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NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

sábado, 30 de novembro de 2013

A internet é alcancada por metade da população brasileira

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=755622294452589&set=a.130655526949272.22710.124493634232128&type=1&relevant_count=1

Vivem sem Google, sem Facebook e sem Wikipédia 86 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais, segundo dados do IBGEhttp://ow.ly/r9rOB

"A exclusão digital segue a mesma lógica da exclusão social", diz Lygia Pupatto, secretária de inclusão digital do Ministério das Comunicações

Congressistas franceses praticam invasão de intimidade contra prostitutas...

http://www.dm.com.br/texto/153565-lei-contra-prostituiaao-gera-polamica-na-franaa
Enviado em 30/11/2013 às 13h06, última atualização: 30/11/2013 às 13h36.

Lei contra prostituição gera polêmica na França

AGENCIA
AFP
França, Paris: Os deputados franceses começaram a estudar nesta sexta-feira um projeto de lei que prevê sanções para clientes de prostitutas, um tema que gerou grande polêmica na França.
Reprodução/AFP
Reprodução/AFP
A França iniciou nesta sexta-feira um polêmico debate sobre a prostituição. 
Os deputados franceses começaram a examinar um projeto de lei que prevê multas acima de dois mil dólares para os clientes que solicitarem prostitutas. 
A iniciativa, lançada pelo governo socialista, procura combater o proxenetismo e gera divisões internas em quase todos os partidos franceses. 
Na rua, o debate também é intenso. 
Do lado de fora do Parlamento, cerca de 150 profissionais do sexo se manifestaram contra a medida porque consideram que vai aumentar a precariedade do trabalho.
"Se os clientes são penalizados, é um ataque direto a nossa renda, ao nosso sustento. Vamos ter de fazer as escondidas e vamos enfrentar maiores riscos, vamos precisar de intermediários, ficaremos mais expostos a aliciação. Não vai adiantar de nada contra o trabalho forçado".
A poucos metros de distância, um outro grupo apoiava a proposta. Para eles, o corpo da mulher não é mercadoria.
"A ideia é construir no futuro uma sociedade mais igualitária e livre em termos de sexualidade. Para isso, é importante regular o ato sexual. O fato de que alguém estar em uma má situação econômica não justifica que seja explorado sexualmente. Podemos decidir coletivamente que há limites, há coisas que não podemos fazer, porque vão contra a dignidade humana".
Na França, a prostituição é legal e é exercida por mais de 20 mil pessoas. O projeto deve ser votado na próxima quarta-feira.

O efeito colateral da Sociedade do Conforto e suas ferramentas


http://noticias.r7.com/brasil/em-30-anos-dobra-numero-de-brasileiros-que-preferem-morar-sozinhos-29112013
29/11/2013 às 10h00 (Atualizado em 29/11/2013 às 10h50)

Em 30 anos, dobra número de brasileiros que preferem morar sozinhos

Ao mesmo tempo, aumenta quantidade de jovens adultos que vivem com os pais
    Do R7
    Cada vez mais, brasileiros optam por morar sozinhos, aponta IBGEDaniel Teixeira/Estadão Conteúdo
    A proporção de pessoas que moram sozinhas no Brasil, em relação ao total de domicílios, praticamente dobrou nos últimos 30 anos, aponta a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
    De acordo com o estudo, as moradias com apenas uma pessoa representavam 6,2% dos domicílios do País em 1981. No ano passado, já eram 13,2%. De acordo com o IBGE, o crescimento é resultado, entre outros fatores, da queda da fecundidade e do envelhecimento da população.
    O IBGE destaca ainda as diferenças regionais, quando se leva em consideração o sexo da pessoa que mora sozinha. No Norte, há uma proporção bem mais elevada de homens que moram sozinhos. No Sudeste e Sul, há mais mulheres.
    Segundo o IBGE, o fenômeno é mundial. “O crescimento do número de pessoas que vivem sós tem sido constatado em vários países. Na França, por exemplo, atualmente são mais de 9 milhões, contra 6 milhões em 1990, o que representa um aumento de 50%, em pouco mais de 20 anos”, diz o estudo.
    Mais jovens na casa dos pais
    O estudo destaca também o aumento na proporção de jovens que demoram em deixar a casa dos pais, os chamados integrantes da ‘geração canguru’.
    “O termo 'geração canguru' é utilizado para designar os jovens de 25 a 34 anos de idade que ainda vivem na casa dos pais”, diz o IBGE. "No período de 2002 a 2012, a proporção de jovens deste segmento etário que morava com os pais passou de aproximadamente 20% para 24% no Brasil”.
    Segundo o instituto, a decisão dos filhos em morar com os pais por mais tempo pode ser motivada por questões não só de natureza emocional, mas também financeira.
    Dados da Pnad
    A pesquisa levou em consideração, principalmente, os dados da Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O levantamento se apoia em dados sobre a população brasileira, desigualdades raciais e de gênero, arranjos familiares, domicílios, educação, saúde, trabalho e rendimento e compara informações de 2002 e 2012. O objetivo é conhecer a realidade brasileira, sobretudo para avaliar a qualidade de vida do brasileiro.

