Postagem em destaque

NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

sábado, 21 de maio de 2016

Frase do dia / Mário Sabino


As crianças brasileiras não dizem "por favor" e "obrigado". Entre o "por favor" e o "obrigado" é que se constrói um país de verdade.

Cineasta protestante 'mamava' nas tetas' dó governo federal // blog de Reinaldo Azevedo



Cineasta que liderou protesto de golpistas de esquerda em Cannes está em folha de pagamento do governo federal

Kleber Mendonça Filho é diretor de Cinema da Fundação Joaquim Nabuco

Por: Reinaldo Azevedo  

fundação 3
Ai, ai…
Vocês se lembram daquela patuscada em Cannes, com o cineasta Kleber Mendonça Filho (na foto, em destaque) a liderar um protesto contra o suposto golpe no Brasil? Pois é… Só pra lembrar: o homem é diretor do filme “Aquarius”. Quando chegar ao Brasil, a nossa obrigação é boicotá-lo.
Vejam isto e leia o que segue.
FUNDAÇÃO JN1
O jornalista Carlos Marchi publicou o seguinte em sua página no Facebook:
“Até anteontem, você não sabia quem era Kleber Mendonça Filho, diretor do filme “Aquarius”, que comandou, em Cannes, o protesto contra o “golpe”. Agora já sabe que Kleber não é um cineasta, é um cineasta-petista. E o que mais?
Tem coisa muito melhor. Venha comigo.
KMF, além de beneficiário da Lei do Audiovisual, tem um cargo que depende de nomeação federal. Você já desconfiava disso, né não?
É Coordenador do Cinema da Casa do Museu, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco, em Recife.
Ora pois… O presidente da Fundação é nomeado pelo ministro da Educação.
O atual presidente da Fundação, Paulo Rubem Santiago, sindicalista, foi um dos fundadores da CUT. Pediu demissão dia 13.
Isso quer dizer que o cineasta-petista perdeu o carguinho-moleza na Fundação Joaquim Nabuco. Daí ficou nervosinho e comandou o protesto.
Moral da história: por trás do protesto de todo petralha, tem a história sombria de um carguinho perdido.”
Retomo
Pois é… Não! Pelo que informa o Portal da Transparência, o cargo comissionado de Kleber nem lhe rende tanta grana, vejam:
FUNDAÇÃO JN 2
Líquidos, são R$ 3.870,23, que é, de todo modo, mais do que recebe a esmagadora maioria dos trabalhadores do setor privado. Ele deveria cumprir jornada de 40 horas — oito horas diárias de segunda a sexta. Ele e a fundação sabem que isso não acontece.
Para quem pretende ter aquela altivez que o dito-cujo demonstrou em Cannes, duas coisas seriam imperiosas:
1 – que não tivesse levado dinheiro público para fazer o filme — e ele levou: do BNDES  e da Secretaria de Cultura de Pernambuco;
2 – que não fosse um contratado do governo federal, exercendo cargo de confiança. E ele é. Ou era, né?
Assim se fazem os nossos intelectuais e artistas independentes.
Ah, sim: os dados estão no Portal da Transparência.
Voltar para a home
TAGs:


O PT estuprou a Ética e colocou o Brasil na rota de falência em poucos anos de administração


Caos e armadilhas, a herança de Dilma

Como se não bastassem o rombo bilionário nas contas públicas e a desordem na economia, o governo Dilma ainda promoveu uma baderna administrativa com o objetivo de constranger o sucessor e animar a militância

