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domingo, 2 de março de 2014

Os protestos dos venezuelanos têm conteúdo e objetivos diferentes dos protestos dos brasileiros... Os nossos são mais primitivos!


A solidão dos estudantes venezuelanos

Surpreende a quantidade de usuários do Twitter que assumem o libreto do Governo de Maduro. A relação de Dilma Rousseff com Havana e Caracas é cínica e paradigmática

A maioria dos estudantes da Venezuela não tem lembrança de outro regime que não seja o chavista, e não querem envelhecer com ele. Suas democráticas vozes são ouvidas de ponta a ponta na Venezuela. Marcham arriscando a vida. Em 2007, saíram às ruas para protestar contra o confisco da RCTV, a mais antiga estação de televisão independente no país. No final daquele ano, foram a principal força de oposição ao projeto chavista de confederar Cuba com a Venezuela. E conseguiram impedi-lo, ao menos em seu aspecto formal. Seus irmãos mais novos já decidiram receber o bastão.
Há na Venezuela 2,4 milhões de estudantes de nível médio e 400.000 do ensino superior. Embora os estudantes ativos em todo o país somem várias dezenas de milhares, a maioria simpatiza com o movimento opositor. Prova disso é que, há anos e até agora, a principal universidade pública – a Universidade Central da Venezuela – elege sistematicamente líderes opositores ao chavismo.
Eles não procuram reverter o atendimento social aos pobres. Criticam a inépcia econômica do regime e, sobretudo, a ocultação da gigantesca corrupção, que em algum momento virá à tona. Sabem que Hugo Chávez monopolizou um a um todos os poderes (Legislativo, Judiciário, Fiscalizador e Eleitoral) e mascarou, com o véu de seu discurso, o dispêndio sem precedentes de mais de 800 bilhões de dólares que durante seus mandatos entraram nas arcas da empresa estatal de petróleo PDVSA. Eles sabem que os níveis de inflação na Venezuela são os mais altos do continente e que a dívida pública se tornou tão intratável que há uma carestia crônica de mantimentos básicos, eletricidade, remédios, cimento e outros insumos primários (como resultado das maciças expropriações das empresas privadas e da queda brutal do investimento). E sabem muito bem que a criminalidade em seu país é também a mais alta do continente.
Os jovens levam em conta esses problemas, mas sua maior indignação é pelo sufocamento sistemático e crescente da liberdade de expressão, que impede que as pessoas tomem consciência e pesem por si mesmas as realidades do país. Chávez alardeava seus feitos (alguns reais, a maioria imaginários) a toda hora e em especial no seu interminável programa dominical Aló Presidente, mas seu sucessor Nicolás Maduro (primitivo, propenso a disparates e fantasias) recorreu à repressão direta das vozes dissidentes. A ideia é fazer com que possua a verdade única, a verdade oficial. Já desde 2012 o Governo chavista absorveu a Globovisión, a última rede independente de televisão aberta no país. Também desfalece a rádio independente. E a venda de papel-jornal foi a tal ponto limitada que a imprensa escrita tem os dias contados. A Venezuela, eis a dramática verdade, se encaminha para uma ditadura e, em vários sentidos, já é.
Os estudantes venezuelanos contam com o apoio de seus pais e professores e de pelo menos metade da população que em 2013 votou contra Maduro (e que, se não sai às ruas, é por uma natural precaução frente aos delatores nos bairros). Mas, no âmbito latino-americano, os jovens estão quase sós. É surpreendente a quantidade de usuários do Twitter (além do mais, jovens) que assumem na América Latina o libreto do Governo venezuelano e atribuem “os distúrbios” às forças “fascistas”, “reacionárias”, e “de direita” que, aliadas com o “Império”, em um obscuro “complô”, tramam um “golpe de Estado” para “derrubar o Governo”. Diante da avalanche de vídeos no YouTube que circulam mostrando o assassinato a sangue frio de estudantes por unidades móveis das tropas formadas na época de Chávez (como La Piedrita e Tupamaros), muitos usuários comentam que as imagens estão “manipuladas”. Paradoxalmente, Maduro condenou o uso do Twitter (“essas máquinas imbecis”, como definiu essa rede) e se declarou vítima de uma “guerra cibernética”.
