sábado, 4 de janeiro de 2014

Está confiante com o Ano Novo ? Leia as previsões de Época

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/01/b10-previsoes-astrologicasb-para-o-brasil.html

10 previsões astrológicas para o Brasil em 2014

O céu está favorável para os brasileiros na Copa do Mundo. Mas tem nuvem preta na política (mais revelações de corrupção) e no clima (lá vem mais inundação...)

JÚLIA KORTE
04/01/2014 11h29 - Atualizado em 04/01/2014 11h35

10 previsões astrológicas para o Brasil (Foto: ÉPOCA)
Como ler o mapa (Foto: ÉPOCA)
1. Catástrofes Climáticas (Aquário e Peixes)
A posição de Netuno no ascendente do Brasil sugere que haverá problemas de intoxicação ambiental, com vazamentos de substâncias químicas e petrolíferas. As inundações em áreas urbanas aumentarão.
2. Economia (Áries)
O segundo setor do mapa mostra
como funciona a economia. Sol,
Plutão e Urano pedem medidas firmes para evitar a alta da inflação nos próximos oito meses.

3. Educação (Touro)
Os elementos desse setor do mapa revelam que o governo dará prioridade à educação. Veremos algum projeto semelhante ao da área da saúde (Mais Médicos), com impacto nas urnas.
 
4. Transportes (Touro)
Saturno na casa 3 é um dos planetas que influenciarão o setor. A mobilidade terá mais atenção e investimentos. O risco é uma crise na mobilidade, que pode afetar a economia.

 
1. Catástrofes Climáticas (Foto: Ag STF)
5. Meio Ambiente e Agricultura (Virgem)
Haverá o risco de perdermos áreas de preservação para o agronegócio, para a especulação imobiliária e para as mineradoras, que chegam com força em 2014. Na agricultura, o uso excessivo de agrotóxicos prejudicará as exportações.

 
6. Artes e Esportes (Foto: Ron ElkmanSports Imagery/Getty Images)





6. Artes e Esportes (Gêmeos)
Júpiter na casa 5 favorece bom desempenho no cinema e na Copa do Mundo.  A mobilização popular em torno da Copa será intensa, tanto das torcidas quanto de manifestantes contra o governo.
7. Política (Escorpião)
O ciclo de Saturno, (de outubro de 2012 a novembro de 2014) favorece renovação na política. Estão previstas novas revelações  de corrupção. O Poder Judiciário continua agindo com firmeza e rigor.

 
7. Política (Foto: Marcelo Carnaval/Ag. O Globo)
8. Relações internacionais (Libra)
Saturno, Marte e a Lua dão sinais de que a liderança brasileira será solicitada por outros países. Isso exige mais cuidado com a diplomacia e a imagem do país.
9. Segurança pública (Capricórnio)
Veremos mais cenas violentas nas ruas nos próximos meses. Vênus na casa 9 pede ações para humanizar os presídios. Há possibilidade de revoltas de presidiários violentas.
10. Tecnologia e Ciência (Sagitário)
O ascendente do Brasil em Aquário favorece novas descobertas na ciência e avanços tecnológicos. Com isso, ganham força os programas que incentivam jovens inovadores de talento.

 
Maurice Jacoel (Foto: Reprodução)
5 perguntas para Maurice Jacoel*
O Brasil ganhará a Copa do Mundo?
Os astros estão a favor do Brasil. As forças que atuam no momento da Copa favorecem a Seleção.
E o cinema?
O país tem boas chances de se destacar no âmbito das artes em 2014, então é possível que algum  ator ou filme nacionais ganhe um prêmio internacional.
Haverá repercussões das manifestações?
Sim, no mundo todo. Elas fazem parte de um novo ciclo da história, que vai até 2021. Ainda não podemos compreender totalmente as mudanças.
O que esperar das próximas eleições?
Haverá surpresas nas coligações, e isso afeta o futuro político do país. Saturno aliado a Marte sinaliza uma transição significativa.

E a maior aposta para 2014?
Superar as crises com um novo modelo político. Essa afirmação se baseia no jogo de forças entre Júpiter, Saturno e Netuno.

