Postagem em destaque

MALDADE É O PROJETO Blue .beam ...

*O PROJETO BLUE BEAM: Já soube que os governos estão admitindo os OVNIs e há vários movimentos atuando para a implantação de uma religião gl...

sábado, 3 de março de 2018

A bala perdida precisa ser entrevistada...

"Bala perdida"

Resultado de imagem para foto de bala perdida

J.R. GUZZO

REVISTA VEJA

Uma dessas coisas que só existem no Brasil, como a mula sem cabeça e o adicional de moradia que os juízes recebem para viver na própria casa, é a “bala perdida”. No resto do mundo as armas de fogo nunca disparam sozinhas; se uma bala acerta alguém, é porque um ser humano deu um tiro, de propósito ou por acidente. Aqui não. Toda hora uma pistola ou fuzil abrem fogo, mas ninguém atira. O fato é que nas favelas do Rio de Janeiro e suas vizinhanças a bala perdida se tornou hoje a principal culpada por homicídios de autoria desconhecida. Mas não seriam os criminosos locais que estariam dando esses tiros que matam cada vez mais gente, sobretudo crianças? É uma hipótese que parece não ocorrer nunca no noticiário, e muito menos em qualquer avaliação da Ordem dos Advogados do Brasil, da Anistia Internacional, dos partidos de “esquerda” e outras entidades que se empenham em defender os direitos da população pobre dos morros — no momento ameaçada, segundo elas, pela presença de tropas do Exército nas ruas da cidade. Pelo que dá para entender daquilo que dizem, não há realmente bandidos matando gente nas favelas. Quem mata é “a polícia” ou, então, a bala perdida.

Eis aí uma maneira muito eficaz de esconder quem são os verdadeiros responsáveis pelo massacre em câmera lenta que os moradores mais pobres do Rio de Janeiro estão sofrendo há anos. Se eles são assassinados pela bala perdida, então ninguém é culpado, certo? Afinal de contas, não dá para dizer que a PM mata todo mundo; também ficaria chato dizer que há quadrilhas em guerra, pois isso poderia “criminalizar a pobreza” e reforçar “preconceitos” contra as “comunidades” que cobrem os morros cariocas. Assim, quando os bandidos trocam tiros de AK-47, que podem acertar uma pessoa a 1,5 quilômetro de distância, e acabam matando alguém que não conseguiu se esconder, como é comum acontecer com bebês e crianças pequenas, o assassino é a bala perdida. Pronto — problema resolvido. Todo mundo já pode voltar ao palanque para continuar pregando que o inimigo do pobre é a polícia, agora também o Exército e, se bobear, o juiz Sergio Moro e os desembargadores do TRF4, de Porto Alegre. Pensar desse jeito parece loucura — e é mesmo loucura. Mas, quando se veem as coisas com um pouco mais de atenção, dá para perceber muito bem que existe um método nessa loucura.