No México, a imprensa de esquerda – com grande ascendência sobre os jovens – apoia Maduro sem restrições. Nesses setores, Leopoldo López aparece como o instigador da insurreição, e não como o que é: um líder desarmado e agora submetido a um julgamento ilegal sobre acusações falsas e fabricadas.
O poder da ideologia na Venezuela é explicável: em milhões de pessoas perdura o convencimento de que a obra social do Chávez foi tangível e de que, se ele não fez mais pelos humildes, foi porque a morte atravessou seu caminho. Outro fator é a dependência direta de milhões de venezuelanos do erário, consequência do progressivo enfraquecimento da atividade empresarial e do investimento privado. As simpatias dos países dependentes do petróleo venezuelano têm a mesma raiz. O clientelismo tem interesses criados em acreditar no chavismo. Mas como explicar a popularidade da ideologia chavista ou de suas variantes em países que não pertencem à sua órbita?
Embora a Revolução Cubana tenha perdido sua aura mítica, a democracia representativa e o liberalismo não puderam se arraigar de maneira definitiva na cultura política da América Latina. Por isso, a chantagem ideológica de Cuba e da Venezuela ainda funciona: ninguém quer parecer “de direita” em um continente apaixonado pela Revolução, onde os ídolos políticos não foram democratas como Rómulo Betancourt, e sim redentores como Eva Perón, Che Guevara, Fidel Castro e Hugo Chávez. Octavio Paz apontou a razão desse anacronismo: depois da queda do Muro de Berlim, amplos setores da esquerda latino-americana se negaram a praticar a crítica do totalitarismo cubano. E, se não o fizeram com Cuba, menos o fazem com essa versão derivada que é a Revolução Bolivariana.
Devido a essa falta de autocrítica, hoje no México vivemos um paradoxo. O movimento de 1968 foi uma façanha dos estudantes e das correntes políticas e intelectuais de esquerda. Os estudantes foram massacrados pelo Governo de Díaz Ordaz, e grandes líderes de esquerda foram encarcerados. Hoje, não poucos herdeiros dessa esquerda defendem as ações repressoras do Governo venezuelano, que são equiparáveis às de Díaz Ordaz. Hoje, muitos herdeiros dessa esquerda viraram as costas à democracia.
O apoio ao chavismo é, no fundo, uma decorrência do prestígio minguado, mas estranhamente vivo, da Revolução Cubana. Estar contra ela é estar com “o Império”. Que Cuba continue sendo uma meca da ideologia latino-americana é algo que foi comprovado quando, na recente Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizadas nos dias 28 e 29 de janeiro último em Havana, praticamente nenhum presidente faltou. E Fidel foi proclamado “guia político e moral da América”. Nessa cúpula, aliás, todos os participantes (incluída Cuba) assinaram o compromisso de respeitar os direitos humanos. Sua assinatura vale o papel em que está escrita.
Mas mais importante que a ideologia são os frios interesses materiais. Nesse sentido, a postura do Brasil é tão paradigmática como cínica: as oportunidades econômicas (turísticas e energéticas, sobretudo) que se abrem em Cuba depois da eventual morte dos irmãos Castro são muito importantes para que se assumam posturas idealistas e se arrisque a estabilidade da ilha. E essa estabilidade implica manter intacta a aliança entre a Venezuela e Cuba. Só assim se explica que Dilma Rousseff, que em sua juventude foi uma estudante torturada pelos militares, agora apoie um Governo cujas forças policiais reprimem estudantes em emboscadas.
Essa lógica é alheia aos estudantes venezuelanos. Eles aquilatam o valor da liberdade porque – diferentemente de seus coetâneos de outros países da região – a veem seriamente ameaçada. Sabem que a democracia prevalece e avança no mundo. Não pensaram em emigrar do país. Mas a América Latina – seus Governos, suas instituições, seus Congressos, seus intelectuais e até seus estudantes – é ingrata com a Venezuela. O país que em grande medida a libertou, há 200 anos, hoje só luta por sua liberdade.

Enrique Krauze é escritor e diretor da revista ‘Letras Libres’.

