sábado, 25 de fevereiro de 2017

Van Gogh para ser apreciado !

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Clique e se surpreenda 

Van Gogh
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". Entre idas e vindas, tomamos medidas paliativas, driblamos o presente e jogamos para a frente o que deve ser feito" / Murillo de Aragão

Slow Motion Bossa Nova

Slow motion - câmera lenta (Foto: Arquivo Google)
Tomo o título da música do meu querido amigo Celso Fonseca (com letra de Ronaldo Bastos) para o meu artigo desta semana no Blog do Noblat. Para quem não conhece, recomendo assistir ao vídeo.
As reformas no Brasil ocorrem em “slow motion”. Entre idas e vindas, tomamos medidas paliativas, driblamos o presente e jogamos para a frente o que deve ser feito. Claro que, quando estoura o encanamento, corremos para tomar providências.
Foi assim no governo Dilma. Estourou o cano da incompetência política, fiscal e econômica em um quadro de septicemia moral. O governo foi removido. Óbvio que tardiamente. Diante da tragédia de seu primeiro governo, Dilma não deveria ter sido reeleita. Mas, deixando de remexer na lata de lixo da história, devemos observar o pano de fundo, já que, ao largo do acidente de percurso, estão sendo realizadas reformas importantíssimas para o futuro do país. Pelo fato de ocorrerem em ritmo de “slow motion bossa nova”, não nos damos conta. Nem de como podem mudar o futuro para melhor. Afinal, somos treinados pela mídia a dar valor ao tradicional “good news are bad news”. Daí os avanços serem ignorados ou subavaliados.
Para não ir muito longe, podemos fazer uma limitada viagem retrospectiva. O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff tem a ver com o fracasso de sua política fiscal e econômica, mas também com sua fragilidade frente à Operação Lava-Jato. Dilma abandonou a prudência fiscal e deu vazão a um esquerdismo pueril e fiscalmente inconsequente. Deu no que deu. Para piorar, retórica de honestidade foi fulminada pelo volume estonteante de falcatruas praticadas debaixo de seu nariz. Por sua complacência, omissão e incompetência. A ponto de ela mesma ter dito ao ex-presidente Lula, em reunião no Alvorada, que tinha entubado coisas que não gostaria.
A Lava-Jato tem raízes nos protestos de 2013, que resultaram no endurecimento da legislação anticorrupção. Tem ainda raízes na aprovação da Lei da Ficha-Limpa – que barrou centenas de políticos encrencados nas eleições – e no mensalão. Assim, para não irmos longe demais, as investigações da Lava-Jato – que tanto impacto causam ao país – têm raízes identificadas, pelo menos, desde 2005. Pelo menos. Ou seja, são mais de 12 anos de efeitos políticos e econômicos em um longo processo de transformação. É o que chamo de “slow motion bossa nova”!
A Lava-Jato foi decisiva para o impeachment de Dilma, mas também para determinar o banimento das doações empresariais nas eleições e o estabelecimento de tetos de gastos para campanhas mais adequados ao país. O despertar da cidadania, ensaiado em 2013, ganhou corpo e volume com a Lava-Jato. Milhões foram às ruas e o engajamento da cidadania no debate político tende a ganhar consistência.
O fracasso do governo Dilma levou ao renascimento da agenda de reformas, que, em curto espaço de tempo, está sendo pródiga em bons resultados: teto de gastos, lei do pré-sal, lei das estatais, reforma do ensino médio, reforma do setor energético, repatriação de recursos, entre outros. A Lava-Jato está deflagrando um processo de depuração na política sem precedentes em lugar nenhum do mundo. Está também promovendo a reconstrução do capitalismo nacional, que será, pelo menos, mais aberto e competitivo.
Portanto, mesmo que seja em “slow motion”, o Brasil é um país em reformas. Não apenas no que diz respeito às propostas do presidente Michel Temer – mais do que necessárias – no âmbito previdenciário e trabalhista. Mudanças muito importantes estão em curso há algum tempo. Basta olhar com calma os acontecimentos dos últimos 20 anos.

Mais sacanagem com dinheiro ...Até com religiosos!

