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terça-feira, 22 de novembro de 2016

"O poder é um vinho perigoso" / Percival Puggina

DA POBREZA AO ROMANÉE CONTI

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

Em 5 de outubro de 2002, véspera do primeiro turno da eleição presidencial, Lula, Duda Mendonça, Antônio Palocci e mais dúzia e meia de companheiros cujos nomes não ficaram registrados para a história jantaram na Antica Osteria Dell'Agnolo, em Ipanema. Nas libações do encontro, com mesuras que superavam, de longe, as prestadas ao candidato, Duda ofereceu a Lula uma garrafa do vinho Romanée Conti. A primorosa dádiva, à época, teve seu preço estimado em R$ 6 mil.
A notícia correu o Brasil. Remover uma rolha de Romanée Conti era e continua sendo gesto de suntuosidade. Coisa para milionários de hábitos espalhafatosos, dados a excentricidades. Políticos, em parte alguma do mundo, bebem de certas marcas, ainda que possam pagar por elas pois expressam um nível de consumo desalinhado dos padrões da sociedade com a qual procuram se identificar. O fato se tornou tão notório que o dono do restaurante criou uma espécie de memorial onde, em estojo de madeira, a famosa garrafa ficou entronizada, com a inscrição "Lula lá 05/10", até ser roubada, em 2009, durante incursão noturna de um larápio.

Nunca me pareceu convincente o discurso que procura escriturar, como bem das esquerdas, a sensibilidade face às carências alheias, a austeridade e o senso de justiça. Um mínimo conhecimento de História mostra o elevado padrão de vida que a nomenklatura dos países do Leste Europeu se atribuía, em total discordância com a escassez imposta ao restante da população. Quem vai a Cuba logo ouve falar dos que “tienem la heladera rellena” (geladeira cheia), ou seja, dos que gozam os privilégios de consumo concedidos à alta burocracia partidária, longe das restrições determinadas pela libreta (de racionamento).
Com isso não quero dizer que não existam, na esquerda, pessoas sinceramente preocupadas com questões sociais e que vivam segundo os valores que proclamam em seu discurso. Mas recuso totalmente a tese de que esses mesmos valores não sejam igualmente assumidos e praticados por pessoas de outras correntes ideológicas, ou mesmo sem ideologia alguma. Por outro lado, o caminho da maior prosperidade jamais passou pelos conceitos socialistas fundamentais - estatismo, luta de classes, negação da propriedade privada, planificação econômica. Por saberem disso, esses radicais que andam por aí fazendo discurso contra a liberdade de mercado e contra as empresas privadas, não lutam para implantar suas ideias com o intuito de trabalhar no chão de alguma fábrica. Nem pensar! O que eles querem é ganhar de presente a poltrona, o tapete e a adega do patrão. Ou, mais régio e mais adequado a tempos bicudos, a diretoria de uma estatal ou fundo de pensão.
Os anos seguintes vieram mostrar o espantoso surto de enriquecimento pessoal que acometeu grande parte da elite governante do país, hoje às voltas com a Justiça e à beira de um ataque de nervos. Os primeiros sintomas de que voraz organização criminosa se aproximava do poder, contudo, foram emitidos já naqueles primeiros momentos em que começou a faltar, aos vitoriosos, a virtude da moderação. Eles enriqueceram e o Brasil quebrou.
O poder é um vinho perigoso. Retirada a rolha pode trazer à tona verdades inconfessáveis.
________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Charge de Chico Caruso no blog Ricardo Noblat


A charge de Chico Caruso

Charge (Foto: Chico Caruso)

"Déficit de verdade" /

Déficit de verdade

Nizan tem razão: Temer deve aproveitar chance de adotar medidas amargas sendo impopular
José Nêumanne
22 Novembro 2016 | 11h11
Temer ouviu bom conselho no Conselhão: Foto:Beto Barata/PR
Presidente ouviu bom conselho no Conselhão: Foto:Beto Barata/PR
Em discurso para Conselhão de empresários, Temer referiu-se ao “déficit” de verdade legado pelo governo anterior. Tem razão. É lamentável que não haja uma lei punindo quem minta em campanha política da forma como Dilma fez em 2014. Talvez seja útil lembrar também que o vice dela que assumiu o lugar, quando ela foi deposta, ele também tem um déficit de credibilidade, parte do qual pode ser debitado ao de legitimidade, que nem ele acredita ter, mesmo a tendo ajudado a se eleger duas vezes. Talvez isso provoque um desafio singular, lembrado por um dos membros do Conselhão, Nizan Guanaes, que o aconselhou a aproveitar a impopularidade para adotar medidas impopulares, indispensáveis agora.

