A fantasia de camponês informa que Gilberto Carvalho começou a preparar-se para a vida de foragido
O ex-seminarista que virou coroinha de missa negra um dia terá de enfrentar o acerto de contas com a Justiça pelas patifarias em que se meteu pelo menos desde 2002
Mergulhado na semiclandestinidade desde 18 de maio, quando foi demitido por Michel Temer da presidência do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), Gilberto Carvalho voltou a dar as caras em Brasília neste Sete de Setembro. Disfarçado de lavrador, juntou-se a um desfile promovido pelo MST não para festejar o Dia da Independência, mas para berrar “Fora Temer”.
A exemplo de todos os oficiais do exército do Stédile, começando pelo comandante supremo, o ex-ministro de Lula e Dilma tem tanta intimidade com o mundo rural quanto Lula com os plurais. Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, só viu de perto foices e martelos na bandeira da defunta União Soviética. Se manusear um machado, pode acabar decepando a própria cabeça.
Por que teria resolvido reaparecer com a bizarra fantasia de camponês? A hipótese mais provável é que o ex-seminarista que virou coroinha de missa negra, alertado pela demissão por justíssima causa, começou a preparar-se para a vida de foragido da Justiça. Um dia terá de vivê-la se quiser escapar do castigo amplamente justificado pelas patifarias em que se meteu pelo menos desde janeiro de 2002.
Naquele ano, ele fez o diabo para impedir que se investigasse o assassinato do prefeito Celso Daniel, um dos figurões do PT paulista. A pergunta que nada calará continua à caça de resposta: quando o Brasil saberá toda a verdade sobre a conspiração homicida? Gilberto Carvalho sabe.
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