartejamento e pena de morte de um colégio do Rio Grande do Sul / Percival Puggina

UM EPISÓDIO REAL DA LONGA GUERRA PETISTA CONTRA OS COLÉGIOS MILITARES

por Percival Puggina. Artigo publicado em 
Quando Olívio Dutra elegeu-se governador do Rio Grande, sua vitória foi entendida como evento culminante de uma empreitada revolucionária. Olívio e seus companheiros chegaram ao Palácio Piratini, em 1º de janeiro de 1999, mais ou menos como Che Guevara e Camilo Cienfuegos haviam entrado em Havana exatos 40 anos antes - donos do pedaço, para fazer o que bem entendessem e quisessem. Só faltou um velho tanque de guerra para os bigodudos e barbudos do PT se amontoarem em cima.
Foi com esse voluntarismo que o primeiro governador gaúcho petista, posteriormente conhecido como "O Exterminador do Futuro I" (haveria uma segunda versão com outro ator), despachou a montadora da Ford para Camaçari, na Bahia. "Nenhum centavo de dinheiro público para uma empresa que não precisa!", explicava o governador incandescendo sua mistura de vetustos ardores messiânicos e antiamericanismo adolescente. E o PIB gaúcho, por meia dúzia de tostões, perdeu mais de um bilhão de dólares por ano pelo resto de nossas vidas. Foi assim, também, que se instalaram pela primeira vez entre nós a tolerância, as palavras macias, o aconchego e os abraços aos criminosos, seguidos de recriminações e restrições às ações policiais. Foi assim que o MST e as invasões de terras ganharam uma secretaria de Estado. Foi assim, também, que o PT gaúcho inventou uma Constituinte Escolar, instrumento ideológico concebido para, sob rótulo de participação popular, permitir que o partido estabelecesse as diretrizes de uma educação comunista no Rio Grande do Sul.
A essas alturas já era gritante o contraste entre a qualidade da Educação prestada pelo Colégio Tiradentes, sob orientação da Brigada Militar, e o decadente ensino público estadual. A insuportável contradição não comportava explicações palatáveis, mas sua notoriedade exigia completa eliminação. E o governo transferiu o tradicional Colégio para a já então ultra-ideologizada Secretaria de Educação. O Colégio Tiradentes foi condenado à morte, executado e esquartejado. No mesmo intento de combater a quem defende a sociedade e de afrontar a tudo que pudesse parecer militar, Olívio Dutra retirou o comando da Brigada Militar do prédio onde historicamente funcionava e fez a Chefia de Polícia mudar-se do Palácio da Polícia. Sim, sim, parece mentira, mas é verdade pura.
Eleito governador em 2002, Germano Rigotto, tratou de reverter o aviltamento das instituições policiais. Fez com que seus comandos retornassem às sedes tradicionais e decretou a volta do Colégio Tiradentes à Brigada Militar. Ao se pronunciar durante a solenidade de assinatura desse decreto, o governador afirmou algo que não pode sumir nas brumas do esquecimento porque define muito bem a natureza totalitária de seu antecessor: "Não raro, por escassez de recursos ou limitações de qualquer natureza, a comunidade quer algo e o governo não pode atender. O que raramente acontece é o governo fazer algo contra o manifesto desejo da comunidade. Foi o que o aconteceu e é o que sendo retificado neste momento. O Colégio Tiradentes volta para onde deve estar. O Quartel General da Brigada Militar, retornou ao seu QG. A Polícia Civil voltou para o Palácio da Polícia".
Três atos marcantes, revogando providências que o governo petista impôs à sociedade gaúcha, contrariando-a intensamente, apenas para expressar seu antagonismo a tudo que fosse ou seja policial e militar.
Decorridos 13 anos, podemos ler no episódio aqui narrado as preliminares de um antagonismo que não se extinguiu. Persiste ainda hoje, entre as esquerdas, com apoio da burocracia do Ministério da Educação, uma absoluta intolerância em relação à "indisciplina pedagógica" dos colégios militares.
 
