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terça-feira, 31 de março de 2015

"De poste em poste vou iluminando o Brasil"" ... Da coluna de Augusto Nunes


30/03/2015
 às 15:55 \ Direto ao Ponto

O poste é inseparável do fabricante: Dilma será para Lula o que Pitta foi para Maluf

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Como um punguista de antigamente depois de afanada a carteira da vítima, Lula tenta afastar-se de Dilma Rousseff com cara de paisagem, assoviando um sambinha enquanto caminha nem tão depressa que pareça medo nem tão devagar que pareça provocação. A malandragem deu certo no escândalo do mensalão. O chefão caiu fora da cena do crime e a patente de comandante do bando acabou enfeitando os ombros do subchefe José Dirceu.
Mas não se terceiriza o pessoal e intransferível. A segunda-dama Rose Noronha, o prefeito Fernando Haddad e a instalação de uma usina de maracutaias nas catacumbas da Petrobras, por exemplo, são coisa de Lula. Dilma Rousseff também. Lula logo aprenderá que um poste é inseparável de quem o inventou — e um produto de péssima qualidade pode levar seu fabricante à falência política. Dilma Rousseff será para Lula o que Celso Pitta foi para Paulo Maluf.
Ambos deslumbrados com os altos índices de aprovação reiterados pelas usinas de pesquisas, o prefeito Maluf em 1995 e o presidente Lula em 2007 resolveram mostrar que conseguiriam transformar qualquer nulidade em ocupante provisório do trono. Para que os escolhidos cumprissem sem resmungos a missão de guardar o lugar até que o chefe voltasse, constatou um post de 2010, o marajá de São Paulo e o reizinho do Brasil decidiram-se, sem consultar ninguém, por figuras sem autonomia de voo nem luz própria.
O primeiro pinçou na Secretaria de Finanças do município um negro economista. O segundo pinçou na Casa Civil uma mulher economista. Ao apresentar o sucessor, o prefeito repetiu que foi Maluf quem fez São Paulo.Mas quem arranjou o dinheiro, revelou, foi aquele gênio da raça chamado Celso Pitta. Ao apresentar a sucessora, o presidente reterou que foi Lula o parteiro do Brasil Maravilha. Mas quem amamentou o colosso, ressalvou, foi aquela sumidade político-administrativa por ele promovida a Mãe do PAC.
Obediente a Maluf e monitorado pelo marqueteiro Duda Mendonça, Pitta atravessou a campanha driblando debates e entrevistas, declamando obviedades e louvando o criador de meia em meia hora. Como herdaria uma cidade sem problemas, sua missão seria torná-la mais que perfeita com espantos de matar de inveja a rainha da Inglaterra. Grávido de orgulho, o padrinho ordenou aos eleitores que nunca mais votassem em Paulo Maluf se o afilhado fracassasse.
Obediente a Lula e tutelada pelo marqueteiro João Santana,  Dilma percorreu o atallho para o Planalto desconversando em debates e entrevistas, gaguejando platitudes e bajulando o criador a cada 15 minutos. Como lhe cairia no colo um país pronto, caberia à herdeira tocar em frente o pouco que faltava para torná-lo uma espécie de Noruega com praia, mulher bonita e carnaval. Grávido de confiança, o padrinho comunicou ao eleitorado que ele e ela eram a mesma coisa. Votar em Dilma seria a mesma coisa que votar no maior dos governantes desde o Descobrimento.
São Paulo demorou três anos para entender que estava nas mãos do pior prefeito de todos os tempos. Descoberta a tapeação, milhões de iludidos escorraçaram Pitta do emprego e atenderam à vontade do seu inventor: nunca mais Paulo Maluf foi eleito para qualquer cargo executivo. O Brasil demorou quatro anos para compreender que, ao conferir um segundo mandato a Dilma Rousseff, ratificara a mais desastrosa opção presidencial de todos os tempos.
Pena que as multidões não tenham acordado algumas semanas mais cedo. Mas enfim despertaram — e despertaram de vez, berram as manifestações de rua e o sumiço do único “líder de massas” do mundo que só discursa para plateias amestradas. Antes do fiasco de Alexandre Padilha nas urnas de outubro, Lula caprichou na ironia presunçosa: “De poste em poste estou iluminando o Brasil”, repetia.
O terceiro poste afundou a muitas léguas do Palácio dos Bandeirantes. O segundo, Fernando Haddad, pedala no mundaréu de ciclovias para fugir do naufrágio inevitável. O poste inaugural vai sendo tragada pelo mar de corrupção e incompetência. Dilma Rousseff debate-se furiosamente milímetros acima da superfície. Lula quer que afunde sozinha. Mas não escapará do abraço de afogado.

