sábado, 14 de março de 2015

Onda de suicídio em Berlim ... em 1945 / O Globo




Família unida na morte. Magda e Joseph Goebbels com os filhos: Só Harald (de uniforme), filho do primeiro casamento de Magda com magnata herdeiro da BMW, sobreviveu
Foto: Reprodução

Família unida na morte. Magda e Joseph Goebbels com os filhos: Só Harald (de uniforme), filho do primeiro casamento de Magda com magnata herdeiro da BMW, sobreviveu - Reprodução
 


BERLIM - O lugar onde o pior ditador do século XX encontrou o seu fim fica no subsolo de um estacionamento de carros, junto a um prédio de apartamentos simples, de arquitetura despojada típica da era comunista, no centro de Berlim. A aparência banal do terreno que fica sobre o bunker do Führer é intencional, projetada pelo regime comunista da extinta República Democrática Alemã, onde ficava essa parte da rua Wilhelm no período de 1949 até 1989. No bunker onde a cúpula do regime nazista procurou proteção quando a derrota já parecia inevitável, ocorreram cenas dramáticas nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, que terminaram com a morte de todos. Mas o clima de tragédia dos derrotados não ficou limitado à cúpula: contaminou a Alemanha. Num livro sobre como os alemães reagiram à derrota nas semanas e meses de transição, pouco antes da chegada dos vencedores, o historiador Florian Huber revela que o suicídio de Hitler e Goebbels não foi um caso isolado, mas parte de uma histeria nacional que tomou conta da Alemanha.
— O mito do soldado nazista que lutou por sua ideologia racista até a última gota de sangue precisa ser revisto — contou Huber em entrevista ao GLOBO, pouco depois de ler trechos da obra “Kind, versprich mir, dass du dich nicht erschiesst” (“Criança, prometa-me que não vais te suicidar”, em tradução livre), escrita em forma de reportagem, no salão literário da Casa Bertolt Brecht, em Berlim.

SEM VIDA DEPOIS DO FÜHRER

Pouco depois do suicídio de Hitler e Eva Braun, Joseph e Magda Goebbels mataram primeiro as filhas Helga, de 12 anos, Hilde, 11 anos, Holde, 8 anos, Hedda, 6 anos, e Heide, de 4 anos, bem como o único filho, Helmut, de 9 anos (todos os nomes começavam com H em homenagem a Hitler), antes de dar fim às suas próprias vidas. “A vida no mundo que vai chegar depois do Führer e do nacional-socialismo não vale a pena”, escreveu Magda na carta de despedida ao seu filho mais velho, Harald Quandt, o único que sobreviveu. Harald (1921-1967), que por parte de pai pertencia à familia dos magnatas da empresa BMW, era filho do primeiro casamento de Magda com o industrial Günther Quandt, de quem ela se divorciou para casar, mais tarde, com o nazista Joseph Goebbels.


‘Aldeia do suicídio’. Rua Adolf  Hitler em Demmin, - Reprodução
Segundo Huber, o suicídio coletivo no centro do poder nazista começou já em janeiro de 1945, quando nem o próprio ditador conseguia acreditar que seria possível uma vitória. No livro, o historiador diz que a “histeria nacional de suicídio” é o capítulo mais obscuro da história do Terceiro Reich. Foram dezenas de milhares de suicídios em toda a Alemanha. Só em Berlim, mais de seis mil pessoas suicidaram-se nos últimos dias da guerra. O clima de medo era não somente em relação aos soviéticos: também as grandes cidades ocidentais, como Munique ou Colônia, que foram libertadas pelos aliados, caíram na febre da maior onda de suicídio do mundo moderno.
Os números, no entanto, são apenas aproximados, porque nunca houve um levantamento exato dos casos, que até agora não tinham despertado atenção. Eram homens e mulheres que entraram em pânico por medo do futuro em um país ocupado, depois de uma ditadura durante a qual haviam esquecido qualquer resquício de humanidade.
— De um lado havia o confronto com um mundo que estava desmoronando. Depois de mais de 12 anos de regime nazista, as pessoas se deparavam com o nada, como se o mundo tivesse acabado. Mas havia também a convicção da culpa que haviam acumulado nesses anos e o medo terrível de que os inimigos vitoriosos na guerra praticassem contra elas as mesmas atrocidades que os nazistas haviam cometido contra os judeus — explica Huber.
No cemitério de Demmin, cidade que tem hoje 12,2 mil habitantes, um monumento lembra a tragédia que tomou conta do lugar no início de 1945. Quando os soviéticos atingiram Demmin, no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, 230 km ao norte de Berlim, um pânico coletivo tomou conta da população. Em apenas três dias, quase mil pessoas se mataram.

