sábado, 23 de fevereiro de 2013

Vaticano classifica de 'desinformação' notícias sobre renúncia do Papa - Internacional - Notícia - VEJA.com

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Itália

Vaticano classifica de 'desinformação' notícias sobre renúncia do Papa

Na Itália, jornais descrevem trama de corrupção, sexo e tráfico de influências

Papa Bento XVI durante a oração do Angelus dominical neste domingo (17)
Papa Bento XVI renuncia oficialmente ao cargo na próxima quinta-feira (Max Rossi/Reuters)
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, rebateu neste sábado o que classificou como "desinformação" e "calúnias" sobre os motivos que levaram à renúncia do Papa Bento XVI, que na próxima quinta-feira deixa oficialmente seu cargo. Lombardi criticou a publicação de notícias sobre possíveis intrigas na cúpula da Santa Sé.
"Há quem tente aproveitar o movimento de surpresa e desorientação, após o anúncio de que o Papa Bento XVI abandonará seu cargo, para semear a confusão e desprestigiar a Igreja", declarou o porta-voz em uma entrevista a Rádio Vaticano."Aqueles que apenas pensam em dinheiro, sexo e poder, e estão acostumados a ver as diversas realidades com estes critérios, não são capazes de ver outra coisa, nem sequer na Igreja, porque seu olhar não sabe dirigir-se para cima ou descer com profundidade nas motivações espirituais da existência".
Desde que foi anunciada, em 11 de fevereiro, a renúncia do Papa provocou reações em todo o mundo, em particular na Itália, onde a imprensa tem publicado uma série de reportagens sobre uma trama de corrupção, sexo e tráfico de influências no Vaticano. Segundo os católicos, os meios de comunicação estariam ofuscando a importância do Conclave, que a partir da primeira semana de março dará início à escolha do novo Papa.
"É deplorável que, com a aproximação do início do Conclave, quando os cardeais eleitos deverão, em consciência e diante de Deus, expressar em plena liberdade a própria escolha, multiplique-se a difusão de notícias muitas vezes não averiguadas, ou não averiguáveis, ou até mesmo falsas, inclusive com grave consequência a pessoas e instituições", diz um comunicado divulgado na manhã desta segunda.
Também neste sábado, o Papa Bento XVI disse que, mesmo após a formalização da renúncia, permanecerá espiritualmente próximo aos cardeais do Vaticano. "Mesmo se concluo hoje a comunhão exterior visível, permanece a proximidade espiritual, uma profunda comunhão da oração", disse o Pontífice.
O Papa agradeceu a todos pela companhia nesta semana de reflexão que abre a Quaresma e também aproveitou para criticar os rumores sobre sua saída. "O maligno sujar a criação para contradizer Deus e tornar irreconhecíveis sua verdade e sua beleza".
(Com agência France-Presse)

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