'Quando cheguei, descobri o que era ser negra' ... Negros africanos no Brasi / BBC

'Quando cheguei, descobri o que era ser negra': como africanos veem o preconceito no Brasil

  • 20 novembro 2016
Nádia Ferreira, de Guiné Bissau, diz que a questão racial despertou nela no BrasilImage copyrightGUI CHRIST/GRINGO
Image captionNádia Ferreira, de Guiné Bissau, diz que a questão racial despertou nela no Brasil
Formada em Letras, a africana de Guiné-Bissau Nádia Ferreira, de 37 anos, conta que cresceu sem pensar sobre a questão racial.
"Lá eu era uma menina como qualquer outra. Foi no Brasil que a questão da raça despertou em mim. Descobri isso na pele, mas foi bom porque isso só me fortaleceu."
Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, data que evoca a memória do líder negro Zumbi dos Palmares (1655-1695), a BBC Brasil apresenta a visão de imigrantes de países majoritariamente negros sobre identidade racial e preconceito no Brasil.
Ferreira, há 15 anos no Brasil, afirma que a sensação de "estar no lugar errado" - e a posterior "tomada de consciência" - surgiu quando cursava a faculdade na USP (Universidade de São Paulo).
"Eu me sentava ao lado de alguém e a pessoa mudava de lugar. Numa sala com 200 alunos, só dois eram negros. Mas foi lá também onde conheci o grupo de consciência negra", diz ela, que criou o coletivo Iada Africa (Mãe África) para discutir questões de raça.
A guineense foi estudar no Brasil por incentivo do pai, que acreditava que haveria menos preconceito no país. "Ele falava que as pessoas aqui já estavam acostumadas com os negros, mas quando conto que há racismo ele não acredita até hoje."
Ela enumera episódios em que diz ter sido alvo de preconceito no país - já foi barrada na porta de um banco mesmo tendo guardado a mochila, por exemplo, e teve que esperar do lado de fora de uma sala onde iria fazer uma entrevista de emprego enquanto outras candidatas, brancas, passavam.
"Não te agridem porque a lei não permite, mas você é olhado de um jeito que diz: aqui não é o seu lugar", afirma.
Para Ferreira, o negro imigrante é alvo de duplo preconceito. "Quando você é negro brasileiro te olham como incapaz. O imigrante africano já é visto como exótico, mas carregamos o peso do estereótipo de que africanos são agressivos ou preguiçosos."

Curiosidade e preconceito

Egide, do Burundi, diz que antes de chegar no Brasil não se preocupava com preconceitoImage copyrightGUI CHRIST/GRINGO
Image captionEgide, do Burundi, diz que antes de chegar no Brasil não se preocupava com preconceito
Natural do Burundi, pequeno país do centro-leste africano, o estudante Egide Nishimirimana, de 27 anos, também "despertou" para a existência do preconceito após chegar ao Brasil.
"Antes de chegar eu não me preocupava com preconceito de raça. No Burundi todo mundo é negro, e o que existia lá era o preconceito de etnia, usado politicamente para tomar o poder", conta.
Ele diz acreditar que o negro imigrante ainda sofra menos do que o negro brasileiro no cotidiano. "Normalmente quando começam a conversar com você e veem que é estrangeiro isso gera simpatia pela curiosidade."
Nishimirimana se diz satisfeito com a vida no Brasil, mesmo diante de situações difíceis.
"Percebi aqui é que esse preconceito racial é muito verdadeiro. Não vou generalizar, mas algumas pessoas quando veem um negro acham que é ladrão ou mal educado", afirma ele, que vê o transporte público como cenário cotidiano de preconceito.
"As pessoas trocam de lugar ou colocam a mochila para frente quando me veem."

