domingo, 15 de fevereiro de 2015

Essa fraude surpreendeu... ! Avacalharam o Serviço Público ! Estupraram a Governança !!!!


15 DE FEVEREIRO DE 2015

Gestora do fundo Postalis/Correios frauda documentos com “branquinho” desvia e R$ 68 milhões

Parece até piada, mas realmente aconteceu. É o "país da gambiarra" fazendo jus à denominação: uma passada de Liquid Paper e milhões são desviados.

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Seguem trechos da reportagem d’O Globo:
Em fraude milionária, gestora do Postalis altera preço de títulos com tinta corretora – Fundo de pensão dos Correios perde R$ 68 milhões com esquema – BRASÍLIA — Uma das maiores fraudes de fundos de pensão no país foi montada atécom a falsificação de documentos de forma grosseira. Relatórios da Securities and Exchange Comission (SEC, a xerife do mercado financeiro americano) obtidos pelo GLOBO mostram que ao menos seis papéis de instituições financeiras na carteira do Postalis (fundo de pensão dos Correios) tiveram o valor adulterado com tinta corretora ou com um simples “corta e cola” nos processos digitalizados. A fraude, feita entre 2006 e 2009, detalhada nos relatórios da SEC, chega a US$ 24 milhões (R$ 68 milhões). Os responsáveis são sócios da Atlântica Asset Managment, gestora contratada pelo Postalis para investir o dinheiro dos carteiros em títulos da dívida brasileira no exterior. As fraudes geraram prejuízos milionários ao fundo de pensão e começaram a ser desvendadas no ano passado. O caso ganha contorno ainda mais complexo, já que o Postalis havia contratado o Bank of New York Mellon para exercer a função de administrador e fiscalizar o trabalho de gestores, entre eles, a Atlântica. Agora, cobra o banco americano na Justiça pelas perdas (…) À Justiça da Flórida, a SEC explicou o artifício criado pela Atlântica e detalhou as ações do responsável pela empresa, Fabrízio Neves, e de seu parceiro José Luna. Os papéis eram vendidos para a LatAm, outra empresa controlada pelos dois, remarcados (às vezes em mais de 60%) e revendidos a empresas em paraísos fiscais. Entre elas, a offshore Spectra, que tinha como beneficiário Alexej Predtechensky (conhecido como Russo), então presidente do Postalis. A fraude ocorria no trajeto dos papéis.” (grifos nossos)

Segundo consta, esse tipo de fraude só seria possível diante da fragilidade do sistema norteamericano, que ainda permite documentação via fax. Mas o talento para a manobra é mérito de nossos “mestres” no desvio de grana. E vai para o ralo o dinheiro dos pensionistas dos Correios. Aliás, os fundos de pensão das estatais são um capítulo à parte na política recente. Vale muito ser aprofundado (depois de Petrolão, Eletrolão, BNDESão… a fila é grande, mas a hora chega).

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