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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A preocupação dos militares visto por Raul Jungmann / blog de Aluízio Amorim

quinta-feira, fevereiro 11, 2016

OS MILITARES E A CRISE

O deputado federal Raul Jugmann (PPS/PE), que conforme observou O Antagonista, está longe de ser uma “vivandeira dos quartéis”, não se exime de fazer uma observação muito pertinente e realista em sua página do Facebook e quebra o tabu que o esquerdismo construiu em torno dos militares. Como deputado e democrata - anota O Antagonista - Jugmann “conversa com militares, parte inextirpável da sociedade brasileira”.
Aliás, nos países verdadeiramente democráticos e livres as Forças Armadas têm o maior respeito e apreço por parte dos cidadãos. 
Transcrevo o texto do deputado Raul Jugmann:
O principal juízo dos militares sobre a crise parte da constatação que os atores políticos, legitimados pelo voto para apontar e construir os caminhos da solução, abdicaram do papel que o grave momento nacional lhes reserva e reduziram as enormes dificuldades que se abatem sobre nós a mera luta pelo poder, na sua expressão mais primária. E ao esforço de preservação de biografias que a cada dia se mostram mais indefensáveis.
Reclamam, em síntese, da inexistência de vontade política para o enfrentamento efetivo dos problemas e, em consequência, da incompreensível subordinação das razões de Estado às conveniências político-partidárias.
A visão que eles têm da crise atual pode ser assim resumida:
a. Estão fechados com o que diz a Constituição e seu papel por ela definido. Nas suas palavras, nada farão fora do que diz o "livrinho" - nem prá por, nem para tirar ninguém, nem aceitarão ou apoiarão aventuras institucionais de qualquer das partes envolvidas;
b. Entendem, tendo em vista o aprofundamento social e econômico da crise, que cabe aos políticos sua rápida resolução, antes que ela se agrave ainda mais; e
c. Estão preocupados com a perspectiva de, não revertido o quadro de deterioração em curso, se verem convocados a intervir em nome da Garantia da Lei e da Ordem - GLO, art. 142, caput, da CF.
Convenhamos, a conjuntura lhes dá razão quanto ao temor de um descontrole. O crescente desemprego, a recessão, inflação, colapso fiscal de estados e municípios justifica a preocupação. Ademais, a perspectiva inédita de três anos de recessão, associada à vertiginosa perda de legitimidade do sistema político, de corrupção endêmica do governo e de parte do parlamento, somadas a amplas manifestações via redes sociais, torna cinzento nosso futuro.
Esse quadro poderia ser saneado se a política não fosse refém dela própria, como já dissemos anteriormente.
Isto porque, a crise é sobretudo política e da política, na sua relação incestuosa com o capital privado e patrimonialista com o Estado, aprofundada e acelerada à metástase pelos governos do PT e aliados, os principais responsáveis diretos pelo que ai está.
Diferentemente do que se passou em vários momentos da nossa história desde a crise de 1868, quando Caxias promoveu a queda do gabinete liberal do 2o reinado, inexiste projeto de tutela dos militares sobre as decisões ou rumos políticos do pais..
Hoje, os militares não desejam o poder ou identificam motivos para nele interferir, o que contribui decisivamente para nossa estabilidade democrática. Porém, temem que a irresolução da crise e seu agravamento os tire dos quartéis, onde cumprem com disciplina e compromisso seus deveres profissionais e institucionais.

Raul Jungmann

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Mais do mesmo...Operação Lava Jato, aberrações de gestão, traição à pátria, violações de valores sociais, políticos sitiados por denúncias, ocultação de patrimônio...

JUIZ SERGIO MORO DECIDE: DOCUMENTOS DA SUÍÇA PODEM SER USADOS EM PROCESSO CONTRA ODEBRECHT.

