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terça-feira, 21 de novembro de 2017

"Servidor ganha 67% mais que empregado privado, diz Banco Mundial" / Exame

Servidor ganha 67% mais que empregado privado, diz Banco Mundial

Chamado "prêmio salarial" do funcionalismo brasileiro é o mais alto numa amostra de 53 países pesquisados pelo Banco Mundial

Brasília – Os servidores públicos federais ganham no Brasil 67% a mais do que um empregado no setor privado em função semelhante, com a mesma formação e experiência profissional.





O chamado “prêmio salarial” do funcionalismo brasileiro é o mais alto numa amostra de 53 países pesquisados pelo Banco Mundial.

No relatório “Um ajuste justo – propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, o banco avalia que os salários elevados recebidos pelos servidores contribuem para aumentar a desigualdade no Brasil.
Para aproximar os salários do setor público aos pagos pelo resto da economia, o Banco Mundial recomenda o congelamento dos salários. Para o banco, se o prêmio dos salários federais fosse reduzido pela metade, a economia seria de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os servidores estaduais também têm salários mais altos. A diferença é de 31% em relação aos trabalhadores da iniciativa privada – patamar muito alto comparado a países semelhantes da região e ao nível da renda per capita. A média internacional do prêmio salarial dos servidores é de 16%.
O banco fez simulações que apontam que o congelamento dos salários do funcionalismo público reduziria o prêmio salarial de 67% para 36% até 2021, e 16% até 2024.
“Esse grande prêmio salarial perpetua a desigualdade, porque beneficia as pessoas mais ricas”, diz o economista-chefe do Banco Mundial no Brasil, Antonio Nucifora. Como os salários dos servidores são financiados por meio de tributação, os altos salários do setor público acabam constituindo uma forma de redistribuição de renda dos mais pobres e da classe média aos mais ricos, aponta o relatório.
O alinhamento dos salários iniciais aos pagos pelo setor privado e a introdução de um sistema mais meritocrático de aumentos salariais reduziriam os custos e aumentariam a produtividade no setor público.
Os funcionários públicos federais estão no topo da distribuição de renda do País, diz o relatório. Das 10 atividades com salários mais elevados, seis estão no setor público – o que não se observa, com frequência, em países da OCDE e economias emergentes.
De acordo com o relatório, o setor público paga, em média, salários aproximadamente 70% superiores (R$ 44.000 por ano) aos pagos pelo setor privado formal (R$ 26.000 por ano), e quase três vezes mais do que recebem os trabalhadores informais (R$ 16.000 por ano).
O governo federal paga salários ainda mais altos: com base em dados de 2016, os militares brasileiros recebem, em média, mais do que o dobro pago pelo setor privado (R$ 55.000 por ano), e os servidores federais civis ganham cinco vezes mais que trabalhadores do setor privado (R$ 130.000 por ano).
O Banco Mundial constatou ainda que a massa salarial também é elevada em relação a outros países. Ela subiu de 11,6% do PIB em 2006 para 13,1% do PIB em 2015, superando até Portugal e França, que registravam massas salariais mais altas que o Brasil há uma década. Outros países desenvolvidos, como a Austrália e os EUA, possuem massas salariais consideravelmente menores, de cerca de 9% do PIB. Já o Chile gastou somente 6,4% do PIB em salários do funcionalismo público em 2015.
Como porcentual do PIB, a folha de pagamento brasileira é mais alta que a de qualquer média regional de países. Os altos níveis de gastos com os salários são impulsionados pelos elevados salários dos servidores públicos, e não pelo número excessivo de servidores.
Os servidores públicos são comparativamente ricos no Brasil: 54% encontram-se no grupo dos 20% de renda mais elevada, e 77% estão entre os 40% mais ricos.