* Maurice Jacoel é astrólogo e terapeuta em constelação familiar. Formado em filosofia pela USP, com pós-graduação em psicologia pelo Ijep.
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Terrorismo da Al Qaeda assinou o ataque que matou a brasileira Malak Zahwe no Líbano


Internacional

Grupo ligado à Al Qaeda reivindica atentado que matou brasileira no Líbano

Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) assume autoria de ataque contra reduto do Hezbollah em Beirute que matou cinco pessoas

Malak Zahwe, vítima do terror no Líbano
Malak Zahwe, vítima do terror no Líbano (Arquivo Pessoal)
A milícia Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), ligada à rede terrorista Al Qaeda, assumiu neste sábado a responsabilidade pelo atentado suicida no reduto do Hezbollah no sul de Beirute, que matou pelo menos cinco pessoas há dois dias, entre elas a brasileira Malak Zahwe, de 17 anos, e sua madrasta.
Em comunicado, o EIIL alerta para novos ataques em resposta a uma ofensiva contra o grupo nos últimos dois dias por forças rivais no norte da Síria, com a morte de dezenas de pessoas. Os terroristas afirmam ter "penetrado o sistema de segurança do Partido de Satanás no Líbano", uma referência irônica ao Hezbollah, cujo nome significa Partido de Deus, em árabe. Se confirmada, essa será a primeira vez que o EIIL ataca em Beirute, alvo de uma onda de atentados desde o verão passado, principalmente visando o Hezbollah e seus aliados.
Vítimas – A jovem Malak Zahwe nasceu em Foz do Iguaçu (Paraná) e se mudou para o Líbano quando tinha 13 anos. Era estudante e morava com o pai, a madrasta e mais três irmãos. De acordo com Bahjat Zahwe, que é tio da jovem, ela e a madrasta saíram de casa para comprar um vestido quando foram surpreendidas pelo ataque.
Filial – Também neste sábado foi confirmada no Líbano a morte do saudita Majid al-Majid, apontado chefe de outra milícia ligada à Al Qaeda, as Brigadas Abdullah Azzam. Al-Majid havia sido preso dias atrás, conforme comunicado feito ontem pelo Exército libanês. De acordo com um general do Exército libanês, que falou sob condição de anonimato, o terrorista estava sob custódia em um hospital e morreu de insuficiência renal.
Fundada em 2009, as Brigadas Abdullah Azzam levam o nome do terrorista palestino que foi um dos primeiros voluntários árabes a ir para o Afeganistão, nos anos 80, para combater os soviéticos. Considerado o “pai da Jihad Global”, Abdullah Azzam morreu no Paquistão em 1989, quando o veículo em que viajava explodiu.
(com Reuters)