    sexta-feira, 29 de novembro de 2013

    Se você tem "ficha suja" vá trabalhar na CUT

    http://noticias.r7.com/brasil/delubio-soares-pede-autorizacao-para-trabalhar-na-cut-29112013
    29/11/2013 às 07h59 (Atualizado em 29/11/2013 às 15h01)

    Delúbio Soares pede autorização para trabalhar na CUT

    Ex-tesoureiro do PT deve ganhar entre R$ 4 mil e R$ 5 mil
    Da Agência Brasil
    Ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisãoEduardo Enomoto/ R7
    A defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares pediu nesta quinta-feira (28) à VEP (Vara de Execuções Penais) do Distrito Federal autorização para que ele possa deixar a prisão durante o dia a fim de trabalhar na CUT (Central Única dos Trabalhadores).
    Delúbio pretende atuar no atendimento aos sindicalizados e deve ganhar entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.
    O ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
    Ele está preso na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal. Por ter sido condenado a cumprir pena abaixo de oito anos, Delúbio tem direito a trabalhar.
    De acordo com a Lei de Execução Penal, condenados em regime semiaberto podem trabalhar dentro do presídio, em oficinas de marcenaria e serigrafia, por exemplo, ou externamente, em uma empresa que contrate detentos.
    O juiz da VEP Mario José de Assis Pegado determinou que a Seção Psicossocial avalie a proposta de trabalho e elabore um relatório sobre a idoneidade do pedido.
    — Encaminhem-se os autos à Seção Psicossocial da VEP, para a elaboração de relatório acerca da idoneidade da proposta de emprego apresentada, observada a ordem cronológica de remessa de feitos para análise daquela seção especializada.

      O pulo do gato 'melou'

      http://noticias.r7.com/brasil/mp-pede-cassacao-de-13-deputados-que-trocaram-de-partido-sem-justa-causanbsp-28112013

      terça-feira, 26 de novembro de 2013

      Um arquiteto ocidental desafiado pela cultura do país mais populoso do mundo / Vídeo


      China
       
      26 de Novembro de 2013

      China

      Os desafios de um arquiteto no país mais populoso do mundo

      Para David Gianotten, a China busca dar seus próprios passos em vez de seguir os caminhos do Ocidente. O trabalho de um arquiteto só próspera quando entende a cultura do lugar onde está atuando.

      Os pronunciamentos do Papa Francisco sob a ótica de um estudioso cristão

      http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/caixa-zero/o-papa-e-o-capitalismo-algo-novo-no-ar/
      Enviado por Rogerio Waldrigues Galindo, 26/11/13 1:31:18 PM

      O papa e o capitalismo: algo novo no ar?