Por: Robson Bonin e Bianca Alvarenga - Atualizado em 


PRESSA -  A nova equipe econômica tem a difícil tarefa de sanear as contas sem aprofundar ainda mais a crise
PRESSA - A nova equipe econômica tem a difícil tarefa de sanear as contas sem aprofundar ainda mais a crise(LULA MARQUES/VEJA)
No momento em que o ministro Henrique Meirelles anunciava os nomes de sua equipe, na última terça-feira, em Brasília, a economia real expunha uma de suas facetas mais cruéis a uns poucos quilômetros da sede do Ministério da Fazenda. Desde as 6 horas da manhã, jovens, muitos deles com diploma universitário, formavam uma fila quilométrica para candidatar-se a uma vaga de trabalho numa rede de restaurantes. Foram mais de doze horas de espera debaixo de sol, depois de chuva, apenas para entregar um currículo que os habilitaria a um salário que varia de 800 a 1 500 reais, dependendo da qualificação, mais plano de saúde. É um microexemplo da grave situação que o Brasil atravessa. Os jovens são parte de um contingente de 11 milhões de desempregados, vítimas de erros em série na economia, uma dose cavalar de incompetência e muita corrupção nos governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores. Na cerimônia, o novo ministro disse que tem pressa. Há realmente muito que fazer e, antes disso, muito a ser desfeito. As primeiras auditorias oficiais mostram que o descontrole e a falta de transparência na governança da presidente afastada Dilma Rous­seff não eram lendas criadas pela oposição, mas realidades amargas.
O exemplo mais evidente é o tamanho do rombo previsto para este ano nas contas públicas. Em apenas uma semana de inspeção, o buraco dobrou de tamanho. O governo Dilma pediu autorização ao Congresso para fechar o ano de 2016 com um rombo de 97 bilhões de reais. Esse descompasso assustador está na origem do caos econômico. A situação, porém, é muito pior. Primeiro, o governo estimou o rombo em 160 bilhões de reais (veja a tabela na pág. 53). Na sexta-feira, depois de novo cálculo, o rombo subiu para 170 bilhões de reais. Como se vê, Meirelles e sua equipe terão pela frente um desafio maiúsculo. O ministro já anunciou que pretende sanear as contas enfrentando as resistências a reformas importantes, como a da Previdência. As projeções do próprio governo mostram que, em trinta anos, o rombo do INSS, hoje de 133 bilhões de reais, vai aumentar quase vinte vezes, e deve superar a barreira dos 200 bilhões de reais já em 2020. Se nada for feito, os jovens de hoje, incluindo os 3 000 que disputam o emprego no restaurante em Brasília, poderão ficar sem os benefícios num futuro próximo.
Exemplos de má gestão estão emergindo em praticamente todos os órgãos federais. No Ministério das Relações Exteriores, a dívida ultrapassa os 800 milhões de reais. A conta inclui os repasses aos consulados, a ajuda de custo dos diplomatas (muitos tiveram de contrair dívidas para pagar aluguéis) e os pagamentos de organismos internacionais aos quais o Brasil é associado. Nos ministérios dos Transportes e das Cidades há bilhões de reais em despesas autorizadas sem os recursos em caixa para quitá-las. O governo petista também deixou bombas armadas nas principais empresas estatais. Dá-se como certo entre os analistas do mercado financeiro que as estatais precisarão receber uma injeção de dinheiro público. Do contrário, não terão condições de honrar suas dívidas. A agência de classificação de risco Moody's calcula que será necessário cobrir um rombo monumental, de valor estimado entre 300 bilhões e 600 bilhões de reais. Na semana passada, já como consequência do descontrole, a Bolsa de Valores de Nova York impediu a negociação de ações da Eletrobras. O balanço da estatal é tão nebuloso que a empresa contratada para auditá-lo se recusou a fazê-lo.
