sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Planeta órfão passeia sem rumo pelo Cosmos


Universo »Astrônomos detectam planeta órfão a 100 anos-luz

Publicação: 15/11/2012 11:06 Atualização:
 (AFP)
Astrônomos baseados no Havaí e no Chile descobriram um planeta "órfão" vagando pelo espaço sem estar ligado à órbita de um astro, a cem anos-luz de distância da Terra. Os cientistas dizem que pesquisas recentes têm demonstrado que esse tipo de planeta pode existir com muito mais frequência no cosmos do que se pensava.

Eles também são conhecidos como planetas "interestelares" ou planetas "nômades" e têm sido definidos como objetos de massa planetária que foram expulsos dos seus sistemas ou nunca estiveram gravitacionalmente ligados a nenhuma estrela. Embora haja cada vez mais interesse dos astrônomos no assunto, exemplos de planetas "órfãos" são difíceis de serem encontrados, o que torna a recente descoberta mais importante.

O planeta, chamado de CFBDSIR2149-0403, é tema de um artigo que deve ser publicado no periódico científico Astronomia e Astrofísica. Mas até agora sabe-se muito pouco sobre a intrigante descoberta. Além de estimar sua distância da Terra, considerada muito pequena, os cientistas acreditam que o "órfão" seja relativamente "jovem", tendo entre 50 e 120 milhões de anos.

Estima-se que ele tenha temperatura de 400ºC e massa entre quatro a sete vezes a de Júpiter. Ainda que os astrônomos acreditem que os planetas "órfãos" sejam mais comuns do que se pensava, as teorias em torno da origem deste tipo de massa planetária que "vaga" pelo espaço ainda são intrigantes.

Acredita-se que eles possam se formar de duas maneiras: de forma semelhante aos planetas que estão conectados a astros, surgindo a partir de um disco de poeira cósmica e restos de massa, mas que, em vez de serem integrados a um sistema (assim como a Terra é parte do Sistema Solar, gravitando em torno do Sol), são expulsos da órbita de uma estrela.

A segunda explicação aponta que eles podem se formar como se fossem um astro, mas nunca chegam a atingir a massa total de um astro normal. De qualquer forma, eles acabam livres da atração gravitacional a uma estrela, vagando livremente pelo cosmos, o que torna sua identificação muito difícil.

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