      Papa Francisco
      Os pronunciamentos do papa Francisco têm sempre chamado a atenção. Para a maioria das pessoas, ele parece algo revolucionário, contestando o que teria sido a posição da Igreja  ao longo das últimas décadas, sob João Paulo II e Bento XVI. Para os mais ortodoxos, nada do que ele diz é propriamente novo, muito menos contraria os ensinamentos da Igreja. Compartilharia de toda a visão dos antecessores até porque algo diferente seria absurdo.
      No fim das contas, parece que em relação à ortodoxia o segundo grupo está certo. Francisco não contrariou, nem podia, qualquer dogma, qualquer interpretação da tradição. Será sempre contra o aborto e contra as mulheres como sacerdotes, por exemplo. Qualquer um que espere algo diferente disso pode se sentar e aguardar até o fim deste (ou de qualquer outro) papado, pelo menos por um futuro previsível. Digamos, pelos próximos séculos, no mínimo.
      Mesmo sobre os gays, quando Francisco disse que não os julgaria (“Quem sou eu para julgá-los?”, disse) o papa contrariou a Igreja. O ensinamento tradicional, que está no Catecismo redigido por Ratzinger, é que os homossexuais devem ser vistos com caridade, embora a Igreja repudie a atividade homossexual em si. Ou seja: o caminho, segundo o texto, seria o de evitar “cair em tentação”. E isso Francisco não contrariou.
      No entanto, parece inegável que há uma mudança de tom nas palavras do papa. Um amigo comentou que, mesmo sabendo que tudo faz parte de uma mesma doutrina, parece impensável ver Bento XVI se dizendo incapaz de julgar os gays em público. Muito menos se referir à cúpula do Vaticano como uma “lepra”. Não são palavras fracas: querem dizer muita coisa. E querem dizer coisas que os antecessores imediatos de Francisco não expressavam assim.
      C. S. Lewis, um grande pensador cristão, dizia que para alguém de fora do Cristianismo poderia parecer que seguir todas as regras cristãs transformaria todos em robôs, em iguais. Mas ele fazia a seguir uma analogia interessante: quem come comida salgada sabe que o sal modifica o gosto de todos os pratos, mas nãos os torna iguais uns aos outros.
      Nesse sentido, Francisco também tem o sal. Mas é diferente, sim, de seus antecessores. Nesta terça, falou duro mais uma vez. Desta vez sobre o capitalismo. Diz o texto de sua Exortação Evangélica:
      “Enquanto os problemas dos mais pobres não forem radicalmente resolvidos através da rejeição da absoluta autonomia dos mercados e da especulação financeira, atacando as causas estruturais da desigualdade, não encontraremos solução para os problemas do mundo ou para muitos problemas”.
      João Paulo II já havia criticado excessos do capitalismo. Mas as considerações eram feitas em outros termos, sempre menos duros. (Até porque a preocupação dele era muito mais a de combater o comunismo).
      A visão de Francisco, dentro das possibilidades da tradição, parece ter muito mais a ver com a sensibilidade das sociedades ocidentais modernas, ser mais compreensiva e menos crítica em relação à modernidade e a seus costumes, e ter um aspecto essencial do Cristianismo: o carisma, a vontade de conquistar o outro, de compreendê-lo antes de julgar.
      Tenho amigos católicos que jamais concordariam com isso. Mas até isso é um sinal interessante: o fato de as palavras do papa estarem causando uma discussão sobre seu significado, um debate sobre se isso é inovador ou não (coisa que não acontecia pelo menos desde João Paulo I), em si já representa que algo novo há no ar.

      Modificações para corridas de Fórmula 1 em 2014 / Clarín

      Llegan cambios para buscar una F1 con más emoción

      POR MIGUEL ANGEL SEBASTIÁN

      La supremacía de Vettel le restó emoción a la Fórmula 1. (Reuter)

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      26/11/13 - 10:36
      Vertiginosa como es la Fórmula 1, apenas terminó su temporada 2013 ya piensa en la próxima. Como toda cosa nueva tiene sus expectativas, más necesarias que nunca luego del aburrimiento que impuso el tremendo dominio de Sebastián Vettel con su seguidilla de victorias sobre el Red Bull y que se reflejó en la caída del promedio de audiencias televisivas que en Alemania, el país de Vettel descendieron de 5.580.000 telespectadores a 5.280.000.
      Para alimentar esas expectativas se viene un 2014 pleno de cambios para la Fórmula 1. Uno de los principales estará en los motores. Quedaran archivados los V8 de .2,4 litros que tanto títulos le dieron a Renault y entrarán en vigencia los V6 turbo de 1,6 litros. En principio significará una caída de unos 100 HP (De 750 a 650) en la potencia pero que tendrá compensación con la posibilidad de mayor utilización (33 segundos) del Sistema de Recuperación de Energía, que le otorgara un plus de 120 HP. Asimismo se reducirá de 8 a 5 la cantidad de motores a utilizar por piloto.
      También habrá variantes en el combustible y el peso. Se pondrá un limite de 110 litros de combustible para utilizar por auto en cada carrera y el peso mínimo, por ser más pesados los autos, se elevará de 642 a 690 Kg. Un gran desafío para motoristas y diseñadores en la tarea de lograr la más prolongada autonomía y el equilibrio de los chasis.
      Asimismo existirá un mayor control sobre la conducta en pista de los pilotos. Cada infracción tendrá una sanción que irá de 1 a 3 puntos. El piloto que supere el limite de 12 puntos en un año recibirá una fecha de suspensión. En el calendario, las novedades serán el ingreso del Gran Premio de Rusia y el retorno del Gran Premiode Austria.
      Cambia la Fórmula 1 en el 2014. ¿Alcanzará para que cambien los nombres de quienes la dominaron en los últimos cuatro años?