A “bala perdida” vem da mesma matriz onde se fabrica a linguagem politicamente correta, no Brasil de hoje, para tratar da questão do crime. Tome cuidado: utilizar um vocabulário diferente pode fazer de você um “fascista”, “direitista”, “golpista”, a favor da “ditadura militar” e sabe-se lá quantos pecados mais. Nessa linguagem o criminoso é sempre descrito como “suspeito”, mesmo que seja pego em flagrante assaltando alguém no meio da rua. Quando a polícia atira contra aqueles que estão de arma na mão em público, ou atirando contra ela, os delinquentes nunca são chamados de bandidos — são “rapazes”, “moradores” ou “pessoas”. Por exemplo: “A PM atirou ontem contra um grupo de rapazes no Complexo da Maré”. Nunca acontecem tiroteios entre quadrilhas de marginais; são “disputas entre facções”. Estão em vigor, também, regras bem claras para estabelecer diferenças morais entre militares e criminosos quando ambos praticam um mesmo ato; basicamente, para quem não quer correr o risco de parecer um extremista de direita, o mais seguro é dizer que a conduta dos militares é do mal e a dos bandidos é do bem, ou neutra.
Quando delinquentes armados invadem uma casa da favela, obrigando seus moradores a escondê-los da polícia durante tanto tempo quanto quiserem, os defensores dos direitos da “comunidade” não abrem a boca. Também não dizem nada quando cidadãos inocentes são forçados a ocultar armas ou drogas em sua residência. Quando o Exército faz uma revista domiciliar, a coisa muda: aí é uma violência contra a privacidade da população. Há grande preocupação da Ordem dos Advogados etc. com o fato de que os militares pedem e fotografam documentos de identidade, na tentativa de localizar foragidos da Justiça. Os bandidos sabem mais sobre os moradores dos morros do que o Exército, a polícia e a Justiça jamais saberão; sabem seus nomes e sobrenomes, endereço, ocupação, família, quanto dinheiro têm, quando devem pagar pela eletricidade, gás ou televisão a cabo, e mais tudo o que queiram saber. Não há lembrança de que isso tenha causado algum dia qualquer protesto por parte dos seus protetores nas classes intelectuais.

É “assim mesmo”, dizem eles — como a bala perdida.

Drummond na Folha de São Paulo entrevistado por Suzy, a cadelinha



AMOR AOS BICHOS

De tão amigo dos animais, poeta foi entrevistado por uma… cadela

DE SÃO PAULO
Escritor Carlos Drummond de Andrade sorri para a câmera de Fernando Sabino em cena do documentário "O Fazendeiro do Ar", de 1972
Como mostram os papéis que guardava entre os livros, Drummond era defensor dos animais. Ele teve um cachorro chamado Puck e um gato chamado Inácio.
Em 4 de outubro de 1970 –dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais–, com a amiga Lya Cavalcanti, também adepta da causa, criou um veículo em defesa da bicharada, batizado de “A Voz dos que Não Falam”.
Na capa da primeira edição, guardada no IMS, Cavalcanti deixava uma oração: “Sr. São Francisco, abençoe o irmão poeta entre seus bichos mais queridos”.
Logo abaixo, Drummond publicava um poema, “Conversa com o Santo”, no qual fala das “[…] infinitas coleções de animais que sofrem em todos os lugares da terra/ e não podem dizer que sofrem, e por isto sofrem duas vezes…”.
O poeta concluía o poema assim: “Por isto, santinho nosso,/ você providencie urgente sua volta ao mundo/ para ver se dá jeito nestes seus alunos repetentes”.
Uma das curiosidades de“A Voz” é uma “entrevista” dada por Drummond ao jornalzinho, em 1973.
Já era uma época em que ele não estava disponível para ser entrevistado, e “A Voz” a anunciava com pompa -“Entrevista exclusiva com o autor que não dá entrevista nem para o ‘Pasquim’”.
Quer dizer, não eram bem uma entrevista de verdade, porque a entrevistadora era uma cadelinha chamada Suzy. Leia abaixo.
Que acha da campanha que andam movendo contra nós?
Em primeiro lugar, acho uma campanha com certa dose de covardia: o homem é infinitamente mais poderoso do que vocês. Em segundo lugar, acho injusta, porque vocês não podem ser culpados do mal que eventualmente façam ao homem, uma vez que este lhes nega a racionalidade. Em terceiro lugar chega, né?
Acha que o homem tem direito à exclusividade neste planeta?
Não. Do seu direito à coexistência com as outras espécies animais o que lhe advém é antes da responsabilidade pela sorte dos mais fracos e menos evoluídos. Que entende você por mundo cão? Entendo um mundo tornado cruel pelo homem e não pelos outros seres vivos.
Se você não fosse homem, que bicho gostaria de ser?
Eu não gostaria de ser bicho e ter de defender-me da agressividade dos não-bichos.
Acha que o homem merece o amor que lhe dedicamos?
Muitos merecem, justiça seja feita. Porém um número ainda maior é indiferente ou hostil a vocês.
Em caso negativo, que iriamos amar se não amássemos o homem (e a mulher, é claro)?
Quando o homem não merece amor, o melhor é ficar à maior distância possível deles, e cada bicho consolar-se com o seu semelhante.
Em caso afirmativo, que poderemos fazer para que ele retribua melhor o nosso amor?
Acho que não há receitas para a retribuição de amor. Quem é capaz de amar, quem nasceu para amar, não espera ser amado para começar a amar: dá logo uma de amoroso. A iniciativa não pode partir de vocês.
Gostamos muito da sua poesia, achamos você um sujeito muito bacana e muito compreensivo, e por isso gostaríamos de nomeá-lo nosso filósofo oficial. Você aceita?
Obrigado. Mas o melhor é vocês dispensarem a filosofia e continuarem simplesmente integrados na natureza -coisas que nós, supostamente superiores, raramente sabemos fazer.
Menina, com cachorro, observa atentamente a escultura de Carlos Drummond de Andrade, no Rio (Ana Carolina Fernandes/Folhapress)

