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sábado, 2 de maio de 2015

Novidade em eletricidade doméstica // Tesla

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Tesla Powerwall: a bateria recarregável por energia solar que vai abastecer sua casa

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Mais conhecida por seus carros elétricos, a Tesla anunciou nesta quinta-feira (30) o Tesla Energy, um conjunto de baterias que fornecem energia limpa para residências e escritórios. O primeiro produto é o Powerwall, uma bateria que armazena energia elétrica obtida através de painéis solares e abastece a casa em momentos mais oportunos.
O ponto principal do Powerwall é: atualmente, você pode instalar um painel solar na sua casa e diminuir os gastos com energia elétrica. No entanto, se você é uma pessoa normal, seu consumo é mais elevado justamente no comecinho da manhã ou durante a noite, quando o sol não está brilhando. O Powerwall consegue armazenar essa energia obtida durante o dia e permite que você a utilize posteriormente.
A bateria da Tesla também pode ser útil em países que cobram mais pela energia elétrica nos horários de pico: quando a tarifa estiver mais alta, basta ligar o Powerwall e diminuir a dependência da rede tradicional. Além disso, em caso de queda de energia, o produto também pode ser usado como um gerador para abastecer toda a casa.
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Dois modelos do Powerwall estarão disponíveis inicialmente: o mais básico, de 7 kWh (quilowatt-hora), custa US$ 3.000, enquanto a bateria de 10 kWh será vendida por US$ 3.500. Os custos da instalação e do painel solar não estão inclusos. O produto tem garantia de 10 anos, pode funcionar em temperaturas de –20ºC a 43ºC e as primeiras unidades serão entregues até setembro nos Estados Unidos.
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O Powerwall é para residências, mas…

10 kWh podem funcionar bem para uma residência ou pequeno escritório, mas não para empresas maiores. Por isso, a Tesla também anunciou o Powerpack, uma espécie de Powerwall turbinado, que será vendido em blocos de 100 kWh. A ideia é que essas baterias maiores sejam infinitamente escaláveis, para fornecer energia até mesmo para indústrias e serviços públicos, por exemplo.
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Entre os clientes está a Amazon, que começou a testar um sistema de baterias de 4,8 MWh (megawatt-hora) da Tesla em um datacenter da Amazon Web Services localizado na Califórnia. A rede de varejo Target também está usando o Powerpack em algumas de suas lojas para diminuir o consumo da rede elétrica nos horários de pico.
E os planos de Elon Musk parecem bem ambiciosos: segundo o The Verge, durante a apresentação do Tesla Energy (que foi movida por energia solar armazenada em baterias), o CEO diz que pretende mudar a forma como nós produzimos e consumimos energia. 160 milhões de Powerpacks poderiam abastecer os Estados Unidos, e 2 bilhões seriam suficientes para o mundo inteiro. Então tá!

O boxe ressuscitado por uma luta emblemática

Mayweather e Pacquiao fazem hoje 'luta do século'. E dos recordes | VEJA.com http://flip.it/YnBKD



Mayweather e Pacquiao fazem hoje 'luta do século'. E dos recordes

Bolsa da luta é de 300 milhões de dólares. Vencedor levará cinturão cravejado de diamantes

