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sexta-feira, 27 de março de 2015

Sobre o acidente ou incidente com o avião da Germanwings ... Mais lenha na fogueira / DW


MUNDO

Opinião: Além do inconcebível

Se é verdade que a queda do voo 4U-9525 foi proposital, é bom lembrar que isso não aconteceu pela primeira vez. E ninguém está a salvo de suicidas, comenta o jornalista Henrik Böhme.
Henrik Böhme é jornalista da redação de economia da DW
Desde o primeiro minuto, quando saiu a terrível notícia da queda da aeronave da Germanwings nos Alpes franceses, a Lufthansa pousou a sua mão protetora sobre sua subsidiária. O presidente da maior empresa aérea da Alemanha, Carsten Spohr, que ainda possui uma licença válida para pilotar o Airbus A320, escreveu no microblog Twitter sobre "um dia negro para a Lufthansa". Ele se encontrou pessoalmente com familiares e amigos das vítimas, tanto em Düsseldorf como em Barcelona, prometendo-lhes toda a assistência e ajuda possíveis.
Spohr também rechaçou considerações quanto a eventuais falhas técnicas. A Germanwings é 100% uma subsidiária da Lufthansa, ou seja, os critérios que valem para uma também valem para a outra, afirmou. Sua manutenção está a cargo da Lufthansa Technik, uma das maiores empresas de manutenção existentes, que inspeciona e mantém em dia as aeronaves de numerosas empresas em todo o planeta.
E agora, isso: um copiloto, que, ao que tudo indica, decidiu dar um fim à própria vida e não hesitou em levar consigo outras 149 pessoas. Um copiloto que atravessou de forma bem-sucedida o rigoroso processo de seleção e o não menos exigente treinamento da Lufthansa. Um homem em quem confiamos ao embarcar no avião.
Isso automaticamente leva à pergunta: será que os check-ups médicos periódicos das empresas aéreas são mesmo suficientemente minuciosos? Será que os testes psicológicos não deveriam ser realizados regularmente e não apenas no início do treinamento?
Como qualquer pessoa, pilotos têm problemas perfeitamente humanos, que deixam alguns mais sobrecarregados, outros menos. Uns lidam bem com esses problemas, outros entram em depressão. A tragédia da Germanwings não é o primeiro caso desse tipo: o portal Aviation Safety Network lista oito casos semelhantes desde 1976.
Naturalmente se coloca novamente a questão já levantada logo após a queda: isso tudo não é ruim para a imagem das empresas, da Germanwings e da Lufthansa? Assim como no dia da queda, também nesta quinta-feira a cotação das ações da Lufthansa caiu. Essa informação, penso, pode-se ignorar, já que a bolsa de valores age sem consideração por vítimas humanas ou destinos pessoais.
Não, eu mantenho a minha posição: voar continuará sendo atraente, e na verdade a Lufthansa tem problemas bem diferentes para resolver, em nível econômico. Por ora, a catástrofe do voo 4U-9525 deixa todos esses problemas em segundo plano. A imagem da antes tão orgulhosa companhia aérea é arranhada por outras coisas. Mas hoje não é o dia para se falar disso.
Não, ninguém está a salvo de um suicida. Pode ser também o maquinista do trem, o motorista do ônibus, o caminhoneiro com seu veículo de 40 toneladas.
E mais uma coisa: eu também sou um dos que tiveram que subir num avião no dia seguinte à tragédia da Germanwings. Era outra companhia, outro trecho, mas o mesmo modelo de Airbus. Meu mecanismo interno de recalque funcionou bastante bem: eu embarquei, li o meu jornal, bebi meu café e desembarquei. O avião estava completamente lotado. E assim será também nesta sexta-feira, mesmo que agora saibamos: o perigo também pode estar lá na frente, na cabine do piloto.

