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domingo, 18 de setembro de 2016

" As relações entre FHC e Lula produziriam excelente conteúdo para um drama recheado de conflitos shakespearianos..." / Percival Puggina

A ESTRANHA RELAÇÃO DE FHC COM LULA

por Percival Puggina. Artigo publicado em 
 “O que ele (Lula) diz não vou contestar. Não cabe a mim ficar fazendo comentário sobre o que ele disse ou deixou de dizer. É o momento de ele estar desabafando. Sempre é de se lamentar que uma pessoa com a trajetória do presidente Lula tenha chegado a esse momento de tanta dificuldade”.
Não serve para coisa alguma essa declaração de FHC, mas preserva os vínculos que, em 1993, de modo unívoco o uniram a Lula. O inverso, porém, jamais ganhou nitidez. O encontro dos dois líderes políticos brasileiros ficou conhecido como Pacto de Princeton e pretendeu traçar o intercâmbio de dois projetos internacionais de esquerda - o Diálogo Interamericano e o Foro de São Paulo.
Acontece que a história, no ano seguinte, acabou colocando FHC no caminho de Lula. E quando, em qualquer confronto político com petistas, se configura essa situação, começa uma guerra sempre assimétrica. No caso das relações entre FHC e Lula, salvo a exceção que apontarei adiante, tal guerra foi claramente unilateral. Lula atacava e FHC sequer se defendia. Lula rosnava e FHC sorria. Petistas fizeram dos tucanos seus adversários preferidos e o inverso nunca foi muito verdadeiro. Se examinarmos bem o ocorrido durante os mandatos de ambos, veremos que FHC, com Lula na oposição, prestava enorme atenção ao que o PT dizia. Quando a situação se inverteu, viu-se que Lula, diferentemente, se lixava para o próprio partido e para FHC. No caráter unívoco da relação entre ambos percebo esta solitária exceção: em seu primeiro mandato, Lula preservou e até ampliou por algum tempo as principais diretrizes econômicas e sociais do programa tucano.
FHC sempre via Lula e o petismo como subprodutos de seu próprio projeto para o Brasil e para o continente. Há diferenças, por certo, entre ambos. E a maior delas é de natureza psicológica. Lula gostaria de ter sido FHC e este gostaria de ter sido Lula. Aquele nutre indisfarçável sentimento de inferioridade em relação ao tucano. Este se constrange com a própria superioridade intelectual e gostaria de ter sido um líder popular. FHC trocaria tudo pela capacidade agitar as massas num comício de operários do ABC.
Não se surpreenda então, leitor. As relações entre FHC e Lula produziriam excelente conteúdo para um drama recheado de conflitos shakespearianos. Ou para análise de caso num doutorado em psicologia. Por essas diferenças essenciais entre as duas personalidades os tucanos perderam quatro eleições consecutivas para o PT. E FHC jamais se empenhou por seu partido nem deixou de lado, a cada derrota, o sorriso e a bonomia. Agora, Dilma caiu e ele quase emprestou solidariedade. Lula enfrenta a espada da justiça e FHC se manifesta sinceramente penalizado. Se Lula sair da cena política, FHC se sentirá viúvo pela segunda vez.
________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Notícias horrorosas de Brasília... Coluna de Claudio Humberto

sábado, setembro 17, 2016


COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

MP PORTUGUÊS LIGA COMPRA DA OI A AMIGO DE LULA


O Ministério Público de Portugal investiga o pagamento de propina ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, do Partido Socialista, na venda da Portugal Telecom à espanhola Telefonica da sua participação na brasileira Vivo, e sua posterior entrada no capital da Oi. O MP concluiu que a compra da Oi “satisfez” interesses políticos de José Sócrates no Brasil. Amigo de Lula, o socialista é acusado de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro (ou “branqueamento de capitais”, em Portugal).

ALINHAMENTO POLÍTICO

Para o MP, o “alinhamento político” foi decisivo para facilitar venda da posição da Portugal Telecom na Vivo à Telefónica e entrada na Oi.