 - Atualizado em 





Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao se encaram
Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao se encaram(Las Vegas Sun/Steve Marcus/Reuters)
O americano Floyd Mayweather e o filipino Manny Pacquiao se enfrentam neste sábado no MGM Grand Garden Arena de Las Vegas, nos Estados Unidos, em um confronto que promete entrar para a história. A "luta do século" atingiu recordes relacionados a preços de ingressos, vendas de pay-per-view - calcula-se 4 milhões apenas nos EUA -, procura por hospedagem na cidade americana e será assistida por milhões de pessoas em todo o mundo.
Os dois pugilistas, considerados os rincipais astros do boxe atualmente, entrarão no ringue à 1 hora de domingo (horário de Brasília) lutando por quatro cinturões: o dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe (atualmente com Pacquiao), o dos meio-médios do Conselho Mundial de Boxe e o dos médio-ligeiros da Associação Mundial de Boxe (ambos em poder de Mayweather) e, de quebra, o cinturão feito de esmeraldas e diamantes para a própria luta, com valor estimado em 1 milhão de dólares (cerca de 3 milhões de reais).
O valor do cinturão de diamantes quase desaparece diante das demais cifras da luta: a bolsa total é de 300 milhões de dólares (cerca de 900 milhões de reais), dos quais 180 milhões de dólares (540 milhões de reais) vão engordar ainda mais a conta do americano, o atleta mais bem-pago do mundo. Mayweather faz questão de mostrar seus ganhos, tirando fotos ao lado de pilhas de dólares, exibindo carrões e joias. Vira e mexe também se envolve em confusões, agredindo namoradas - já foi parar na prisão por causa disso - e desacatando policiais.
Já Pacquiao não esquece a infância pobre. Vive com a máxima discrição possível - nas Filipinas é tido como herói nacional, pelos feitos nos ringues e pela preocupação social que o levou inclusive a enveredar pelo mundo da política - e diz que vive "apenas com o necessário". Ele deverá receber 120 milhões de dólares (360 milhões de reais).
(Com Estadão Conteúdo)

quinta-feira, 30 de abril de 2015

"O império da superficialidade barulhenta...?" // João Gabriel de LIMA // Época

IDEIAS

O lugar onde a democracia acontece

JOÃO GABRIEL DE LIMA - DIRETOR DE REDAÇÃO
30/04/2015 - 21h40 - Atualizado 30/04/2015 21h40
Existem duas maneiras de enxergar a democracia brasileira. Uma, pessimista, se materializa quando navegamos pela internet. Nas seções de comentários, a intolerância dá o tom. Xinga-se quem pensa diferente. Amizades se desfazem. Seria isso a democracia? O choque inútil de opiniões veementes que não dialogam? O império da superficialidade barulhenta?
Uma visão mais otimista surge quando se constata que, em meio aoruído virtual, existe o debate real – e um bom debate. O país discute se deve ou não fazer uma reforma política. Se é o caso de reduzir amaioridade penal. Ou se as leis trabalhista e do desarmamento precisam de atualização. Por mais que se critique (com razões) o Congresso Nacional, os temas que apaixonam os brasileiros mobilizam os representantes eleitos pelo povo. Há muito tempo a população não refletia sobre tantas questões relevantes, no Parlamento e fora dele.
Cabe à imprensa não apenas noticiar o barulho, mas também contribuir para a elevação do debate. O jornalismo profissional cumpre esse papel quando publica informações objetivas que ajudam a iluminar as discussões, evitando que elas se tornem um campeonato de quem grita mais alto. Cabe também à imprensa agir como mediadora, ao identificar as vozes relevantes e colocá-las para dialogar. Televisão, rádio, sites, jornais e revistas devem promover o encontro entre as ideias. É na imprensa profissional – que, não por acaso, é campeã de compartilhamentos nas redes sociais – que uma parte importante da democracia acontece.
Nas últimas semanas, a área de Ideias de ÉPOCA, coordenada pelo editor executivo Guilherme Evelin, percorreu várias das questões que mobilizam o país, dentro da seção Debates e Provocações. A vinheta existe nas versões impressa e digital de ÉPOCA. A revista impressa publica artigos com diferentes pontos de vista sobre cada tema. O critério para a escolha dos articulistas é o teor informativo e asolidez dos argumentos, e não a veemência gratuita destinada a conseguir cliques e “likes”. Na versão digital de Debates e Provocações, aparecem mais artigos, entrevistas – e enquetes interativas. No celular ou no desktop, os leitores dão suas opiniões a respeito de diversos assuntos. Nas últimas edições, os leitores opinaram sobre o desarmamento, sobre o Estatuto da Família e sobre a oposição política – se ela deveria, ou não, abraçar a tese do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
ALÉM DOS CLIQUES E "LIKES" Identidade visual da vinheta  Debates e Provocações. Versões  analógica, digital e ao vivo (Foto: Ilustração: Espaço Ilusório)
A partir desta edição, os Debates e Provocações ganham uma versão ao vivo, graças a uma parceria entre ÉPOCA e uma das mais importantes universidades do país, a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). O primeiro dos Debates e Provocações ÉPOCA/Faap terá lugar na segunda-feira, dia 4, no campus da universidade, em São Paulo. O tema é a maioridade penal, e os debatedores serão Eduardo Suplicy, secretário de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública, e o procurador de Justiça Mario Luiz Sarrubo, professor da Faap. Os debates ocorrerão mensalmente e serão transmitidos ao vivo pela internet. Valendo-se de todas as plataformas disponíveis – papel, site, encontros ao vivo –, ÉPOCA quer ser, cada vez mais, um lugar onde as ideias dialogam. E a democracia acontece.