MAIS SOBRE ESTE ASSUNTO

Sobre suposta gravação de áudio do avião da Germanwigs, o Airbus 320 // RT 24



Publican en Internet la supuesta grabación del audio del último minuto del Airbus A320

Publicado: 27 mar 2015 13:26 GMT | Última actualización: 
27 mar 2015 13:46 GMT
Publican en Internet la supuesta grabación del audio del último minuto del Airbus A320wikipedia.org / Curimedia / CC BY 2.0

En Internet se ha publicado la supuesta grabación del audio del último minuto del vuelo número 4U9525 del avión Airbus A320 estrellado en los Alpes franceses, en el que se oyen unos gritos y unos golpes.

En la Red ha aparecido un audio en el que supuestamente quedó grabado el último minuto del avión Airbus A320 de Germanwings, estrellado en Francia el 24 de marzo. No obstante, las fuentes oficiales aún no han confirmado su autenticidad, y RT tampoco ha podido comprobar su origen.
El presunto autor del accidente aéreo es el copiloto alemán Andreas Lubitz, que "probablemente no tenía motivos políticos ni religiosos", según la Fiscalía de Dusseldorf. Recientemente se ha descubierto que Lubitz sufría de depresión y hasta último momento fue observado regularmente por médicos.

Coluna de Augusto Nunes / Trechos



26/03/2015
 às 18:24 \ Opinião

Merval Pereira: ‘Governo sem rumo’

Publicado no Globo
MERVAL PEREIRA
A tensão política só faz aumentar em Brasília, e reflete a disputa intestina dentro de um governo sem rumo e sem liderança. A coalizão governista, artificialmente montada, se desmonta a olhos vistos sem que exista alguém que possa dar um destino, um caminho, para a rearrumação da casa.
Há exemplos de desencontros por todos os lados, e necessariamente a presidente Dilma está no centro de todos eles, em vez de guia tornando-se descaminho. Pode ser que eu tenha perdido alguma coisa, mas há alguma explicação lógica para que uma decisão tomada em novembro do ano passado possa ser desautorizada quatro meses depois pelo mesmo governo?
26/03/2015
 às 16:19 \ Direto ao Ponto

No Aqui entre Nós, Augusto Nunes comenta com Joice Hasselmann o desfecho do que o PT batizou de ‘batalha da comunicação’: o governo foi derrotado pelos fatos

26/03/2015
 às 15:15 \ Opinião

Editorial do Estadão: ‘O sofisma da ‘nova moralidade”

“Quando se combate a corrupção com firmeza, um efeito imediato é tirar do desconhecimento atos de corrupção que até então eram praticados. A impressão que fica é a de que todas essas ações aumentaram a corrupção, quando na verdade são medidas e instrumentos adotados para combatê-la.” Esse primor de sofisma é obra do titular da Secretaria Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, que foi o responsável pela montagem do balaio de propostas requentadas que compuseram o pacote de medidas de combate à corrupção anunciado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff com o objetivo de construir “uma nova moralidade pública”.
26/03/2015
 às 11:56 \ Opinião

Eliane Cantanhêde: ‘Bondade com o dinheiro alheio’

Publicado no Estadão
ELIANE CANTANHÊDE
Depois de furado o esquema gigantesco da Petrobrás, era apenas questão de tempo para começarem a estourar os tumores de outras estatais. Era cutucar e aparecer. O Estado chegou antes e temos aí os Correios, para confirmar a expectativa. Não foi o primeiro, certamente não será o último.
Fala sério: investir em títulos da Venezuela?! Isso não pode ser verdade. Mais do que uma aplicação de altíssimo risco, com o governo Nicolás Maduro desabando, é também uma operação suspeita e confirma o que todo brasileiro sabe, ou tinha obrigação de saber, a esta altura do campeonato: o modus operandi da era PT.
25/03/2015
 às 14:21 \ Direto ao Ponto

1 minuto com Augusto Nunes: A CPI da Petrobras também deveria investigar os vigaristas da imprensa que enriqueceram com patrocínios milionários da estatal