      Ranking das marcas mais valiosas do Brasil / Exame



      Ranking 26/11/2013 11:34


      Itaú é a marca mais valiosa do Brasil em 2013; veja lista


      Bradesco, Banco do Brasil, Skol e Petrobras completam top 5 em ranking anual da 

      consultoria Interbrand

      Size_80_mirela-portugal-ftohttp://exame.abril.com.br/marketing/noticias/itau-e-a-marca-mais-valiosa-do-brasil-em-2013-veja-lista

      "Vida para além das paredes de meu quarto...." / Arnaldo Jabor

      ARNALDO JABOR
      Início do conteúdo

      A verdadeira vida

      26 de novembro de 2013 | 2h 16

      ARNALDO JABOR - O Estado de S.Paulo
      A primeira vez que eu vi Rimbaud, senti que havia uma outra vida para além das paredes cinzentas de meu quarto. Eu com 17 anos de idade, sem amor nem sexo, não li Rimbaud apenas; eu o vi, diante de mim, "como um gracioso filho de Pan - em torno de sua fronte coroada de flores, seus olhos, duas órbitas preciosas, giravam. Seu peito parecia uma cítara e acordes ressoavam em seus braços louros e seu coração batia em seu ventre onde dormia um sexo duplo". Nesse dia, vi que ele morava em outra vida, "la vraie vie" ( a verdadeira vida), como ele a chamava.
      Não havia internet naquele tempo e a literatura era tudo; a poesia era a promessa de outra realidade, impalpável. Li depois, em Artaud, uma profunda definição de arte: "A arte não é a imitação da vida; a vida é que é a imitação de alguma coisa transcendental com que a arte nos põe em contato". Se é que arte tem definição, entendi que aquele era o campo de Rimbaud quando li seus poemas com o coração disparado. "Eu a reencontrei. O quê? A eternidade. É o mar alado partindo com o sol." Minha vida mudou. Rimbaud abria a consciência como uma droga. Anos mais tarde, tomei LSD e vi que a experiência de Rimbaud era lisérgica. Jim Morrison, Kurt Cobain eram Rimbaud.
      Eu vivia em vertigem. Não sabia o que queria, mas não queria a vida de meus pais, escurecida por uma infelicidade que não percebiam. Minhas conversas com meu amigo "Broca" beiravam a loucura. Delirávamos a beira-mar, nos paredões da Urca, nas noite daquele tempo. Onde andará Broca, o gênio que gritava para as pedras, onde fervilhavam caranguejos e guaiamuns: "Oisive jeunesse à tout asservie, par delicatesse j'ai perdu ma vie!" E eu contracantava: "Temos de ser absolutamente modernos!". E os guaiamuns agitavam as antenas espantados.
      "Temos de conseguir o desregramento de todos os sentidos", nos ensinava Rimbaud, com sua cara de linda bicha louca, no quadro de Fantin-Latour. Partimos então para os prostíbulos - nossa ideia de desregrar sentidos. Não havia drogas ainda, nem uma reles maconha ao alcance de burguesinhos como nós. Enchíamos a cara de Cuba Libre (Coca-cola com rum) e íamos para os bordéis, que pareciam salas de visitas de classe media, com "meninas" sentadas em volta, discretas, num silencio de velório, e indo conosco para a cama emburradas como para um sacrifício - homenagem à virtude perdida. As prostitutas tinham uma aura de transgressão, de loucura de que nos orgulhávamos, os dois corajosos lutadores contra a caretice. Naquele tempo a verdade era inatingível.
      Hoje, a "verdade" se proclama visível. O Google tem todos os sentimentos catalogados, mas falta-nos sentir o gosto de alguma coisa vaga que nunca se atinge. Qual seria a emoção de um "gamer" ao ler: "Enquanto os fundos públicos são desperdiçados em caridade, um sino de fogo róseo soa entre as nuvens"? O jovem teria um tédio infinito. Ninguém quer atingir mais nada. Está tudo aí, classificado.
      A realidade era nosso delírio. Olhávamos com desprezo os comuns ou então elevávamos os mais vulgares vagabundos à condição de seres tocados por uma aura imerecida. Até que um dia o Broca se apaixonou. Se enamorou de uma colegial sóbria e virgem, claro. Todas eram virgens. Começou a rarear seu amor ao "desregramento"; ia de mãos dadas ao cinema e já olhava com uma ponta de desdém a minha "maldição". Eu o desprezei naquele namoro, muito mais para Lamartine que para nosso deus maldito. Mas aquele amor me tocou. "Minha vida era um festim aberto a todos os corações", murmurava.
      Um dia, chegou a minha vez. Não sei como fui capturado pelas duas Terezinhas. Uma era magrela e feiosa e a outra era gorda. Sei que moravam juntas e tinham amantes, mas não eram prostitutas não. Preferi a Terezinha gorda, rosto bonito, muito gorda, mas dividida por uma cintura finíssima e formas sólidas. Deitado em seu corpo nu, parecia estar em um colchão macio, farto, onde me aconchegava como num grande berço protetor. Eu sentia que ela estava encantada com aquele garoto extasiado. Ela tinha algo de vaca e de mãe.
      Só pensava nela. Saía do colégio de uniforme, corria para seu apartamento conjugado no Lido e me jogava em seus braços, com um fervor que aos poucos foi entediando Terezinha gorda - percebi eu, algumas vezes, durante meus delírios poéticos. "Por vezes vejo no céu praias infinitas cobertas por brancas nações em júbilo", frases do "além", segundo ela, que era espírita, médium e também funcionária publica que - dizia triste - tinha de contar com a ajuda de um senhor que era seu chefe de seção. Mesmo assim, eu via em Terezinha uma Vênus primitiva, com ancas fecundas, os seios escapando do sutiã negro, com uma luz de grandeza inatingível e misteriosa. No entanto, ela estava diferente, eu via, e já forjava uma admiração por meu "gênio", traída por um desinteresse crescente.
      Até que um dia ela disse que não dava mais para eu vir ali, que seu protetor estava voltando de viagem e que eu tinha de arranjar uma moça da minha idade. Ficou com o rosto impassível mesmo quando comecei a chorar, sentindo-me um poeta abandonado, pois "quando se tem fome e sede, alguém nos expulsa!". Foi quando a outra Terezinha, a feia, gritou da janela: "Ih, o Peçanha está chegando" - e saiu correndo porta afora. A gorda amada me empurrou para o hall, coberto de lágrimas, no momento exato em que um sujeito forte e careca cruzou por mim na escada e meteu o pé na porta, dando para ouvir seu berro de "quem é esse merdinha aí?". Eu descia correndo, mas voltei ao ouvir uns gritos lá dentro, olhei pelo olho mágico e vi, como numa luneta convexa, o sujeito arrancando a roupa de minha gorda metafísica e cobrindo-a de bofetadas, que ela recebia com as faces coradas de alegria e um fio de sangue escorrendo-lhe da boca, enquanto lambia o peito cabeludo do sujeito, também banhada em lágrimas. Ali, no olho mágico eu vi então a "la vraie vie" (a verdadeira vida) que Rimbaud deve ter visto quando Verlaine tentou matá-lo com dois tiros. Quando saí, a rua estava diferente.