"Ratos e homes" ensaio de J R Guzzo em Veja de setembro de 2012


terça-feira, setembro 11, 2012


Ratos e homens - J. R. GUZZO

REVISTA VEJA


Quando o ex-presidente Lula indicou o nome do procurador Joaquim Barbosa para o Supremo Tribunal Federal, em 2003, aplaudiu a si mesmo por mais esse lance da genialidade política que lhe é atribuída. Tornava-se, com isso, “o primeiro presidente deste país” a levar um negro à mais alta corte de Justiça do Brasil — o que não é bem assim, pois antes de Barbosa o STF teve dois ministros mulatos, já esquecidos na bruma dos tempos. Mas o que vale nas coisas da política, em geral, é o que se diz — e o que se disse é que havia ali um plano magistral. O novo ministro, agradecido pela honra recebida, seria um belo amigo do governo nas horas difíceis. Acontece que os melhores planos, muitas vezes, não acabam em bons resultados; o que decide tudo, no fim das contas, são os azares da vida. O grande problema para Lula foi que o único negro disponível para ocupar o cargo era Joaquim Barbosa — e ali estava, possivelmente, uma das pessoas menos indicadas para fazer o que esperavam dele.
Para começo de conversa, Barbosa dá a impressão de detestar, positivamente, o rótulo de primeiro "ministro negro” do STF. Não quer que pensem que está lá para preencher alguma espécie de “cota”; a única razão de sua presença no STF, julga o ministro, são seus méritos de jurista, adquiridos em anos de trabalho duríssimo e sem a ajuda de ninguém. Nunca precisou do apoio da “comunidade negra”, nem da Secretaria da Igualdade Racial, ou coisa que o valha. Também não parece se impressionar, nem um pouco, com gente de origem humilde. É filho de um pedreiro do interior de Minas Gerais, tornou-se arrimo de família na adolescência e ao contrário de Lula, que não bate ponto desde que virou líder sindical, em 1975, Barbosa começou a trabalhar aos 16 anos de idade e não parou até hoje.
O ministro, além disso, é homem de personalidade notoriamente difícil, sujeita a ásperas mudanças de humor e estoques perigosamente baixos de paciência. É atormentado por uma hérnia de disco que lhe causa dores cruéis e o obriga muitas vezes a ficar de pé durante as sessões do STF. É, em suma, o tipo de pessoa que se deve tratar com cuidado. Lula e o PT fizeram justamente o contrário. Quando Barbosa se tornou relator no processo do mensalão, em 2006, continuaram apostando todas as fichas na histórica impunidade com que são premiados no Brasil réus poderosos e capazes de pagar advogados caros. Descobriram, agora, que o trabalho de Barbosa puxou as condenações em massa no julgamento do mensalão — e jogou uma banana de dinamite no sistema de corrupção que há dez anos envenena a vida pública no Brasil.
A primeira trovoada séria veio quando o ministro aceitou a denúncia da procuradoria contra os quarenta do mensalão. Na época, o único deles com cabeça foi o ex-secretário-geral do PT Silvio ‘"Land Rover” Pereira; não contestou a acusação, foi punido com prestação de “serviços comunitários” e acabou resolvendo seu caso a preço de custo. Os demais, guiados pelo farol de Lula, preferiram ficar debochando. Durante o tempo todo, ele sustentou que o mensalão “nunca existiu”. Quando o julgamento começou, disse que não iria acompanhar nada: “Tenho mais o que fazer”. Delúbio Soares, operador-mor do guichê de pagamento do esquema, afirmou que tudo iria acabar em “piada de salão”. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, garantiu que o povo estava interessado, mesmo, é na novela das 9. O que queriam com isso? Imaginavam que Joaquim Barbosa, trabalhando como um burro de carga, com a tortura da dor nos quadris e seu temperamento de porco-espinho, estava achando engraçado ouvir que o seu esforço era uma palhaçada inútil? Lula e sua tropa tinham certeza de que o processo iria se arrastar até o Dia do Juízo Final. O ministro Barbosa, hoje, poderia dizer: “Não contavam com a minha astúcia”. No caso, sua astúcia foi entender a diferença entre “muito tempo” e “nunca”. Tudo seria demorado, claro. Mas ele tinha certeza de que terminaria o seu trabalho — e que os 80% de popularidade de Lula, aí, não iriam servir para nada.
Em sua curta obra-prima Ratos e Homens, um dos clássicos da literatura populista americana, John Steinbeck se inspira num antigo poema escocês para nos dizer que os mais bem cuidados planos deste mundo, sejam feitos por ratos ou por homens, são coisas frágeis; podem ser desfeitos pela roda do acaso, que é indiferente tanto aos projetos mais humildes quanto aos mais ambiciosos, e só acabam deixando mágoa e dor. Joaquim Barbosa talvez faça com que os mensaleiros se lembrem disso por muito tempo.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Fotos da Revista Época no primeiro dia do ano de 2014


http://epoca.globo.com/tempo/fotos/2014/01/fotos-do-dia-1-de-janeiro-de-2014.html
11 fotos

Banhistas observam arco-íris que apareceu no horizonte no último dia de 2013, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Banhistas observam arco-íris que apareceu no horizonte no último dia de 2013, na praia de Copacabana, no Rio de JaneiroCrédito: Leo Correa/APQueima de fogos de ano novo na vila olímpica de Krasnaya Polyana, na Rússia, uma das sedes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi
Queima de fogos na vila olímpica de Krasnaya Polyana, na Rússia, uma das sedes dos Jogos Olímpicos de Inverno de SochiCrédito: Lesya Polyakova/APQueima de fogos em Londres, Reino Unido, em frente ao prédio do Parlamento e do Big Ben
Queima de fogos em Londres, Reino Unido, em frente ao prédio do Parlamento e do Big BenCrédito: Alastair Grant/APQueima de fogos em Copacabana, Rio de Janeiro
Queima de fogos na praia de Copacabana, no Rio de JaneiroCrédito: Leo Correa/AP

Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi / Passeio pelos locais das provas




Por Andy Isaacson- The New York Times News Service/Syndicate
Dando uma volta pelo futuro olímpico da Rússia



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Dando uma volta pelo futuro olímpico da Rússia