Marcelo Odebrecht em foto de sua ficha de presidiário
O juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em Curitiba, decidiu hoje que as provas coletadas via acordo de cooperação com a Justiça suíça poderão ser utilizadas no processo que investiga pagamento de propinas pela Odebrecht no exterior. Os pagamentos foram feitos por meio de empresas offshore controladas pela empreiteira e se destinavam a diretores da Petrobras, que também usavam offshores para receber os valores. O ex-executivo da Odebrecht Márcio Faria, preso na 14ª fase da Lava Jato, pleiteava a retirada dos documentos referentes às contas e depósitos bancários do processo que investiga corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa, enquanto o Ministério Público Federal defende o uso das provas.
Em seu despacho, o juiz federal questionou retoricamente se "há ou não decisão da Corte Suíça obstaculizando a utilização dos documentos?", respondendo negativamente em seguida. Sergio Moro ressalta que, apesar de reconhecer um erro procedimental do Ministério Público suíço, a "Corte suíça não proibiu as autoridades brasileiras de utilizar os documentos, nem solicitou a sua devolução. Pelo contrário, denegou expressamente pedido nesse sentido da Havinsur/Odebrecht". Segundo o juiz, "o erro procedimental não é suficiente para determinar a ilicitude da prova" porque ela não foi produzida por meio de "violação de direitos fundamentais do investigado ou do acusado".
Moro ainda observou que a Odebrecht busca, por meio de seus executivos e advogados, "apenas ganhar mais tempo", e restabeleceu o prazo para as alegações finais da defesa da empreiteira no processo, suspenso na terça-feira da semana passada. A partir de amanhã, a Odebrecht terá dez dias para tomar conhecimento da decisão de Moro e, depois da ciência, mais sete dias para apresentar sua defesa final a respeito das provas obtidas via Suíça.
Na semana passada, por considerar a questão "relativamente complexa", Moro havia suspendido o processo para que o MPF se manifestasse. A decisão do magistrado havia ocorrido após a Justiça suíça ter considerado "irregular" o procedimento de envio de provas obtidas no país europeu contra a Odebrecht à Procuradoria brasileira. Embora tenha apontado a falha, a corte suíça entendeu que o Brasil não tinha de devolver os documentos bancários enviados, conforme havia pedido a Odebrecht na intenção de anular as provas levantadas no exterior.
O recurso que motivou a decisão da Justiça suíça foi impetrado pela Hanvisur S/A, offshore por meio da qual a Odebrecht pagou, em março de 2010, 565.000 dólares à Milzart Overseas Holdings, sediada em Mônaco e controlada pelo ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Além de Duque, o MPF informou que receberam propina da empreiteira os ex-diretores de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, da área Internacional, Jorge Zelada e Nestor Cerveró, e o ex-gerente da Diretoria de Serviços, Pedro Barusco.Do site da revista Veja

MORO MANDA INVESTIGAR SÍTIO DE LULA

O juiz Sergio Moro, titular da Vara Federal de Curitiba e coordenador da Operação Lava Jato, autorizou a Polícia Federal a investigar as denúncias envolvendo o sítio atribuído ao ex-presidente Lula em Atibaia, interior de São Paulo. Há a suspeita de ocultação de patrimônio e, portanto, de sonegação fiscal.
Oficialmente, o sítio em Atibaia está em nome de dos jovens sócios de Fábio Luis Lula da Silva, o "Lulinha", escolhidos para o papel de "laranjas", mas quem o frequenta é o ex-presidente e sua mulher, Marisa, que inclusive fez uma horta e cria patos na propriedade.
O sítio foi inteiramente reformado e ampliado, em obra paga pela construtora Odebrecht em dinheiro vivo. A reforma, que incluiria uma fabulosa adega, custou cerca de R$800 mil, além da cozinha modulada Kitchens, a mais cara do mercado, e dos eletrodomésticos, no valor de R$ 250 mil, pagos pela OAS, que adquiriu na mesma loja móveis e equipamentos idênticos para o tríplex de luxo do ex-presidente na praia do Guarujá (SP).
Ao contrário dos suspeitos de serem "laranjas", o sítio seria exclusivamente frequentado por Lula e Marisa. Registros dos seguranças do ex-presidente, que são funcionários da Presidência da República, revelam que Lula este no sítio 111 vezes. Incluindo os recentes feriados de Natal e Ano Novo.
Por determinação de Moro, a investigação sobre a negociata envolvendo a propriedade, solicitada pela Polícia Federal, será feita separadamente e em "sigilo". Mas há outras investigações em curso envolvendo a suposta oculpação de patrim|ônio do ex-presidente, como a que se desenvolve no âmbito do Ministério Público Estadual de São Paulo. Do site Diário do Poder

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Uma foto de homens tímidos com riso contido... em 2000. Como seria a foto de hoje com eles? Haveria sorrisos ...?