___________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.
 

Tsunami - Depois de 3 anos foram descobertas imagens proibidas

Depois de acompanhar as provas olímpicas é hora de de assistir às provas falsas e atuações deprimentes dos 'atletas limpos ' do Congresso brasileiro

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/homem-de-marina-no-senado-defende-dilma-aos-berros-grita-fora-temer-e-manda-os-fatos-as-favas/

Homem de Marina no Senado defende Dilma aos berros, grita “Fora Temer” e manda os fatos às favas

Senador Randolfe Rodrigues, ex-PSOL e atual Rede, quase mata Lindbergh, Gleisi e Vanessa de inveja

Por: Reinaldo Azevedo  
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tentou matar de inveja, no começo da madrugada desta quarta, os petistas Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR) e a comunista Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Nenhum desses três conseguiu rivalizar com o ex-psolista e atual marinista na defesa entusiasmada de Dilma e no furor contra o governo Michel Temer.
Aos berros, Randolfe brandia números para explicar que parte do dinheiro oriundo dos créditos suplementares sem autorização do Congresso tinha sido enviada ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal — para, segundo ele, fortalecer a Lava  Jato.
Vale dizer: Randolfe fingia que se estava ali a discutir a finalidade do dinheiro, não o crime em si — abrir o crédito suplementar ao arrepio do Legislativo…
Não parou por aí. Insistiu na falácia de que Michel Temer também havia pedalado. Referia-se a créditos suplementares assinados pelo então vice-presidente quando no exercício do cargo — durante as viagens de Dilma.
A própria Procuradoria-Geral da República já se manifestou a respeito e deixou claro que, quando o então vice assinou os tais créditos, a meta fiscal não havia ainda sido alterada. Portanto, não houve crime nenhum.
E daí? Randolfe estava lá com um único propósito: gritar “Fora Temer”.
Era a contribuição de Marina Silva à democracia.

Recado para o ministro Tofolli / Ricardo Noblat

http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2016/08/conselho-toffoli.html

Conselho a Toffoli

O fato de ser ministro da mais alta corte de Justiça do país não confere a ninguém a condição de pessoa acima de qualquer suspeita
Ministro Dias Toffoli (Foto: Carlos Humberto / STF )
Por mais que receba manifestações de solidariedade, é incômoda a posição do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, citado em reportagem da VEJA como tendo sido ajudado pela OAS na reforma de sua casa em Brasília.
Caso se interesse em livrar-se da situação, bastaria que Toffoli convocasse uma entrevista coletiva e exibisse os comprovantes de que pagou a reforma do seu próprio bolso. Sem esquecer-se de dar os nomes do engenheiro e da empresa responsáveis pelo serviço.
O fato de ser ministro da mais alta corte de Justiça do país não confere a ninguém a condição de pessoa acima de qualquer suspeita. Diz a Constituição que todos são iguais perante a lei. Na vida real não é assim. Mas deveria.
Ministro Dias Toffoli (Foto: Carlos Humberto / STF )

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Tsunami do Japão

https://youtu.be/WKvjxaO4qOU

Terremoto na Itália / Vídeo do Corriere Della Sera

http://video.corriere.it/336-l-ora-sisma-che-ha-messo-ginocchio-centro-italia/257add0a-6a12-11e6-a553-980eec993d0e



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Agora é hora de deixar o balão olímpico que nos deslocou da realidade e botar os pés no chão do Brasil

quarta-feira, agosto 24, 2016

Bestiário -

Resultado de imagem para imagens de balao de ar quente MONICA DE BOLLE

ESTADÃO - 24/08

Passados os Jogos Olímpicos, voltamos à dura realidade da bestialidade que nos aflige
Característicos da Baixa Idade Média, os bestiários eram textos recheados de belas iluminuras, catálogos detalhados de animais, em sua maioria, imaginários. Bestiário é também o título de uma das melhores coletâneas de contos de Julio Cortázar, o escritor argentino, um de meus favoritos. Como os catálogos da Idade Média, o Bestiário de Cortázar descreve em situações bizarras a condição humana tão próxima das bestas, do estado bruto dos animais.
Passados os Jogos Olímpicos, em que, por duas semanas, ludibriamo-nos com os feitos quase sobre-humanos dos atletas, imagens e histórias que fazem com que acreditemos que somos mais deuses do que bestas, voltamos à dura realidade da bestialidade que nos aflige. Das ignóbeis propostas do candidato republicano à presidência dos EUA ao êxodo de venezuelanos, mais de 300 mil refugiados rumo à Colômbia – sim, há uma crise humanitária em larga escala logo ali, crise ofuscada pelo drama brutal da Síria e do Oriente Médio. Como o Brasil haverá de lidar com a crise da Venezuela? Como enfrentaremos a escalada dos extremismos mundo afora e a bestialidade quase banal do noticiário brasileiro? Nesses primeiros dias pós-olímpicos a ressaca maior não é a ausência de competições e modalidades para acompanhar na TV, mas a constatação de que estamos mais para a estupidez do nadador Ryan Lochte do que para a leveza feroz da ginasta Simone Biles, aquela que voa com o salto que leva seu nome.