— Mães e pais matavam os filhos por afogamento, estrangulamento ou com um tiro na cabeça, para depois fazer o mesmo consigo. A tragédia marcou para sempre a vida de muitas pessoas que conseguiam matar os filhos mas depois não tinham coragem de se matar — revela Huber.
Apenas um homem de Demmin, entre as centenas que sobreviveram depois de matar a família (e não ter tido coragem de tirar a própria vida), foi julgado pelo crime: o assassinato da esposa e dos dois filhos a tiros. O julgamento terminou com absolvição, porque os juízes consideraram o pai vítima de uma situação extrema, sem culpabilidade e isento de pena, do ponto de vista jurídico.
As vítimas da tragédia de Demmin estão sepultadas em uma cova coletiva. Os mortos eram enterrados apenas com a roupa que usavam no momento final ou em caixões de papelão — com tantos cadáveres em tão pouco tempo, não havia mais caixões de madeira disponíveis. As lápides, improvisadas, às vezes nem revelam os nomes, apenas descrições sobre a morte, como “menina enforcada pelo avô”, “menino afogado pela mãe” ou “crianças levadas pela mãe no suicídio”.
Manfred Schuster tinha 10 anos quando foi testemunha da tragédia de Demmin. Ele viu uma mãe pular no rio Peene, tendo os filhos pequenos fixados junto ao próprio corpo com a ajuda de uma corda de varal, usada para pendurar roupas.
— Duas das crianças conseguiram se desamarrar e nadar até a margem, de onde observaram a última luta dos irmãos para não afundar nas águas junto com a mãe — lembra Schuster, hoje com 80 anos, filho de um soldado da Wehrmacht.

SUICÍDIOS ERAM ROTINA NO PÓS-GUERRA

Karl Schlosser, também de 80 anos, é o último sobrevivente das famílias suicidas. Ele lembra como conseguiu escapar da tentativa da mãe de matá-lo com uma navalha de barbear.
— Minha mãe preferiu matar os dois filhos e seu pai, meu avô, para depois se suicidar, em vez de viver em uma cidade dominada pelas tropas do ditador soviético Josef Stalin — recorda Schlosser, que acompanhou a “epidemia de suicídio” em sua cidade natal como a principal rotina do final da guerra.
Todos os dias, ele via corpos sendo levados pela correnteza do rio, adultos e crianças enforcados que ainda estavam pendurados nas árvores ou pessoas mortas com a fisionomia desfigurada por causa do veneno que haviam tomado ou recebido dos parentes próximos. O veneno mais consumido era o cianureto de potássio, e, segundo Schlosser, as pessoas falavam sobre o cianureto na taça de vinho tinto como se fosse um pouco de leite no café.

— Toda a elite do regime nazista tinha doses de cianureto que planejava usar para o caso de cair nas mãos do inimigo. Com esse veneno, alguns condenados no Tribunal de Nuremberg evitaram uma execução, morrendo antes — explica o historiador e autor do livro. — Esse veneno era muito popular porque qualquer farmacêutico conseguia produzi-lo artesanalmente e porque ele oferecia a possibilidade de uma morte rápida.
Huber esteve na região do Palatinado, no Sudoeste da Alemanha, e teve a ideia de escrever o livro ao recordar as narrativas do seu pai, que tinha 11 anos quando a guerra acabou na região. Os soldados alemães tinham ido embora, os americanos eram esperados, mas não haviam ainda chegado, e as pessoas começaram a acabar com suas vidas como se tivessem perdido o equilíbrio mental.
— Meu pai contava que havia um clima de profunda incerteza, talvez porque as pessoas, no fundo, já soubessem que quase tudo que era lei no regime nazista passaria a ser visto como crime contra a Humanidade — conta Huber.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/historia/suicidios-contaminaram-alemanha-nos-dias-finais-da-segunda-guerra-15594021#ixzz3UOFc6foc 
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"Deu a lógica", ou "VDM" / Texto de J R Guzzo