PF indicia Silas Malafaia por lavagem de dinheiro na Operação Timóteo

Yahoo Notícias
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Silas Malafaia chega para prestar depoimento na sede da PF

O pastor Silas Malafaia se apresenta na sede da Polícia Federal em São Paulo (SP) onde prestou depoimento para esclarecimentos na Operação Timóteo em 16 de dezembro. Foto: Claudinei Ligieri/Futura Press
A Polícia Federal indiciou o pastor da Associação Vitória em Cristo Silas Malafaia por lavagem de dinheiro na Operação Timóteo. O pastor, que é ligado à Assembleia de Deus, foi alvo de mandado de condução coercitiva em dezembro do ano passado. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Malafaia é suspeito de apoiar a lavagem do dinheiro de um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral, segundo a reportagem.
Segundo a PF, a suspeita a ser esclarecida é que o líder religioso pode ter “emprestado” contas correntes de uma instituição religiosa para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
O Estadão informou que procurou a assessoria de imprensa da Associação Vitória em Cristo e que aguarda manifestação do pastor.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

História triste do cão Blue King com final feliz ...!

http://www.caesonline.com/pit-bull-mostra-reacoes-humanas-quando-percebe-que-foi-abandonado-pela-familia/

Pit Bull mostra reações humanas quando percebe que foi abandonado pela família

Cão entra em depressão quando se dá conta que foi deixando em um canil pela sua família.

O Brasil, esse de hoje, tem uma queda para o suicídio... Sempre escolhe ser infeliz !

Artigos do Puggina 


O FORO É PRIVILEGIADO OU O TRIBUNAL É ERRADO?

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

 A segunda turma do STF decidiu, nesta terça-feira, que o processo decorrente da delação de Sérgio Machado não será compartilhado com Curitiba. Isso significa, na prática, que o ex-senador José Sarney foi salvo por osmose. Como aquela delação envolveu, além de Sarney, outros senadores com mandato, a defesa do maranhense postulou o privilégio e levou. Sarney repousará nas dormentes prateleiras do Supremo, livrando-se da dedicação ao trabalho que caracteriza o juiz Sérgio Moro. O site O Antagonista, comentando o assunto, lembrou que Celso de Mello, recentemente, disse não haver privilégio algum nesse tipo de foro, tecnicamente chamado "foro especial por prerrogativa de função". Supõe-se, então, que os advogados de Sarney erraram e que o ex-senador deve ter ficado muito contrariado com a decisão. Oh, ministro!
 Fatos como esse transformaram a reprovação ao foro privilegiado numa unanimidade nacional. A sociedade brasileira nutre especial repulsa a esse instituto, que tem servido para homiziar criminosos, transformando o mandato, ou a função, em casamata protetora de patifes engravatados. No entanto (sempre pode haver um "no entanto"), observou hoje um ajuizado amigo que o problema não está no privilégio de foro, mas no STF.
O argumento com que justifica a afirmação me traz a este artigo. Ele propõe uma incerteza à reflexão dos leitores: o que estaria transformando o foro especial em privilégio seria esse Supremo, causa de tantos males infligidos à vida nacional, vertente de estapafúrdias decisões, contradições e desacertos. Esse tipo de Supremo é que teria, pelo seu formato, composição e amplitude de suas imperfeições, convertido um preceito de prudência política em providencial mecanismo a serviço da morosidade e da impunidade. O que deveria ser uma instância qualificada e célere, porque única, se tornou símbolo da justiça que não acontece.
Poucos dirão desconhecer, observou meu amigo, a presença numericamente expressiva de militantes de esquerda nos cursos de Direito, no ambiente acadêmico e, daí, para os vários compartimentos do universo judicial. O STF é apenas a parte mais visível, o ápice desse fenômeno que procede e avança pelos labirintos do sistema. Há uma diferença gritante entre a conduta dos magistrados, procuradores, promotores e defensores públicos de esquerda e os conservadores ou liberais. Os primeiros são, comumente, militantes de suas causas. Os últimos têm suas opiniões, mas não as transformam em causas pessoais ou "coletivas", levadas com militância aos autos.
Nessa perspectiva, a eliminação de todos os foros especiais seria mais uma arma, talvez a mais poderosa delas, nas mãos do ativismo judiciário para infernizar adversários políticos, extinguindo-se as últimas barreiras de atuação nesse sentido. Do mais humilde prefeito ao presidente da República, todos estariam sujeitos às eventuais animosidades e ativismos dos juízos singulares.
"Os males que vemos no foro especial por prerrogativa de função - males que o transformam em foro 'privilegiado' - são males do nosso STF, de sua genética partidária e/ou ideológica, de sua incompetência e incapacidade para a função de juízo criminal", concluiu meu amigo, abalando minhas certezas.
Como não tenho convicções que se sobreponham à boa razão, trago o assunto aos leitores. Que lhes parece? Suponha que seu preferido para a eleição presidencial de 2018 vença o pleito. Você sentiria aquele futuro governo num ambiente de estabilidade institucional sabendo que qualquer juizo federal, de qualquer lugar do país, poderia infernizar-lhe a vida? Verdade que, em tese, o pau bateria em Chico e em Francisco. Mas seria isso saudável? Não seria preferível mudar o STF?
________________________________
* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.