O Mundo é assim mesmo...??? A motivação para o ilegal, criminoso é sempre imaterial como orgulho, inveja, a ira, a avareza, a preguiça...???

02/03/2014 10h05 - Atualizado em 02/03/2014 10h19


Sobe para 33 número de mortos em 




ataque em estação de trem na China

China acusa militantes de Xinjiang de ataque mortal a estação.
Xinjiang é reduto do povo muçulmano Uigur.

Da Reuters
Incidente, com a participação de 'terroristas' armados de facas, deixou 33 mortos, incluindo quatro dos agressores, que foram mortos a tiros. (Foto: AFP)
Incidente, com a participação de 'terroristas' armados de facas, deixou 33 mortos, incluindo quatro dos agressores, que foram mortos a tiros. (Foto: AFP)Subiu para 33 o número de mortos em um ataque em uma estação de trem na cidade de Kunming na noite de sábado (1º), que marca uma grande escalada nos conflitos latentes em Xinjiang, uma região fortemente muçulmana localizada nas fronteiras da Ásia Central.
Neste domingo (2), a China acusou militantes da região de Xinjiang, no extremo oeste, de envolvimento no ataque. O incidente teve a participação de "terroristas" armados de facas.
É a primeira vez que pessoas de Xinjiang são responsabilizadas pela realização de um ataque em grande escala tão longe de sua terra natal, e ocorre depois de um incidente na Praça da Paz Celestial de Pequim, em outubro, que abalou a liderança comunista do país.
China reforçou a segurança em Xinjiang após um veículo se chocar com turistas na orla da Praça da Paz Celestial, matando três pessoas no carro e dois espectadores. A China classificou o incidente como um ataque suicida por militantes de Xinjiang.
Xinjiang é um reduto do povo muçulmano Uigur, muitos dos quais se irritam com as restrições chinesas em relação à sua cultura e religião.
A agência de notícias estatal Xinhua disse que o ataque na estação de trem, em que mais de 130 também ficaram feridos, foi "um violento ataque terrorista, organizado e premeditado".
"As evidências na cena do crime mostram que o ataque terrorista na Estação Ferroviária Kunming foi realizado por forças separatistas de Xinjiang", informou a agência, citando o governo Kunming .
A Polícia matou quatro dos atacantes a tiros e deteve um, segundo a Xinhua, enquanto cerca de outros cinco fugiram.

Lembre-se : as pessoas dão somente o que têm... Assim, educação, atenção, respeito só virão em nossa direção se as pessoas guardarem em si essas virtudes

Se eu esqueço que o outro é maluco, estou no 


mesmo nível que ele


Por: Mônica Raouf El Bayeh em 

Pizzaria cheia. Você sentado relativamente perto do banheiro. Não daqueles fedorentos, isso nunca. Um inocente e digno banheiro familiar. De repente, do nada, surge um homem. Entra no banheiro familiar e não fecha a porta. Age como se o mundo já não mais existisse, ignora quem o assistia do lado de fora: só todos nós.
Tentei falar com a garçonete que, constrangida, nada fez. Fazer o que, coitada? Algumas pessoas têm a triste capacidade de construir constrangimentos. Fazem o que bem entendem. Fazem porque já estão num grau de comprometimento mental em que o outro vale nada para elas. Aliás o outro? Que se dane! Ou fazem para provocar. Fazem e esperam para criar um climão.
Não faltam figuras desse tipo em várias áreas, lugares e assuntos por aí. Agem tão sem respeito e tão no susto que nos deixam sem fala e sem atitude. Nos roubam de nossos direitos. Andam para o que os outros sentem ou para o que causam.
Indignada e raivosa, posso exercer meus direitos, brigar, dizer desaforos? Claro, sempre. E me vale de que mesmo? Uma pessoa que age dessa forma ou é má ou é maluca. Nos dois casos, nada vai mudar.
Se eu esqueço que o outro é maluco e parto para o ataque, que nesse caso seria defesa, estou no mesmo nível que ele. Vamos trocar desaforos? Brigar de igual para igual? Eu? Nunca!
Até porque, já que era inevitável, resolvemos nos divertir com a situação. Apostamos se ele ia lavar as mãos. E ele lavou muito mal, sem sabão. Quer saber? Naquela mão eu não tocava nem para brigar!
Foto de Antônio Pronto