PORTA DA CORRUPÇÃO

A compra da Oi, diz o procurador português Rosário Teixeira, acabou “abrindo a porta ao recebimento de novas comissões indevidas”.

BASTIDORES

O ex-primeiro-ministro, segundo o MP português, esteve nos bastidores dos negócios de compra e venda de empresas de telefonia no Brasil.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA PODE IMPEDIR DILMA DE VOTAR

Advogados ligados à defesa da ex-presidente Dilma estão preocupados que uma ação civil pública, de qualquer cidadão, provoque decisão da Justiça determinando o cumprimento da regra constitucional que vincula impeachment à suspensão de direitos políticos por 8 anos. O Senado “fatiou” o art. 52 da Constituição, suprimindo a punição, mas, se provocada, a Justiça pode confirmá-la e até proibir Dilma de votar. 

STF FEZ O ALERTA

Ministros do STF alertaram para a possibilidade de a Justiça comum fazer valer a suspensão dos direitos políticos de Dilma.

CASO CONCRETO

“Ao examinar caso concreto, qualquer juiz determinará o cumprimento da Constituição”, prevê um ministro do STF que presidiu o TSE. 

CATATONIA

Até agora, a antiga oposição parece não haver percebido que Dilma, mantendo seus direitos, poderá até votar em outubro.

VENCEDOR

O Grupo Espírito Santo, ao qual Sócrates se ligou, foi “vencedor” dos negócios envolvendo a Portugal Telecom, diz o procurador

AINDA EM ABERTO

O ator e militante petista José de Abreu pediu passagem Paris-Brasília como condição para depor na CPI da Lei Rouanet, na Câmara. Em vez de debochar dos deputados, deveria se preparar para explicar por que não prestou contas de R$ 299 mil que obteve com os favores da lei.

CRIME É ORGANIZADO

Como já ficou demonstrado, não foi dita a frase “não temos provas, temos convicção”, atribuída ao procurador Deltan Dallagnol. É a guerra de comunicação do crime organizado contra a Lava Jato.

OFENSA GRATUITA

Além de insultar servidores concursados, Lula ofendeu, quinta, 15, até a Polícia Federal. Disse que mandou “procurar grampos” em sua casa, após a PF cumprir mandado de “busca e apreensão”.

VELHO TRUQUE

Sempre que se vê às voltas com acusações que não pode explicar, o ex-presidente Lula recorre ao truque de desqualificar os denunciantes, ligando-os a seus opositores, e apelar às lágrimas. Fez de novo.

PT AINDA NO GOVERNO

A Eletrobrás escolheu para diretor de Operações Carlos Baldi, ex-diretor da Neoenergia, empresa controlada por petistas na Previ, do Banco do Brasil, por indicação de Ricardo Berzoini. 

COMPROMETIDO

Novo líder do PSDB, Paulo Bauer (SC) afirma que o partido tem compromisso com o governo Michel Temer. “Temos que vencer as dificuldades”, disse em entrevista ao Diário do Poder.

TETO DOS GASTOS

Darcísio Perondi (PMDB-RS) acertou com o governo o adiamento da proposta que limita os gastos públicos, para a primeira semana de outubro. A Fazenda acredita que a votação será depois das eleições.

PENA ANIMAL

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou projeto de lei que aumenta penas para agressores de animais. O projeto é do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

PERGUNTA NO SINE

O Ministério do Trabalhou incluiu Dilma nos 1,5 milhão de empregos com carteira assinada que o governo dela suprimiu em 2015?

PODER SEM PUDOR

ASSUNTOS ALEATÓRIOS

Em encontro com o então deputado Peniel Pacheco e o presidente do PDT-DF, Georges Michel, o saudoso ex-ministro do STF Maurício Corrêa tentou convencê-los a negociar um acordo político com o governo do Distrito Federal. Talvez o partido ganhasse uma "Secretaria Extraordinária de Assuntos Especiais". Peniel estremeceu:
- Dr. Maurício, por favor, não divulgue isso... Se os jornais descobrem o nome dessa secretaria...

