quarta-feira, 2 de maio de 2012

Chacina de Goiás tem dúvidas sobre motivação e mandante dos crimes..


Polícia investiga motivação e mandante de chacina

por Jairo Menezes - Cidades (diariodamanha) - às 10h46
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Célio Juno Costa da Silva e o co­mer­ci­ante Al­cides Ba­tista Barros estão presos na car­ce­ragem da Po­lícia Civil em Goi­ânia. Eles são sus­peitos de par­ti­cipar da maior cha­cina já re­gis­trada em Goiás. Célio é so­brinho do fa­zen­deiro Lá­zaro de Oli­veira Costa, 57, uma das sete ví­timas es­gor­jadas (corte no pes­coço, mais de­ta­lhes no boxe) no crime. Al­cides seria pai da noiva de Le­o­poldo Rocha Costa, 22, filho de Lá­zaro. Le­o­poldo e a filha de Al­cides se ca­sa­riam no pró­ximo dia 12, con­forme in­for­ma­ções da Po­lícia Civil. A par­ti­ci­pação de um pis­to­leiro iden­ti­fi­cado apenas como José de Ri­bei­rão­zinho não foi des­car­tada pela po­lícia. O pis­to­leiro seria da ci­dade de Ri­bei­rão­zinho (MT), a 70 quilô­me­tros de Do­ver­lândia, onde acon­teceu o crime, e ainda es­taria fo­ra­gido até a noite de ontem. Agentes da Po­lícia Civil es­ti­veram na ci­dade ma­to­gros­sense a pro­cura do sus­peito. Man­dante e mo­ti­vação ainda são in­ves­ti­gados pela po­lícia.
O crime acon­teceu no úl­timo do­mingo (29), em Do­ver­lândia, a 412 quilô­me­tros de Goi­ânia, na re­gião Su­do­este do Es­tado. Célio e Al­cides te­riam sido de­tidos du­rante o ve­lório de Lá­zaro, Le­o­poldo e do va­queiro e fun­ci­o­nário, Heli Fran­cisco da Silva, 44, na ci­dade mi­neira de Frutal.
Dia De­ci­sivo
Hoje é um dia de­ci­sivo para as in­ves­ti­ga­ções, que po­derão chegar a mais pes­soas sus­peitas de co­meter o crime. Os dois presos po­derão ter prisão tem­po­rária de­cre­tada. Caso isso acon­teça, po­derão ficar de­tidos por 30 dias, pror­ro­gá­veis por mais 30, até que a in­ves­ti­gação seja con­cluída.
Se­gundo in­for­ma­ções da Po­lícia Civil, os sus­peitos te­riam sido presos por que Apa­re­cido Sousa Alves, 23, também de­tido, con­fessou ter par­ti­ci­pado da cha­cina e apontou os dois como com­parsas da ma­tança. Apa­re­cido seria tra­zido a Goi­ânia na tarde de ontem, mas du­rante a vi­agem para a Ca­pital ele es­cla­receu al­gumas arestas de seus de­poi­mentos e os in­ves­ti­ga­dores pre­fe­riram voltar a Do­ver­lândia, para en­con­trar novos de­ta­lhes do caso, con­forme a de­le­gada-geral, Adriana Ac­corsi. “Temos a cer­teza ma­te­ri­a­li­zada de que ele (Apa­re­cido) é um dos par­ti­ci­pantes desse crime bár­baro. Na casa dele foram en­con­tradas uma ca­ra­bina, de Lá­zaro, o ce­lular de Tames Mar­ques Mendes da Silva, 24, e um re­vólver ca­libre 38, que foi usado para in­ti­midar as ví­timas e uma ca­mi­seta suja de sangue, que pode ter sido usada por ele no dia da cha­cina”, disse Ac­corsi.
“Ele (Apa­re­cido) con­fessou tudo, mas temos que ser cau­te­losos com as de­cla­ra­ções do sus­peito. Apa­re­cido pode usar ar­ti­ma­nhas para lu­di­briar as au­to­ri­dades que in­ves­tigam o crime”, alertou a de­le­gada, que está no caso desde o início. Ainda na se­gunda-feira (30), Ac­corsi vi­ajou à ci­dade e so­bre­voou a fa­zenda Nossa Se­nhora Apa­re­cida, a 45 km da ci­dade. Ou­tros pes­soas podem ser presas a qual­quer hora, con­forme in­for­ma­ções da Po­lícia Civil. Rixa, am­bição e la­tro­cínio são hi­pó­teses de mo­ti­vação, mas como a in­ves­ti­gação é pre­li­minar, a causa é um mis­tério para a po­lícia.
Apa­re­cido teria che­gado de moto à chá­cara por volta das 15h do do­mingo e foi di­reto à casa do va­queiro Heli. Ele foi visto pelo filho do va­queiro, um jovem de 14 anos, que prestou de­poi­mento ainda no do­mingo ao de­le­gado Vi­ní­cius Ba­tista da Silva. O ga­roto es­taria no pasto da fa­zenda, quando notou a che­gada de Apa­re­cido, numa moto. “O rapaz teria es­cu­tado o pai con­versar com o pró­prio as­sas­sino. Ele disse que ouviu o sus­peito per­guntar do dono da casa e pai res­pondeu in­di­cando a casa, sede da fa­zenda. O ga­roto não soube des­crever com de­ta­lhes como as ví­timas foram mortas, mas contou que viu o pes­soal ir em di­reção ao as­sas­sino e não voltar”, conta Vi­ní­cius.
Con­forme o de­le­gado Antônio Gon­çalves, di­retor da po­lícia ju­di­ciária, que também está em­pe­nhado no caso, o casal de amigos e fu­turos pa­dri­nhos de ca­sa­mento de Le­o­poldo, Jo­a­quim Ma­noel Car­neiro, 61, e Mi­raci Alves de Oli­veira, 65; o filho do casal, Adriano Alves Car­neiro, 22, e a noiva dele, Tames Mar­ques, foram mortos por que es­tavam no lugar er­rado e na hora erados. “Eles che­garam num Fiat Uno da fa­mília, que mora em Rio Verde. Ao notar a pre­sença dos vi­si­tantes, os sus­peitos ma­taram todos eles para evitar iden­ti­fi­cação de tes­te­mu­nhas.
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