Charge de Amarildo // blog de Ricardo Noblat


A charge de Amarildo

Charge (Foto: Amarildo)

O PT machucado pelos fatos tenta a sorte como 'perseguido' da imprensa

Falido como partido, PT tenta sorte como piada
Josias de Souza

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Após reunião com Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, dirigentes do partido nos Estados divulgaram um manifesto revelador. O texto indica que o PT não só acredita em vida depois da morte como crê piamente que é esta que está vivendo. Após fenecer como partido, o PT tenta a sorte como piada.
O manifesto do PT anota a certa altura: “Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores. […] E, caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras.”
É como se o partido desejasse dar um banho de gargalhada no país. A última vez que o PT declarou-se a favor de apurações rigorosas foi antes do julgamento do mensalão. Sentenciada, sua cúpula passou uma temporada enjaulada na Papuda. E não há vestígio de expulsão. Ao contrário.
Vítima de um expurgo cenográfico na época da explosão do escândalo, Delúbio foi readmitido nos quadros da legenda. Com as bênçãos de Lula. Dirceu e Genoino são cultuados nos encontros partidários como “guerreiros do povo brasileiro”.
Noutra evidência de que o cotidiano do petismo é uma tragédia que os petistas vivem como comédia, o manifesto aponta a existência de “uma campanha de cerco e aniquilamento”, na qual vale tudo para acabar com o PT, “inclusive criminalizar” a legenda. A cruzada antipetista é realmente implacável.
Deve-se a criminalização do PT aos petistas que, ocupados em salvar o país, não tiveram tempo de ser honestos. A Procuradoria da República e o juiz Sérgio Moro elegeram como inimigo número 1 da honra petista o tesoureiro João Vaccari Neto. José Dirceu, reincidente, está na bica de ser convertido em inimigo número 2.
Noutro trecho, o manifesto sustenta: “Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades.” Trata-se de uma reedição do velho discurso do “rouba mas faz”. Só que num formato bem mais divertido.
“Não toleram que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de país tenha sido vitorioso nas urnas”, acrescenta o texto, numa cômica injustiça com os 13% de brasileiros que, segundo o Datafolha, ainda consideram Dilma Rousseff ótima ou boa três meses depois da segunda posse.
O 5º Congresso do PT, marcado para junho, deve “sacudir” a legenda, antevê o manifesto. Anuncia-se a retomada da “radicalidade política” e o desmanche da “teia burocrática” que imobiliza a direção partidária “em todos os níveis”, levando o partido a habituar-se com o “status quo”.
Suspeita-se que os redatores do manifesto tenham desejado dizer o seguinte: o PT vai se auto-sacudir radicalmente, para combater seu próprio status quo. De preferência, destruindo o status sem mexer no quo.
Uma coisa é preciso reconhecer: o ex-PT cada vez mais se dá bem consigo mesmo. O que é tragicamente cômico.

Resultado de mistura de larva de vulcão e gelo... / Bombou na Web

Veja o resultado....

segunda-feira, 30 de março de 2015

Aplicativo novo do Gmail agrega outras contas de e-mail's


France Presse
30/03/2015 20h11 - Atualizado em 30/03/2015 20h11

Google atualiza aplicativo do Gmail para gerenciar várias contas de e-mail

Novidade vale para versão de Android do aplicativo do Gmail.
App agora é compatível com outros serviços de e-mail, como Outlook.