Surpresa no sistema solar...

I saw this on the BBC and thought you should see it: Astrónomos anuncian el hallazgo de un sistema estelar con 7 planetas similares a la Tierra - http://www.bbc.co.uk/mundo/noticias-39059047

Astrónomos anuncian el hallazgo de un sistema estelar con 7 planetas similares a la Tierra

  • 1 hora
Nuevo sistema con siete planetas de tamaño similar a la Tierra.Derechos de autor de la imagenAFP
Image captionSistema Trappist-1.
Un descubrimiento único.
Un grupo internacional de astrónomos anunció este miércoles el hallazgo de un sistema estelar con siete planetas de masa similar al nuestro, tres de los cuales se encuentran en una zona habitable y podrían albergar océanos de agua en su superficie.
Los planetas se encuentran a 40 años luz de la Tierra, en la constelación Acuario. Orbitan alrededor de Trappist-1, una estrella de "poca" masa y "fría".
El astro y el sistema que gira alrededor de este reciben el nombre de Trappist por las siglas en inglés del Telescopio Pequeño para Planetas en Tránsito y Planetesimales, ubicado en Chile.
Con este instrumento se observaron tres de los siete planetas, en mayo de 2016, de acuerdo a la página de la Nasa.
Por sus condiciones, existe laposibilidad de que el sistema Trappist-1 pudiera acoger vida. Tres de estos mundos se encuentran dentro de una zona considerada como "habitable", por la distancia que los separa de su estrella.
Pero el coinvestigador del proyecto, Amaury Triaud, de la Universidad de Cambridge, Reino Unido, dijo que si el planeta más alejado tiene una atmósfera que atrapa eficientemente el calor -un poco más como la atmósfera de Venus que la de la Tierra- podría ser habitable.
"Sería decepcionante si la Tierra representa la única posibilidad para la habitabilidad en el Universo", dijo Triaud a la BBC.
Póster de la NasaDerechos de autor de la imagenNASA
Image captionLa NASA ha producido un póster futurista de viajes al sistema Trappist - 1. "Votado como el mejor destino dentro de 12 parsecs (medida equivalente a 3.26 años luz) desde la Tierra", dice el anuncio ficticio.
Michaël Gillon, astrónomo de la Universidad de Lieja, Bélgica, e investigador principal del proyecto, dijo que "los planetas están muy cerca uno del otro y muy cerca de la estrella, lo que recuerda mucho a las lunas alrededor de Júpiter".
De hecho, los siete planetas están más cerca de Trappist-1 que Mercurio del Sol, según la NASA, y si una persona se parara en la superficie de alguno de ellos, tal vez vería a uno de los otros planetas, casi como se ve la Luna desde la Tierra.
"Sin embargo, la estrella es tan pequeña y tan fría que los siete planetas son templados, lo que significa que podrían tener agua líquida y, por extensión, quizás vida en su superficie", agregó.
El sistema descubierto tiene tanto el mayor número de planetas del tamaño de la Tierra como el mayor número de mundos que podrían contar con agua líquida en superficie hallados hasta la fecha.
Los planetas, cuyo descubrimiento apareció en la revista Nature, fueron detectados usando el Telescopio Espacial Spitzer de la NASA y varios observatorios en tierra.
Los seis planetas internos parecen tener órbitas coordinadas entre sí.
EstrellaDerechos de autor de la imagenNASA
Image captionLa estrella es tan pequeña y tan fría que los siete planetas son templados.
Esta armonización parece ser resultado de interacciones tempranas en la evolución del sistema planetario.