Conscientização

Ephata Tshiaba, do Congo, percebe o racismo em situações corriqueiras, como quando usa o metrôImage copyrightGUI CHRIST/GRINGO
Image captionEphata Tshiaba, do Congo, percebe o racismo em situações corriqueiras, como quando usa o metrô
Há seis meses no Brasil, o músico congolês Ephata Tshiaba, de 31 anos, também diz notar o tratamento diferente ao usar o metrô. "Vejo as pessoas se afastando, ficam me olhando de modo estranho, mas cada um é livre para pensar como quer."
Em geral, Tshiaba diz ser bem tratado por aqui - para ele, o preconceito aparece em outras situações corriqueiras, como abrir uma conta no banco. "Já fui a vários e nenhum aceitou, mesmo já tendo o documento da Polícia Federal e o CPF."
Como os outros colegas africanos, ele diz que sua conscientização sobre a identidade negra se consolidou mesmo no Brasil. "Lá (no Congo) eu não tratava sobre preconceito, mas aqui quero trabalhar na conscientização das pessoas", conta ele.
Senegalês Papa Ba estudou passado escravagista do Brasil antes de se mudar para o paísImage copyrightGUI CHRIST/GRINGO
Image captionSenegalês Papa Ba estudou passado escravagista do Brasil antes de se mudar para o país
Em uma mesquita no centro da capital paulista, o senegalês Papa Ba, de 28 anos, diz que estudou sobre o passado escravagista do Brasil ainda na África, mas desconhecia a história de Zumbi - o líder negro que combateu autoridades e fazendeiros nos primeiros tempos de ocupação colonial - e a própria origem do feriado de 20 de novembro.
"Aprendi muita coisa sobre o Brasil antes de vir, e acho o histórico daqui um pouco triste", diz.
No Brasil, país majoritariamente negro (53,6% da população se classificam como pretos e pardos) em que negros ocupam 18% dos cargos de liderança e ganham, em média, apenas 59% do que recebem os brancos, é importante que o imigrante conheça o tema da escravidão na América Latina, diz a guineense Nádia Ferreira.
"Os imigrantes, e principalmente os que estão chegando agora, têm que escutar e aprender sobre essa história."

"A decadência do Ocidente" / Mario Vargas LLosa

A decadência do ocidente

O ‘Brexit” e a vitória de Trump são um sintoma inequívoco da morte lenta em que se afundam os países que perdem a fé em si mesmos e renunciam à luta