Da France Presse
Gmail, serviço de correio eletrônico do Google. (Foto: Divulgação/BBC)App do Gmail para Android agora permite gerenciar várias contas de e-mail (Foto: Divulgação/BBC)
O Google disse nesta segunda-feira (30) que está atualizando seu aplicativo do Gmail na versão Android para permitir o gerenciamento de várias contas de e-mail a partir de um único programa.
"A partir de hoje, você será capaz de ver todos os seus e-mails de uma vez, independentemente de qual conta está logada, utilizando a nova opção 'todas as caixas de entrada'", anunciou Regis Decamps, engenheiro de software do Google, no blog oficial da empresa.
"Dessa forma, você pode ler e responder a todas as suas mensagens sem ter que ficar trocando de conta", explicou. O novo aplicativo irá agregar e-mail de serviços rivais ao Gmail, como Yahoo e Microsoft Outlook, entre outros.
O Gmail já tinha permitido aos usuários acessar várias contas a partir de computadores de mesa, mas o novo aplicativo tem como objetivo integrar perfeitamente os vários serviços de e-mail em uma caixa de entrada unificada com capacidade de pesquisa e visualização.
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domingo, 29 de março de 2015

"E o que se projeta para a Secom? O temor é de manipulação das verbas oficiais de publicidade, que deveriam ser de governo, mas tendem a ser cada vez mais de um partido" / Eliane Cantanhêde

Do blog do Murilo  

domingo, março 29, 2015 


Um tesoureiro no Planalto -


 ELIANE CANTANHÊDE

O Estado de S. Paulo - 29/03

A ida de um ex-tesoureiro do PT para a Secretaria de Comunicação da Presidência é um exemplo estridente do isolamento de Dilma Rousseff, enclausurada no PT, sem saída. É duplamente dramático, porque Dilma está fraca, o PT está fraco e um puxa o outro ainda mais para baixo. Típico abraço de afogados, com uma amarga ironia: a única boia à vista é a receita Joaquim Levy - que significa o oposto do que Dilma e o PT pregavam.

Essa nomeação significa que Dilma não está entendendo nada e/ou não dá a menor bola para a opinião pública, cada vez mais irritada com escândalos sem fim. Nada contra a pessoa do afável Edinho Silva, mas a expressão "tesoureiro do PT" remete a Delúbio Soares, preso no mensalão, e a João Vaccari Neto, ainda no cargo e réu na Lava Jato.

E o que se projeta para a Secom? O temor é de manipulação das verbas oficiais de publicidade, que deveriam ser de governo, mas tendem a ser cada vez mais de um partido. Lula, Dilma e o PT sempre culpam a mídia pelas próprias desgraças e, tomara que não, mas podem querer dar uma de Nicolás Maduro na Venezuela e de Cristina Kirchner na Argentina, usando dinheiro público para chantagear empresas de comunicação.

Com estagnação em 2014 (PIB de 0,1%), previsão de recessão em 2015, indústria encolhendo, demissões começando, inflação disparando e falta de perspectiva asfixiando investimentos, cortar publicidade tem ares de vingança cruel. Parece, porém, encontrar simpatia na cúpula petista.

Em recente reunião da bancada do PT na Câmara, presenciada pelo repórter Pedro Venceslau, do Estado, o líder José Guimarães disse que o governo "vive uma sangria" e é preciso "radicalizar, ir para a ofensiva". Para o presidente do partido, Rui Falcão - que é jornalista - o governo tem de restringir a publicidade aos meios de comunicação mais aliados. Ou seja: aos amigos (como os blogueiros sujos, ops!, "independentes"), tudo; à mídia livre, pão e água.

Aliás, que jornalista realmente independente assumiria o cargo neste "caos político", como admitiu a própria Secom? Só um jornalista engajado ou um militante, um soldado, assumiria a comunicação de governo neste momento. É uma missão, é ir para o sacrifício, porque a realidade desmente, dia após dia, a versão de que o derretimento da imagem de Dilma e do partido é "culpa da imprensa".