domingo, 27 de março de 2016

A voz do povo nos estádios e nas ruas quer Dilma fora do Planalto


27/03/2016
 às 10:20 \ Opinião

J. R. Guzzo: Insano, errado e inútil

Publicado na revista EXAME whttps://youtu.be/33iegELFr-w
Dilma Rousseff tanto fez, mas tanto fez que acabou sendo obrigada a aceitar o “fora Dilma” gritado nas ruas pela multidão — e também, como ficou oficialmente comprovado agora, por seu próprio partido. A opinião pública já não quer saber dela há muito tempo. O PT também não quer. E, mais que todos, o ex-presidente Lula não quer — e, quando ele não quer, ela não fica. Não ficou. Enquanto o Congresso Nacional não resolve a questão do impeachment e a Justiça não chega a uma decisão sobre a legalidade do mandato presidencial, Lula é o único que poderia tentar alguma pirueta extrema na esperança de resolver o prodigioso embrulho político, penal, econômico e gerencial montado no governo pela criatura que, um dia, ele teve a infeliz ideia de colocar no Palácio do Planalto como sua sucessora. Resolveu, como se viu, assumir ele mesmo o cargo de presidente da República, disfarçado de “ministro da Casa Civil”; a Dilma restam hoje o crachá de presidente, a incumbência eventual de aparecer na televisão falando um disparate qualquer e a possibilidade de andar de bicicleta em volta do palácio com seu capacete, seu traje de ciclista no último estilo e seu pelotão de seguranças. Pode dar certo uma extravagância dessas, até agora jamais tentada em nossa “história republicana”? Do ponto de vista do interesse pessoal de Lula, não está claro se pode ou não. Ele assumiu, sem eleição, esse terceiro mandato porque achou que era sua melhor, ou única, chance de salvar o próprio couro diante da Justiça penal brasileira; mas tem contra si tantas variáveis potencialmente desastrosas, política e juridicamente, que nada está garantido. Do ponto de vista do interesse dos cidadãos, a coisa já é bem simples: não há nenhuma possibilidade de dar certo.
É um caso claríssimo de pau que nasce torto; não pode endireitar mais tarde. Não se sabe de nenhuma democracia no mundo em que um político de primeira grandeza tenha sido nomeado subitamente para um cargo de ministro com a única finalidade de fugir de uma possível prisão preventiva, legalmente ordenada pela Justiça, sob a acusação de praticar crime comum. No presente caso de Lula, não houve sequer uma tentativa de dizer que sua nomeação atende a algum interesse público — que interesse público poderia ser esse, santo Deus? E por que a urgência desesperada? É óbvio que numa situação dessas, em qualquer época ou lugar, o certo é justamente não colocar no ministério, de jeito nenhum, uma pessoa com tal tipo de problema. Mas não: fizeram o exato contrário. A isso se soma uma declaração de hostilidades à opinião pública. Bem na hora em que 1,3 milhão de pessoas, em São Paulo, e outros 2 milhões ou mais, em outras 500 cidades e nos 27 estados brasileiros, repudiam o governo na maior manifestação popular da história nacional, Lula, o PT e Dilma decidem ir na direção oposta e provocam abertamente a voz da rua; em vez de tentar algum gesto para apaziguar um pouco os espíritos, mandam a população calar a boca. Também não prometem endireitar uma situação que começa com a divulgação, em plena luz do dia, das malfadadas conversas gravadas em que Lula dispara uma barragem sem precedentes de insultos ao Judiciário, ao Congresso e a todos os que não concordam com ele.
Mais complicado que tudo, enfim, é a impossibilidade material, para Lula, de “salvar a economia” ou torná-la um pouco menos ruim — o que, em sua imaginação, acabaria resolvendo tudo. Mas o repertório de ações aparentemente cogitadas por suas forças se divide entre o insano, o errado e o inútil. Falam em usar as “reservas internacionais” para fazer “obras”, como se fossem um cofrinho em que o governo vem guardando suas economias para um dia de chuva. Sonham em gastar mais — e aumentar a maior dívida pública da história econômica do Brasil. Acreditam no milagre da ressurreição do imposto do cheque. Acham que dá para comprar por atacado o Congresso e os partidos. Nenhum deles notou, pelo jeito, que em fevereiro o governo teve a pior arrecadação dos últimos seis anos — como tirar dinheiro de onde não há nada? Fora essas ideias, não há outras. O terceiro mandato de Lula começa mal.

quinta-feira, 10 de março de 2016

As mulheres vão dominar o mundo no atacado e no varejo... os homens


Mulheres superam homens em 11 de 12 habilidades emocionais



Thinkstock
Executivas: mulheres avaliadas apresentavam mais empatia do que os homens

Camila Pati, de Exame.com
São Paulo – Estudo divulgado hoje pelo Korn Ferry Hay Group enterra o estereótipo de que a mulher tem mais dificuldade do que os homens na hora de gerir suas emoções no trabalho.
Ancorada no inventário de Competências Emocionais e Sociais (ESCI, desenvolvido pelo professor Richard E. Boyatzis e pelo psicólogo e escrito Daniel Goleman, autor de "Inteligência Emocional”, a pesquisa mostra que a mulheres superam os homens em quase todas as habilidades intangíveis investigadas. A base de dados utilizada foi ampla: contou com informações coletadas entre 2011 e 2015 de 55 mil profissionais de todos os níveis hierárquicos em 90 países.
A ferramenta ESCI mede 12 competências emocionais e sociais: orientação para o resultado, adaptabilidade, coaching e mentoring, gestão de conflito, empatia, autoconhecimento emocional, liderança inspiradora, influência, entendimento organizacional, otimismo, trabalho em equipee autocontrole emocional.
A maior diferença entre eles e elas está no autoconhecimento emocional. De acordo com o Hay Group, as profissionais utilizam 86% mais consistentemente esta competência do que os homens. Os resultados indicam que apenas 9,9% deles demonstraram autoconhecimento, em comparação a 18,4% das mulheres avaliadas.
Entre as mulheres, a empatia apareceu 45% mais frequentemente do que entre os homens. Elas também demonstraram ser mais competentes em relação a coaching, mentoria, capacidade de influência, de liderança inspiradora, gestão de conflito, entendimento organizacional, adaptabilidade, trabalho em equipe e orientação para resultado. Também um pouco mais otimistas do que eles, as mulheres só empatam com os homens em controle emocional.
A pesquisa é importante para mostrar a necessidade de mais mulheres em postos de comando, segundo o escritor Daniel Goleman, que além de psicólogo e escritor é também o codiretor do Consórcio para Pesquisas de Inteligência Emocional nas Organizações, da Universidade Rutgers de New Jersey.
Ele sugere que as empresas encontrem meios de identificar estas competências em suas executivas com o objetivo de oferecer oportunidades de crescimento a estas mulheres.
A iniciativa pode trazer bons resultados para a organização já que o estudo também mostrou que líderes que não demonstram consistentemente qualquer competência de Inteligência Emocional tinham duas vezes mais funcionários planejando sair da empresa nos próximos 12 meses em comparação com aqueles que demonstram uma ou mais competências.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O incêndio do Museu da Língua Portuguesa...




