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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"Não sei !!" Crônica de Antonio Ermírio de Moraes quando colaborador da Folha de São Paulo - 2007

Furtado de Salomão 'dois pontos'... Diz o Salomão que ao visitar Antonio Ermírio em seu escritório (2007) ele havia acabado de escrever a crônica abaixo e lhe deu para ler....
Aproveite e leia também!!! Ela faz parte do acervo de Exame, do site sobreadministracao.com e fez parte da homenagem de Salomão em seu programa na BandNews ao amigo Antonio Ermírio de Moraes


>> Não Sei!!
Antonio Ermírio de Moraes.

“Se você ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena: 

Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e ali.
Aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:
- Será que vai chover hoje?
Se você responder “com certeza”… a sua área é Vendas:
O pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.
Se a resposta for “sei lá, estou pensando em outra coisa”… então a sua aérea é Marketing:
O pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.
Se você responder “sim, há uma boa probabilidade”… você é da área de Engenharia:
O pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.
Se a resposta for “depende”… você nasceu para Recursos Humanos:
Uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.
Se você responder “ah, a meteorologia diz que não”… você é da área de Contabilidade:
O pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados do que nos próprios olhos.
Se a resposta for “sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas”:
Então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada para qualquer virada de tempo.
Agora, se você responder “não sei”…
há uma boa chance de que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando à diretoria da empresa.
De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder “não sei” quando não sabe.Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação.
“Não sei” é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo,
e pré-dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.
Parece simples,
mas responder “não sei” é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa. Por quê? Eu sinceramente “não sei”.
(Antonio Ermírio de Moraes – Revista Exame)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Filosofia para políticos arrogantes, safos, dissimulados...e todos nós

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/08/filosofia-para-todos-nos.html

LIVROS - 31/08/2012 23h03 - Atualizado em 03/09/2012 17h38
TAMANHO DO TEXTO

Filosofia para todos nós

Com textos de autoajuda leves e eruditos, repletos de referências aos grandes pensadores, o suíço Alain de Botton quer nos ensinar a viver melhor

O CONSELHEIRO Ilustrações sobre uma foto do filósofo Alain de Botton. A School of Life, criada por ele, usa a obra de grandes pensadores como base para conselhos sobre a vida cotidiana (Foto: Ilustração de Alexandre Lucas sobre foto de Geraint Lewis/Alamy/Other Images)
Ilustrações sobre uma foto do filósofo Alain de Botton. A School of Life, criada por ele, usa a obra de grandes pensadores como base para conselhos sobre a vida cotidiana (Foto: Ilustração de Alexandre Lucas sobre foto de Geraint Lewis/Alamy/Other Images) DANILO VENTICINQUE
No vocabulário de qualquer pensador que tenha a intenção de ser levado a sério por seus pares, a expressão autoajuda é um grande tabu. A enorme quantidade de livros com conselhos infalíveis para ser feliz, perder peso e ficar rico, combinada à ínfima percentagem de leitores que de fato se tornam milionários, magros e felizes depois de terminar a leitura, fez com que o gênero caísse em descrédito nas últimas décadas e seus autores fossem considerados como meros aproveitadores pelos círculos acadêmicos e literários. Por isso, muitos dos que formam nesse exército renegam a bandeira. O americano Tim Ferriss, que oferece a seus leitores conselhos para fazer fortuna trabalhando apenas quatro horas por semana, define seus livros como textos de lifestyle design (design de estilo de vida). No Brasil, o best-seller Augusto Cury se irrita quando o chamam de autor de autoajuda. Seus livros, segundo ele, são obras de “psicologia aplicada”. Para compensar a atitude desses desertores envergonhados, o gênero conseguiu um forte reforço em suas fileiras. Aos 42 anos, com livros publicados em mais de 30 países, o filósofo suíço Alain de Botton é um dos poucos intelectuais capazes de assumir, sem medo do desdém alheio, que seus livros são obras de autoajuda. O que o separa de outros autores é a proeza de agradar a milhões de leitores com seus conselhos sem perder o respeito da crítica.
Capa 746 (Foto: divulgação)
Para Botton, o problema não é a autoajuda em si, mas a quantidade de autores ruins que se dedicam ao gênero. “A maioria dos livros de autoajuda é escrita por americanos sentimentais e moralistas, que prometem a seus leitores a vida eterna e riquezas incontáveis”, disse Botton, em entrevista a ÉPOCA. “É por isso que a elite cultural presume que apenas pessoas estúpidas leem esses livros.” Para ele, quando se examina a rica tradição dos escritores que ensinam a viver, que vem pelo menos desde Roma, o panorama muda. “A maior parte de nós admite secretamente que atravessar a vida não é uma tarefa tão fácil, e pode ser útil tirar lições de algum lugar. Por mais de 2 mil anos, grandes filósofos se dedicaram a obras que podem ser lidas como textos de autoajuda. O filósofo estoico Sêneca dava conselhos aos romanos para lidar com a raiva. As Meditações, do filósofo romano Marco Aurélio, estão entre os melhores textos de autoajuda já escritos. Em uma cultura que dá valor a obras como essas, as pessoas cometerão menos erros.” Inspirado em Sêneca e Marco Aurélio, pensadores que usaram sua sabedoria para iluminar questões mundanas do cotidiano e melhorar a vida de seus leitores, Botton construiu sua carreira de filósofo pop.
Seus textos leves e eruditos usam a filosofia e a literatura para abordar temas como a felicidade no trabalho, a preocupação com o dinheiro e a satisfação sexual. Ele faz sucesso desde o primeiro livro, Ensaios de amor, lançado quando tinha apenas 23 anos. A obra seguinte, Como Proust pode mudar sua vida, que usa a vida e a obra do escritor francês Marcel Proust como base para uma série de conselhos para viver melhor, transformou-o numa celebridade mundial. Os livros de Botton receberam elogios de publicações de prestígio, como o jornal The New York Times e a revista The New Yorker, que raramente levam esse tipo de literatura a sério. A repercussão positiva rendeu convites para palestras ao redor do mundo, em eventos incensados como o TED, um seminário americano que convida especialistas em diversos campos do conhecimento a dar palestras curtas veiculadas pela internet.
O lançamento da coleção The school of life (A escola da vida), que chega às livrarias brasileiras na próxima semana, pela editora Objetiva, é o projeto literário mais ousado de Botton. Com a ambição de atender às necessidades de “uma época confusa, em que o livro de autoajuda implora para ser repensado e adaptado”, a coleção reúne seis obras. A intenção de cada uma delas fica clara nos títulos: Como se preocupar menos com o dinheiroComo viver na era digitalComo manter a mente sãComo encontrar o trabalho da sua vidaComo mudar o mundo e Como pensar mais sobre sexo. Apenas o último é escrito por Botton. Os outros cinco foram elaborados por outros autores, escolhidos por ele após a definição dos temas. Todos trabalharam sob sua supervisão (...)
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