Milhões de pessoas foram às ruas em 15 de março, e prometem voltar em 12 de abril, não por causa da chamada grande mídia, mas por impulso das redes sociais e pela irritação generalizada com os escândalos bilionários e institucionalizados no governo Lula, com a incompetência do governo Dilma na economia, na política e na gestão e com as mentiras de campanha sobre vacas tossindo.

"Não adianta falar que a inflação está sob controle quando o eleitor vê o preço da gasolina subir 20% ou a sua conta de luz saltar em 33%. Assim como um senador tucano na lista da Lava Jato não altera o fato de que o grosso do escândalo ocorreu na gestão do PT." Quem disse isso não foi a imprensa malvada, foi aquele documento da própria Secom publicado com exclusividade pelo portal Estadão.com.br.

Logo... trocar um jornalista por um tesoureiro do PT e chantagear com verbas publicitárias não vai resolver nada. Não há marketing que faça o PIB crescer, o emprego aparecer, a inflação cair, a conta de luz baixar. Nem que apague o mensalão, o petrolão, os títulos que o Postalis comprou da Venezuela e os bilhões de reais sonegados à Receita a golpes de propina.

Além de paciência, como diria o ministro Jacques Wagner, o ex-tesoureiro Edinho Silva vai precisar muito de... Ah, sei lá.

Educação. Depois de tantos erros crassos, Dilma acertou com Janine Ribeiro no MEC. Um salto e tanto depois de Cid Gomes na tal "pátria educadora".


Postado por MURILO às 08:57

""Será longo o inverno. Nós o atravessaremos com nossa alma tropical duvidando do sol. Mas ele voltará" / Miriam Leitão

Resposta de colunista a um exitante militante do PT / Felipe Moura Brasil

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2015/03/28/resposta-a-um-professor-da-uerj/ 

Resultado de imagem para felipe moura brasil twitter
28/03/2015
 às 14:54 \ BrasilCultura

Resposta a um professor da UERJ

Respondo abaixo ao autor deste comentário, recebido via Facebook, após o meu segundo post sobre o novo ministro da Educação do governo de Dilma Rousseff.
Captura de Tela 2015-03-28 às 12.29.03
Caro Flávio Carneiro,
Você ficou surpreso em me ver como colunista da Veja, mas, sendo você um professor de universidade pública tomada pela militância, eu não fico nem um pouco surpreso com a estupidez do seu comentário.
Como se tivesse acabado de sair do ‘cursinho’ de Renato Janine Ribeiro descrito no meu blog, você se refere a “essas coisas todas” que escrevo nele, sem argumentar absolutamente nada sobre qualquer uma delas, para depois sentenciar em público que estou escrevendo uma “história ruim”, aparentemente referindo-se à minha carreira ou até à minha própria vida da qual ela é parte.
Não reconheço a sua autoridade para tamanho julgamento, ademais tão leviano. (E “cabelo branco não é sinônimo de respeito”, como disse outro dia o deputado Hugo Motta aos intimidadores do PT e do PSOL na CPI da Petrobras.)
Que um professor de literatura se arrogue essa posição de ombudsman da vida alheia na internet, só pode ser mais um sintoma do nível a que chega o culto a títulos e diplomas no Brasil, conforme descrito por Lima Barreto um século atrás e exemplificado, também, pelo xingamento feito por professores de filosofia, como o novo ministro da Educação, aos leitores de um filósofo de fato, como Olavo de Carvalho, reconhecido e admirado pelos grandes do mundo inteiroem sua área.
Quem está escrevendo uma “história ruim”, na verdade, é o governo do PT, que, além de roubar os brasileiros nas estatais e ainda cobrar-lhes a conta da roubalheira enquanto se nega a cortar os próprios gastos, entrega o ministério responsável pelo sistema de ensino a um notório militante avesso à divergência, lamentavelmente defendido com a mesma afetação de superioridade por puxa-sacos que dependem de verbas públicas para exercer parte de seu ofício.
Já a história que estou escrevendo, caro Flávio Carneiro, é uma história de independência e busca da verdade, apreciada diariamente por centenas de milhares de leitores que desprezam julgamentos desprovidos de argumentação e, portanto, não caem na demonização barata feita pela propaganda esquerdista contra a Veja ou qualquer um de seus colunistas, que aliás nada têm a ver com as matérias publicadas na revista impressa ou na home do site.
Hoje trabalho, sim, para a maior revista do Brasil, recebendo milhões de visitas mensais no meu blog, e sou autor contratado da maior editora do país, para a qual rendemos milhões de reais de origem privada com os 100 mil exemplares vendidos do livro de Olavo de Carvalho organizado por mim, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, best seller aclamado até nos protestos de rua como um dos responsáveis pela tomada de consciência da população em relação ao quadro político-cultural do qual seu comentário, repito, é sintoma, devidamente antecipado nos capítulos “Intelligentzia” e “Militância”.
Caso tenha a abertura mínima de espírito que falta no sr. Janine, terei prazer em lhe mandar um exemplar para que se reconheça nele e, se quiser, crie vergonha.
De resto, agradeço pela prontidão em vir aqui confirmar as minhas teses - e esclareço: embora seu aluno compulsoriamente, em decorrência do erro que foi entrar no mestrado, você nunca foi meu professor.
Um abraço,
Felipe
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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sábado, 28 de março de 2015