Em breve passagem pela cidade pós-olímpica, abro os jornais e leio sobre as afrontas adicionais ao ajuste fiscal pretendido – o possível reajuste dos salários dos ministros do STF. Leio sobre estudo que traça simulações a partir da PEC dos gastos, a proposta de emenda constitucional para limitar as despesas do governo, cuja conclusão é de que há diversos problemas na formulação da proposta.

Salta aos olhos a conclusão da análise preparada pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados: “O limite (dos gastos) previsto na PEC pode não ser suficiente para atender os aumentos (do funcionalismo público) já concedidos”.
Espanta-me que o governo fale com tanta desenvoltura sobre a reforma da Previdência quando a população que por ela será diretamente afetada sequer compreendeu por que urge aprovar essa reforma, e como ela haverá de impactar o futuro de milhões de brasileiros.

Fico igualmente surpresa com a tranquilidade com que se trata o impeachment iminente da presidente afastada. Não que eu guarde qualquer boa lembrança de seu desastroso governo – artigos escritos para este jornal ao longo da era Dilma Rousseff atestam minha aversão pelas políticas econômicas por ela postas em prática.
Contudo, impeachment não é coisa corriqueira, da vida, de todos os dias. É ferida que conosco permanecerá depois de Temer receber a faixa presidencial. Michel Temer, aquele que em breve assumirá a liderança definitiva do País. Que rumos dará ao Brasil? Terá pulso para enfrentar a bestialidade de nossa política, pergunta que já fiz em artigos anteriores? Conseguirá encontrar solução para a destruição das finanças estaduais e municipais que ameaça qualquer tentativa de ajuste fiscal e de reconstrução institucional?

No Bestiário de Cortázar há um conto curioso. Um homem escreve cartas para uma amiga que viajou para Paris. Ele está hospedado em seu imaculado apartamento, meticulosamente arrumado, tudo disposto milimetricamente em seu lugar. O problema é que o homem padece de patologia bestial: ele vomita coelhinhos. Os pequenos roedores destroem, pouco a pouco, tudo o que está no apartamento – os móveis, as roupas nos armários, os objetos de estimação da dona ausente.
Temer é homem que tomará conta do País que, ao contrário do apartamento da viajante do conto de Cortázar, nada tem de meticulosamente arrumado. Será ele capaz de feito olímpico, digno de deuses, para colocá-lo no lugar? Ou será ele como seus antecessores, mais um vomitador de coelhinhos? A trégua que lhe foi concedida acaba de se encerrar. Resta-lhe pouco tempo para mostrar a que veio.

*Economista, é pesquisadora do Peterson Institute For Internacional Economics e professora da Sais/Johns Hopkins University

"De lorota em lorota, Dilma tenta adiar o ostracismo o quanto pode à custa da Nação" / José Nêumanne

quarta-feira, agosto 24, 2016

O lorotário da ‘presidenta’ - 

JOSÉ NÊUMANNE

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De lorota em lorota, Dilma tenta adiar o ostracismo o quanto pode à custa da Nação



O comparecimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, ao julgamento de seu impeachment foi agendado e ela tratou na semana passada com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), do rito a ser adotado na sessão. Foi-lhe atribuída a intenção de reverter a crônica da condenação anunciada com um discurso capaz de constranger oito dentre os julgadores, que foram seus ministros, a votar por sua volta, depois de terem aprovado a pronúncia dela na votação anterior. Eles figuraram entre os 55 favoráveis a seu afastamento, e não entre os 21 que decidiram paralisar o processo, menos da metade dos 43 necessários (metade mais um).

O crítico severo poderá achar destemperado o gesto, o que condiz com seu temperamento tempestuoso. Mas é contrário a todas as leis da probabilidade e da lógica. Pois é Dilma a maior responsável pelo calvário que ela mesma, seu criador, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Partido dos Trabalhadores (PT), de ambos, estão vivendo neste agosto de seu desgosto. Em março de 2014 o Estadão publicou documentos, até então inéditos, revelando que em 2006, quando era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, ela aprovou a compra onerosa de 50% de uma refinaria da belga Astra Oil em Pasadena, no Texas (EUA). Divulgada a notícia, explicou a discutível decisão dizendo que só a apoiou por ter recebido “informações incompletas” de um parecer “técnica e juridicamente falho”. Sua primeira manifestação pública sobre o tema foi chamada, e com toda a razão, de “sincericídio”.
Pois às vésperas de se impor como candidata à reeleição presidencial, contrariando a vontade de Lula, responsável por sua eleição em 2010, Dilma acendeu o estopim de uma bomba que viria a explodir no colo de ambos, ao delatar e encalacrar o ex-diretor internacional da petroleira, Nestor Cerveró. Aí, este, como delator premiado na Operação Lava Jato, virou um algoz de que Lula e ela não se livraram e, ao que tudo indica, nunca se livrarão.