  Antes  que eu pudesse entrar no teleférico do Rosa Khutor, uma área de esqui que faz parte de Sochi, onde serão realizados os Jogos Olímpicos de Inverno do ano que vem, precisei primeiro passar por um detector de metais operado por soldados russos com metralhadoras e chapéus de pele. Isso não é algo que eu esteja acostumado a fazer. Nos teleféricos do oeste dos EUA, onde costumo esquiar, sou atendido por jovens alegres que não se importam de passar o dia todo em pé, se isso for necessário para transformar os sonhos em realidade.
Diferentemente dos soldados armados, Sasha Krasnov, o guia local com quem me encontrei, se sentiria em casa nas Montanhas Rochosas. Aos 27 anos e com os cabelos desgrenhados, ele se identifica como um "free rider" – ou seja, alguém que esquia fora das pistas traçadas. Uma tempestade havia trazido neve fresca durante a noite, dando fim a um longo período de seca e Sasha, com a cabeça protegida por um capacete sujo, estava feliz como uma criança na manhã de Natal.

O bondinho nos tirou da base e nos levou muito além de uma torre do relógio em estilo italiano construída com o dinheiro de um oligarca, em frente a uma floresta de olmos polvilhada de neve. Nuvens grossas escureciam minha vista, de forma que abri um mapa da trilha, que estava inteiro em russo. Nele podia ver que o Rosa Khutor era igual a qualquer resort europeu, com uma série de teleféricos ligando o vale do rio a 550 metros de altitude, com o pico sem árvores a 2.320 metros. Assim como nos Alpes, o resort tem uma abordagem tranquila em relação à criação das trilhas. Apenas algumas delas têm nomes, o que não fazia muita diferença de qualquer forma, a menos que você saiba ler cirílico, ou tenha facilidade com símbolos. Eu me perguntei em voz alta se haveria alguma espécie de demarcação, ou corda, para mostrar os limites do resort.
"Sem cordas!", respondeu Sasha com um sorriso de quem entende do assunto. "Isso aqui é a Rússia".

Cerca de uma década atrás, o governo russo decidiu que não havia razão para que perdessem turistas para a Suíça, a França ou a Itália. Eles trouxeram um construtor de resorts de Whistler, na Columbia Britânica, chamado Paul Mathews, para avaliar o potencial do Cáucaso para o turismo de inverno. Mathews olhou para as linhas escarpadas que cercavam o vilarejo sonolento de Krasnaya Polyana, no vale do rio acima de Sochi, uma cidade de cerca de 400.000 habitantes; em toda extensão, riachos profundos que desembocam dali; nas regiões glaciais e planícies tranquilas. O local o fez lembrar de Les Trois Vallées, na França, que está entre as maiores áreas interligadas de esqui do mundo. Mathews esboçou alguns planos e, em 2002, a Interros, um conglomerado comandado por Vladimir Potanin, um dos homens mais ricos da Rússia, e a Gazprom, a maior produtora mundial de gás natural, começaram a construir resorts de esqui.

Situada no Mar Negro, Sochi possui um clima temperado agradável que atrai russos aos refúgios a beira mar desde os tempos de Stalin. As palmeiras da cidade podem até enganá-lo e fazê-lo acreditar que está em outro país. "Sochi é um lugar como nenhum outro", afirmou o presidente Vladimir Putin ao Comitê Olímpico Internacional, quando a cidade foi escolhida para os Jogos de 2014. "Na orla, você pode curtir um dia primaveril, mas basta subir as montanhas e já é inverno".
Quando fui para Sochi em março, junto com meu amigo Than, o tempo nem era primaveril, nem estava bom. A tempestade de fim de inverno que havia desviado nosso voo para Moscou na noite anterior lançou uma sombra cinza e um humor meditabundo sobre a cidade subtropical. Procuramos um táxi para Krasnaya Polyana, uma viagem de uma hora em uma estrada larga de duas pistas, pelos desfiladeiros do Rio Mzymta. (Uma nova rodovia e uma ferrovia de alta velocidade estão sendo construídas do outro lado do rio e cortarão pela metade o tempo de viagem.)
"Isso é um ótimo presente para nós", afirmou Sasha, enquanto andávamos no teleférico na manhã seguinte. Descobrimos que a tempestade havia trazido neve demais, pois a metade exposta na parte de cima da montanha – que consiste de cascatas e cachoeiras – estava fechada. Sasha me entregou um transreceptor para avalanches que estava em sua mochila e perguntou se eu já havia utilizado algum. Iríamos esquiar voltados para dentro e sempre perto do teleférico – nada íngreme demais –, mas o perigo era claro: para todos os efeitos estávamos esquiando por conta própria. Isso aqui era a Rússia, afinal.
Gondolas ascend the slopes of the Rosa Khutor ski resort, one of the sites of events at the 2014 Winter Olympics in Sochi, Russia, Nov. 21, 2013. Wealthy Russians have long preferred the Alps to the country's own ski resorts, and Sochi's developers have a host of challenges to meet before the start of the Games in February. (© Andy Isaacson/The New York Times)