Vargas Llosa e Dilma

http://www.folhapolitica.org/2015/03/vargas-llosa-vencedor-do-premio-nobel.html?m=1

Como o Brasil aguenta tanta safadeza? // Diário do Poder

http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=29226716768
OPERAÇÃO LAVA JATO
OPERADOR DE PROPINA NO PETROLÃO TENTOU SACAR R$ 300 MIL
GUILHERME ESTEVES É SUSPEITO DE LEVAR PROPINA A DUQUE E VACCARI
Publicado: 27 de março de 2015 às 15:28 - Atualizado às 15:28
Redação
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AO PEDIR O RESGATE EM AGÊNCIA DO HSBC, EM FEVEREIRO, GUILHERME ESTEVES ALEGOU QUE SERIA ALVO DA LAVA JATO (FOTO: FÁBIO MOTTA)
Preso pela força tarefa da Operação Lava Jato nesta sexta feira, 27, no Rio de Janeiro, sob suspeita de operar propinas para o engenheiro Renato Duque – ex-diretor de Serviços da Petrobrás -, Guilherme Esteves de Jesus havia tentado sacar R$ 300 mil de uma conta no HSBC. A transação foi barrada e comunicada pelo banco ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Na ocasião em que tentou o resgate, dia 6 de fevereiro, Esteves declarou ao gerente da conta que “seria alvo de investigações perpetradas no âmbito da Operação Lava Jato”.Esteves foi preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato.  Segundo o Ministério Público Federal, Guilherme Esteves teria atuado como operador financeiro para o pagamento de propinas ao ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, preso no início de março, e ao ex-gerente de Serviços e braço direito de Duque, Pedro Barusco, que fechou acordo de delação premiada e admitiu o recebimento de propinas na estatal petrolífera.Esteves teria também ‘viabilizado o pagamento de vantagens indevidas a João Vaccari, por meio de esquema próprio’ – o tesoureiro do PT foi denunciado pela Procuradoria da República à Justiça Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo relatório do COAF entregue ao Ministério Público Federal (MPF), Guilherme Esteves tem renda mensal declarada de R$ 1.200 e um saldo de R$ 2,2 milhões no banco. A alegação do suposto operador de propinas na Petrobrás é que a mulher dele, Lilia, é dentista e tem renda mensal de R$ 21,2 mil.Ao pedir a prisão preventiva de Esteves, a Procuradoria da República destacou que, após prestar depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal, no Rio, em 6 de fevereiro, ele foi a uma agência do HSBC e pediu ‘provisionamento de saque de R$ 300 mil para o dia 11 de fevereiro de 2015′.“Como justificativa, informou ao responsável pelo atendimento que seria alvo de investigações perpetradas no âmbito da Operação Lava Jato”, diz o documento do MPF. “Chama a atenção, portanto, como um casal com renda média mensal de R$ 21,2 mil possuía como saldo em apenas uma conta bancária mais de R$ 2 milhões, bem como apresentava intensa movimentação financeira, conforme consta também no relatório formulado pelo Coaf.”Para a força tarefa da Lava Jato, a tentativa de saque fez parte de uma estratégia para ocultar o dinheiro e, ‘possivelmente, evadir-se do território nacional’ e de desrespeito à ordem judicial de bloqueio de valores. A Procuradoria pediu que também a mulher de Guilherme Esteves, Lília Esteves de Jesus, fosse presa. O juiz mandou prender apenas Esteves.