A Política do Brasil é uma chanchada ??? / Folha.com / Ferreira Gullar


Se correr o bicho pega

Ferreira Gullar
Nestas últimas semanas –antes das manifestações do dia 15– a sensação que tive, como espectador da atual política brasileira, foi de estar assistindo a uma chanchada.
Por exemplo, não poderia definir de outro modo o depoimento de José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, na CPI da Câmara para investigar os envolvidos na operação Lava Jato.
Antes dele, depôs Eduardo Cunha, do PMDB, que se prontificara a ser interrogado na mesma CPI.
Falou muito à vontade, dizendo-se vítima de perseguição por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não apresentou nenhuma prova do que afirmava, mas contou com o apoio unânime dos integrantes da comissão, sem distinção de partidos: do PSDB ao PMDB, do PT ao PSOL, todos teceram elogios ao deputado que é, por coincidência, presidente da Câmara de Deputados. Segundo alguns deles, o objetivo de Janot seria desmoralizar o Congresso nacional. Por que razão, ninguém sabe.

Mas hilariante mesmo foi o depoimento de Gabrielli, que começou tecendo intermináveis louvores à Petrobras, que estaria no auge de sua prosperidade. Disse isso de cara limpa, muito embora todos saibam que o valor da empresa tem caído no mercado, e sua credibilidade vem sofrendo graves perdas no plano nacional e internacional.

A impressão que tive, ao ouvi-lo, foi a de que se referia a uma outra empresa, por todos desconhecida.
Ele falava e eu mal acreditava no que ouvia, especialmente pela maneira desinibida com que afirmava coisas que nenhuma relação tinham com o que diariamente informa a imprensa e afirmam os especialistas na matéria.
A única explicação para tal atitude surrealista só pode ser uma firme disposição de desconhecer a realidade e enganar abertamente a opinião pública.
Sucede que, àquela altura do depoimento, ele ainda não havia atingido o ápice de seu descompromisso com a verdade dos fatos.
Parece-me que o atingiu quando lhe perguntaram se, como presidente da Petrobras, nada sabia das concorrências fraudadas e das propinas que eram divididas entre altos funcionários da empresa e representantes dos partidos políticos ligados ao governo, como o PT, o PMBD e o PP.
Ele sorriu ironicamente e garantiu que, na estatal, não se sabia disso –mesmo porque a tal corrupção sistêmica, apontada pelos delatores, nunca aconteceu.
E sabem por que nunca houve? Porque a fiscalização, feita por um órgão da própria Petrobras e por órgãos internacionais de alta eficiência, nunca captou nenhum sinal de que estivessem ocorrendo falcatruas na empresa.
Ora, se tais organizações nada detectaram é porque nada havia.
Eu estava perplexo com o que ele afirmava e ainda mais pelo à vontade como o fazia. Conforme apurou a operação Lava Jato, graças à delação de Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, centenas de milhões de reais foram distribuídas como propinas, inclusive a representantes de partidos como João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, ou seja, do mesmo partido de Gabrielli.
Só Barusco devolveu mais de R$ 182 milhões roubados da Petrobras, mas, de acordo com Gabrielli, se a fiscalização nada captou, nada foi roubado.

A chanchada, porém, não acaba aí. Na sexta-feira, dia 13, isto é, na semana passada, a CUT decidiu mobilizar os trabalhadores para manifestações públicas, em todo o país, em defesa da Petrobras.Se realmente fosse isso, teria de protestar contra aqueles que a saquearam, ou seja, os funcionários nomeados e mantidos por Lula e os partidos que compõem o governo petista. Ledo engano: a manifestação foi contra os que denunciaram a corrupção, porque dizem, como Gabrielli, Lula e Dilma, que tudo foi inventado para criar condições de privatizá-la.