"Entregando ouro ao bandido"...Excesso de informação exemplar! Força Nacional apresenta seu projeto de combate aos protestos durante a Copa do Mundo

03/01/2014 06h27 - Atualizado em 03/01/2014 07h02


Governo cria tropa de choque de 10 mil 




homens para protestos na Copa


Força Nacional forma policiais para enviar às 12 cidades-sede em 2014.
SP também terá apoio, diz secretário; 'não foi cogitada', diz pasta paulista.


Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo

Pela qualidade desta tropa, ela deverá atuar em todas as sedes da Copa de 2014. Em algumas, como força de contingência (...) em outros, com função definida. Cada estado definirá isso"
Delegado da PF Andrei Passos
Secretário de Segurança para Grandes Eventos

O governo federal formou uma tropa de choque de 10 mil homens que irá apoiar as polícias militares nas 12 cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 para conter protestos violentos durante o evento.

São os PMs que integram a Força Nacional de Segurança Pública, treinados desde 2011, segundo o diretor da unidade, coronel Alexandre Augusto Aragon. Eles tiveram o aperfeiçoamento intensificado neste ano após as manifestações de junho, durante a Copa das Confederações.
Criada em maio de 2007 por uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Força é composta por PMs, policiais civis, bombeiros e peritos de todos os estados, que são voluntários e passam por um treinamento diferenciado antes de serem enviados para missões excepcionais e de caráter temporário.
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Policial dispara contra manifestantes no Rio de Janeiro (Foto: Silvia Izquierdo/AP)Policial dispara contra manifestantes no Rio de Janeiro (Foto: Silvia Izquierdo/AP)
“A Força Nacional não é uma força comum. Somos convocados só para momentos de crise, só para missões específicas. Cheguei a ter 42 frentes de operações abertas ao mesmo tempo no país. Para a Copa do Mundo, formamos 10 mil homens em doutrinas de ações de choque, e estamos com condições de atuar em todas as 12 cidades-sede ao mesmo tempo”, afirma o coronel Aragon.

O número de policiais treinados pela Força Nacional para controle de protestos é representativo quando se compara o efetivo das tropas de Choque dos estados: a maioria possui apenas um batalhão, contando com entre 100 e 200 homens com esta qualificação.
Até mesmo São Paulo, que possui a maior Tropa de Choque do país (3 mil homens) e que, mesmo durante ataques de facções criminosas, nunca pediu apoio federal na segurança pública, deve contar com homens da Força Nacional, diz o secretário nacional de segurança para grandes eventos, delegado da Polícia Federal Andrei Augusto Passos Rodrigues.

Segundo ele, os estados deverão concluir até o fim de janeiro o planejamento do que que vão precisar de apoio federal. 

A previsão é que, com a experiência da Copa das Confederações, quando houve atuação em 5 estados, a Força Nacional envie soldados para todos aqueles que receberão jogos da Copa.
“Pela qualidade desta tropa, ela deverá atuar em todas as sedes. Em algumas, como força de contingência (ficando em espera nos quartéis, sendo acionada só quando precise). Em outras, terá função definida de antemão, como apoio ao policiamento ostensivo, bloqueio de estádios, controle de ruas onde haverá protestos. Cada estado definirá isso”, afirma Rodrigues.

"Temos uma interação absolutamente boa com o secretário de Segurança de São Paulo, Fernando Grella, que já esteve aqui no Ministério da Justiça várias vezes e sabe que esta é um força que está à disposição”, acrescenta o secretário.

A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que o plano de segurança para a Copa ainda não está pronto, mas que a hipótese de pedido de apoio da Força Nacional "sequer foi cogitada".
Manifestantes se ferem após início do confronto contra tropa da Força Nacional (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

Manifestantes se ferem em confronto com a ForçaNacional no leilão de Libra, em outubro(Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

Preparação
A decisão de aplicar um curso de controle de distúrbios civis (como são chamados, na linguagem policial, manifestações e protestos) em 10 mil homens ocorreu após uma análise das últimas edições do evento.