Búsqueda de oxígeno

La siguiente fase de la investigación consiste en buscar gases clave como oxígeno y metano, que podrían aportar pruebas sobre lo que sucede en la superficie, explica David Shukman, editor de Ciencias de la BBC.
"La emoción en torno a este último descubrimiento se debe no solo al hecho de que muchos de los planetas son del tamaño de la Tierra. También a que la estrella Trappist-1 es convenientemente pequeña y tenue. Esto significa que los telescopios no se 'deslumbrarán' como sí lo harían al apuntar a estrellas mucho más brillantes", comenta Shukman.
"Así, se abre una fascinante vía de investigación de estos mundos y sus atmósferas", agrega.
Ilustración de un artista sobre cómo sería la superficie de uno de los planetas de Trappist-1.Derechos de autor de la imagenEPA
Image captionIlustración de un artista sobre cómo sería la superficie de uno de los planetas de Trappist-1.
Los astrónomos confirman que debería ser posible estudiar las propiedades atmosféricas de los planetas con telescopios.
"El telescopio espacial James Webb, el sucesor de Hubble, tendrá la posibilidad de detectar ozono si es que esta molécula está presente en la atmósfera de alguno de los mundos", dijo el coautor de la investigación, Brice-Olivier Demory, de la Universidad de Berna, Suiza.
"(El ozono) podría ser un indicador de la actividad biológica en el planeta", agregó.
Pero el astrofísico también advierte que debemos ser extremadamente cuidadosos al inferir actividad biológica desde lejos.
Algunas de las propiedades de las estrellas frías y de poca masa podrían suponer desafíos para el desarrollo de la vida. Por ejemplo, algunas son conocidas por emitir grandes cantidades de radiación en forma de llamaradas, que tiene el potencial de esterilizar las superficies de los planetas cercanos.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Nove pessoas assassinadas em.Natal

Nove pessoas são mortas em chacina no Rio Grande do Norte http://a.msn.com/r/2/AAnb5Yg?m=pt-br&a=1

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Coisas da Itália. .. O papa sofre bullying

Os motivos por trás da campanha contra o papa Francisco nas ruas de Roma http://a.msn.com/r/2/AAn6WaZ?m=pt-br&a=1