Como se não bastasse, a CUT dizia protestar contra o ajuste fiscal, que prejudica os trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, defende Dilma, que autorizou o ajuste.
É chanchada ou não é? Dilma, para se eleger, prometeu uma coisa e, eleita, faz o contrário. Lula, que patrocinou o saque à Petrobras, faz comício para defendê-la.
Dilma, que negava a existência da corrupção, passou a se dizer responsável por sua apuração. Esse pessoal se esqueceu de que é mais fácil pegar um mentiroso do que um coxo. 

quinta-feira, 26 de março de 2015

"BONDADE com dinheiro alheio" // Eliane Cantanhêde / Estadão / coluna de Augusto Nunes



26/03/2015
 às 11:56 \ Opinião

Eliane Cantanhêde: ‘Bondade com o dinheiro alheio’  

Publicado no Estadão
ELIANE CANTANHÊDE
Depois de furado o esquema gigantesco da Petrobrás, era apenas questão de tempo para começarem a estourar os tumores de outras estatais. Era cutucar e aparecer. O Estado chegou antes e temos aí os Correios, para confirmar a expectativa. Não foi o primeiro, certamente não será o último.
Fala sério: investir em títulos da Venezuela?! Isso não pode ser verdade. Mais do que uma aplicação de altíssimo risco, com o governo Nicolás Maduro desabando, é também uma operação suspeita e confirma o que todo brasileiro sabe, ou tinha obrigação de saber, a esta altura do campeonato: o modus operandi da era PT.
Além da má administração, impera a confusão entre Estado e governo e entre governo e partido. Dá nessas coisas. A maior empresa do País foi fatiada e dilapidada em mais de R$ 1 bilhão, a querida e popular instituição dos Correios foi chamada a financiar ditaduras destrambelhadas, o programa Mais Médicos foi maquiado para disfarçar uma mãozinha milionária para os “cumpanheiro” cubanos.
A Operação Lava Jato expôs dirigentes partidários, parlamentares, ex-ministros, diretores, doleiros e executivos das grandes empreiteiras ─ com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no meio do furacão. E todos eles expuseram o Brasil à vergonha internacional e a processos judiciais preocupantes nos Estados Unidos. Sabe-se lá quanto tempo a Petrobrás levará para se recuperar financeiramente. Pior: quanto tempo levará para resgatar a credibilidade e a autoestima.
E os Correios gastaram a seu bel prazer, principalmente no ano eleitoral de 2014, e serão julgados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por ações irregulares pró-Dilma durante a campanha à reeleição. Agora, com um rombo de bilhões de reais, o que fazem seus chefões? Mandam a conta para os funcionários.
Conforme a reportagem do Estado, o Postalis, fundo de pensão dos Correios, espetou um extra de 26% sobre os ganhos de empregados, aposentados e pensionistas para cobrir um rombo que foi criado pela incompetência, pelo partidarismo e pela ideologia. Como Robin Hood ao contrário, os Correios tiram dos trabalhadores para dar aos patrões e candidatos.
E a história de Cuba? O Mais Médicos faz sentido, porque há municípios sem nenhum atendimento. E trazer generalistas cubanos também faz sentido, porque eles são especialistas em prevenção básica justamente em áreas carentes e não atendidas. Mas uma gravação obtida pela TV Bandeirantes mostra que o objetivo real não era nem uma coisa nem outra. Era despejar um bom dinheiro no regime dos irmãos Castro. Os médicos de outras nacionalidades só serviram para dourar a pílula.
Como resultado, temos que o Ministério da Saúde financia Cuba, os Correios dão uma forcinha ora para a Venezuela, ora para a campanha de reeleição da presidente, e a Petrobrás financia PT, PP e PMDB antes, durante e depois de eleições, para eternizar um projeto de poder.
Tem muita investigação, muito inquérito, muitos réus, muita gente presa, mas, no frigir dos ovos, adivinha quem paga essa conta? Você!