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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Loteamento de cargos gerou corrupção na Petrobras...

Raiz dos crimes na Petrobras foi o loteamento político de cargos, afirma Moro http://flip.it/

Juiz Moro diz que motivo dos crimes na Petrobras foi o loteamento político dos 

cargos executivos da empresa

Marcelo Bretas também participou do evento. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, lembrou que a empresa já esteve no “olho do furacão”, referindo-se à Operação Lava Jato.

Por Henrique Coelho, G1 Rio
 
Marcelo Bretas e Sérgio Moro participam de evento na Petrobras (Foto: Henrique Coelho / G1)Marcelo Bretas e Sérgio Moro participam de evento na Petrobras (Foto: Henrique Coelho / G1)
Marcelo Bretas e Sérgio Moro participam de evento na Petrobras (Foto: Henrique Coelho / G1)
Os juízes federais Sérgio Moro e Marcelo Bretas, responsáveis pela Operação Lava Jato no Paraná e no Rio de Janeiro participam na manhã desta sexta-feira (8) de um evento na sede da Petrobras, no Centro do Rio de Janeiro. Logo no início do evento, Moro falou do grande problema de corrupção na empresa. “A raiz dos crimes vindos da Petrobras foi o loteamento político dos cargos executivos da empresa”, opinou o juiz Sérgio Moro.
Ele, contudo, não citou nomes de políticos e partidos envolvidos. Para ilustrar a afirmação, o juiz federal citou o exemplo de um diretor indicado por um senador que precisava arrecadar valores para a campanha do político. De acordo com Moro, 33 processos foram julgados e 157 pessoas condenadas na Lava Jato até agora.
Sérgio Moro e Marcelo Bretas participam de encontro na Petrobras sobre combate à corrupção
O juiz Marcelo Bretas, da 7a Vara Federal do Rio, lembrou que o tema da corrupção é de interesse mundial, e citou o combate às contas em paraísos fiscais como fundamental para lutar contra a corrupção. “ Se não combatermos esse mal, vamos ter contas offshore populares. Ou consertamos ou não vamos progredir”, alertou Bretas. “ “A justiça não está contra ninguém a não ser contra o malfeitor, venha de onde vier”, afirma Bretas, aproveitando ainda para fazer uma menção a atividades recentes do governo. “Não há lugar para reuniões na madrugada”.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, lembrou que a empresa já esteve no “olho do furacão”, referindo-se à Operação Lava Jato. Ele destacou que a empresa hoje prima pela transparência. “ A Petrobras não permite que desvios sejam praticados”, afirmou Parente.
Segundo Parente, é “simbólico” que um evento com a presença de ambos ocorra depois de tantas denúncias de corrupção na empresa. “Diretores desonestos se juntaram a empreiteiras desonestas. A maioria nunca aceitou o que aconteceu aqui dentro”, finalizou Parente.
João Elek, diretor de governança, deu palestra sobre fortalecimento de controles internos. Segundo ele, R$1,5 bilhão que haviam sido retirados dos cofres da empresa por atos ilícitos foram recuperados na quinta-feira (7).
“Quando são identificados indícios de algum ato incorreto, nós estabelecemos um canal de denúncias independentes e colaboramos com as autoridades”, explicou.
Os juízes federais Marcelo Bretas e Sérgio Moro no auditório da Petrobras, no Centro do Rio (Foto: Henrique Coelho/ G1)Os juízes federais Marcelo Bretas e Sérgio Moro no auditório da Petrobras, no Centro do Rio (Foto: Henrique Coelho/ G1)
Os juízes federais Marcelo Bretas e Sérgio Moro no auditório da Petrobras, no Centro do Rio (Foto: Henrique Coelho/ G1)

A Realidade sustentando a Ficção

Tonya Harding, a patinadora suspeita de mandar quebrar perna de rival - e que virou filme


Tonya HardingDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionTonya Harding é considerada por muitos como a maior vilã do esporte dos Estados Unidos

As imagens da patinadora americana Nancy Kerrigan chorando de agonia, gritando "por quê?" seguidas vezes, abalaram o esporte americano em 6 de janeiro de 1994.
A atleta havia acabado de ser atacada com um bastão de metal após uma sessão de treinos e estava deitada no chão machucada, diante de médicos desconcertados.
Nesse instante, temeu-se pelo pior. Impossibilitada de participar dos campeonatos nacionais, pensava-se que também ficaria fora dos Jogos Olímpicos de Inverno daquele ano, na Noruega.
Isso poderia pôr fim à sua exitosa carreira na patinação no gelo.

Tonya Harding e Nancy KerriganDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionHarding e Kerrigan estiveram juntas nos treinos dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 1994

Mas, para sorte de Kerrigan, as lesões não foram graves.
Por outro lado, após o ataque, foi se revelando uma trama de conspiração, maus-tratos, inveja e vingança. Uma história em que sua companheira de treinos e rival nos campeonatos, Tonya Harding, surgiu como figura principal.

Tonya Harding em frente a dezenas de repórteres e câmerasDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionCaso sacudiu esporte americano e teve repercussão mundial

Medalha de prata e prantos

Mais de duas décadas depois desse episódio, Harding se tornou a personagem de um filme biográfico, intitulado Eu, Tonya, sobre a vida desta que é considerada a maior vilã do esporte americano.
A patinadora foi implicada depois de ficar comprovado que os autores intelectuais do ataque, perpretrado por Shane Stant, foram seu marido, Jeff Gillooly, e seu guarda-costas, Shawn Eckhardt.
Desde o princípio, ela negou ter participado no ataque.

Nancy KerriganDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionKerrigan conseguiu competir na Noruega - e ganhou a medalha de prata

A patinadora, que foi a primeira americana a executar um giro triplo no ar, ganhou o campeonato nacional e se classificou para os Jogos Olímpicos na Noruega.
Lá, se encontrou com Kerrigan, recuperada dos golpes que sofreu no seu joelho.
Por fazerem parte da mesma equipe, as duas atletas compartilharam a mesma sessão de treinamento, em uma cena que gerou expectativa nos Estados Unidos.

Tonya HardingDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionHarding não pode conter o pranto após sua atuação decepcionante na Noruega