Os motivos por trás da campanha contra o papa Francisco nas ruas de Roma

  • 19 fevereiro 2017
Mulher passa por pôster do papaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionCartazes colados em Roma traziam críticas ao papa Fracisco
No início do mês, cartazes criticando o papa surgiram em Roma, e um jornal falso que zombava do pontífice foi enviado a cardeais da cidade. O repórter Christopher Lamb investiga o caso.
Fiquei chocado quando os vi.
Estava sentado algumas fileiras atrás de uma freira em um bonde quando paramos ao lado de cartazes em que o papa Francisco aparece com um olhar carregado.
Sob seu rosto aborrecido, quase ameaçador, havia uma lista de reclamações: ele havia destituído padres, ignorado preocupações de cardeais e "decapitado" um antigo grupo católico, a Ordem de Malta.
Isso é o oposto do que me acostumei a esperar ver em Roma. O bonde passava por uma parte da cidade onde normalmente há imagens de um papa sorridente, com os braços estendidos ou fazendo um sinal positivo com a mão.
Aqui na Itália, o papado é o mais perto que há de uma monarquia, então, não é surpreendente que autoridades da capital tenham ordenado que os pôsteres fossem cobertos, só restando um aviso: "Cartaz colado ilegalmente".
Ao mesmo tempo em que os cartazes surgiam nas paredes da cidade, cardeais de Roma abriram suas caixas de correio e encontraram uma versão falsa do jornal do Vaticano, o L'Osservatore Romano.
Na capa, havia uma lista de perguntas ao papa feitas por um grupo de cardeais conservadores em que a resposta sempre era sic et non (sim e não). Estavam pregando uma peça no pontífice em seu próprio território - e em latim.
Capa falsa do L'Osservatore Romano
Image captionCapa falsa do jornal do Vaticano zombou do papa Francisco
O papa Francisco é popular entre muitos católicos, mas enfrenta bastante resistência às mudanças que promoveu e ainda promove no Vaticano, motivo de fúria entre fiéis das alas mais tradicionais da Igreja.
O principal motivo de tensão tem sido sexo - sim, sexo. Francisco quer que divorciados que se casaram novamente possam comungar.
Seus críticos dizem que isso mina ensinamentos da Igreja sobre matrimônio, porque uniões secundárias seriam adultério. Todas as perguntas na capa falsa do jornal eram sobre isso.
Um cardeal americano, Raymond Burke, está na linha de frente da oposição a Francisco. Burke preza as regras atuais. Foi ele que disse certa vez ao então candidato presidencial John Kerry que ele não poderia comungar por já ter apoiado o aborto.
Burke dedicou-se durante a maior da vida ao estudo das leis da Igreja e quer garantir que sejam cumpridas. Ele acredita que o papa está fazendo ajustes perigosos na tradição de mais de 2 mil anos do Cristianismo.
Ele ameaçou até mesmo decretar "um ato formal de correção de um erro grave" contra o papa. Seria um gesto ousado e raro - algo assim não ocorre há séculos.
O cardeal vive em um grande apartamento na rua construída por Mussolini que leva à Praça de São Pedro a partir do rio Tibre. É dali que ele comanda sua operação para prover o que chama de "clareza da doutrina".
Cardeal Raymond BurkeDireito de imagemLATIN MASS SOCIETY
Image captionO cardeal Burke vem criticando abertamente as mudanças promovidas por Francisco
Costumes e tradições são muito valorizados por ele. Quando o visitei para entrevistá-lo, passei por um chapéu de cardeal mantido em uma redoma de vidro, como de fosse uma relíquia sagrada, no caminho para uma sala onde esperei por sua entrada.
Ao meu lado, estava seu assessor de imprensa, que cumprimentou o cardeal se ajoelhando e beijando seu anel de ouro, um sinal de respeito.
Por outro lado, quando visitei o papa Francisco - como um membro da imprensa que cobre o Vaticano -, nós trocamos um aperto de mãos, e não pude deixar de notar um ligeiro desconforto nele quando as pessoas se ajoelhavam à sua frente.
Diz-se em Roma que os cartazes foram obra de um grupo de direita que não gosta dos apelos do papa para que a Europa receba melhor os imigrantes.
Novamente, ele e Burke parecem estar em lados opostos da questão, mas não há evidências de que o cardeal esteja por trás dos pôsteres ou do jornal falso.
Há muitos católicos conservadores que ficam desconfortáveis com as mudanças promovidas pelo papa e sua decisão de viver em uma casa simples em vez de ocupar o apartamento papal, carregar sua própria maleta e andar por aí em seu carro, gestos que rompem com a pompa do cargo e são considerados inadequados por alguns.
Papa em seu carroDireito de imagemAFP/GETTY IMAGES
Image captionComportamento sem pompa de Francisco incomoda a alguns na Igreja
Até agora, o papa não parece ter dado importância às críticas. "Não tomo tranquilizantes", disse em tom de brincadeira recentemente.
Sua forma de lidar com o estresse, explicou, é anotar os problemas em um papel e colocá-lo sobre uma imagem de um São José adormecido.
São José é a figura à qual os católicos recorrem quando enfrentam dificuldades de ordem prática. "Agora, ele dorme sobre um colchão de papéis", acrescentou Francisco.
O problema é que a função do papa é ser a base da unidade da Igreja. Alertas soam quando um papado começa a gerar muitas divisões.
Ao mesmo tempo em que Francisco tem sido muito bem-sucedido em falar com as ovelhas desgarradas, ele corre o risco de alienar quem ainda está por perto.
O papa admitiu que fissuras estão surgindo entre bispos e padres - e, se forem ignoradas, elas podem se tornar problemas ainda maiores.
Christopher Lamb é correspondente do Vatico para o The Tablet.