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Coisa feia e aterrorizante para o Brasil...

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sábado, 5 de julho de 2014

Um pouco de filosofia // Páginas amareladas

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Um pouco de filosofia...!

“Por carregar o legado de sua própria história impresso dentro de seus circuitos, o cérebro recebeu como recompensa a imunidade mais poderosa contra possíveis tentativas de copiar seus mais íntimos segredos e arte”
Trecho do livro ‘Muito Além do Nosso Eu’ – Companhia das Letras de Miguel Nicolelis, o neurorrevolucionário, segundo a revista Veja  e o único brasileiro merecedor de uma capa da revista Science em 131 anos de publicação. 

“Você é quem?”

Esta pergunta não é urbana. É da roça. Vem de longe. De um tempo em que a maioria de nossos parentes trabalhava na terra e com a terra. E interessante, nesse  período  havia  filosofia  em casa,  na  família.  Parece  que as  perguntas estavam  para  serem  respondidas  e  cada  uma  obtinha  mais  perguntas.  As respostas não satisfaziam. E vinham mais perguntas. 

Você é quem? Há uma resposta boa ou honesta para a pergunta?
Penso que somos muitos talentos, indivíduos que se atomizam durante a vida. Admito que a interrogação seja melhor do que a resposta. Mas, é admissível entender  que se  durante  a  vida vamos mudando,  nos  tornando  experiente, acrescentando conhecimento, ganhando peso ou o contrário... 
Vou ao espelho e ele me diz que sou assim! E vejo outro sujeito. As fotos me dizem: fui assim! 
E de repente me pergunto se posso afirmar que sou aquele...

Você  é  quem?  Suspiro  e  me  vejo  vivenciando  um  acontecimento  ou  uma surpresa daquelas fortes, assustadoras e elas me sinalizam que não sou mais aquele. Então, sou outro?
É, pode ser que sim! E vou mais adiante. Fui criança e com esta figuração fui dependente. Fui rapaz e parecia mais forte do que o mundo.  Fui, fui; fui, fui... Quantos papéis de atuação...

Você  é  quem?  Difícil  responder  com  segurança.  Algumas  atuações  foram forçadas pela cultura da época. A cultura se modifica e nos leva junto. Assim mesmo, fui o último a vestir calça jeans. Mesmo com pouca convicção deixei crescer bigode e cabelo comprido nesse tempo. 

Você é quem? Foram muitos personagens. Havia corajosos, outros medrosos. Cada estação me sugeria um caminho. Era atleta em companhia de uma bola...Um tímido na presença de uma garota... Escondia minha pouca extensão de voz com companheiros de um coral... Me vestia como podia. A roupa como sempre sugestiona algumas ações.  Mas,  em boa parte  de  atuações  havia  prazer.  E havia também aquelas de compulsão...

Quem sou eu? Estou chegando ao fim da dilaceração sem muita convicção. 
Me sobrou uma resposta  entre muitas  e  desprendida.  Ela  é  um tanto  bizarra e desloca o lugar do cérebro no pódio de um livro de 552 páginas, de um cientista de renome planetário: 
Sou um delinquente hormonal...!

um beijo em todos eus e vocês
Fifica


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Páginas Amareladas // Luis Fernando Veríssimo no JB na revista Domingo em 1992

Um texto de Luis Fernando Veríssimo na revista Domingo do Jornal do Brasil em 17 de julho de 1992. 
Percebe-se que ele é bom, irônico, inteligente, articulado, admirável há muito tempo... 



domingo, 21 de outubro de 2012

Indigência funcional // Páginas Amareladas

                                    INDIGÊNCIA FUNCIONAL
  
Dois veículos de comunicação cariocas, O GLOBO e o Jornal do Brasil,  trataram, no mesmo dia, 10/10/2003, de duas agressões ao patrimônio público ocorridos em dois locais diferentes e nobres da cidade do Rio de Janeiro por autoridades que deveriam zelar pelos espaços agredidos.
O GLOBO mostrou em sua reportagem o autoritarismo de um guarda municipal que estacionava de maneira irregular seu carro dentro da Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema.
O Jornal do Brasil dirigiu sua atenção para um crime de natureza ambiental perpetrado pela Prefeitura do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no Horto, um terreno contíguo ao Jardim Botânico.
As duas matérias jornalísticas demonstravam  a incapacidade de dois encarregados de gerir e manter o bem público em condições de utilização pelos moradores  da cidade carioca.
A arbitrariedade do guarda municipal foi sanada pela retirada do veículo e o seu afastamento do exercício de zelador do próprio público que ele deveria cuidar. Um ofício administrativo debelou o ato falho de um funcionário.
No caso do prefeito do Jardim Botânico o prejuízo é muito maior do que todas as medidas possíveis de se minimizar as avarias ao patrimônio público. O impacto da derrubada de angicos e palmeiras para gerar um terreno para a construção de uma garagem não será recompensado por  uma ação ou punição de ordem administrativa.
Esses dois acontecimentos narrados pelos dois jornais cariocas pertencem ao universo da violência urbana da cidade do Rio de Janeiro. A diferença de tratamento jornalístico é de natureza sociopolítica , pois, não aparecem nas páginas policiais e sim nos cadernos ‘Rio’ e ‘Cidade’.Os dois veículos usaram a mesma “centimetragem” para contar as duas histórias. 
As reportagens  registram dois modos de punição. No primeiro, do guarda municipal, já providenciada, a pena é o afastamento do cidadão de nível de conhecimento de 2º grau para uma área de menor responsabilidade funcional. No caso do Jardim Botânico, o responsável pelo agravo   ao patrimônio público tem  nível de graduação de 3º grau e pode se defender de um processo que, por costume, pode durar anos para um julgamento.
Os  dois casos são emblemáticos e documentam o nível de indigência funcional dos  encarregados de proteger o bem público.
Ao mesmo tempo, pode ser percebido que existe outro modo de analisar os dois incidentes. Trata-se da demonstração do grau de espírito crítico  que o jornalismo alcançou e que pode ser medido pelo  interesse com que os veículos de informação abordam acontecimentos que interagem com as demandas dos diversos níveis de interesse da sociedade.