Leia mais: http://extra.globo.com/mulher/um-dedo-de-prosa/se-eu-esqueco-que-outro-maluco-estou-no-mesmo-nivel-que-ele-11765449.html#ixzz2up29U6Bd

sábado, 1 de março de 2014

Revista Time mostra ranking de países mais visitados do mundo.. Brasil ocupa a 44º posição com 5, 7 milhões de turistas

http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/os-paises-mais-populares-do-mundo

Internacional

Os países mais (e os menos) visitados do mundo

A revista americana Time divulgou nesta semana um ranking dos países mais populares do mundo em quantidade de visitantes, tomando como base o número de chegadas internacionais. Sem surpresa, a França encabeça a lista, com mais de 80 milhões de visitantes anuais. Os Estados Unidos vêm em seguida, com mais de 62 milhões de chegadas. Já o Brasil aparece em 44º, com 5,67 milhões. No fim da lista, na 165º posição, está Tuvalu, um arquipélago da Polinésia formado por atóis e recifes que tem apenas 12 habitantes. Em 2011, apenas 1 200 pessoas visitaram essa nação minúscula. Os números, que reúnem estatísticas disponíveis de 2011 e 2012, são da Organização Mundial de Turismo, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), e do Banco Mundial. 

Os países mais (e os menos) visitados do mundo

1 de 16

França

O país europeu mantém há anos o posto de destino mais popular do mundo. Recebeu 83 milhões de visitantes em 2012, um número superior ao da população do país, de 65 milhões. 

Barcelona contrata jogador de 17 anos conhecido como "Messi dos Balcãs"


'Messi dos Balcãs' é o novo reforço do 


Barcelona


Reuters  

BARCELONA, 1 Mar (Reuters) - O jovem croata Alen Halilovic está prestes a se juntar ao Barcelona, vindo do Dynamo Zagreb, e vai atuar inicialmente pelo time B do clube catalão, disse o treinador Gerardo Martino neste sábado.
O meia de 17 anos, chamado de "Messi dos Balcãs" em tributo ao atacante argentino do Barcelona Lionel Messi, já atuou em três oportunidades pela seleção da Croácia e é visto como o futuro grande jogador do país.
"As negociações, ou a tentativa de assinar com o atleta, começaram em 2010", disse Martino em entrevista coletiva antes do duelo contra o recém-promovido à primeira divisão Almería, válido pelo Campeonato Espanhol, no domingo.
"Ele vem para jogar pelo time B", acrescentou o treinador argentino.
Contra o Almería, o Barça procura voltar a vencer, depois de escorregar diante da Real Sociedad na última semana (derrota por 3x1), o que permitiu ao Real Madrid abrir três pontos na liderança do Espanhol.
O Real, que encara o rival local Atlético no dérbi de Madri no domingo, tem 63 pontos faltando 13 jogos, com Barça e Atlético empatados logo atrás com 60.
(Reportagem adicional de Elena Gyldenkerne, em Barcelona; e de Zoran Milosavljevic, em Belgrado)


Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/messi-dos-balcas-o-novo-reforco-do-barcelona-11760567.html#ixzz2ujdT5A11

ONU precisa estabelecer exame de SAÚDE MENTAL OBRIGATÓRIO para presidentes de nações no mundo .... Putin, decidido como um adolescente, quer guerra contra a Ucrânia

Putin pede que Parlamento aprove envio de 

tropas russas à Ucrânia

Atualizado em  1 de março, 2014 - 12:07 (Brasília) 15:07 GMT
Tropas russas na Ucrânia. Foto: Reuters
Soldados russos estavam de prontidão no sábado na cidade de Balaclava, na Crimeia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu neste sábado que a câmara superior do Parlamento aprove o envio de tropas russas à Ucrânia.
A informação foi divulgada em nota oficial pelo próprio governo russo. Putin alega que seu pedido foi feito "em relação à situação extraordinária na Ucrânia e à ameaça às vidas de cidadãos russos".
Ele pede que forças armadas russas sejam usadas "até a normalização da situação política naquele país".
Nos últimos dias, as duas câmaras do Legislativo da Rússia discutiam formas de estabilizar a situação na península da Crimeia. A Rússia já possui uma presença militar na região da Crimeia, que é território ucraniano.