14/03/2015
 às 11:28 \ Opinião
Resultado de imagem para foto de vinagre

J.R. Guzzo: ‘Vinagre com espinho’

Publicado na edição impressa de VEJA
J.R. GUZZO
Eu hoje estou pulando como sapo
Pra ver se escapo
Desta praga de urubu
(Noel Rosa)
Eis aí onde veio parar, em apenas dois meses de segundo mandato e exatamente como tinha de acontecer, o governo da presidente Dilma Rousseff – ficou sem roupa, como no samba de Noel, e agora está aí, todo santo dia, pulando dos desastres de ontem para os desastres de hoje, e já apavorado com os que virão amanhã. O último infortúnio a entrar em cena é essa lista do procurador-geral Rodrigo Janot, pedindo que o Supremo Tribunal Federal autorize a abertura de inquérito contra 54 políticos e agregados suspeitos de envolvimento na corrupção histórica da Petrobras – calamidade destinada a tornar-se, por sinal, o centro da biografia de Dilma e de sua passagem pela Presidência da República.
A coisa toda, agora, entra na geringonça que é o aparelho judicial brasileiro – e ali ficará sendo mastigada sabe-se lá até quando, com a produção permanente de material tóxico. Já começou: bem na hora em que a lista era entregue, o presidente do Senado, Renan Calheiros, até há pouco o amigo-parceiro-irmão-camarada do Planalto, recusou-se a colocar em votação uma “medida provisória” do governo para aumentar impostos, e aproveitou a oportunidade para dizer que Dilma desrespeita o Congresso e o estado de direito.
Saco de pancadas durante anos a fio, o senador virou automaticamente um herói do Parlamento; hoje em dia, pelo visto, basta bater na presidente para construir uma reputação instantânea. Pouco antes disso, ela já fora infernizada por seu próprio ministro da Fazenda – que considerou “brincadeira de mau gosto” decisões econômicas tomadas no primeiro mandato. É preciso ficar pulando o tempo inteiro, realmente, para esconder-se de uma fuzilaria dessas. O governo se pergunta: “Onde está o chão?”. Ninguém sabe.
“Deu a lógica”, como se dizia antigamente no turfe: no fim das contas, sempre acaba perdendo quem não poderia mesmo ganhar. Ao longo dos últimos anos, e principalmente dos últimos meses, a presidente foi montando, com tenacidade de monge beneditino, uma pane geral no sistema de funcionamento do seu governo. Não perdeu praticamente nenhuma oportunidade de errar.
Passou a dizer coisas cada vez mais incompreensíveis – em seu último surto, dias atrás, veio com uma alarmante história de galáxias no Rio de Janeiro, ou algo assim. Levou as contas do país para o bico do corvo. Transformou em déficit tudo o que era superávit, e desenvolveu uma técnica invencível para trocar abundância por escassez. Consegue, ao mesmo tempo, aumentar os impostos e diminuir a arrecadação.
Socou um aumento de até 45% nas contas de luz, e outro nas bombas de combustível. Pode ter pela frente uma crise no abastecimento de energia, e mais um monte de outras, e não tem a menor noção do que fazer em relação a nenhuma delas. Conseguiu brigar com a Indonésia. Pode dar certo um negócio desses? Não pode. Deu a lógica.
A praga de urubu que atormenta Dilma nestes dias de vinagre e de espinhos, e que veio como consequência inevitável dos atos que ela mesma praticou, já seria ruim o bastante se ficasse limitada à sua falta de aptidão, de conhecimentos e de equilíbrio para governar. Mas o pior, provavelmente, é a escolha fatal que fez – amarrada ao ex-presidente Lula e ao PT, jogou-se na maior campanha pró-corrupção já vista na história do Brasil.
Seja lá qual for o destino dos políticos da “Lista de Janot”, ora entregues aos vagares do STF, é esse o fato número 1 da vida pública brasileira de hoje. A defesa da corrupção está nos fatos. Dilma é a favor de um tenebroso “acordo de leniência” com as empreiteiras metidas no assalto aos cofres da Petrobras – trata-se, muito simplesmente, de livrar as empresas de punição nos processos em andamento na Justiça. Quem protege o mal é cúmplice do mal – o que seria, então, se não fosse isso?
A presidente nos pede que acreditemos que advoga em favor das empreiteiras para garantir “empregos” e continuar “obras”. Ficamos assim, nesse caso: ela está dizendo que o Brasil precisa de corrupção para gerar empregos e obras públicas. Não é só isso. O ministro da Justiça passou a fazer parte da equipe de defesa das empresas. O advogado-geral da União dá consultoria para deputados do PT enrolados no petrolão. Seu relator na CPI recém-aberta para investigar o escândalo, um despachante do Palácio do Planalto, já começou tentando melar os trabalhos – sua primeira ação foi pedir investigações sobre o “governo anterior”.
É mais um acesso na paixão oficial por chamar a população de idiota: a CPI foi instalada para apurar o roubo deste governo, e não do de Fernando Henrique, ou do regente Feijó. Dilma chefia a campanha ao lado de Lula; tristemente, a caminho dos 70 anos e com mais de quarenta de carreira política, ele está acabando assim, como um advogado de milionários e burocratas corruptos. Nada de bom pode sair disso tudo.
Quanto à praga de urubu, o jeito é torcer para que ela passe. O sapo somos nós.