" O crescimento intelectual exige o confronto de ideias -o que inevitavelmente causa desconforto." / Hélio Schwartsman

domingo, setembro 18, 2016

Desconforto - 

HÉLIO SCHWARTSMAN

FOLHA DE SP - 18/09

SÃO PAULO - Nos anos 80, quando eu fazia a cadeira de grego clássico na USP, havia uma aluna evangélica. Numa prova, não lembro bem em qual semestre, nos foi dada a tarefa de traduzir para o português um texto que falava de Zeus, Hera e outros deuses pagãos. A estudante se recusou a fazer o teste, alegando que escrever aqueles nomes "nojentos" ia contra sua religião.
Nossa professora, a excelente Isis Borges da Fonseca, em seu estilo sempre sem papas na língua, disparou: "então, você vai tirar zero". A ideia aqui é que alguém que se dispõe a estudar o idioma e a civilização gregos não pode se negar a ser exposto à cultura helênica, que, obviamente, inclui os deuses olímpicos.

Esse episódio me veio à memória ao ler uma reportagem sobre a polêmica desencadeada pela Universidade de Chicago que enviou uma carta de boas-vindas aos calouros deste ano em que os advertiu de que não devem esperar um ambiente politicamente correto (PC).

A missiva, assinada pelo diretor Jay Ellison, afirma que a universidade não apoia os chamados "trigger-warnings", isto é, os alertas que precedem textos cujos conteúdos possam ser tidos como inadequados, não desconvida palestrantes que tratem de temas controversos e não está comprometida com a criação de "safe spaces", espaços seguros em que os estudantes podem isolar-se de ideias com as quais não concordam.

Como já escrevi aqui, não sou daqueles que têm horror ao PC, que eu considero o efeito colateral de um movimento civilizatório. É positivo que estejamos cada vez mais preocupados com direitos de minorias, mas isso não nos autoriza a censurar discursos que não partilhem desses valores nem a poupar estudantes do contraditório. Assim como, 30 anos atrás, dei razão a Isis, agora dou razão à Universidade de Chicago. O crescimento intelectual exige o confronto de ideias -o que inevitavelmente causa desconforto.

Leandro Karnal | Minha Felicidade depende de mim


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sábado, 17 de setembro de 2016

Um professor do Paraná empalhou 6 mil animais e com eles criou um MUSEU ... / BBC

A trajetória do professor do Paraná que empalhou mais de 6 mil bichos e criou um museu

  • Há 1 hora

Joao GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image captionProfessor João Galdino em meio ao acervo de mais de 6 mil animais empalhados, construído ao longo de cinco décadas

Uma antiga estação ferroviária em Cornélio Procópio, no norte do Paraná, abriga um urso-marrom, um enorme jacaré-açu, um lobo-guará, uma sucuri e centenas de outros animais, entre aves, répteis, anfíbios e felinos.
Na mesma cidade, quem abre a porta de uma sala da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) dá de cara com tigres, leões e onças-pintadas.
Um desavisado pode se assustar com tantas feras, mas os animais são inofensivos: estão mortos e foram empalhados por João Galdino, 77 anos, professor de fala pausada, voz grave e entusiasta da educação ambiental.
Dentista e biólogo, ele conheceu a taxidermia (processo de conservação de animais mortos) quando cursava Odontologia, em Campinas (SP), na década de 1960.
Filho de pequenos agricultores e com pouco dinheiro no bolso, ele costumava visitar o Bosque dos Jequitibás, um dos parques mais antigos da cidade paulista.

João GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image captionPara empalhar tigre-de-bengala que pesava 260 quilos, Galdino precisou construir um esqueleto de ferro. Os olhos são de cristal, importados da Alemanha.