Há outros problemas a enfrentar a curtíssimo prazo. Ao perceber que o processo de impeachment era inevitável, Dilma Rousseff resolveu dar uma última contribuição à irresponsabilidade administrativa: demarcou terras indígenas em áreas de conflito, concedeu reajustes salariais impagáveis, nomeou aliados para cargos de confiança, liberou verbas a aliados do governo e anunciou medidas que ela própria sabia carecerem de financiamento. Ministros encontraram a contabilidade quebrada, com milhões de reais em dívidas com fornecedores, obras atrasadas e um emaranhado de nomeações de militantes petistas para cargos de terceiro escalão. "Estamos suspendendo um número absurdo de empenhos e de liberações que foram feitas nas últimas semanas. Há um punhado de nomeações que beiram a irresponsabilidade e uma série de outras coisas", diz o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que, depois de vasculhar os arquivos da sua pasta, descobriu quase 1 000 cargos de confiança abertos pelo antecessor, o petista Ricardo Berzoini - metade dos quais, segundo ele, ocupada por fantasmas.
Num espaço de dez dias que antecedeu o seu afastamento, a presidente anunciou o aumento do benefício do programa Bolsa Família, a construção de 11 000 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida -Entidades e o reajuste salarial em massa para quase 75 000 servidores. A bandalheira é justificada pelos petistas como uma inteligente estratégia política - forçar os novos ministros a cancelar as medidas generosas e alimentar uma agenda negativa.
O deputado tucano Bruno Araújo teve de desarmar a armadilha. Assumiu o Ministério das Cidades tendo como primeiro ato a suspensão da construção de milhares de moradias populares anunciada - sem previsão orçamentária - por Dilma. No dia seguinte, os movimentos de sem-teto divulgaram protestos contra o governo. A mesma casca de banana foi deixada no caminho do ministro do Planejamento, Romero Jucá. Ele foi obrigado a comunicar a revisão de reajustes salariais concedidos por Dilma. Algumas categorias já planejam greves.
No Ministério da Justiça, Alexandre de Moraes, o novo ministro, assumiu o cargo enfrentando protestos de índios contra a revisão da demarcação de terras realizada pela Funai um dia depois do afastamento de Dilma. As arapucas também se estendem à desapropriação de fazendas para a reforma agrária decretada no apagar das luzes, o que, evidentemente, deu ao Movimento dos Trabalhadores Sem ­Terra (MST) argumentos para acusar o governo de ter se rendido aos latifundiários. As lideranças já organizam protestos e invasões. O amplo pacote de "bondades" também incluiu o reajuste na tabela do imposto de renda, algo que até pode ser considerado justo, mas, neste momento de arrocho, terá o efeito de sugar mais 5 bilhões de reais do combalido Tesouro Nacional. O presidente interino Michel Temer deve apresentar nesta semana a primeira radiografia do governo. Vai denunciar o que ele considera uma operação de sabotagem e anunciar as medidas que serão implementadas para reverter o caos.
A nova equipe econômica terá alguns dos maiores especialistas em finanças públicas do país - e, até recentemente, críticos impiedosos dos descaminhos do governo. Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central na administração Lula, já deixou evidente logo nos primeiros atos que fará uma assepsia nas empresas estatais. Para chefiar a Petrobras, o epicentro do maior escândalo de corrupção da história, o ministro nomeou o economista Pedro Parente, que ocupou o cargo de ministro do Planejamento e depois chefiou a Casa Civil no governo FHC. Ao aceitar o cargo na Petrobras, Parente reforçou a necessidade de uma gestão técnica e disse que não haverá mais indicações políticas para a diretoria da estatal. Foi a exigência do ex-ministro para aceitar o posto. O BNDES, um dos responsáveis pelo rombo nas contas públicas, será comandado por Maria Silvia Bastos Marques, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A executiva tem experiência em privatizações - e a venda de ativos do setor público, além do indesejado aumento de impostos, é uma das saídas estudadas para levantar recursos e abater a dívida pública.
Compre a edição desta semana no iOSAndroid ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no iba clube.


