quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Notícias terríveis de Brasília / coluna de Cláudio Humberto


‘CIDE DO PECADO’ É O PLANO B
OUTRA TRAPALHADA
Foi o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) quem propôs aliança com Kátia Abreu e Picciani, sem consul- tar a cúpula do PMDB.
SAI PRA LÁ
A presidente Dilma Rousseff foi varrida das propagan- das do PT que vão ao ar na próxima semana. Quem vai estrelar os comerciais é o ex-presidente Lula, que passa esta quarta (23) gravando os programas.
MÁ IDEIA
Na reforma ministerial, Dilma ouviu Leonardo Pic- ciani (RJ) para tentar intrigá-lo com seu guru, Eduar- do Cunha. Tiro n’água: o jovem deputado não esquece que o presidente da Câmara o retirou do baixo clero.
FAZ-DE-CONTA
Dilma “ouviu” Kátia Abreu (Agricultura), como “repre- sentante do PMDB do Senado”, para definir cargos. Mas até as pedras da Praça dos Três Poderes sabem que a ministra não está autorizada a falar pelo partido.
PARLAMENTARISMO COM DILMA
Prefeito de Jaboatão dos Guararapes (PE), Elias Gomes defendeu corajosamente, ontem, em Brasília, uma pro- posta incômoda em seu partido (PSDB) contra crise: parlamentarismo com Dilma, sem ruptura.
ME ENGANA QUE EU GOSTO
O ministro Gilberto Kassab (Cidades) jurou a Dilma que o PSD rejeita o impeachment. Mas a conversa dos deputados do seu PSD não é bem essa. O ânimo da ban- cada contra Dilma é de beligerância.
MARTA É VIP
A senadora Marta Suplicy (SP) oficializa filiação no PMDB neste sábado (26). O partido não quer saber de discrição. Cobrou a presença de toda a alta cúpula. A lista inclui até o vice-presidente Michel Temer.
DESCEU DO MURO
O PSB se reúne na próxima semana para referendar a decisão de assumir oposição ao governo Dilma. A ban- cada na Câmara já defende o impeachment da presi- dente e anunciou que vota contra a CPMF.
PROTESTO GOURMET
Servidores do Judiciário seguem à risca o ditado “sa-
co vazio não para em pé”. Acompanha os protestos por aumento salarial uma frota de food-trucks e churras- quinhos. Nesta terça (22), não foi diferente.

PENSANDO BEM...
...o PT vai precisar criar adicional de periculosidade não só para seus tesoureiros, mas também para ex-deputa- dos, ex-diretor de marketing, ex-ministro da Casa Civil...
AFASTARÁ IMPEACHMENT
A reforma ministerial não afasta o risco de impeach- ment da presidente Dilma. A situação é cada vez mais delicada, e o quadro se agravou com a recusa dos caci- ques do PMDB de indicar ministros, o que pode sinali- zar a intenção de rompimento. Para o experiente de- putado Jarbas Vasconcelos (PE), um dos independentes do PMDB, a queda de Dilma é apenas uma questão de tempo, “por impeachment ou por renúncia”.
FILME ANTIGO
Política
CLÁUDIO HUMBERTO
WWW.DIARIODOPODER.COM.BR TIAGO VASCONCELOS
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COM GABRIEL GARCIA,
RODRIGO VILELA E
DE DILMA À CPMF
Apesar de garantir o contrário, o governo tem mesmo um “plano B” para o caso de o Congresso rejeitar a no- va CPMF: a criação da “Cide do Pecado”, isto é, a taxa- ção adicional de produtos ligados a lazer e prazeres, de “segunda necessidade”, como refrigerantes, bebidas al- coólicas, como cerveja e vinho, tabaco etc, além dos impostos já embutidos na produção, importação e ven- da, nesses setores.
TAXA DA MENTIRA
A Cide é uma taxa criada por FHC sobre cada litro de combustível, a pretexto de financiar a recuperação e e construção de estradas.
O RATEIO DA TUNGA
Hoje a Cide é cobrada exclusivamente sobre combus- tíveis importados e vendidos em território brasileiros: 71% para a União, 29% para Estados.
DE OLHO NO BUTIM
O setor de bebidas fatura cerca de R$ 80 bilhões anuais, e o de cigarro R$ 17 bilhões, segundo a Confe- deração Nacional da Indústria (CNI).
PUNIÇÃO DO ÊXITO
A Cide é cobrada por volume vendido, não por alíquo- tas. Ou seja, é o imposto do sucesso: quanto mais uma empresa vender, mais vai pagar.
REFORMA DO GOVERNO NÃO

Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) | ALEXANDRA MARTINS/AGÊNCIA CÂMARA
Para o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), a histó- ria se repete: seu partido faz com Dilma “o que o PFL fez com Fernando Collor”.
SEM REPRESENTATIVIDADE
Dilma tenta obter do líder Leonardo Picciani (RJ) e da ministra Kátia Abreu, que não falam pelo PMDB, no- mes para “definir as indicações”.

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