Humor de Bennet no blog do Josias




Josias de Souza
Compartilhe

Via Benett

O Brasil vai bem na direção do precipício

sábado, março 03, 2018O 


MALDIÇÃO PREMEDITADA! ESTATUTO DO DESARMAMENTO É O CAMINHO MAIS CURTO PARA A VENEZUELIZAÇÃO DO BRASIL.


A venezuelana Gabby Franco, uma atleta de tiro, fez este video em favor do direito às armas, colocando em evidência o que se passou na Venezuela e que se pode também aplicar ao Brasil neste momento em que o establishment montou uma encenação de “intervenção militar”, no Rio de Janeiro, negando, entretanto, às Forças Armadas o dito “mandado coletivo de busca”. Em outras palavras trata-se de uma empulhação e não uma verdadeira intervenção para salvar os cidadãos da sanha assassina dos meliantes.
Mais uma vez a Embaixada da Resistência em sua página do Facebook foi direto ao ponto ao publicar a advertência de Gabby Franco.
Dedico esta postagem ao meu amigo Bene Barbosa, o incansável, o bravo lutador pelo direito ao porte de arma pelos cidadãos de bem. Afinal, em 23 de outubro de 2005 foi realizado um referendo onde o eleitor votava respondendo à seguinte pergunta: “O comércio de Armas de Fogo e Munições deve ser proibido no Brasil? 
Resultado: 63,94% dos votantes (algo em torno de 95 milhões de brasileiros) votaram NÃO! Mas o PT com o apoio do PSDB do FHC e do MDB mais o restolho da dita “base aliada” aprovou um tal “Estatuto do Desarmamento”, sabe-se lá com quantas propinas e benesses análogas compraram os votos que fizeram tábula rasa do Referendo. Coisa típica de republiqueta bananeira
Portanto, vale muito a pena ver esse vídeo e compartilhar pelas redes sociais, já que vai diretamente ao ponto e que soa como um aviso ao povo brasileiro. Afinal, o golpe comunista e o decorrente genocídio que está ocorrendo na Venezuela teve seu começo desde o dia em que os amigos de Lula e de FHC decidiram proibir o porte de arma aos cidadãos venezuelanos de bem.
Em vista disso, a venezuelização do Brasil continua na ordem do dia. E prestem a atenção: todos aqueles cidadãos que negam e/ou minimizam esta real ameaça fazem parte do esquema do establishment. Ou mesmo aquele circunstante que abre aquela bocarra de idiota para fazer piada, provavelmente está torcendo para a venezuelização do Brasil em troca de uma boquinha em algum órgão governamental.
É neste momento que devemos cuspir na cara do vagabundo! É assim que se trata a bandalha comunista. 

quinta-feira, 1 de março de 2018

15 fotos para ficar encantado com o Planeta Terra / hypescience.com

https://hypescience.com/essas-fotos-incriveis-do-planeta-terra-vao-mudar-forma-como-voce-ve-o-mundo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

Lençóis Maranhenses


O fotógrafo brasileiro Cristiano Xavier ganhou o prêmio de fotografia aérea com esta visão belíssima dos Lençóis Maranhenses, no nordeste do Maranhão.