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Corinthians tem sucesso em evento para atrair patrocinadores ... o Sponsor’s Day

http://maquinadoesporte.uol.com.br/media/jornal/boletim0506.pdf
Capa Boletim Boletim Máquina do Esporte

Ativações na Arena Corinthians geram negócios e superam meta 


OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2016 R$ 797 mi foi o retorno em mídia do Corinthians aos patrocinadores em 2015, pelo Ibope Repucom NÚMERO DO DIA EDIÇÃO • 506 POR REDAÇÃO 

O objetivo do Corinthians ao promover o Sponsor’s Day, dia de ativações de parceiros e apresentações de oportunidades comerciais na Arena Corinthians, era ter 300 convidados para conhecerem de que forma poderiam se relacionar com o estádio do clube. Com cerca de 450 pessoas, o evento não só superou a meta como já gerou novos negócios para o clube, que durante a tarde e a noite de ontem apresentou diversos cases para mostrar de que forma as marcas podem explorar o clube, o estádio e a relação apaixonada de sua torcida. “Tivemos quase 50% a mais de pessoas do que havíamos planejado. Além disso, vendemos um camarote e dois outros eventos corporativos dentro da Arena só com o evento de hoje”, afirmou Gustavo Herbetta, superintendente de marketing do clube. O evento contou com ativações de parceiros como a Honda e o Instituto Ayrton Senna, além de mostrar aos convidados um pouco da história do clube por meio de exposição de troféus e camisas antigas do Corinthians. O Sponsor’s Day teve, ainda, um ciclo de palestras sobre a relação de parceiros com o clube. O primeiro case apresentado foi o de um vídeo da Natura para o Dia dos Pais de 2015, criado com torcedores corintianos levando seus pais à Arena e exibindo mensagens em vídeo a ele por meio dos telões. Até hoje, mais de 15 milhões de pessoas viram a campanha, recorde da Natura. Juca Colagrossi, do Ibope Repucom, mostrou os números de retorno de exposição do Corinthians em mídia, o maior do país. Na sequência, a marca Special Dog mostrou como cresceu no mercado graças ao início do patrocínio ao clube, em 2015. Napster e Twitter mostraram a força do clube no digital. Mas o ponto alto da noite foi quando o técnico Tite, na área de aquecimento dos jogadores, deu uma palestra contando como ele gerencia a equipe de futebo


Existe má vontade de quem com respeito à extinção do Ministério da Cultura do Brasil...?

Ser comandada por um Secretário diminuirá nossa Cultura?

Charles de Gaulle e André Malraux (estátua em Asnières sur Seine) (Foto: JP.Guyomard)
Será que estamos viciados em reclamar? Tenho a impressão que sim. O que realmente importa é deixado de lado. Já os penduricalhos, esses são levados a sério.
 
O que foi que o Ministério da Cultura dos governos Lula/Dilma fez de importante para a Cultura brasileira? Criou a TV Brasil, essa maravilha que não sai do traço? Beneficiou o Brasil, onde, como?
Aqui no Rio temos a Biblioteca Nacional que guarda o que D.João VI trouxe da Torre do Tombo, quando veio fugido de Napoleão para cá. Pois bem, a longa viagem pelo Atlântico não fez um centésimo do mal que o descuido de nossos governos faz com documentos que são relatos da história de Portugal e, portanto, da do Brasil.
  
Há quem diga que nos países mais civilizados não há ministério da Cultura. Isso não é bem assim. Podem não ter esse nome, podem ter sido batizados com outros nomes, mas não é isso o que importa.

Vamos começar pelo país que criou a instituição ministério da Cultura: foi a França, durante o governo De Gaulle e sob os auspícios de um dos maiores intelectuais de seu tempo, André Malraux, que a batizou de Ministério da Cultura e da Comunicação.

Devemos nos lembrar que a França, saída de uma guerra terrível, precisava, urgentemente, restaurar seu acervo cultural e foi essa a principal preocupação do ministro: que as municipalidades dos diversos departamentos da França recuperassem seus museus, teatros, bibliotecas e escolas dramáticas e de música. E assim foi feito.
Mas não ficou só nisso: com o tempo, as estações de rádio e os canais de TV estatais também vieram a receber subsídios do ministério da Cultura. A televisão, hoje em dia, é a maior diversão dos franceses. Os programas de suas estações não dão traço: sua audiência é fantástica.

O cinema francês, que tantas obras-primas deu ao mundo, não depende apenas de dinheiro público, como o nosso. Basta ter paciência e ao fim de um filme francês, prestar atenção à longa lista de créditos para compreender como por lá a história é bem diferente.

