sábado, 14 de janeiro de 2012

Efeitos colaterais das guerras....

O ministro da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kussumua, reiterou ontem no Luena, Moxico, a disposição do Executivo angolano em repatriar os 60 mil angolanos refugiados em países vizinhos, cujo processo é retomado em Fevereiro. 

Segundo o ministro, durante a primeira fase, iniciada no segundo semestre de 2011, foram repatriados quatro mil angolanos, dos quais 1.500 regressaram da República Democrática do Congo, 2.400 da Zâmbia, 29 do Botsuana e seis da Namíbia.

Estes refugiados foram transportados para as suas zonas de origem, sendo 5.200 para o Moxico, 900 para o Huambo, 200 para o Bié, 1.300 para o Zaire, 300 para o Kuando- Kubango, 100 para Benguela, 23 para Luanda e seis para o Cunene. 
João Baptista Kussumua explicou que decorrem preparativos nos centros de trânsito para que nada falte aos cidadãos. Estão a ser criadas condições de alimentação, instalação dos serviços de registo gratuito, saúde e inserção das crianças nas escolas, entre outras actividades.
O ministro da Reinserção Social lembrou que, no âmbito das convenções internacionais, de acordo com os procedimentos das Nações Unidas, em Junho de 2012 a cláusula que protegia o refugiado angolano no exterior perderá a sua vigência e, por conseguinte, os que não voltarem ao país dentro deste período, através do repatriamento organizado, serão responsabilizados. Quanto ao processo de desminagem, João Batista Kussumua disse que na província do Moxico foram retiradas cerca de 1.500 minas anti-pessoais e anti-tanques e realizaram-se operações de limpeza em 62 milhões de metros quadrados.
 

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