A expulsão de Lula do páreo provocou ressentimento nesse patrono de seus triunfos. Apesar de tudo, Dilma reelegeu-se. Mas isso complicou seu desempenho no cargo em quase todas as decisões importantes que tomou, ou deixou de tomar. Ela obteve 51,64% dos votos e Aécio Neves, do PSDB, 48,36%. A diferença foi de 3,4 milhões. Essa foi a menor margem de sufrágios em segundo turno desde a redemocratização. No entanto, ela reagiu como se tivesse obtido a votação total. Em contraste com a atitude educada do opositor, que a saudou pela vitória, afirmou: “Não acredito que essas eleições tenham dividido o País ao meio.” Assim, inaugurou uma falsa aritmética, na qual o mais sempre vale tudo.
Seu primeiro erro fatal, após empossada pela segunda vez, foi atender a seus espíritos santos de orelha Cid Gomes e Aloizio Mercadante Oliva, entrar na fria de enfrentar Eduardo Cunha e o PMDB do vice eleito com ela, Michel Temer, e apoiar Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara. Perdeu no primeiro turno por larga maioria, na primeira de uma série de derrotas que, mesmo nas vezes em que teve apoio de menos de um terço, ela nunca aceitou.

Tentando corrigir esse erro, ela prometeu os votos do PT no Conselho de Ética da Casa para evitar a punição de Cunha, que, acusado de corrupção ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mostrara força reduzindo a pó projetos do governo com “pautas-bomba”. Só que o PT lhe puxou o tapete, negou apoio ao desafeto e aprofundou o fosso que a separava do parceiro majoritário na base parlamentar. Cunha virou algoz, aceitando o processo de impeachment contra ela da lavra de um fundador do PT, Hélio Bicudo, do ex-ministro da Justiça do tucano Fernando Henrique Miguel Reale Júnior e da professora de Direito da USP Janaína Paschoal.

Nos 272 dias sob julgamento no Congresso – 160 no cargo e 112 dele afastada (se for mesmo impedida em 1.º de setembro) – ela atribuiu o dissabor à “vingança” de Cunha. Este, de fato, o abriu, mas não foi decisivo na maioria contra ela na comissão da Câmara (38 a 27), composta à feição dos interesses de sua defesa por intervenção do STF. Nem em mais quatro sessões: duas na comissão (15 a 5 e 14 a 5) e duas no plenário do Senado (55 a 22 e 59 a 21). E mais: mesmo tendo até agora logrado adiar sua cassação, o ex-presidente da Câmara não provou ter os votos de que precisa para manter o mandato.

Outra conta de seu lorotário é a do presidente em exercício, seu único sócio na chapa vencedora de 2014, com 54,5 milhões de votos. Temer tem o dever funcional, exigido pela Constituição, de assumir seu lugar, não merecendo, assim, as acusações que amiúde ela lhe faz de “traidor e golpista”.

Na dita “mensagem ao Senado Federal e ao povo brasileiro”, divulgada em palácio e na presença decorativa de repórteres, ela repetiu as lorotas de hábito. Pela primeira vez reconheceu ter cometido um “erro”. Este seria a escolha do vice e, em consequência, a aliança com o PMDB. Esqueceu-se de que sem esses aliados não teria sequer disputado o segundo turno em 2010 e 2014. Comprometeu-se ainda a adotar “as medidas necessárias à superação do impasse político que tantos prejuízos já causou ao povo”. Sem contar sequer com um terço do Senado e da Câmara, cujas decisões têm sido referendadas pelo STF, contudo, a única medida que ela poderá tomar será imitar Fernando Collor, atualmente seu prestativo serviçal, e renunciar. Para tanto, contudo, a Nação não aceita pacto de nenhuma espécie, seja a imunidade penal pessoal, seja outro privilégio. Não tem, muito menos, como convocar plebiscito para eleger quem cumpriria o resto do mandato, se a ele renunciar.

Só lhe restará, então, voltar ao merecido ostracismo, do qual não deveria ter sido retirada, e responder pelos vários crimes de que é acusada – e nega.

*Jornalista, poeta e escritor