“Desde a Copa do Mundo de 1930, os países-sede enfrentam histórico de manifestações. Houve também na África do Sul (2010), na Alemanha (2006) e na Coreia do Sul e no Japão (2002). Já estávamos preocupados com isso antes mesmo dos eventos deste ano, pois não é nossa responsabilidade esperamos pra ver”, diz o coronel Aragon. “A violência dos protestos recentes é que assustou. Tivemos muitos policiais feridos no Rio. Isso gerou aprimoramentos”, afirma ele.

“A doutrina de força de Choque determina que não se chegue muito perto dos manifestantes. Não é uma ciência exata. No leilão de Libra (em outubro no Rio), houve confronto e fomos atacados, mas tentamos manter uma distância mínima de 30 metros deles. O objetivo era manter o isolamento e impedindo o acesso ao local de onde ocorria o evento”, explica o diretor da Força.
Banhistas tomam sol na praia da Barra da Tijuca, com militares da Força Nacional ao fundo (Foto: Sergio Moraes/Reuters)

Durante leilão de Libra, homens da Força Nacionalbloquearam praias no Rio(Foto: Sergio Moraes/Reuters)

Quando a Força Nacional é enviada em apoio a um estado, ela fica subordinada aos órgãos de segurança pública locais e recebem missões específicas.

Por exemplo, na final da Copa das Confederações, em que o Brasil bateu por 3 a 0 a Espanha no Maracanã, em 30 de junho, os PMs da Força integravam uma linha de contenção do estádio. Já durante os protestos, foram destinados, pela PM do Rio, para fazer o bloqueio ou conter atos de vandalismo em alguma rua.
Formada por cerca de 12 mil homens, entre policiais militares, policiais civis, peritos e bombeiros, a força atua sempre com caráter temporário e sob portaria publicada no Diário Oficial pelo Ministério da Justiça. Enquanto cedidos pelos estados para uma missão, os policiais continuam como contratados pelo estado e recebendo o salário do estado. Há apenas um adicional: a diária de viagem para a missão, que é paga pelo governo federal, e varia entre R$ 200 e R$ 600 por dia, dependendo do local.  Durante a Copa das Confederações e a visita do Papa, o Ministério da Justiça autorizou o pagamento de diária dobrada para integrantes da PF, Polícia Rodoviária Federal e da Força.
Policiais atiram contra grupo de manifestantes (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)

Policiais da Força Nacional atiram contra grupo emprotesto no Rio (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)

Robô espião 
Para os protestos de 2014, a Força adquiriu um minirrobô espião, que vai monitorar militantes do black bloc: pequeno e de borracha, ele se infiltrará durante os atos de violência para realizar filmagens e auxiliar na investigação dos envolvidos.

“Não posso dar detalhes de como funciona, para que não seja envolvidos. Mas suas imagens vão nos ajudar a entender o que está acontecendo”, diz o coronel Aragon.

A corporação possui uma escola, em Brasília, que padroniza as ações dos policiais de vários estados, seguindo os preceitos da ONU, que, conforme o comandante, autoriza o uso de munição menos letal nos protestos, como spray de pimenta, lacrimogêneo e bala de borracha. Também foi montado, na capital federal, um centro de monitoramento que permite acompanhar em tempo real todas as operações da força pelo país, que vão desde apoio a cidades em caso de greves policiais, socorro em calamidades, enchentes e tragédias, até policiamento de áreas indígenas  e proteção de juízes e autoridades.

“Cheguei a ter 42 operações ocorrendo ao mesmo tempo nos 23 estados e no Distrito Federal. Preciso saber o que está acontecendo em cada uma delas”, afirma o diretor da Força.

Excesso de luz, excesso de exibição, excesso de nudez, excesso de gente, excesso de corrupção, excesso de desperdício .....

Precisamos mesmo de tanta luz?