Primeiro transplante de pênis do mundo.... // Tribuna da Bahia



Mundo

Médicos fazem primeiro transplante de pênis do mundo na África do Sul

por
Acorda Cidade
Publicada em 14/03/2015 11:31:39
Foto: Divulgação
Médicos da África do Sul realizaram com sucesso o primeiro transplante de pênis do mundo, em um jovem que teve seu órgão amputado após problema em um ritual de circuncisão, informou o hospital responsável nessa sexta-feira (13.03).
De acordo com informações, o transplante de nove horas de duração, que aconteceu em dezembro do ano passado, foi parte de um estudo piloto do hospital Tygerberg, na Cidade do Cabo, e da Universidade Stellenbosch para ajudar muitos homens que perdem seus pênis em rituais de circuncisão mal-feitos todos os anos.
A cirurgia só foi divulgada nesta sexta, meses após sua realização, depois que os médicos verificaram que o paciente se recupera bem. O jovem paciente teve recuperação total do órgão, disseram os médicos.
Achar um doador de órgão foi um dois maiores desafios para o estudo, disse a universidade em nota. O doador foi um falecido que doou seus órgãos para transplante. Outros nove pacientes vão receber transplantes penianos como parte do estudo, mas ainda não está definido quando as operações vão acontecer.

Protesto profissional da CUT e de outros movimentos associados...a favor de Dilma / / BLOG DE Aluízio Amorim


sexta-feira, março 13, 2015


CUT, A CENTRAL SINDICAL DO PT, FORNECEU "KIT PROTESTO", TRANSPORTE E PAGAMENTO DE "DIÁRIA" PARA PARTICIPANTES DE PASSEATA.