Mais um discuso infeliz da presidente Dilma ... Agora colocou a culpa da situação atual do Brasil em Pedro Alvares Cabral e na família real portuguesa.


Dilma, corrupção e novo lema: sempre foi assim

Josias de Souza
Não é que Dilma Rousseff não veja a solução. O que ela não enxerga é que se tornou parte do problema. Ao discursar no 3º Festival da Juventude Rural, em Brasília, a presidente deseducou a plateia ao culpar o Brasil dos tempos coloniais pela corrupção que assola o seu governo. “Essa confusão entre o que é privado e o que é público vem lá de trás nesse país. Tem a mesma idade que a escravidão”, disse.
“A confusão entre o que é bem individual e o que é bem público decorre de uma coisa chamada patrimonialismo, que era típico da oligarquia rural brasileira, que achava que o Brasil como nação era só dela, porque uma parte da população era escrava e não tinha direito nenhum'', acrescentou Dilma.
O ponto mais importante das declarações de Dilma pode ser lido nas entrelinhas: sempre foi assim, eis o que a presidente declarou, com outras palavras. Num instante em que o país descobre que a Petrobras virou uma Chicago entregue a um cartel de Al Capones, Dilma se achega aos refletores para informar que a culpa é da família real portuguesa, que trouxe o patrimonialismo para o Brasil.
São mesmo fascinantes os meandros da historiografia nacional. No seu esforço para salvar pelo menos o verbete da enciclopédia, Dilma escreve uma página inusitada, na qual o mais importante é o não-declarado. A presidente se abstém de explicar que o patrimonialismo tem variados graus de profundidade. Os ladrões assaltam mais ou menos conforme a omissão —ou cumplicidade— daqueles que têm o poder de terceirizar a chave dos cofres.
Dilma esquece de dizer que a roubalheira costuma atingir proporções inimagináveis, como no Brasil dos dias que correm, quando os governantes permitem que o fenômeno se institucionalize. O assalto e o rateio dos butins passam a ser, então, planejados.
Ao difundir a tese segundo a qual sempre foi assim, Dilma desperdiça um tempo que poderia ser usado para responder a uma indagação mais atual e relevante: por que não foi diferente agora? Ah, todo governo faz isso, argumenta o neopetismo. Verdade. Mas a degradação chegou a níveis extremos. No caso da Petrobras, houve uma inovação.
O rateio das diretorias da estatal entre os partidos não seguiu a lógica convencional do patrimonialismo à brasileira. Adotou-se na Petrobras a mesma sistemática usada pelos traficantes de cocaína do Rio de Janeiro para dividir —na saliva ou nas armas—as zonas da cidade em que cada um tocará o seu negócio.

Lula e os protestos de Curitiba ... sem sair de casa ou do sítio ! // blog Aluizio Amorim


quinta-feira, abril 30, 2015


O "FAZENDEIRO" DE ATIBAIA, O ATAQUE DOS BLACK BLOCS EM CURITIBA E O JORNALISMO AMESTRADO.