A poluição luminosa não só acaba com a visibilidade do céu noturno, como também acarreta um prejuízo anual de US$ 110 bilhões, causa danos à saúde humana e compromete o meio ambiente

02/01/2014 - 10H01/ ATUALIZADO 10H0101 / POR ANDRÉ JORGE DE OLIVEIRA
A poluição luminosa provoca diversos impactos negativos. Precisamos mesmo de tanta luz? (Foto: NASA Earth Observatory/NOAA-NGDC)




Para os gregos antigos, a visão da Via Láctea no céu noturno representava o leite materno da deusa Hera, esposa de Zeus, derramado enquanto amamentava o bebê Hércules; os bosquímanos de Botsuana interpretavam o mesmo rastro esbranquiçado de gás, poeira e estrelas como sendo a coluna vertebral do céu – era ela que evitava que o firmamento desabasse sobre suas cabeças.
Mas e nós, seres humanos do século XXI, que vivemos em grandes centros urbanos (ou próximos a eles), como vemos a Via Láctea? Simplesmente não vemos: segundo este artigo, para 20% da população mundial, a visão a olho nu da nossa galáxia foi perdida por completo. O motivo é o uso inadequado da luz elétrica, desperdiçada através de um sistema público de iluminação ineficiente.
“Vivemos em uma era na qual sabemos mais do que nunca sobre o universo. Ainda assim, poucos de nós conseguem ver mais do que um punhado de estrelas onde vivem"
Scott Kardel, diretor da IDA
“Muitas cidades têm luminárias antigas, que acabam juntando poeira e insetos. O ideal é que tenham vidro plano, um bom rendimento, e estejam o mais próximo possível de 90º com o poste”, explica Saulo Gargaglioni, engenheiro energético especializado em poluição luminosa que trabalha no Laboratório Nacional de Astrofísica, em Itajubá (MG). “A luz deve ser jogada apenas para baixo – se tiver um mínimo feixe para cima, é desperdício”, diz. As luminárias redondas são as menos eficientes de todas, pois projetam luz desnecessária para todos os lados. Outdoors, refletores de estádios e letreiros luminosos frequentemente fazem uso inadequado da luz elétrica.
“Estamos vivendo em uma era na qual sabemos mais do que nunca sobre o universo. Ainda assim, poucos de nós conseguem ver mais do que um punhado de estrelas no lugar em que vivem”, diz Scott Kardel, diretor da Associação Internacional do Céu-Escuro (IDA), única organização sem fins lucrativos que luta para preservar o céu noturno e conter o avanço galopante da poluição luminosa.
A IDA estima que US$ 110 bilhões sejam gastos no mundo, anualmente, devido ao desperdício de energia. O quadro também resulta em significativos impactos ambientais: 750 milhões de toneladas de CO2 são despejadas na atmosfera, agravando o efeito estufa.
Poluição luminosa nas Américas: EUA são o país que mais sofre com o problema no mundo (Foto: NASA Earth Observatory/NOAA-NGDC)
Os danos da superiluminação
Além do prejuízo econômico e ambiental, a luz elétrica utilizada em demasia e sem planejamento chega a afetar até mesmo a saúde humana. Estudos comprovaram que dormir em um ambiente iluminado suprime a produção de melatonina na glândula pineal, o que pode provocar estresse e câncer, especialmente câncer de mama nas mulheres. Postes mal posicionados nas ruas frequentemente projetam luz no interior de apartamentos e casas.
As plantas e os animais também sofrem com os efeitos da iluminação exagerada dos nossos tempos. A causa primária reside no fato de que, ao longo de milhões de anos, as espécies evoluíram adaptadas ao ciclo natural de dia e noite, claro e escuro. A noite iluminada pode impedir a floração de vegetais, além de desorientar o comportamento de diversos animais, como os filhotes de tartaruga, que necessitam de praias escuras para conseguir achar o caminho até o mar.
Até mesmo a ciência sente os impactos da superiluminação, especialmente a astronomia: segundo este estudo, com um aumento de 25% na poluição luminosa, a perda de potência verificada em um telescópio de 8 metros com custo US$ 85 milhões representa um prejuízo de US$ 20 milhões.
A luta pela noite escura
Para reverter a situação, diversos países já possuem legislações que buscam conter a poluição luminosa. A primeira lei do gênero foi aprovada na República Tcheca, em 2003, e acabou virando uma referência para parâmetros legais no assunto. O texto define poluição luminosa como sendo “todas as formas de iluminação artificial irradiadas para além das áreas destinadas, principalmente se direcionadas acima da linha do horizonte”. Outros países como Estados Unidos, Espanha e Chile também têm leis que regulam o tema.