Na Inglaterra, não há um ministério da Cultura. O que lá existe é um Departamento de Cultura, Mídia e Esporte. Quem estiver interessado que leia tudo que o British Film Institute faz pelo cinema inglês: http://www.bfi.org.uk
Na Alemanha, são os Institutos Goethe que há mais de 60 anos estimulam o diálogo da cultura alemã com parceiros ao redor do mundo. Trabalhando em conjunto com institutos culturais dos países que hospedam um Goethe Institut, são os cursos de língua e cultura germânicas que acabam por financiar, em conjunto com o Ministério do Exterior Alemão, a possibilidade da exibição de filmes, festivais de música e de teatro, orquestras, óperas, museus e a conservação de monumentos que dão vida às cidades alemãs.
Nesses países do hemisfério norte, assim como nos EUA, além do governo, são instituições e investidores privados que promovem a cultura nacional. A bilheteria paga os impostos e retribui com lucro a aposta dos investidores. Perguntem ao Woody Allen ou ao Martin Scorsese quem os financia...

Aqui,  a cantoria é outra. Aqui, o Ministério da Cultura arca com os custos e a bilheteria, bem, essa só Deus sabe de quem é. Como disse José Nêumanne em seu artigo de 18 de maio para o Estadão, “a pasta [da Cultura] foi sempre usada para uma ação entre amigos, à nossa custa. Lula e Dilma a aparelharam para servir ao PT e à indústria fonográfica. E a usaram para tungar direitos de nossos autores e aumentar os lucros das multinacionais da cultura e de artistas nativos que se beneficiam da “bolsa show”, sob as bênçãos de Xangô e do Senhor do Bonfim. Enquanto as traças devoram a Biblioteca Nacional e os museus sob sua égide se tornam inaptos para visitas públicas”.
Da minha parte, votos de muita força ao Secretário Nacional de Cultura, Marcelo Calero.
Charles de Gaulle e André Malraux (estátua em Asnières sur Seine) (Foto: JP.Guyomard)

Frase do dia na coluna de Augusto Nunes

“Essa suspensão, ela é estranha, porque, até agora, pelo que eu saiba, nenhuma ação teria sido suspensa até então. O ministro Gilmar Mendes não é a única pessoa no Supremo Tribunal. O Supremo Tribunal é composto por doze integrantes. Desses doze integrantes, nem todos têm a mesma posição um tanto quanto… mais efetivamente militantes, visivelmente militante, do ministro Gilmar Mendes”. (Dilma Rousseff, na entrevista ao jornalista inglês Glenn Greenwald, ao assassinar a língua portuguesa e o raciocínio lógico para exigir que o senador Aécio Neves seja investigado por alguma coisa, aproveitando o embalo para mostrar que, depois de cinco anos e cinco meses na chefia do Poder Executivo, ainda não aprendeu que os ministros do STF são 11 e não 12)

Notícias de Brasília do blog de Camarotti

  • Temer dá aval para anúncio de déficit fiscal de cerca de R$ 170 bilhões

    O presidente em exercício Michel Temer deu o aval para que os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Romero Jucá (Planejamento) anunciem nesta sexta-feira (20) uma proposta de meta fiscal com previsão de déficit de cerca de R$ 170 bilhões.

    Chegou a ser cogitado um valor de até R$ 200 bilhões, mas ficou de fora o rombo da Eletrobras, que ainda não está fechado.

    Junto com o anúncio, deve ser divulgada uma nota técnica explicando que o prejuízo da Eletrobras ficará de fora desse cálculo.

    Na próxima terça-feira, o Congresso deverá votar a proposta de meta fiscal que será enviada pelo governo.
     
  • Governo anunciará déficit entre R$ 160 bi e R$ 180 bi



    Ao anunciar a nova meta fiscal para este ano, o governo deverá divulgar nesta sexta-feira (20) que buscará autorização para um déficit (despesas superiores às receitas) entre R$ 160 bilhões e R$ 180 bilhões. 

    Na quinta-feira, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, falou em reunião com senadores em déficit de até R$ 200 bilhões, quase o dobro do que foi anunciado pelo governo Dilma Rousseff. Até ontem, ao falar no déficit de R$ 200 bilhões, Jucá incluiu a renegociação da dívida dos estados e o rombo na Eletrobras. 