Depois que estourou o escândalo de sua amante, Rosemary Noronha, há quase dois anos, Lula não concede entrevistas para jornalistas brasileiros. As declarações de Lula aparecem nos jornais por obra e graça dos jornalistas, em sua maioria a serviço do PT dentro das redações. Eu sei o que estou dizendo. Sei muito bem. 
Estou dizendo isso porque apareceu num dos jornalões que Lula “se solidarizou” com os agitadores de Curitiba, que tentaram invadir a Assembléia Legislativa na porrada e, por isso, tiveram que ser reprimidos pela polícia. 
Só um estúpido, mentiroso e agitador profissional do partido do petrolão para acusar a polícia de agredir manifestantes por prazer. 
O que disse o governador Beto Richa, segundo matéria do Estadão:
“Tem cenas chocantes, ninguém pode ser hipócrita, mas os policiais precisavam se defender (dos black blocs)”, disse Beto Richa. Segundo ele, adeptos da tática violenta se infiltraram no movimento docente e atacaram os soldados que faziam o cerco à Assembleia. Treze deles teriam sido detidos e levados para o 1.º DP. 
Richa ainda disse não haver motivo para paralisação de professores e vê “instrumentalização” por partidos políticos e CUT. “O APP-Sindicato (principal organização de docentes) é um braço sindical do PT e quer o confronto e o desgaste político do governo, porque são meus adversários.”
Entretanto, o zeloso redator do Estadão teve o cuidado de  imediatamente após  os dois parágrafos dedicados ao Governador, trazer  o Lula para a matéria:  “Solidarizo-me com os professores, que foram agredidos de forma violenta pela Polícia Militar”, escreveu nas redes sociais. “É inadmissível que o direito de manifestação seja restringido” - disparou o Apedeuta. 
Ora, dizer que Lula escreveu nas redes sociais é piada pura. Primeiro porque é analfabeto e, segundo, por nem sabe o que é rede social. Quem escreve para ele é algum pena alugada que faz bico no tal Instituto do Lula.
E cabe a pergunta: O que Lula tem a ver com o que está acontecendo em Curitiba? Afinal, Lula não é autoridade, não ocupa nenhum cargo público, nada. Lula é apenas o ex-Lula que, repito, há quase dois anos, quando eclodiu o escândalo de sua amante Rosemary Noronha, foge da imprensa como o diabo foge da cruz. 
A sobrevivência política de Lula se dá por obra e graça de um bando de psicopatas travestidos de jornalistas que infestam as redações dos veículos de comunicação para exercer a patrulha ideológica. Como é sabido, todos os sindicatos de jornalistas são aparelhos da CUT.
E, para concluir. Lula, atualmente, é apenas “fazendeiro” na cidade de Atibaia, como revelou a reportagem-bomba da revista Veja, cujos estilhaços podem ser vistos e sentidos onde quer que se vá.
Assim sendo, recomendo mais uma vez aos estimados leitores que não gastem dinheiro comprando esses jornais vagabundos. Economizem energia também desligando seus aparelhos de televisão. Afinal, com o advento da internet, as redes sociais e blogs independentes os jornalões e seus jornalistas amestrados pelo PT fenecem. O que aliás é uma ótima notícia. Vade retro.

Delicatessen - Delicatessen // Delicado mesmo

Charge de Aroeira... // blog do Josias de Souza


Toca! 
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Josias de Souza

Via Aroeira.

Charge de Sponholz // blog de Aluizio Amorim


Sponholz: Tchau, Dilma!

Prisão perpétua para 10 paquistaneses que atacaram Malala em 2012... // G1

30/04/2015 07h45 - Atualizado em 30/04/2015 08h54

Paquistão condena 10 homens à prisão perpétua por ataque a Malala

Malala foi alvo de um ataque de talibãs em 2012, quando voltava da escola.
Ela sobreviveu e tornou-se ativista pelos direitos das crianças à educação.