8/02/2016
 às 15:28 \ Opinião

Silvio Navarro: O álbum de Lula 

Lula Bancoop - artigo Silvio
Arquivos pessoais sempre guardam imagens que a passagem do tempo torna irrelevantes. Com Lula é diferente. Os álbuns do ex-presidente abrigam dezenas de fotografias que adquirem mais sentido e crescem em importância no correr dos anos. Algumas, sem qualquer exagero, merecem ilustrar prontuários. A imagem acima é uma delas.
Clicada em maio de 2000, nela aparecem da esquerda para a direita o então bancário Ricardo Berzoini, o próprio Lula, Luiz Eduardo Malheiro (ex-presidente da Bancoop, morto em 2004) e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Estavam juntos para comemorar o lançamento do Projeto Moradia da Bancoop, a cooperativa petista que virou caso de polícia.
Desde 2015 recolhido a um presídio destinado a assaltantes de cofres públicos, João Vaccari Neto chegou a acumular a administração das finanças do PT com o comando da cooperativa habitacional picareta. Naquela época, o triplex erguido para Lula pela Bancoop não tinha sequer saído do chão. O termo “mensalão” ainda não era verbete de dicionário. A Petrobras não fora saqueada para financiar um projeto de poder e enriquecimento pessoal. E Lava Jato identificava apenas estabelecimentos que limpam automóveis em poucos minutos.
Tão logo a cooperativa corrupta passou a frequentar o noticiário político-policial, a família Lula tentou livrar-se do apartamento. A fotografia com o amigo-presidiário talvez ajude a explicar esse inexplicável gesto de desapego patrimonial.
Não fosse a Lava Jato, é provável que os amigos estivessem posando juntos neste verão, à beira da piscina do triplex que já foi da Bancoop, que já foi de Lula, mas que agora não tem mais dono.

Isso é que é farra...! Gastos com propaganda somaram 6 bilhões de reais no primeiro mandato de Dilma / Diário do Poder / coluna de Cláudio Humberto

terça-feira, fevereiro 09, 2016


SÓ NO PRIMEIRO MANDATO DILMA TORROU MAIS DE R$ 6 BILHÕES COM PROPAGANDA DO GOVERNO E ESTATAIS. É MAIS DO QUE VERGONHOSO. É CASO DE CADEIA E EXTINÇÃO DO PT.

No primeiro governo Dilma, a Secretaria de Comunicação (Secom), da Presidência da República, aplicou R$ 815 milhões em propaganda, tentando construir imagem positiva do governo. Sem contar os gastos das quatro maiores estatais para trombetear as maravilhas do governo: R$ 5,3 bilhões. A campeã é a Caixa, feudo do petista André Vargas, hoje preso, e do amigo Clauir Santos, chefe de marketing do banco.
Só em 2014, ano da reeleição de Dilma, a Presidência da República gastou R$ 238 milhões em propaganda, o triplo do último ano de Lula.

A FARRA EM DETALHES
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
Apesar da farra com dinheiro público em publicidade, o Planalto trocará as agências que dividem a verba: Leo Brunet, Propeg e Nova SB.
Debilitada pela gatunagem na era petista, a Petrobras gastou R$ 1,35 bi em publicidade no primeiro governo Dilma. Banco do Brasil, R$ 1,42 bi.
Mesmo em declínio e amargando prejuízos, os Correios gastaram R$ 615 milhões com propaganda, durante o primeiro governo Dilma. Da Coluna Cláudio Humberto/Diário do Poder

É só explicar... Uma sugestão para Lula / J R Guzzo

O título explica tudo... O texto não é maldoso, pelo contrário, é generoso

Notícias horrorosas de Brasília... // coluna de Cláudio Humberto

08 DE FEVEREIRO DE 2016




DELAÇÃO DA ANDRADE COMPROMETE LULA E DILMA

A decisão do juiz Sérgio Moro, de conceder prisão domiciliar aos dois executivos da Andrade Gutierrez, surpreendeu a Procuradoria-Geral da República, que há pelo menos um mês examina o possível acordo de delação deles. Fontes ligadas à investigação dizem que as delações de Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente, e Elton Negrão, ex-diretor da empreiteira, comprometem Lula e a presidente Dilma.