Chapada dos Veadeiros


O fotógrafo brasileiro Marcio Cabral ganhou o prêmio de exposição prolongada por essa imagem reveladora de galáxias, feita do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.

Bisti Wilderness Area


Huibo Hou, fotógrafa sedeada em San Diego, nos EUA, ganhou o terceiro lugar geral na competição com essa imagem da Bisti Wilderness Area, uma região selvagem do estado americano do Novo México.

Islândia


O fotógrafo Alex Nail, do Reino Unido, ganhou na categoria montanha por esta foto da região de Southern Highlands, na Islândia.

Patagônia


O fotógrafo Max Rive, da Holanda, ficou em primeiro lugar na competição “Fotógrafo Internacional de Paisagem do Ano” pelo conjunto da sua obra, que inclui essa foto da Patagônia

Mais acusações contra Lula,,,





Um total 43 e-mails trocados entre 2008 e 2013 foram entregues pelos advogados de Marcelo Odebrecht ao juiz Sérgio Moro, nesta quarta (27), provando o relacionamento entre o ex-presidente Lula e a empreiteira baiana.
As mensagens confirmam o que o empresário revelou em seu acordo de delação premiada sobre a relação da Odebrecht com Lula.
Marcelo só teve acesso a esse conteúdo depois que passou a cumprir prisão domiciliar, em dezembro, segundo seus advogados. É a terceira entrega de e-mails do computador pessoal que Marcelo Odebrecht. Moro vai decidir se vai admitir as mensagens como prova nos processos contra Lula.
Em um dos emails, de 21 de junho de 2011, Marcelo Odebrecht diz para um ex-diretor da empresa: "Quando mencionar ao amigo de BG que o acerto do evento foi com italiano/amigo de meu pai, e não com PT, importante não mencionar nada sobre minha conta corrente com italiano pois só ele e amigo de meu pai sabem".
A mensagem reforça o conhecimento de Lula sobre a conta corrente mantida com o ex-ministro Antônio Palloci, segundo a defesa de Marcelo Odebrecht.
De acordo com as investigações, Palocci era identificado na Odebrecht como “italiano” e Lula como “amigo de meu pai”. Palocci administraria a conta de propina que a Odebrecht tinha com o PT.
A defesa também destacou trocas de e-mails que, segundo os advogados, falam do andamento das obras no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia,que custaram R$ 1,02 milhão. Em 30 de dezembro de 2010, o engenheiro da Odebrecht escreve para Marcelo e executivos do grupo: "A equipe informou hoje pela manhã que esta tudo conforme programado. O mais importante nesse tipo de obra e' que não ha indefinicoes por parte do proprietário. Eu diria que temos como meta o dia 15 e não havendo imprevistos a alcançaremos. Temos um eng senior que se instalou em Atibaia e esta' cuidando pessoalmente do assunto com equipe de sua confiança”. Do site Diário do Poder

O ,movimento financeiro do crime do tráfico no Brasil faz parte dos elementos de sustentação do PIB ?

Facção paulista se une a quadrilhas do RJ 

que tentam tomar tráfico na Rocinha

Principal grupo criminoso de SP faz aliança com nova organização criada nos presídios fluminenses com apoio de ex-chefe do tráfico na comunidade.