CUT-PT forneceu 'kit-protesto'que incluiu 'diária' paga aos particiantes variando entre R$ 35 a 50 reais por pessoa. (Foto: Veja)
Transporte gratuito, distribuição de marmita, camiseta e boné, além de um "vale" que variou de 35 reais a 50 reais. Nem a distribuição do "kit protesto" pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), pelo Movimento dos Trabalhadores (MST) e pelos movimentos de sem-teto foi capaz de atrair o público que os aliados do PT esperavam no ato desta sexta-feira na Avenida Paulista, no centro de São Paulo. A passeata foi convocada para tentar se contrapor às manifestações contra a presidente Dilma Rousseff, agendadas para domingo, em 200 cidades do país.
Segundo a Polícia Militar, o auge da marcha reuniu 12 000 pessoas, número bastante inferior aos 100 000 manifestantes que a CUT alardeava que reuniria na capital paulista. O quórum, aliás, só cresceu porque a marcha que partiu da sede administrativa da Petrobras seguiu em direção ao Masp, onde estavam reunidos professores da rede estadual para deliberar sobre o início de uma greve. Como a Apeoesp (sindicato da categoria) é ligada ao PT, muitos professores se juntaram ao grupo. Mas a adesão não foi unânime: a presidente da Apeoesp, Izabel Noronha, conhecida como Bebel no meio sindical, foi vaiada pelos professores ao discursar em defesa da presidente Dilma Rousseff.
A defesa da presidente justamente foi um dos pontos em questão: os grupos que organizaram o ato tentaram emplacar o absurdo lema de "defesa da Petrobras e da reforma política", quando visivelmente os integrantes da marcha foram convocados - alguns pagos - para elogiar Dilma. Outros, sequer sabiam o que faziam no local: há apenas três meses no Brasil, o africano Muhamed Dukurek, de 44 anos, aceitou vestir a camiseta da CUT e carregar um dos balões da central sindical pelo dinheiro. "Disseram que eu ia receber um pagamento de 40 reais a 50 reais", afirmou ao site de VEJA. Falando poucas palavras em português, ele disse que um ônibus foi buscá-lo em sua casa no bairro do Brás, pela manhã. Foi liberado às 17 horas do trabalho na Paulista. Do site de Veja

"Política é igual a nuvens no céu... ora estão brancas, leves... outras horas estão escuras, pesadas" / / blog de Aluízio Amoreim


sábado, março 14, 2015


REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' ANTEVÊ A FRITURA DA DILMA. DE QUEBRA, TRAZ COM EXCLUSIVIDADE O DEPOIMENTO DE LULA À POLÍCIA SOBRE CORRUPÇÃO.