PARCERIA PERIGOSA
Tanto quanto a Odebrecht, a mineira Andrade Gutierrez foi parceira dos governos petistas de Lula e Dilma, inclusive no financiamento eleitoral.

NITROGLICERINA PURA
As revelações prometidas pelos executivos da Andrade Gutierrez são tão importantes que Moro os liberou antes de homologada a delação.

BOMBA, BOMBA!
A expectativa, na Lava Jato, é que a delação de Otávio Azevedo será tão bombástica quanto seria a eventual delação de Marcelo Odebrecht.

A CASA VAI CAIR
Otávio Marques de Azevedo promete contar tudo sobre a corrupção dos governos Lula e Dilma, no petrolão e na usina nuclear de Angra 3.

‘EMENDA GLOBO’ EM MP PENALIZA EMPRESAS

A Receita Federal tenta incluir na medida provisória nº 649 a “emenda Rede Globo”, que penaliza empresas optantes do lucro presumido para declarar imposto de renda. A intenção é dobrar a alíquota para 30% se houver lucro maior que o presumido. O objetivo, segundo senadores governistas, seria penalizar jornalistas, inclusive da Globo, que trocam carteira assinada por contrato de pessoa jurídica para prestar serviços.

PRÁTICA COMUM

“Pessoa jurídica” substituindo carteira assinada é prática cada vez mais comum na prestação de quaisquer serviços, inclusive de comunicação.

SÓCIO NO SUCESSO
Além do que já recolhe, o governo parasita quer 15% do lucro adicional ao presumido. Mas não reduz imposto com lucro menor que o previsto.

GOELA ABERTA

Podem fazer a opção pelo lucro presumido, para recolhimento de imposto de renda, as empresas que faturam até R$ 78 milhões ao ano.

DILMA É QUEM LEGISLA

Com doze medidas provisórias editadas em 2015 pendentes de votação, Dilma editou três novas em janeiro deste ano. O Congresso não parece disposto a votar as propostas de aumento de imposto.

SÓ DEPOIS DO CARNAVAL

Apesar do vexame internacional do Brasil por causa do zika, incluindo sonegação de material genético a laboratórios do exterior, Dilma só vai reunir os ministros para tratar o assunto no próximo sábado (13).

LÍDER GOVERNISTA

O Ministério Público Federal investiga o repasse de dinheiro do governo Dilma a João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Sem-Terra, sem licitação. A boquinha foi revelada nesta coluna.
ESQUECERAM DE MIM

Delcídio do Amaral (PT-MS), o ex-líder do governo Dilma preso, está cada vez mais abatido, e se queixa de que nenhum senador foi vê-lo na cadeia. Jura que voltará ao Senado e defenderá seu mandato.

A FALTA QUE ELE FAZ

O falecido ex-governador faz falta ao PSB de Pernambuco, que paga um preço elevado pela inexperiência dos “herdeiros”. Pensam que são Eduardo Campos reencarnados, mas não lhe amarrariam as chuteiras.

ECONOMIA DEFINE

A avaliação do governo e da oposição em relação ao impeachment de Dilma é o mesmo: será a economia o fiel da balança no processo. “Deixou de ser processo político há muito tempo”, disse um deputado.

BLOCÃO REPAGINADO

Estão adiantadas as conversas para a reunificação de um repaginado blocão (PMDB, PP, PTB, PSC, PHS e PEN). Os governistas Dudu da Fonte (PP-PE) e Leonardo Picciani (PMDB-RJ) tentam melar isso.

NO TRANCO

A presidente Dilma passou a defender publicamente o ex-presidente Lula, enrolado no sítio de Atibaia e no tríplex do Guarujá, somente após receber um “pedala” da cúpula do PT.

PENSANDO BEM...