No Brasil, discussões sobre poluição luminosa ainda não ganharam força
Em abril deste ano, a França aprovou a nível nacional uma lei inédita, focada principalmente no desperdício energético e econômico: o comércio agora deve apagar suas luzes externas durante a madrugada, entre 1h e 7h. De acordo com Scott Kardel, da IDA, a manobra deve evitar, por ano, o lançamento de 250 mil toneladas de CO2 na atmosfera, além de poupar uma quantidade de energia equivalente ao consumo de 750 mil casas convencionais. “Mesmo que combater a poluição luminosa não tenha sido o principal objetivo da lei, ela vai fazer uma grande diferença em reduzir os níveis a cada noite”, afirma o diretor.
Enquanto alguns países começam a levar o assunto mais a sério internamente, a Associação Internacional do Céu-Escuro, que existe desde 1988, promove ações a nível internacional. A de maior destaque é a instituição do programa “Lugares de Céu Escuro”, que reconhece e certifica a nível mundial localidades que possuem o céu noturno livre da poluição luminosa. Criado há doze anos, o projeto trabalha com três modalidades: parquesreservas ecomunidades.
“O interesse pelos Lugares de Céu Escuro está crescendo rapidamente, ele traz uma crescente conscientização dos problemas da poluição luminosa, enquanto promove os lugares que as pessoas podem ir para ver o céu noturno notadamente limpo”, diz Scott Kardel. Se algum lugar quiser tentar receber o status de parque, comunidade ou reserva de céu escuro, basta preencher estes formulários e seguir medidas que garantam a qualidade do céu.
“Paramos no tempo em termos de legislação, não temos nada a nível nacional"
Saulo Gargaglioni
No Brasil, as discussões sobre a poluição luminosa ainda não ganharam força. A medida mais efetiva até hoje partiu do Ibama, que aprovou em 1995 uma portaria que regula a iluminação nas praias, para proteger os filhotes de tartarugas marinhas. As demais legislações atuam somente a nível municipal, normalmente para proteger os entornos de observatórios astronômicos. “Paramos no tempo em termos de legislação, não temos nada a nível nacional. Se todas as cidades tivessem um plano diretor de iluminação e poluição, teríamos um ganho enorme, imporíamos limites”, diz Saulo Gargaglioni. “Não somos contra a iluminação, somos a favor da iluminação bem planejada”, explica.
São Paulo e Rio de Janeiro estão no canto superior direito da imagem. Buenos Aires está no canto inferior esquerdo (Foto: NASA Earth Observatory/NOAA-NGDC)
Precisamos de tanta luz?
Para o diretor da IDA, Scott Kardel, o uso que se faz da luz elétrica é claramente exagerado. Ele defende que a iluminação pública não deva ficar acesa a noite toda em lugares em que haja pouca ou nenhuma necessidade para tanto. “Frequentemente, utiliza-se mais iluminação do que realmente é necessário. Se é preciso uma certa quantidade de luz para circular com segurança por uma área, mais luz não a torna mais segura”, diz.
“As pessoas não estão apenas desconectadas do céu noturno, a maioria nem sequer sabe o que está perdendo"
Scott Kardel
A própria premissa de que a iluminação pública iniba a criminalidade vem sendo questionada. Em um relatório de 1997 ao congresso americano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirma: “Nós podemos ter pouca convicção de que a iluminação previna o crime, particularmente por não sabermos se os criminosos a utilizam em favor próprio. Em resumo, a efetividade da iluminação é desconhecida”.
Por conta da opção pela iluminação geral e irrestrita, estamos abrindo mão de algo que foi declarado pela UNESCO como patrimônio comum e universal da humanidade: o céu estrelado. “A aparência noturna das estrelas tem inspirado a arte, a ciência, a religião e a filosofia ao longo de toda a história humana. Basta olhar para a bandeira do Brasil (e de muitos outros países) e você vai ver que as estrelas são importantes para todos nós”, diz Scott Kardel. “As pessoas não estão apenas desconectadas do céu noturno, a maioria nem sequer sabe o que está perdendo”.
O que estamos perdendo:
O fotógrafo francês Thierry Cohen fez o ensaio Villes Étaintes (Cidades Escurecidas) para alertar a população sobre os efeitos da poluição luminosa no céu noturno das cidades. Sem o excesso de luz elétrica, os céus de São Paulo e do Rio de Janeiro seriam assim:
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)