São Paulo - Desde às 16h, um incêndio de grandes proporções atinge o Museu da Língua Portuguesa, que fica na região central de São PauloO bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz, que trabalhava no prédio, morreu enquanto tentava combater as chamas. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. 
Cerca de 37 viaturas e quase 100 bombeiros foram deslocados para conter o fogo que destruiu boa parte do edifício. Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta das 17h05, o fogo havia sido controlado pelas equipes que trabalhavam no local. 
O teto do prédio ficou totalmente destruído. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio teria começado no primeiro andar do museu e se alastrado rapidamente para os outros dois pavimentos.
O Museu da Língua Portuguesa fica na Praça da Luz, no bairro do Bom Retiro, e estava fechado para o público nesta segunda-feira. Construído em uma área de 4,3 mil metros quadrados, o museu foi inaugurado em 2006. O edifício que abriga o acervo foi construído em 1867 e tem três andares.
Em 1946, um incêndio deixou a Estação da Luz, onde o museu está alocado, parcialmente destruída. O fogo destruiu documentos e prejudicou a fachada que está voltada para a Avenida Tiradentes, mas não danificou a torre do relógio da estação

sábado, 28 de novembro de 2015

50 cidades pequenas atraem moradores por sua tranquilidade e poder econômico... / Exame


As 50 cidades pequenas mais desenvolvidas do Brasil

Melhor desenvolvimento econômico

São Paulo – No meio do caminho entre a Grande São Paulo e Campinas, um município desponta como modelo de desenvolvimento no país. Trata-se de Paulínia, uma cidade com menos de 100.000 habitantes, sede de grandes empresas petroquímicas e cenário de produções cinematográficas como “Chico Xavier” e “O Menino da Porteira”.
É ela que ocupa o primeiro lugar no ranking das 50 cidades pequenas que apresentam melhor desenvolvimento econômico, produzido com exclusividade pela consultoria Urban Systems e que compõem a pesquisa “As melhores cidades do Brasil para fazer negócios”, publicado na edição 1100 de EXAME.
A análise foi produzida a partir de dados de 348 cidades com população entre 50.000 e 100.000 habitantes — enquadradas no conceito de "média-pequenas". Municípios desse porte são responsáveis por 10% de tudo o que é produzido no país, além de concentrarem 11% das empresas e 12% da população.
PERFIL
Quase todas as cidades que apresentaram alto grau de desenvolvimento estão próximas de grandes municípios ou de regiões metropolitanas. De início, a estrutura dos vizinhos acaba sendo muito útil para o crescimento. Com o tempo, essa dependência diminui — e muito.
“Não é raro que muitas delas deixem de ser parte de um polo para se tornarem sozinhas polos de investimento”, diz Willian Rigon, responsável pela pesquisa.
Outro ponto comum nelas é a existência de uma “âncora de desenvolvimento”, ou seja, um setor econômico bem desenvolvido. É assim com Paulínia, com suas empresas petroquímicas e o polo de cinema, Lucas do Rio Verde (MT), com o agronegócio, e Ipojuca (PE), com o Porto de Suape.
O ponto de virada, no entanto, acontece quando elas conseguem expandir essas mesmas oportunidades para outros setores e para a população em geral. “Ao não depender de uma só atividade, elas suportam melhor momentos de crise”, diz Rigon.
Ao navegar pelas fotos, você encontra as 50 cidades que receberam as maiores pontuações, além de um compilado de números que mostram a qualidade de vida nesses locais.
O ranking foi criado a partir da análise de 13 indicadores econômicos, como PIB per capita, crescimento dos empregos formais, importações e exportações. Cada um dos critérios ganhou um peso de acordo com sua importância, totalizando 14 pontos.
*Atualizada em 24/11 às 8h47