Da France Presse


Um tribunal antiterrorista paquistanês condenou nesta quinta-feira (30) dez homens à prisão perpétua pelo ataque a menina Malala Yusafzai, que tornou-se uma ativista pelos direitos das crianças à educação e foi vencedora do Nobel da paz de 2014.

Em outubro de 2012, a jovem militante pelo direito à educação foi alvo de um atentado dos talibãs paquistaneses do TTP quando retornava da escola em sua cidade natal de Mingora, na região noroeste do Paquistão.
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Em setembro do ano passado, o exército paquistanês anunciou a detenção de 10 suspeitos, que foram julgados por um tribunal antiterrorista local.

"Os 10 homens envolvidos no ataque a Malala Yusafzai foram condenados à prisão perpétua", afirmou à AFP uma fonte do tribunal antiterrorista de Mingora, onde foi lida a sentença do juiz Mohamad Amin Kundi.

"Cada um deles recebeu uma pena de 25 anos de prisão", o que equivale à prisão perpétua no direito paquistanês, informou outra fonte, que pediu anonimato por temer represálias dos talibãs.

As autoridades de Islamabad afirmam que o homem suspeito de ser o autor do disparo contra Malala, identificado como Ataullah Khan, estaria foragido no Afeganistão, junto com o líder talibã paquistanês, Mulá Fazlullah, que ordenou o ataque.

No dia 9 de outubro de 2012, vários jihadistas do TTP invadiram o ônibus escolar no qual a jovem retornava para casa em Mingora e um deles perguntou "Quem é Malala?", antes de atirar à queima-roupa contra a cabeça da adolescente.

Por milagre, o tiro não matou a jovem. Em estado de coma, Malala foi levada para um hospital de Birmingham, na Grã-Bretanha, onde recuperou a consciência seis dias depois.
Malala Yousafzai posa com a medalha e o diploma do Prêmio Nobel da Paz em Oslo nesta quarta-feira (10) (Foto: Suzanne Plunkett/Reuters)
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quarta-feira, 29 de abril de 2015

O BRASIL de sempre não resiste a uma patacoada ou marcha-ré ... STF solta executivos e prepara terreno (jurisprudência) para repetir decisão para os supostos políticos enrolados na Lava Jato


STF libera empreiteiros e restaura anormalidade

Josias de Souza

O brasileiro sempre foi um povo de pouquíssimos espantos. No país dos absurdos, o ponto de exclamação deixou de fazer parte dos hábitos nacionais. Quando se imaginava que o Brasil estava mesmo condenado à falta de estupefação, o juiz Sérgio Moro horrorizou todo mundo em novembro de 2014. O magistrado ressuscitou o assombro ao colocar o baronato da construção civil para dormir nos colchonetes da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Com seus mandados de prisão, Moro transformou a Operação Lava Jato num ponto fora da curva.
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Operação Lava Jato da PF142 fotos