A reportagem-bomba da revista Veja que chega às bancas neste sábado, véspera do mega protesto previsto para este domingo, 15 de Março de 2015, exibe na capa uma caricatura da Dilma que faz sentido. Dilma está mais perdida do que cachorro em tiroteio. Como afirmei há algum tempo aqui no blog, o PMDB que continua sendo o maior partido político brasileiro e que dispõem do maior número de assentos no parlamento, sentiu o cheiro de carne queimada antes mesmo da tal Lista de Janot. A articulação do PT em conluio com Kassab para descartar o PMDB velho de guerra, pode ter sido a gota d'água.
Longe de querer tocar fogo no bunker a Dilma, a reportagem de Veja procura analisar a profunda e perigosa crise política e econômica com um viés de sensatez. Por enquanto isso é possível, mas a sensatez não é um estado de espírito prevalecente num partido revolucionário comunista como é o PT. É necessária uma rápida digressão:
O tal "sindicalismo de resultados" foi o eufemismo formulado pela engenharia social neocomunista que protegeu o PT para mais adiante abrir o espaço para a fundação do Foro de São Paulo, pelo próprio Lula guiado por Fidel Castro. Esse Foro foi fundado oficialmente em São Paulo em 1990, para transformar a América Latina numa extensão de Cuba e que haveria de proteger e manter a ditadura de Fidel Castro, que com a queda da URSS perdera o subsídio da ex-potência comunista. Em troca, Castro forneceria o sistema operacional, com base em mais de meio século de experiência em matar ideologicamente a democracia e eliminar dissidentes, para corroer os já combalidos pilares das instituições democráticas que sobreviviam então a duras penas na América Latina ao longo do processo de redemocratização continental no final do século passado. Este é o esquema que levou o PT ao poder e seus similares latino-americanos.
Anota com razão a reportagem-bomba de Veja que Dilma se encontra encurralada pela crise política, a paralisia econômica e os cofres vazios, mas parece incapaz de enxergar a realidade. Veja também destaca nesta reportagem de capa os motivos da insatisfação popular com o governo e as saídas possíveis, de uma reforma ministerial que aplaque os ímpetos conspiratórios de aliados à destituição da presidente por um processo de impeachment.
Como se pode notar, os "ímpetos conspiratórios" passam longe das ruas. Afloram nos discretos e assépticos gabinetes com aquele indefectível odor das repartições públicas no coração do Congresso. Neste caso, as ruas podem balizar os próximos passos de um PMDB indignado com a "ingratidão". 
Embora a reportagem de Veja tenha em certa medida uma ponta de razão, isto é, quando postula equacionar a crise política e econômica sem o trauma de um impeachment, de forma apascentar o mercado com a construção de um ministério multipardidário, é também de difícil sustentação pois o PT idealiza obter o poder total, irrestrito e eterno. Lembrem-se que o PMDB pelas razões que todos conhecem não abrirá mão de seus objetivos. Assim, se estabelece um inevitável confronto.
Neste contexto sobra uma margem de manobra exígua e, dependendo das ruas, esse nó de indefinição poderá ser desatado. Se o PMDB abstrair-se da condição de fiador do poder petista, Dilma será simplesmente rifada sem maiores delongas.
O DEPOIMENTO DE LULA
Mas além da reportagem-bomba propriamente dita, o miolo de Veja desta semana está denso de informações exclusivas, como por exemplo a revelação do conteúdo do depoimento que Lula prestou à polícia sobre corrupção. 
E, para que não fique nada de fora, Veja vai fundo também no que tange aos grupelhos de agitação comandados pelo PT, com uma reportagem intitulada "O MST mostra que é mesmo o braço armado dos governistas".
E tem muito mais. Como sempre Veja se mantém oferecendo um jornalismo que reporta e analisa os fatos. O discurso ideológico fica por conta do grosso da grande imprensa brasileira que continua mentindo e confundindo os leitores numa permanente e solerte operação de engenharia social que turva o juízo correto do que está acontecendo de fato no Brasil neste momento.
Seja como for, o certo é que o Brasil a partir de tudo o que está ocorrendo, não será mais o Brasil de há pouco. Dependendo do desfecho dessa crise política e econômica que ameaça toda a Nação, o Brasil poderá se constituir no elemento que mudará o destino de todo o continente Sul Americano.
Por tudo isso a edição de Veja desta semana é imperdível. 

Listados da 'lista de Janot' reagem como adolescentes - maus


Para Janot, sociedade sabe separar decência de vilania...


sexta-feira, 13 de março de 2015

Sim senhor....tamo junto !


POLÍTICA

Lula chamou, Stédile respondeu “presente”

O PT se diz vítima do discurso do ódio. Muito bem: ninguém esgrima melhor com o ódio do que o PT
Ricardo Noblat
Lula e Stédile (Foto: Divulgação)
Lula e Stédile (Imagem: Divulgação)
Há 15 dias, em encontro na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, Lula ameaçou convocar “o exército” de João Pedro Stédile, coordenador nacional do Movimento dos Sem Terra, para sair às ruas em defesa do governo de Dilma.

Em Porto Alegre, ontem, Stédile anunciou que seu exército, hoje, estará nas ruas.
— Engraxem as botas e as chuteiras que o jogo só está começando. Quem não tiver barraca, compre uma. Compre um tênis. Estamos aqui no vestiário, só nos preparando - avisou.
Disse que o MST não irá às ruas em defesa de Dilma. Mas da Petrobras. E da legalidade. Apelou à presidente:
- Não se acovarde, Dilma. Querem tomar o poder no grito.
Por fim decretou:
- Se a burguesia tentar dar um golpe, temos que assumir um compromisso de ocupar as praças, acampar, fazer vigílias e, daqui do Rio Grande, como foi na campanha da legalidade, exigir respeito à democracia, manter o povo unido e marchar a Brasília para exigir que esses idiotas da Globo e do capital internacional, que querem botar a mão no pré-sal, respeitem a democracia e o povo possa avançar.
Stédile garganta profunda. Pensa em derrotar o grito com grito.
Anote-se desde já: se o MST, hoje ou nos próximos dias, for além de manifestações pacíficas como manda a lei, culpe-se Lula. E Stédile, naturalmente.
O PT se diz vítima do discurso do ódio. Muito bem: ninguém esgrima melhor com o ódio do que o PT.
Lula e Stédile (Imagem: Divulgação)

