quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mais uma medalha para o Brasil

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 Atualizado em quinta-feira, 2 de agosto de 2012 - 14h47

Mayra conta como se recuperou para o bronze

Judoca revela que mais experientes deram apoio após derrota. Brasileira ainda comentou a rivalidade com americana
Mayra conta como se recuperou para o bronzeMayra com a medalha de bronze: 'para levar dentro do coração'Franck Fife/AFP
A derrota na semifinal olímpica foi doída para Mayra Aguiar. Líder do ranking mundial, a judoca saiu da disputa para o ouro ao perder para a rival americana Kayla Harrison, em uma ‘final antecipada’ da categoria até 78kg. Mas a brasileira voltou ao tatame para garantir o bronze, a terceira do judô do país em Londres. Com a medalha no peito, a jovem, que completa 21 anos nesta sexta-feira, revela de onde tirou força para vencer – e com uma contusão.

“Foi bem duro sair da disputa pelo ouro, e eu ainda machuquei o cotovelo. Fiquei com vontade de chorar, mas a superação falou mais alto. Muita gente conversou comigo, como o Aurélio Miguel (campeão olímpico em Seul 1988) e o Leandro Guilheiro (bronze em Atenas 2004 e Pequim 2008). Eles disseram: ‘Mayra, esquece, acabou, agora é outra competição. Não vai sair daqui sem medalha’. Eu coloquei isso na minha cabeça”, revelou Mayra em entrevista à rádio BandNews FM.

Mayra era, junto de Kayla – que ganhou o ouro ao bater a britânica Gemma Gibbons na final –, a favorita ao título em Londres. Mas o sorteio das chaves colocou as duas rivais para se encontrarem na semi. Com a derrota, Mayra foi para a disputa do bronze contra a holandesa Marhinde Verkerk. O papo com os mais experientes deu resultado: em apenas um minuto e meio, a brasileira conseguiu um ippon e liquidou a luta. Enfim, a jovem abriu o sorriso.

“Independente da cor, uma medalha olímpica é para levar dentro do coração para o resto da vida”, disse Mayra que, mais animada, quer saber de comemorar a medalha e o aniversário. E avisa: ‘Sei do meu potencial, sei que posso ganhar o ouro também. Mas vai vir, tenho que continuar na luta”, prometeu.

Rivalidade

Em 10 lutas entre Mayra e Kayla, a americana venceu seis e a brasileira, quatro. Na mais importante até hoje, a desta quinta, a ianque esteve melhor, como a própria gaúcha reconhece. E explica a rivalidade entre elas.

“Ela não é nem minha amiga nem inimiga. É minha adversária, que eu respeito bastante e ela me respeita. Hoje foi o dia dela, foi melhor, merece a conquista. Mas sei que também tenho capacidade de pegar essa medalha (de ouro). Minha hora vai chegar”, prevê. E ela pode ser em 2016, no Rio de Janeiro.

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