Por Marco Antônio Martins, G1 Rio
 
Passarela na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Foto: Felipe Dana/AP)Passarela na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Foto: Felipe Dana/AP)
Passarela na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Foto: Felipe Dana/AP)
Documentos do sistema penitenciário do RJ e do serviço de inteligência que apoia a intervenção federal na segurança do estado mostram que o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, articulou novas alianças para expandir a atuação de seu grupo criminoso no Rio. Uma das áreas em questão é a Rocinha, favela mais populosa da cidade e localizada entre bairros nobres, como Leblon e São Conrado.
Nem é um dos chefes da facção Amigos dos Amigos (ADA) e está preso em uma penitenciária federal em Porto Velho (RO). Recentemente, entrou em guerra com Rogério 157, de quem foi aliado e que deixou a ADA para se unir ao Comando Vermelho (CV) – facção da qual Nem tenta tirar o controle do tráfico de drogas na Rocinha.
Nem firmou acordo da ADA com o Terceiro Comando Puro (TCP) para formar o TCA (Terceiro Comando dos Amigos). A nova facção se aliou ao Primeiro Comando da Capital (PCC), principal grupo criminoso de São Paulo que rompeu seu acordo de trégua com o CV. Com essa parceria, a quadrilha passou a ser chamada nos presídios de TCA-1533 (os números são uma referência ao PCC).
Mesmo preso, Nem financiou a compra de 200 fuzis para a quadrilha ao custo de R$ 7 milhões, segundo os órgãos de inteligência. O armamento foi recebido no ano passado na favela de Acari, na Zona Norte da cidade. Segundo os documentos da Seap e da inteligência federal, o PCC também repassa armas e drogas para o TCA-1533 em diferentes pontos da capital e interior do RJ.
A formação do TCA-1533 vem sendo acompanhada pelos serviços de inteligência da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e pelo governo federal. Segundo os investigadores, nos últimos dias de dezembro de 2017, no interior do presídio Jonas Lopes de Carvalho, Bangu 4, chefes da ADA confirmavam o acordo iniciado em 2016 com integrantes do TCP e criavam o Terceiro Comando dos Amigos.
Os documentos obtidos pelo G1 mostram que os traficantes presos uniram as duas quadrilhas e ainda contaram com a briga do PCC com o Comando Vermelho para obter o apoio financeiro da facção paulista.

Formação

O TCA-1533 começou a se desenhar quando, em 2016, integrantes do PCC romperam a parceria com o Comando Vermelho, considerada a maior facção carioca. Na ocasião, 120 detentos de São Paulo que cumpriam pena em três presídios pediram a transferência para unidades chamadas de "neutro". Todos dividiam unidades com o CV.
Por determinação do então subsecretário Sauler Sakalem foi tomado um procedimento diferente: os presos do PCC foram enviados para Bangu 4, onde ficam os detentos da ADA. O acordo entre as duas facções se consolidou.
Criminosos em liberdade e parentes passaram a ir morar em comunidades dominadas pela ADA como o Morro de São Carlos, na região central do Rio, e a favela da Rocinha, na Zona Sul.