Parte da capa do Globo online em 13/03/2015 às 9h e 55 minutos

http://oglobo.globo.com/


O BRASIL NO SWISSLEAKS

Chefões do crime organizado tinham contas secretas na Suíça



Dados de contas secretas vazadas do HSBC suíço, aos quais O GLOBO e o portal UOL

 tiveram acesso, revelam que o bicheiro Capitão Guimarães, apontado como líder 
da máfia dos caça-níqueis no país, e traficante internacional estavam entre os clientes

O GLOBO integra grupo que investiga contas

Entenda o que é o SwissLeaks

Falciani: o ‘Snowden dos bancos’

Brasileiros tinham ao menos US$ 7 bi na Suíça



Em nota, banco HSBC informa que mudou conduta 

Instituição financeira afirma ter reduzido o número de contas em quase 70%

quinta-feira, 12 de março de 2015

Cesare Battisti continua dando trabalho ao Governo do Brasil...Sua presença ilegal no país denuncia a inoperância do Itamaraty, da Presidência da República e mostra a fragilidade das leis de imigração do Brasil


 - Atualizado em 

Terrorista Cesare Battisti é preso em São Paulo. 

Justiça do Distrito Federal determinou que o italiano seja deportado do Brasil para o México ou para a França, países onde ele viveu




Cesare Battisti, deixa a Justiça Federal, no centro do Rio de Janeiro, após prestar depoimento, em dezembro de 2009
Cesare Battisti, em 2009(Marcos D'Paula/Agência Estado/VEJA)
O terrorista italiano Cesare Battisti foi preso na tarde desta quinta-feira pela Polícia Federal em São Paulo. O advogado de Battisti, Igor Sant'Anna Tamasauskas, confirmou a prisão e disse que o italiano estava na casa onde morava com a mulher e a filha em Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo. Battisti ficará preso administrativamente por sessenta dias - ou até que seja deportado para a França.
A prisão atende a uma decisão da juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara do Distrito Federal, que determinou a deportação do terrorista, condenado à prisão perpétua no país europeu por assassinatos, mas que vive em liberdade no Brasil por uma decisão vergonhosa do ex-presidente Lula. A juíza considerou que o visto de permanência do italiano como um refugiado político, concedido pelo Conselho Nacional de Imigração, é "ilegal". Ainda cabe recurso da decisão.
A magistrada afirmou que a deportação não implica uma afronta à decisão da Presidência da República de não extraditá-lo para a Itália porque trata-se de uma deliberação sobre o visto expedido pelo Conselho Nacional de Imigração. Ou seja, a juíza afirma que Battisti não pode ficar no Brasil porque: 1) entrou no país de forma ilegal; 2) tem condenação por crimes dolosos em sua terra natal; e 3) segundo o STF, ele cometeu crimes comuns, e não políticos. A juíza disse também que não é necessária a entrega do estrangeiro ao seu país de origem - no caso a Itália, onde ele deve cumprir pena - e indicou que Battisti deve ser enviado para França e México, onde ele viveu.
"Trata-se de estrangeiro em situação irregular no Brasil e, por ser criminoso condenado em seu país de origem por crime doloso, não tem o direito de aqui permanecer, e, portanto, não faz jus à obtenção nem de visto nem de permanência. Ante o exposto, julgo procedente o pedido para declarar nulo o ato de concessão de permanência de Cesare Battisti no Brasil e determinar à União que implemente o procedimento de deportação aplicável ao caso", diz a juíza em seu despacho.
Battisti foi condenado por quatro assassinatos na década de 1970, quando era membro do grupo Proletários Armados para o Comunismo. Condenado em seu país de origem, ele fugiu para o Brasil, onde foi preso em 2007. Na ocasião, a Itália pediu a sua extradição e o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou. No entanto, o ex-presidente Lula, a quem cabia a decisão final, segundo o Supremo, considerou o estrangeiro um perseguido político e concedeu-lhe abrigo.