segunda-feira, 16 de maio de 2011

Economia crística



 A foto exibe um esforço notável para colocar o pinheiro, símbolo da festa de Natal, na posição vertical no Rockfeller Center, em Nova York.  Esta árvore demonstra como a tradição do calendário natalino é respeitada nos EUA. No resto do mundo essas ações se repetem.     
       Nova York sempre fez da festa de Natal um evento de marketing e ao mesmo tempo um ato de religiosidade. Nós, do mesmo modo, temos esta preocupação com o Natal; a árvore da Lagoa Rodrigues de Freitas no Rio é um exemplo de que valorizamos a data natalina. Lá como cá, Cristo merece orações, homenagens, festividades, mas, seu nome e este acontecimento são usados como commodity, ou um produto de uso comercial. Esse comportamento, que se repete em Dezembro em todos os continentes, é abençoado pelo Comércio que usa a simbiose entre a crença e o dinheiro para usufruir do carisma do Natal. Acredita-se que três terços do comércio do mundo têm utilizado a data natalina como um incentivo de alavancar compras. Os adjetivos colados ao seu nome avalizam essas ações.
       Cristo é ícone da religião; tema do comércio; indulto de pecadores; esconderijo de criminosos; tábua de salvação de descrentes; conforto de covardes. É um nome, é um anjo, um Homem que pertence ao inconsciente coletivo de grande parte da humanidade. Cerca de um terço da população mundial usa seu nome em várias oportunidades para ultrapassar obstáculos. Por meio de atos de fé, de orações, de sacrifícios os cristãos confiam no filho de Deus para alcançar as graças pedidas... Seus atributos são grandiosos.
        A movimentação de recursos em nome de Cristo no ambiente da economia de serviços do mundo supera muitos PIB’s de muitas economias no Planeta. Esse colosso da soma de dinheiro enlaçado em torno de Cristo revela a importância da religião como fonte de recursos econômicos.
       Essa particular e sublime conexão que atua em nome de Cristo, em volta da Terra, é insofismável e reconhece a integral de reverências e da qual resulta em uma economia crística. As reservas dessa economia são sustentadas por uma população que alcança um número perto de dois bilhões de pessoas espalhadas em todos os continentes.
        Diante dos números estimados por órgãos de acompanhamento do setor de serviços da economia mundial, a economia da fé – judaísmo, islamismo, hinduísmo, protestantismo, budismo, cristianismo e outras - somariam uma importante fatia do bolo da riqueza do mundo. Um estudo recente da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - estipula o Setor de Serviços detém 70% do PIB mundial – (65 trilhões de dólares) - e revela, por conseqüência, como o principal braço da economia do planeta
       Sem fazer muitos cálculos e levantando o patrimônio físico de todas as religiões como catedrais, mesquitas, igrejas, sinagogas, seminários, colégios, editoras, movelarias, tipografias e outros bens tangíveis como a rouparia,  livros sagrados e profanos, aparelhos de ampliação de som e outros instrumentos compulsórios de cada religião; viagens, encontros, concílios pode-se alcançar uma conta de uma dezena de trilhões de dólares.      
       A força que as religiões injetam na sua forma de instruir os seguidores de sua doutrina, os seus métodos de disciplina, as técnicas de convencimento de aproximação de simpatizantes são admiradas e copiadas por instituições ultranacionais de diversas abas do setor mais importante da riqueza mundial. O modelo de gestão do grupo de religiões é, pode-se dizer, um case que venceu séculos e que permanece notavelmente operoso e confiável para cada uma das crenças.
Fifica Nunes Campos

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