De Kiev para Crimeia

A Ucrânia e a Rússia vivem dias de grande tensão, em uma disputa de influência entre o Ocidente e os russos na Ucrânia.
No mês passado, após várias semanas de protestos nas ruas da capital Kiev, o presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, foi afastado por uma votação no Parlamento. As manifestações começaram em novembro do ano passado, quando Yanukovych rejeitou uma aproximação com a União Europeia em prol de um acordo econômico com a Rússia.

Quem é quem

Viktor Yanukovych
  • Viktor Yanukovych (foto): presidente afastado da Ucrânia. Sua aproximação com a Rússia gerou protestos que culminaram no seu afastamento. Está atualmente em Moscou.
  • Yulia Tymoshenko: oposicionista crítica à Rússia e Yanukovych,a ex-premiê estava na prisão, acusada de corrupção. Foi solta no mês passado, após o afastamento do presidente ucraniano.
  • Vitali Klitschko: o ex-campeão mundial de boxe também fez oposição a Yanukovych e é considerado o principal líder dos protestos em Kiev.
  • Sergiy Aksyonov: premiê interino da Crimeia (região autônoma na Ucrânia), ele é líder do principal partido pró-Rússia na região. Pediu a Putin ajuda russa para "reestabelecer a calma" na Crimeia.
  • Olexander Turchynov: presidente interino da Ucrânia, que assumiu após o afastamento de Yanukovych. Visto como crítico da Rússia, e próximo da líder da oposição Yulia Tymoshenko.
Um governo interino crítico à influência russa assumiu a Ucrânia após a queda de Yanukovych, que agora é procurado pela Justiça do país, acusado de mandar matar manifestantes. O ex-presidente recebeu abrigo na Rússia e prometeu continuar lutando pelo seu país.
Na última semana, o foco do conflito passou a ser a Crimeia, uma região de 2,3 milhões de habitantes que faz parte da Ucrânia, no litoral do Mar Negro. Muitos na Crimeia se consideram russos étnicos e falam o idioma russo, com grande simpatia por Yanukovych. A Rússia tem forte presença militar na região do Mar Negro.
Há temores de que a Ucrânia e a Rússia possam entrar em conflito pelo controle da Crimeia.
Esta semana, homens não-identificados – que seriam parte de milícias pró-Rússia – tomaram o controle de prédios públicos e aeroportos na Crimeia. Na quinta-feira, o Parlamento regional nomeou um novo primeiro-ministro na região, Sergey Aksyonov, que é líder do principal partido pró-Rússia.
Neste sábado, Aksyonov fez um apelo a Vladimir Putin para que a Rússia "reestabeleça a calma na região". A Rússia afirmou que não ignoraria o apelo feito por Aksyonov, e pouco depois Putin noticiou o pedido ao Parlamento russo para analisar o envio de tropas à Ucrânia.
Ucrânia e Rússia trocam acusações em relação às ações na Crimeia.
O ministério das Relações Exteriores da Rússia diz que o governo da Ucrânia enviou tropas à Crimeia neste sábado para tentar retomar o prédio do ministério do Interior. Já as autoridades interinas da Ucrânia acusam a Rússia de enviar 6 mil soldados à Crimeia.
Na madrugada de sexta-feira para sábado, homens armados não-identificados teriam tomado outra pista de aviação. O governo russo nega qualquer envolvimento no episódio.

Estados Unidos

Os acontecimentos na Crimeia também despertam preocupações nos Estados Unidos.
Antes do anúncio russo, o presidente americano, Barack Obama, havia feito um alerta aos russos de que qualquer ação militar russa na Ucrânia traria "custos" à região.
"Qualquer violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia seria profundamente desestabilizadora, o que não está nos interesses da Ucrânia, da Rússia ou da Europa", afirmou Obama, na noite de sexta-feira.
"Isso representaria uma profunda interferência em assuntos que precisam ser determinados pelo povo da Ucrânia. Seria uma clara violação do compromisso da Rússia de respeitar a independência e soberania e as fronteiras da Ucrânia – e as leis internacionais."