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28.abr.2015 - Por 3 votos a 2, a segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu nessa terça-feira (28) liberdade ao empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que foi preso pela Polícia Federal por suspeita de participação na operação Lava Jato. O Supremo também pode determinar que ele cumpra prisão domiciliar. Além dele, oito acusados de participação no esquema de corrupção na Petrobras, seis executivos e dois funcionários de empreteiras também poderão cumprir a pena em casa Leia mais Pedro Ladeira/Folhapresss
Antes que o pasmo fizesse aniversário de cinco meses, a 2ª turma do STF tratou de puxar o ponto de volta para perto da curva. Em decisão apertada —três votos contra dois— o Supremo transferiu nove empreiteiros dos colchonetes do PF’s Inn para os lençois de linho egípcio da prisão domiciliar. Restituiu-lhes o conforto às vésperas de prestarem depoimentos sobre o assalto aos cofres da Petrobras. Restaurou-se a anormalidade, tão normal no Brasil quanto as escamas no peixe.
A decisão do STF foi tomada numa sessão em que se julgou um pedido de habeas corpus formulado pela defesa de Ricardo Pessoa. Trata-se do dono da UTC, apontado pelos operadores da Lava Jato como coordenador do cartel que tomou de assalto a Petrobras. Como o mandado que levara Pessoa à cadeia incluía os nomes de outros oito empreiteiros, o STF decidiu estender o linho egípcio para os demais.
Relator do processo, o ministro Teori Zavascki anotou em seu voto que “a sociedade tem justificadas e sobradas razões para se indignar” com a petrorroubalheira. Acrescentou que as pessoas têm motivos para “esperar uma adequada resposta do Estado, no sentido de identificar e punir os responsáveis.”
Porém, prosseguiu Zavascki, “a sociedade saberá também compreender que a credibilidade das instituições, especialmente do Poder Judiciário, somente se fortalecerá na exata medida em que for capaz de manter o regime de estrito cumprimento da lei, seja na apuração e no julgamento desses graves delitos, seja na preservação dos princípios constitucionais da presunção de inocência, do direito a ampla defesa e do devido processo legal.”
Na opinião de Zavascki, avalizada pelos colegas Gilmar Mendes e Dias Toffoli, as razões invocadas por Sérgio Moro para ordenar as prisões dos empreiteiros perderam a razão de ser. Como os executivos afastaram-se formalmente dos postos que ocupavam nas empresas, não teriam como reincidir nos crimes.
A ministra Carmen Lúcia, vencida na ilustre companhia do colega Celso de Mello, decano do STF, contrapôs às teses de Zavaschi um argumento tão singelo quanto avassalador. “Testemunhas ainda podem ser reinquiridas. Como não existe mulher quase grávida, não existe instrução [de inquérito] quase acabada. Quando finalizar a instrução, esse quadro pode mudar.”
Ante o argumento de Zavascki de que os presos não estavam sendo soltos, mas transferidos para a prisão domiciliar, Carmen Lúcia recordou que, em casa, os empreiteiros terão acesso a telefone, internet e a outras formas de comunicação. Der resto, o fato de os executivos estarem formalmente afastados das respectivas empresas não impede que continuem mandando e, sobretudo, desmandando por baixo dos panos.
A lógica linear do raciocínio de Cármen Lúcia não foi capaz de reverter o placar. Natural. O brasileiro não resistiria a tanto espanto. Ele já está acostumado com o Brasil da anormalidade —um país em que sempre existiu a corrupção só de um lado.
A CPI dos Anões do Orçamento, por exemplo, identificou os parlamentares corruptos. Mas fechou os olhos para os corruptores. A consultoria fictícia de PC Farias atraiu para as arcas clandestinas de Fernando Collor o dinheiro de empresários graúdos. Alguns tiveram seus 15 segundos de má-fama. Mas nenhum teve de dar muitas explicações. Estava entendido que aquilo tudo era normal. Era a maneira de fazer negócios.
Só de raro em raro consegue prosperar no Brasil a ideia de que o corruptor é tão culpado quanto o corrupto. Agora mesmo, sob Dilma Rousseff, o governo se esforça para retirar as empreiteiras da fogueira. Alega-se que desonestas são as pessoas, não as empresas. Sustenta-se, de resto, que a ruína das empreiteiras atrapalha o desenvolvimento do país e o bom andamento das obras.
Nos autos da Lava Jato, a propina é pecado. Nos hábitos nacionais, trata-se de uma das mais normais anormalidades da história nacional. No papelório do processo, Ricardo Pessoa é o chefão do cartel que trocou contratos na Petrobras por propinas. Na defesa sustentada oralmente da tribuna do Supremo pelo advogado Alberto Toron, o todo-poderoso do cartel é apenas um bom marido, um bom pai, um ótimo avô. Uma pessoa cuja liberdade não oferece o mais remoto risco à sociedade. Sendo assim, nada mais normal do que restaurar a anormalidade. Os doutores soltam fogos.