"No bosque havia um professor que fazia taxidermia chamado Mario Lotufo. Colei nele. Observava tudo. Acabei aprendendo de tanto olhar", recorda Galdino.
O primeiro animal que empalhou foi um gavião. Não parou mais.
Formado dentista, Galdino voltou ao Paraná. Atendia como odontólogo e lecionava a antiga disciplina de Ciências no ensino médio. E resolveu fazer faculdade de Biologia à noite para aprender mais sobre fauna e flora.
"Foi aí que soube que muitos animais de zoológicos sofriam com problemas dentários. Não havia profissionais para mexer nos dentes deles. Entrei nessa. Durante 16 anos fiz canais e obturações em leões, tigres, onças, ursos, javalis, chimpanzés de diversos zoos do país. Tive que fabricar instrumentos para mexer nas bocas de cada um deles", conta o professor.
Enquanto cuidava de dentes e dava aulas já como professor universitário de Biologia, Galdino foi formando seu acervo, com doações dos próprios zoológicos e de órgãos ambientais.

João GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image captionReserva técnica do museu fica em espaço em universidade que quase não comporta mais animais, que continuam chegando.

"Até hoje é assim. Quando morre um animal, ligam para mim. Se acho interessante, pego minha caminhonete e vou buscar, não importa a distância."

Construindo um museu

O acervo do professor chamou a atenção da Prefeitura de Cornélio Procópio em 2002, ano em que a cidade inaugurou um Museu de História Natural na antiga estação ferroviária do município.
O espaço foi adaptado para receber as peças de Galdino, que formam hoje 100% do acervo.
Paredes receberam pinturas para caracterizar os ambientes dos biomas representados. Galhos de árvores, folhas e outras plantas ajudam a compor os cenários em que os animais são astros.

João GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image captionEspaços do museu criado por professor em Cornélio Procópio são caracterizados por biomas
João GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image captionAcervo foi formado com doações de zoológicos e órgãos ambientais - atropelamentos são uma das principais causas das mortes dos bichos

"Não basta empalhar. Tem que saber a postura de cada um na natureza: o que come, o que preda, em qual árvore sobe, em qual não sobe. Assim é possível ter um trabalho de educação ambiental bem feito", afirma Galdino.
O museu trabalha de acordo com as restrições orçamentárias da prefeitura. Por falta de funcionários - são apenas dois - abre somente de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. O orçamento para manutenção do acervo é de R$ 7,2 mil mensais, repassados a um instituto presidido por Galdino.
Mesmo assim, os livros de visita do museu registram mais de 60 mil nomes em 12 anos de atividades. Número superior à população de Cornélio Procópio, cidade de 48.615 habitantes. A maioria do público é de crianças de escolas da região.
Quando possível, o próprio professor faz o papel de monitor das visitas. Gosta de explicar sobre os animais para crianças e outros públicos. "Não tem nada mais emocionante do que ver um deficiente visual podendo tocar nos animais, pegá-los nas mãos."
Como o espaço histórico da estação ferroviária da cidade não permite ampliações e não comporta mais do que 300 animais, o professor recorre a espaços na Universidade Estadual do Norte do Paraná, onde permanece produzindo.

João GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image captionProfessor utiliza taxidermia como instrumento de educação ambiental no norte do Paraná

Praticamente já não cabe mais nenhum bicho por lá. Mas eles continuam chegando, sobretudo animais silvestres que morrem atropelados em estradas, como onças-pardas, e outros oriundos de zoológicos.

Arte e prática

O processo de taxidermia é minucioso. Tudo o que é carne é retirado. Para a conservação, é utilizada uma pasta específica, à base de arsênico. O interior do animal é preenchido com serragem, parafina ralada, poliuretano ou palha. Também são utilizados outros materiais.
Para empalhar um tigre-de-bengala que pesava 260 quilos, o professor precisou construir um esqueleto de ferro. Os olhos são de cristal, importados da Alemanha. Um par custa US$ 30.

João GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image captionBiólogo e dentista se especializou em processo complexo que envolve preenchimento de animais com serragem, parafina ralada, poliuretano ou palha
João GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image captionMateriais para taxidermia: olhos são de cristal importados da Alemanha chegam a custar US$ 30 o par

Sobre planos para o futuro, Galdino diz que sonha em encontrar um lugar que possa acolher e expor o acervo. A sala que a faculdade reservou para ele está saturada.
Quase não dá para se locomover dentro do espaço. É preciso esforço para alcançar um condor que está atrás dos tigres e necessita de um reparo na asa. E isso sem pisar em uma sucuri de 7,4 metros capturada em um brejo do Rio Tietê, perto de Bauru (SP). "Ela estava com 76 filhotes na barriga. Infelizmente foi laçada, fraturou vértebras e morreu", lamenta.
"Tudo aqui tem um valor científico, cultural e pedagógico. Quero compartilhar", conclui o professor que criou um museu de história natural praticamente sozinho.

João GaldinoImage copyrightSERGIO RANALLI
Image caption'Não basta taxidermizar. Tem que saber a postura de cada animal na natureza paraum trabalho de educação ambiental bem feito', afirma Galdino

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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

PERCA TEMPO - O BLOG DO MURILO: As orelhas ardem - RUY CASTRO

PERCA TEMPO - O BLOG DO MURILO: As orelhas ardem - RUY CASTRO: FOLHA DE SP - 14/09 RIO DE JANEIRO - Na sessão de posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal, o ministro Cels...

http://avaranda.blogspot.com.br/2016/09/as-orelhas-ardem-ruy-castro.html?spref=bl

quarta-feira, setembro 14, 2016

As orelhas ardem - 

RUY CASTRO

FOLHA DE SP - 14/09

RIO DE JANEIRO - Na sessão de posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal, o ministro Celso de Mello, decano do STF, disse em discurso: "Fatos notórios [...] revelaram que se formou, em passado recente, no âmago do aparelho estatal e nas diversas esferas governamentais da Federação, uma estranha e perigosa aliança entre determinados setores do Poder Público, de um lado, e agentes empresariais, de outro, reunidos em imoral sodalício com o objetivo ousado, perverso e ilícito de cometer uma pluralidade de delitos profundamente vulneradores do ordenamento jurídico instituído pelo Estado brasileiro".

E continuou: "A corrupção traduz um gesto de perversão da ética e do poder e da erosão da integridade da ordem jurídica, cabendo ressaltar que o dever de probidade e de comportamento honesto e transparente configura obrigação, cuja observância impõe-se a todos os cidadãos desta República, que não tolera o poder que corrompe nem admite o poder que se deixa corromper".

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também discursou: "Os trabalhos de investigação desenvolvidos na Lava Jato conduziram-nos por caminhos ainda não percorridos. Descobrimos a latitude exata do entroncamento entre o submundo criminoso dos políticos e o capitalismo tropicalizado do compadrio, favorecimento e ineficiência".

E mais: "As forças do atraso, que não desejam mudança de nenhuma ordem, já nos bafejam com os mesmos ares insidiosamente asfixiantes do logro e da mentira. Tem-se observado diuturnamente um trabalho desonesto, de desconstrução da imagem de investigadores e juízes. Atos midiáticos buscam ainda conspurcar o trabalho sério e isento desenvolvido nas investigações da Lava Jato".

Sentados ao redor deles, com as orelhas em fogo, o ex-presidente Lula e seus confrades.

O futuro do ex-presidente Lula está delineado pela Lava Jato / blog de Josias de Souza



