quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ururau, Cidades: Tecnologia na coleta e tratamento do lixo na nova usina de reciclagem em Campos


11 de abril de 2012 · 09:00

Tecnologia na coleta e tratamento do lixo na nova usina de reciclagem em Campos

Divulgação
Tratado, o lixo pode se tornar uma boa fonte de renda
Tratado, o lixo pode se tornar uma boa fonte de renda
A população que gera, produz e elimina o lixo doméstico e comercial, sem aparentemente qualquer outra utilização, não imagina o procedimento que é tomado para a reutilização do mesmo.

A partir do mês de maio está prevista a inauguração da usina de reciclagem e compostagem de lixo, localizada vizinha ao aterro controlado do Distrito Industrial da Codin, em Guarus, que será desativado. A partir de então, o lixo de Campos passa a contar com duas unidades de coleta, já que no ano passado foi inaugurado o aterro sanitário de Conselheiro Josino.

A usina vai processar mais de 100 toneladas de lixo por dia, o que representa 33% das 300 toneladas produzidas diariamente no município. Nela o tratamento do lixo é mais refinado.

Todo o material reciclável, papel, metal, plástico e vidro será separado, processado e posteriormente comercializado, cuja receita será destinada ao Fundo Municipal da Assistência Social. Desta forma, órgãos de políticas públicas passam a ter mais uma fonte de renda. Quanto à parte orgânica do lixo, que já não consta o material reciclado, cai em uma caixa a ser destinada ao aterro de Conselheiro, onde o chorume e o gás metano são coletados. Assim ocorre o ciclo de tratamentodo lixo.

O chorume, apesar de ser um líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado da decomposição do lixo, é aproveitado ao ser destinado para estação de tratamento. A parte sólida do resíduo do chorume é bombeada para estação de tratamento do esgoto.

Com o gás metano não ocorre diferente, ele também tratado. Ao ser coletado e queimado em uma célula, em que se protege o lençol freático por meio de um manto revestido com camada de 30 cm de argila, evita-se acontaminação do solo e subsolo. 

A respiração é um exemplo básico de reaproveitamento do  lixo, da seguinte forma: o lixo é responsável pelo O² que é inalado e eliminado em forma de CO².

Segundo o Secretário de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque em todos os mais de 900 m² de área do aterro estão previstos em 30 anos, a construção de seis células. Com o volume maior de lixo arrecadado na usina, a meta também é fazer com que o aterro de Conselheiro, em três anos, possa fazer o aproveitamento energético, a partir da queima do gás metano, viabilizando a geração do biogás, ou seja, a purificação do gás metano, onde retira- se o componente metano para liberar O² na atmosfera.

“O lixo quando destinado para o aterro sanitário não possui muito recurso técnico para proteção do solo, além de queimar e coletar parcialmente o metano e o chorume. Campos está no topo de gestão de resíduos no Estado do Rio de Janeiro devido os recursos que estamos usando para tratamento do lixo do município. Vale ressaltar a usina de tratamento do lixo hospitalar, inaugurada em junho de 2010, cujo a tecnologia é de autoclavagem, tratamento a base de calor. O atendimento não é só para Campos, maior gerador de lixo hospitalar, como atende também os municípios de São João da Barra, São Francisco do Itabapoana, Itaperuna, além de empresas do Porto do Açu”. Destacou o secretário.  

Os equipamentos para operar a usina foram adquiridos pela concessionária Vital Engenharia Ambiental, empresa contratada pela prefeitura, que realiza o serviço de limpeza pública na cidade e nos distritos e localidades do interior. O empreendimento, investimento estimado de R$ 400 mil, inclui dois fossos de armazenamento, quatro prensas, uma balança de até 200 quilos e três esteiras elétricas, além da construção da parte administrativa, composta de vestiário e banheiro.




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