Dinheiro apreendido com detentos das duas facções sob a guarda de um agente penitenciário (Foto: Divulgação)Dinheiro apreendido com detentos das duas facções sob a guarda de um agente penitenciário (Foto: Divulgação)
Dinheiro apreendido com detentos das duas facções sob a guarda de um agente penitenciário (Foto: Divulgação)
Em setembro, apareceu um indício de que a união entre TCP e ADA já estava encaminhada: o agente penitenciário Marcelo Aparecido de Lima foi preso pelo Ministério Público estadual guardando dinheiro das duas facções no presídio Carlos Tinoco, em Campos, no Norte Fluminense. Marcelo responde a processo preso.
Entre outubro e dezembro do ano passado, a movimentação de presos chamou a atenção dos órgãos de inteligência da Secretaria de Segurança e da PF: 840 presos solicitaram a transferência de Bangu 4 para a Lemos de Brito, cadeia do TCP. Novamente sem questionamentos das autoridades, todos foram transferidos.
A Seap informou que as transferências são determinadas pelo Subsecretário de Gestão Operacional da pasta. O Secretário de Estado de Administração Penitenciária, David Anthony Gonçalves Alves, admitiu que o número de transferências impressiona.
"É um número alto que me impressionou. Estou reunindo o 'staff' para que o quantitativo de transferências seja controlado e que estas só aconteçam por um motivo justificado. A rotina de incluir os dados de transferências da porta de entrada para as demais unidades será desconsiderada, pois assim aumentará o controle e transparência. Essa inclusive foi uma das demandas apresentadas na primeira reunião com a Defensoria Pública", afirmou.
Em 2016, mais de 65 mil transferências foram realizadas, contando os ingressos nas portas de entradas do sistema penitenciário e posterior deslocamentos para outras unidades prisionais, além de transferências para hospitais penitenciários.
A Seap investiga se houve irregularidades nas transferências, que juntaram itegrantes de ADA e TCP, e de PCC e ADA.

Transferências

Segundo um agente penitenciário, a criação da nova facção pode ter sido facilitada pela postura da gestão da época, que fazia transferências de membros das quadrilhas sem maiores questionamentos.
A distribuição dos detentos nos presídios do RJ ocorrem de acordo com as facções a que pertencem. Quando um detento comunica que quer deixar a quadrilha e se sente ameaçado, ele é enviado para uma ala isolada na cadeia de qualquer quadrilha.
Nos últimos dias de dezembro, logo depois do Natal, o preso Thiago Martins Cafieiro, o FM, que havia ido para a Lemos de Brito junto com os outros colegas, retornou para Bangu 4. Para os investigadores, FM tinha ido homologar o acordo com o TCP e voltava para comunicar a decisão aos chefes da ADA – entre eles Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, que tem dito não gostar da decisão.
Para agentes penitenciários há uma explicação para a postura do antigo chefe: Celsinho está perto de ganhar benefício judicial e passar a cumprir pena no regime semi-aberto. Qualquer envolvimento na criação da facção poderia impedir a obtenção do benefício.

MP e Seap

Sobre o surgimento do TCA-1533 nos presídios do RJ e as transferências que o motivou, a promotora Andreia Amin, coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) comentou:
"Não digo que a gestão anterior [da Seap] deixou correr frouxo, talvez tenha sido uma falha na análise sobre o que isso [a transferência] representava. O PCC estimulou um pacto de não agressão logo que rachou com o CV dando início à proximidade entre eles", explicou.
A Seap através de nota informou que "o atual secretário David Anthony Gonçalves Alves assumiu a pasta em 24 de janeiro, com o objetivo de reorganizar a mesma. Novas ações estão sendo operacionalizadas pela Seap, objetivando garantir a segurança do sistema penitenciário".
Ainda segundo a secretaria, entre as medidas estão o aumento das fiscalizações nas unidades prisionais, bem como o fortalecimento da Corregedoria com um trabalho integrado junto ao setor de Inteligência: "A Seap ressalta que a Superintendência de Inteligência desta pasta vem passando por uma reestruturação. O objetivo é ampliar sua capacidade operacional e de cooperação com as agências de inteligência dos demais órgãos de segurança pública".
O ex-subsecretário Operacional, Sauler Sakalem não foi encontrado para falar sobre as transferências de presos das facções.
Em nota, o MPRJ informa que desconhece a existência de relatório de inteligência que atribua à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) domínio territorial na comunidade da Rocinha. Segundo o órgão, a responsabilidade pela divulgação das informações são de responsabilidade exclusiva do promotor.
O MP informa ainda que a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público fluminense (CSI/MPRJ) está acompanhando os acontecimentos na Rocinha e até o momento não identificou dados que permitam conferir veracidade às informações veiculadas na mencionada matéria jornalística