“Triplo X”, filme com Vin Diesel, indica que os petistas têm talento para o cinema. Vem aí “Missão Impossível: a defesa de Lula”, estrelado por Dilma.


domingo, 7 de fevereiro de 2016

O PT é um time de futebol sem goleiro e técnico ... // Mary Zaidan


POLÍTICA

Lula, quem diria, foi parar...

Lula e dona Marisa na Marquês de Sapucaí, no Rio (Foto: Ricardo Stuckert)Lula e dona Marisa na Marquês de Sapucaí, no Rio (Foto: Ricardo Stuckert)
A combinação carnaval e política tem o dom de disfarçar a gravidade das crises. Diverte milhões com fantasias e máscaras, letras originais ou paródias bem-humoradas - algumas engraçadíssimas. Que valem tanto ou mais do que enquetes ou pesquisas de opinião. Um termômetro adicional e preciso para medir quem goza ou não de prestígio popular. E que deve deixar a presidente Dilma Rousseff, o ex Lula, Cunhas, Renans, governadores e prefeitos às dúzias ansiando pela Quarta-feira de Cinzas.
Para muitos, o carnaval é uma pausa no desassossego do cotidiano. Mas os dias de brincadeira que já foram para desafogar mágoas - quase sempre de um amor perdido - servem hoje muito mais para não pensar no aluguel que vence amanhã, nos preços da feira, no emprego que deixou de existir. 
Está difícil até para os que querem esquecer tudo, ainda que temporariamente. Os preços da cerveja e da cachaça, itens inflacionados e que ganharam novas alíquotas de impostos, não deixam. Até a água está cara, o confete e a serpentina viraram artigos de luxo.
Criativo, o folião remodela a fantasia, pica papel, substitui a arquibancada da avenida – neste ano está sobrando ingresso no Sambódromo do Rio – pelos blocos de rua. Tira o pixuleco do armário, grita “Lula na cadeia” e “fora Dilma”.
Lula, que já perdera a santidade quando virou pixuleco nas manifestações pró-impeachment, volta à cena em diversas cidades, encarnado na fantasia de presidiário, como no desfile da Mocidade Unida da Glória, candidata ao bicampeonato do carnaval capixaba. A escola levantou a galera com críticas a políticos - "Será que a malandragem sumiu? Será que ela comanda o Brasil?" - e passistas mascarados de lulas e dilmas atrás das grades.
Herói do ano, o juiz Sérgio Moro, que comanda a Lava-Jato, não bateu o capa-preta dos mensaleiros, Joaquim Barbosa, cuja máscara fez sucesso em 2013. A figura mais popular é mesmo o agente Newton Ishii, chefe do Núcleo de Operações da Polícia Federal em Curitiba, “o japonês da Federal”, figura obrigatória na prisão de gente que já foi intocável. 
O “Japonês da Federal” também virou marchinha - “Sou Trabalhador...Não sou lobista, senador ou deputado!”,  ao lado do “Bar do Cunha”, “Marcha do tríplex”, “Guarde bem sua cartinha”, “Ela petralha e eu coxinha” e outras tantas. Odes à ironia e ao bom-humor do brasileiro, que, vítima da agudez da crise, apela ao riso e à galhofa. Como sempre.
Por trás da gargalhada está o repúdio à roubalheira. E sem perdão: deputado, senador, lobista, Lula e o tríplex, que já foi e não era dele, que era de sua mulher Marisa Letícia e não é mais.
Nem precisa ir muito além para apontar o estrago para Lula e o PT de o imbróglio do tríplex cair no popular, amplificado por uma marcha redondinha, que não para de tocar, animando a folia de Olinda.
É assim, e todo político sabe disso. O carnaval é a maior festa popular, para o bem e para o mal. Getúlio Vargas odiava ser chamado de velho, mas surfou no sucesso da marchinha “Retrato do velho” (Haroldo Lobo-Marino Pinto), que acabou virando jingle de sua campanha.
Com a sucessão de escândalos patrocinados pelo lulopetismo nos últimos 14 carnavais, a marcha do tríplex talvez caia no esquecimento. Mas sabe-se lá para dar lugar a que tipo de alegoria.
Foi-se o tempo em que “bloco de sujo” era comandado por inocentes batidas de lata no lugar do tamborim.