      Banco do Brasil quer recuperar 74 milhões de reais desviados por Pizzolato / G1

      Mensalão

      STF envia processo do mensalão para 

      o Banco do Brasil

      Banco vai estudar uma maneira para recuperar parte dos 73,8 milhões de reais desviados pelo ex-diretor de marketing Henrique Pizzolato via fundo Visanet

      Depoimento do ex presidente do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, a CPMI dos Correios. Brasilia, DF, 18.08.2005
      Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil (Caio Guatelli/ Folhapress)

      O Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou na segunda-feira, 25, cópia integral doprocesso do mensalão para o Banco do Brasil (BB). A expectativa é de que a área jurídica da instituição financeira encontre uma fórmula para recuperar os 73,8 milhões de reais desviados pelo esquema do fundo Visanet.
      As três mídias DVD com a cópia da ação foram remetidas à Diretoria Jurídica do BB. Caberá a essa diretoria definir o melhor caminho para assegurar a devolução do dinheiro. O material será analisado pela área jurídica do banco, mas eventuais medidas deverão ser tomadas apenas no próximo ano. "Informamos que o BB ainda avalia o acórdão do STF", comunicou o banco, por meio de sua assessoria de imprensa.
      O nome do Banco do Brasil teve destaque no processo do mensalão. O ex-diretor de marketing da instituição Henrique Pizzolato foi condenado pelo STF a cumprir uma pena de 12 anos e 7 meses de prisão por envolvimento com o esquema.
      Decretada na semana retrasada, a prisão de Pizzolato não pode ser executada porque ele fugiu, provavelmente para Itália.
      (Com Estadão Conteúdo)