FERNANDO VICENTE
Primeiro veio o Brexit, e agora foi a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Só falta Marine Le Pen ganhar as próximas eleições na França para ficar claro que, assustado diante das grandes mudanças trazidas pela globalização, o Ocidente, ponta-de-lança da cultura da liberdade e do progresso, quer dar uma marcha-a-ré radical, refugiando-se naquilo que Popper chamou de “o chamado da tribo” – o nacionalismo e todas as doidices que lhe são congênitas, a xenofobia, o racismo, o protecionismo, a autossuficiência –, como se parar o tempo ou voltá-lo para trás fossem apenas uma questão de mexer os ponteiros do relógio.
Não há nenhuma novidade nas medidas propostas por Donald Trump aos seus compatriotas para que estes o elegessem. O surpreendente é que quase sessenta milhões de norte-americanos acreditaram nele e lhe deram respaldo nas urnas.
Todos os grandes demagogos da história atribuíram os males de que seus países padeciam aos estrangeiros perniciosos, neste caso os imigrantes, a começar pelos mexicanos bandidos, traficantes de drogas e estupradores, até chegar aos muçulmanos terroristas e aos chineses que colonizam os mercados norte-americanos com seus produtos subsidiados e pagos com salários de fome. E também têm responsabilidade, é claro, pela queda da qualidade de vida e pelo desemprego, os empresários “traidores” que levam suas empresas para o exterior tirando trabalho e aumentando o desemprego nos Estados Unidos.
Não é incomum que se digam bobagens em campanhas eleitorais, mas o é, sim, o fato de pessoas que se supõe que sejam bem formadas e informadas, com sólida tradição democrática, acreditem nelas e premiem o inculto bilionário que as profere alçando-o à presidência do país mais poderoso do planeta.
O ímpeto que possibilitou que Trump ganhasse as eleições mostra que ele é algo mais do que um mero demagogo
A esperança de muitos, agora, é que o Partido Republicano, que retomou o controle das duas casas legislativas e que tem em seus quadros pessoas experientes e pragmáticas, contenha os rompantes do novo governante e o dissuada de levar adiante as reformas extravagantes que prometeu realizar. Com efeito, o sistema político dos Estados Unidos possui mecanismos de controle e de contenção que podem impedir que um mandatário cometa loucuras. Pois não há dúvida de que, se o novo presidente se empenhar em expulsar do país onze milhões de imigrantes ilegais, em fechar as fronteiras a todos os cidadãos de países muçulmanos, em colocar um ponto final na globalização cancelando todos os tratados de livre comércio em vigor – inclusive o Trans-Pacific Partnership, em gestação – e punindo duramente as empresas que, para baixar seus custos, transferem suas fábricas para o terceiro mundo, provocará um terremoto econômico e social no seu país e em um número razoável de países estrangeiros, além de criar sérios problemas para a diplomacia dos Estados Unidos.
Sua ameaça de fazer os países da OTAN “pagarem” por sua defesa, algo que deixou Vladimir Putin encantado, fragilizaria de forma imediata o sistema de proteção dos países livres contra o novo imperialismo russo. O qual, diga-se de passagem, tem conquistado vitória atrás de vitória nos últimos anos: leia-se Criméia, Síria, Ucrânia e Geórgia. Mas não se deve contar demais com a influência mediadora do Partido Republicano: o ímpeto que possibilitou que Trump ganhasse essas eleições apesar da oposição de quase toda a imprensa e da classe mais democrática e bem-pensante, mostra que existe nele algo mais do que um mero demagogo rudimentar e desinformado: a paixão contagiosa dos grandes feiticeiros políticos de ideias simples e estabelecidas que arrastam multidões, a teimosia obsessiva dos caudilhos envoltos pela sua própria verborragia e que com ela envolvem os seus povos.
Um dos grandes paradoxos é que a sensação de insegurança, de que de repente a terra que pisavam começou a rachar e que os Estados Unidos entraram em queda livre, esse estado de ânimo que levou tantos norte-americanos a votar em Trump – idêntico ao que levou tantos ingleses a votarem pelo Brexit – não corresponde em nada à realidade. Os Estados Unidos superaram mais rapidamente e melhor do que o restante do mundo – em especial os países europeus – a crise de 2008, e, nos últimos tempos, vinham recuperando o emprego, além de ver sua economia crescer em ritmo razoável. Politicamente, o sistema funcionou bem durante os oito anos de Obama, e 58% da população faziam um balanço positivo de sua administração. Por que, então, essa sensação de perigo iminente que levou tantos norte-americanos a engolir as mentiras de Trump?
Não resolverão nenhum problema, agravarão os que já existem a criarão outros mais graves
Porque, é verdade, o mundo de antigamente é diferente do mundo de hoje. Graças à globalização e à grande revolução tecnológica do nosso tempo, a vida de todas as nações se encontra hoje em redefinição, experimentando desafios e oportunidades totalmente inéditos que remexem os alicerces de velhas nações como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, que acreditavam ser inamovíveis em seu poderio e riqueza, uma situação que abriu para outras sociedades – mais audaciosas, mais na vanguarda da modernidade – a possibilidade de crescer a passos de gigante e alcançar e superar as grandes potências de antigamente. Esse novo panorama significa, simplesmente, que o mundo dos nossos dias é mais justo, ou, se quiser, menos injusto, menos provinciano, menos exclusivista, do que o mundo de ontem.
Hoje os países precisam se renovar e se recriar constantemente para não ficarem para trás. Este mundo novo exige que se arrisque mais, que se reinvente sem cessar, que se trabalhe muito, que se impregne de boa formação, e que não fiquemos olhando para trás ou nos deixando levar pela nostalgia do passado. Este é irrecuperável, como logo irão descobrir aqueles que votaram pelo Brexit e em Trump. Não demorarão para perceber que quem vive olhando para trás se transforma em estátua de sal, como na parábola bíblica.
O Brexit e Donald Trump – assim como a França do Front National – significam que o Ocidente da revolução industrial, das grandes descobertas científicas, dos direitos humanos, da liberdade de imprensa, da sociedade aberta, das eleições livres, aquele que no passado foi pioneiro no mundo todo, está agora ficando para trás. Não por estar menos preparado do que os outros para enfrentar o futuro – muito pelo contrário –, mas por causa de sua própria complacência e covardia, pelo medo que sente ao descobrir que as prerrogativas que acreditavam antes serem apenas suas, um privilégio hereditário, estão agora ao alcance de qualquer país, por menor que seja, que saiba aproveitar as extraordinárias oportunidades que a globalização e os avanços tecnológicos colocaram pela primeira vez ao alcance de todas as nações.
O Brexit e a vitória de Trump são um sintoma inequívoco de decadência, dessa morte lenta em que se afundam os países que perdem a fé em si mesmos, renunciam à racionalidade e começam a acreditar em bruxarias, como a mais cruel e estúpida de todas elas, que é o nacionalismo. Fonte das piores tragédias experimentadas pelo Ocidente ao longo da história, ele agora ressuscita e, como os xamãs primitivos, parece adotar a dança frenética ou a poção vomitiva com a pretensão de derrotar a adversidade da praga, a seca, o terremoto, a miséria. Trump e o Brexit não resolverão nenhum problema, agravarão os que já existem e criarão outros mais graves. Eles representam a renúncia à luta, a rendição, o caminho para o abismo. Assim que se constatou o gigantesco equívoco, na Grã-Bretanha tanto quanto nos Estados Unidos, surgiram autocríticas e lamentações. Mas o choro também não é de muita utilidade neste caso; o melhor seria refletir de cabeça fria, admitir o erro, retomar a via da razão e, a partir de agora, enfrentar o futuro de forma mais corajosa e consequente.