    A nova meta foi discutida agora há pouco no gabinete do presidnte em excecício Michel Temer, junto com o próprio Jucá, além dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

    A estratégia que o governo quer usar é explicitar toda a herança do governo Dilma Rousseff. Conforme oblog já havia adiantado na semana passada, a ordem abrir uma “caixa-preta”, fazer uma espécie de inventário do governo da presidente afastada. O governo de Temer quer mostrar tudo que está recebendo da gestão de Dilma, para não ser cobrado por problemas do passado.

A garotada estudantil adoeceu e está com complexo de autoridade; os professores terão que passar o giz para eles...

O SURTO DE OCUPAÇÕES FASCISTAS NAS ESCOLAS

por Percival Puggina. Artigo publicado em 
  A cena apresentada pela Globo News era inacreditável. Uma dessas que a gente costuma ver no YouTube, filmada por celular, em posição vertical e tela estreita, estava sendo exibida ao país por uma emissora de grande audiência, em tela grande e HD. O ato, transcorrido no palco do auditório de uma escola estadual do Rio, tinha certa imponência. Casa cheia. À mesa diretora dos trabalhos, um grupo de adolescentes comunicava ao mundo sua soberana decisão de encerrar a "ocupação" que já levava 56 dias. Sentado entre eles, o chefe de gabinete do secretário de Educação do Rio de Janeiro. Imagino que até a Unesco festejou a notícia. Ufa!
 Aquela escola era uma das centenas que, em articulada sequência, vêm sendo invadidas no país. O ato mostrado pela TV fazia lembrar esses comunicados formais de autoridades sobre temas palpitantes. O chefe de gabinete, ao se manifestar, teve a audácia de expressar sua desaprovação à atitude dos invasores. Prá quê! Os ágeis neurônios da audiência entraram em rebelde polvorosa: "Como é? Esse sujeito está nos criticando? Afirma que não deveríamos ter ocupado o colégio? Fascista!". E a gritos de "Fascista!" o infeliz chefe de gabinete foi varrido para fora do auditório.
A Globo News a tudo filmava como coisa relevante para exibir ao país. A tais alturas, seria conveniente ouvir algum professor. Não sei se havia outros disponíveis no local, mas uma professora de Sociologia apresentou-se para defender seus pupilos destacando o caráter altamente educativo dos acontecimentos ali transcorridos. Cidadania pura.
Os xingamentos lançados sobre o audacioso chefe de gabinete foram mais do que suficientes para evidenciar o mal inoculado nos jovens. Ele volta a se revelar sempre que alguém quiser entrar para estudar ou lecionar nas escolas invadidas: "Fora, fascistas!".
Por um lado, bem feito. Bem feito para a Rede Globo que se presta para dar cobertura a uma traquinice daquelas e, depois, se sujeita a ser acusada, também ela, de fascista e de golpista quando cobre algum evento onde haja petistas. Por outro lado, muito válido o episódio para revelar a origem política e ideológica de tais invasões e sua coincidência com o processo de impeachment. Só fechando os olhos para não perceber. Assim como o idioma de quem fala, na maior parte das vezes serve para identificar sua origem, o vocabulário empregado na política vale como carteirinha de filiação, indicando devoção e militância. Você já sabe: "Chame-os do que você é, acuse-os do que você faz.".
Há exceções nessa agitação estudantil? Claro que deve haver. Mas causa tristeza saber o quanto a educação brasileira está desfocada. Multidão de professores entra diariamente nas salas de aula com o intuito de capturar corações e mentes para a ideologia do atraso. Reproduzindo conduta histórica da KGB, dos partidos comunistas e da União Soviética, ensina seu auditório cativo, entre outras maledicências, a qualificar como fascista quem não segue sua cartilha. Que contribuição se pode esperar dessa miserável atividade pedagógica para o desenvolvimento social, econômico e cultural do país? Mal sabem tais professores que, quanto mais o país for levado na direção que pretendem, menos recursos haverá numa economia despida dos "odiosos" critérios de conhecimento, estudo, trabalho, mérito, competitividade e produtividade para lhes pagar o que gostariam de receber como remuneração de sua insidiosa tarefa.
 
________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.