“Ambos foram responsáveis, de forma consciente e voluntária, por impedir e embaraçar o legal exercício da investigação dos ilícitos de corrupção, organização criminosa e lavagem de ativos, praticados pelo último, o que certamente, diante dos documentos ou numerários que vieram a ser suprimidos, prejudicou em grande medida as investigações”, diz a Procuradoria.A Procuradoria diz que no dia em que a Polícia Federal esteve na residência do casal para cumprir mandado de busca e apreensão, em 6 de fevereiro de 2015, Lília enganou os policiais. Ela não deixou os agentes entrarem imediatamente, sob justificativa de que teria de prender os cães.“Todavia, as autoridades policiais só foram recebidas 8 minutos depois, quando Guilherme Esteves de Jesus abriu a porta da casa, já havendo tentativa de entrada forçada no local por parte da equipe policial”, relatou a PF à Procuradoria.“O investigado informou aos policiais, mediante questionamento, que possuía duas armas de fogo no local – uma sem registro -, assim como de que estariam em casa apenas duas filhas. Ao ser perguntado sobre Lília Loureiro Esteves de Jesus, visto que foi quem os atendeu via interfone, disse que ela também se encontrava no local e que estaria preocupado com a esposa, já que não conseguia encontrá-la.”O Ministério Público Federal diz no documento que descobriu-se, por meio de análise das câmeras de segurança do local, que Lilia, com a colaboração de Guilherme, ‘durante lapso temporal de 8 minutos em que a equipe aguardava ser o acesso franqueado’, saiu da casa com ‘um pacote de grande volume’. O episódio foi lembrado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, no despacho em que autorizou a prisão de Guilherme Esteves.“Da análise da sequência das imagens, considerando que Lilian portava um pacote ao sair da casa e que Guilherme Esteves intencionalmente tentou encobrir evidências da saída de sua esposa ao fechar pelos trincos internos a porta dos fundos de sua casa, ficou claro, portanto, que houve evidente intenção de sonegar provas que poderiam ser apreendidas no curso da execução do mandado de busca e apreensão em união de desígnios da casa.”, assinala o juiz Sérgio Moro.Ao rejeitar pedido de prisão da mulher de Esteves, o juiz ponderou. “Entendo que, apesar da participação de Lilia Loureiro Esteves de Jesus na subtração das provas durante a busca e apreensão, a prisão cautelar de Guilherme Esteves já é suficiente para prevenir os riscos à ordem pública e à investigação e instrução criminais.”“O ideal, por óbvio, em vista da subtração das provas seria a decretação da prisão logo após o ocorrido. Entretanto, isso não foi possível, tendo este Juízo entendido que, por cautela, seria necessário prévio exame do material apreendido na residência do investigado, a fim de verificar se haveria ali provas de corroboração do depoimento de Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Serviços da Petrobrás que fez delação premiada). Infelizmente, em vista do acúmulo dos trabalhos de investigação, a análise sumária desse material tardou a chegar ao Juízo. A demora na reação institucional à subtração de provas não significa, porém, que ela não se faz necessária, tendo sido ela promovida com toda a rapidez que foi possível.” (AE)operador propina Petrolão Petrobras HSBC Guilherme Esteves Renato Duque João Vaccari NetoLava jato