Lula enfrenta o adversário mais desafiador: a lei

Josias de Souza
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Lula deixou a Presidência como recordista de popularidade, com uma aliada na sua poltrona e convencido de que retornaria ao cargo máximo da República. Hoje, Lula coleciona taxas de rejeição acima dos 50%, acaba de assistir à deposição de sua pupila e enfrenta o medo de parar na cadeia. Lula ganhou uma nova qualificação. O procurador Deltan Dellagnol, coordenador da força-tarefa de Curitiba, enganchou no título de ex-presidente a designação de “comandante máximo de corrupção na Lava Jato.”
A denúncia inaugural enviada ao juiz Sérgio Moro injeta o tríplex do Guarujá e o aluguel de contêiners pela OAS no contexto geral da corrupção, caracterizando Lula como ''general'' da bandalheira. E ainda há muito por vir. Lula é acusado ou suspeito —em Curitiba e alhures— de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de inflência, obstrução da Justiça e formação de quadrilha. Traduzindo-se o pesadelo do linguajar do Código Penal para o português das ruas, Lula foi reduzido à condição de um reles suspeito de se beneficiar de dinheiro sujo.
No final de janeiro, em entrevista a um grupo de repórteres-companheiros, Lula jactou-se: “Não sou investigado!” Crivado de suspeitas já àquela altura, permitiu-se um instante de autocongratulação: “Se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu.” Decorridos oito meses, o personagem é réu em Brasília e denunciado em Curitiba.
Lula lutou para fugir de Sérgio Moro. Sua penúltima tentativa resultou numa bronca do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Ao negar novo pedido da defesa do ex-presidente para suspender inquéritos que correm contra ele em Curitiba, Teori anotou que a peça não passava de mais uma das inúmeras tentativas de “embaraçar as investigações.”
O morubixaba do PT tem motivos para temer Sérgio Moro. Sem alarde, o juiz encostou a Lava Jato na jugular de Lula. Primeiro, avalizou a inclusão do tríplex 164-A, que a OAS reservara para a família Silva no célebre prédio do Guarujá, no rol de imóveis investigados na Operação Triplo X.
Na sequência, Moro liberou a Polícia Federal para abrir, na mega-investigação do assalto à Petrobras, um inquérito específico sobre o sítio de Atibaia, cuja utilização foi terceirizada a Lula —livre de ônus e sem prazo— por dois sócios do primogênito Fábio Luiz da Silva, o Lulinha.
Logo, logo Moro enviará Lula ao banco dos réus. E estará pronto para intimá-lo a prestar depoimentos. Nessa hora, a pose de perseguido político e as notas oficiais do Instituto Lula terão pouca serventia. O depoente terá de oferecer explicações. Algo que vem sonegando até aqui. Talvez por não dispor de matéria-prima.
Lula enfrenta agora o adversário mais implacável de toda sua carreira: a lei. Contra esse rival, sua retórica fácil, os palanques e as plateias amigas terão pouca serventia. O trabalho da força-tarefa da Lava Jato acaba de tornar Lula candidato a uma pena de pode variar de 4 anos a 16 anos de cadeia. De resto, Lula virou também candidato a ex-candidato às eleições presidenciais de 2018.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

The Good Life | Robert Waldinger | TEDxBeaconStreet



Quais são os caminhos para uma boa vida ?

Dilma poderá ficar inelegível ... No Brasil nada é definido de verdade ... somos viciados em eufemismos!

terça-feira, setembro 13, 2016

EXTRA! SAIBA POR QUE DILMA FICARÁ INELEGÍVEL POR 8 ANOS APESAR DA CHICANA DE RENAN & LEWANDOWSKI.

Dilma ficará mesmo inelegível por 8 anos, mas não por deliberação do Supremo Tribunal Federal. No exame de “caso concreto”, uma ação civil pública será suficiente para anular a nomeação da ex-presidente para um cargo público ou o eventual registro de uma candidatura, afirmam ministros do STF ouvidos pela coluna. Juízes aplicam a Constituição, que vincula a perda do cargo à perda de direitos políticos. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O art. 52 da Constituição, ignorado pelo Senado no julgamento de Dilma, determina inelegibilidade de presidente que sofre impeachment.
O STF decidiu ignorar as ações contra o “fatiamento”: não é instância de recurso para o impeachment, tema exclusivo do Poder Legislativo.
Se Dilma quiser se candidatar, a Justiça de 1º grau poderá enquadrá-la na Lei Ficha Limpa, que inabilita gestores públicos condenados.
O STF não analisará o julgamento, ainda que não se conheça um único ministro que aprove o conchavo para preservar os direitos de Dilma. Do site Diário do Poder

Charge de Sponholz

segunda-feira, setembro 12, 2016